DM adquire carteira de clientes do Grupo Moreira e avança plano de crescimento na região Centro-Oeste

A DM, grupo de serviços financeiros especializado em gestão de crédito, acaba de adquirir a totalidade da carteira de clientes do Grupo Moreira, rede de supermercados sediada em Goiânia com seis lojas e uma base de 52 mil clientes.

Assumir a administração do private label da varejista permitirá a expansão da presença da DM na região e consolidar sua atuação no Brasil.  “Parte da estratégia de crescimento da empresa está na prospecção de médias e grandes redes, como também, na aquisição de carteiras de clientes já existentes. O estado de Goiás, é uma região onde estrategicamente gostaríamos de crescer. A compra da carteira do Moreira, vai nos deixar com maior visibilidade na região, para buscarmos novas parcerias”, explica Ariane Bete, diretora Comercial da DM.

O Grupo Moreira, assim com outras varejistas, passou a administração de seu cartão já existente à DM, em razão da expertise da empresa em serviços financeiros e gestão de crédito. O cartão continuará com o mesmo nome, mas ganhará um novo layout. Além disso, os clientes da varejista terão acesso a uma das análises de crédito mais ágeis do mercado, além de todos os serviços de atendimento oferecidos pela líder no setor de cartões de crédito private label. 

“A expansão da DM na região é parte integrante de nossa visão de crescimento, e a administração dos cartões da rede nos permite oferecer serviços financeiros de alta qualidade aos clientes, reforçando nosso compromisso com a excelência”, diz Fábio Trivedi, gerente de Expansão da DM.

A rede do Grupo Moreira é composta por um  hipermercado e cinco supermercados instalados em Goiânia.

Lei de equidade salarial: sua empresa está preparada?

O MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) prorrogou para 8 de março o prazo para preenchimento do relatório de transparência salarial e de critérios remuneratórios. As empresas que possuem mais de cem empregados deverão prestar as informações de forma clara ao eSocial e, ao Ministério em relação aos salários de homens e mulheres, conforme a Lei 14.611, que determina a obrigatoriedade de equidade salarial e critérios remuneratórios entre os gêneros. A divulgação deverá ser semestral e, como essas informações serão divulgadas a partir de março, já é hora da sua empresa começar a se planejar para enviar o primeiro relatório de transparência salarial.  

As empresas receberão o documento que deverá ser publicado, independentemente do resultado, nas redes sociais, site e demais canais de comunicação das organizações.

“Apesar da lei ter sido publicada em julho do ano passado (2023), estamos diante de um avanço importante na garantia da igualdade dos direitos no mercado de trabalho. Antes, era aplicada multa de um salário-mínimo. Agora, a multa é de 10 (dez) vezes o valor do salário do empregado, elevada ao dobro em caso de reincidência, sem prejuízo de eventual propositura de ação indenizatória pela vítima. Portanto, além da empresa correr o risco de ter sua imagem e reputação abaladas, pode ser multada em um valor significativo e sofrer uma demanda judicial”, diz o advogado Luis Henrique Borrozzino, sócio do escritório M3BS Advogados e membro da Comissão de Direito do Trabalho da OAB/SP.   

Com a nova medida, as empresas com mais de cem funcionários deverão criar um plano de adequação, junto aos órgãos fiscalizadores e sindicais, implementando programas de diversidade, inclusão e de promoção do ingresso, permanência e ascensão das mulheres. Caso haja diferença entre salários, remunerações e a proporção de ocupação de cargos entre homens e mulheres, a empresa será notificada e terá 90 dias para elaborar o Plano de Ação para Mitigação da Desigualdade Salarial e de Critérios Remuneratórios entre Mulheres e Homens. 

Portanto, para evitar transtornos, o advogado sugere que as empresas comecem, o mais rapidamente possível, a revisão dos dados enviados ao eSocial, já que eles serão utilizados na elaboração do relatório.  

Abelhas como bioinsumos para cultivos agrícolas

Por Dr. Heber Luiz Pereira e Me. João Vitor G. R. P. Barateiro

Em crescente uso na agricultura moderna, os bioinsumos são caracterizados como os produtos ou processos agroindustriais desenvolvidos a partir de enzimas, extratos naturais, microrganismos e macrorganismos, entre outros, utilizados, principalmente, para o controle biológico de pragas.

Com a finalidade de ampliar e fortalecer a utilização dos bioinsumos no País, bem como beneficiar o setor agropecuário, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) instituiu o Programa Nacional de Bioinsumos por meio do decreto Federal Nº 10.375, de 26 de maio de 2020.  Mas onde entram as abelhas neste sentido?

Primeiro, precisamos conhecer o conceito de polinização, processo pelo qual a maioria das plantas se reproduzem. Em geral, ele está associado a um determinado agente polinizador como, por exemplo, as abelhas, que ao visitarem as flores “sujam” de pólen os pelos que possuem em seu corpo, carregando-os de uma planta para outra. Nesse processo, os gametas masculinos das flores contidos nos grãos de pólen são levados até às células femininas dessas espécies de plantas, originando, posteriormente, os frutos/grãos que conhecemos.

Por isso, a polinização realizada pelas abelhas é responsável por mais de um terço de todos os alimentos produzidos no mundo, representando mais de 78% dos cultivos. Sendo assim, o serviço ecossistêmico de polinização possui grande potencial associado às atividades agrícolas e, devido a isso, podemos considerá-lo um bioinsumo.

Apis mellifera (no Brasil, chamada de abelha africanizada) é a espécie mais conhecida, sendo muito utilizada para a polinização de cultivos agrícolas como a laranja, maçã, café e melão. No cultivo de maçã, por exemplo, são responsáveis pelo incremento de produtividade, correspondendo entre 40% e 90% do valor da produção desta cultura ao intermediar a fecundação das flores.

Além disso, a apicultura brasileira é reconhecida mundialmente pela alta qualidade na produção de mel e outros produtos derivados. Poucos países possuem condições ambientais e climáticas tão favoráveis para esta atividade.

A última década, pela percepção de órgãos governamentais, empresas, profissionais ligados ao agronegócio e sociedade como um todo, apresentou um salto em questão de desenvolvimento por meio de pesquisas e trabalhos científicos sobre a interação das atividades dos agricultores com os apicultores, resultando em uma relação da qual ambos são beneficiados.

Como cada espécie de planta tem uma resposta diferente ao serviço de polinização e, até mesmo, à espécie de abelha, o tema “abelhas x agricultura” é amplo e diverso, gerando debates em várias áreas do conhecimento, possuindo importância ambiental, social e econômica.

No âmbito ambiental, se faz necessário o prévio conhecimento técnico do manejo da cultura a ser polinizada e a presença de diferentes espécies de abelhas que podem ser utilizadas com o objetivo de causar o menor estresse possível para os dois elos da cadeia. Por isso, o agricultor e o apicultor devem conhecer a dependência de polinização dos cultivos agrícolas nos quais pretende-se utilizar o serviço de polinização.

Além disso, o manejo apícola também deve ser realizado sob medida. Por exemplo, uma dieta monofloral não é indicada para as abelhas, pois, muitas vezes, um único tipo de flor não é capaz de suprir todas as necessidades nutricionais das abelhas. Nesses casos, a alimentação suplementar é um manejo importante a ser realizado. O agricultor pode cultivar plantas atrativas às abelhas no entorno das culturas, beneficiando na manutenção da saúde das abelhas.

Outro fator importante é conhecer o calendário de aplicação de defensivos químicos na área agrícola. A aplicação de defensivos químicos nocivos à saúde das abelhas deve ser realizada em horários em que não ocorrem a visitação das flores para garantir a qualidade ambiental, assim as abelhas não serão afetadas no processo e podem usufruir de uma dieta saudável, beneficiando a produção.

Entretanto, o emprego de defensivos agrícolas de maneira correta, seguindo as boas práticas de aplicação e uso e as recomendações de rótulo e bula é de responsabilidade do agricultor. Novas tecnologias no campo, como o crescente uso de produtos biológicos, também favorecem a eficiência da polinização e ambientes de produção cada vez mais sustentáveis, sendo uma exigência crescente por parte do mercado consumidor de produtos brasileiros.

É certo que o incentivo à visitação de abelhas pode auxiliar no aumento da produtividade e na qualidade dos produtos produzidos, tanto nos cultivos agrícolas quanto nos apiários. Por isso, a boa relação entre as partes é imprescindível para o sucesso das atividades.

Em relação à parte social, há a constante necessidade da conversa entre apicultores e agricultores, de maneira que haja o bom convívio das atividades desenvolvidas, aumentando as possibilidades de renda e fixação do homem no campo. Para isso, é importante que o agricultor defina quais áreas de sua propriedade podem receber as caixas de abelhas, bem como informar e avisar ao apicultor sobre as pulverizações que serão realizadas nos cultivos e sobre a toxicidade do ingrediente ativo utilizado.  Já o apicultor deverá identificar as caixas com informações que permitam a comunicação com o agricultor, informando-o sobre a quantidade das colônias para que ele tome as medidas de precaução durante a aplicação dos defensivos.

No âmbito da economia, a ampliação de atividades integradas como a agricultura com a polinização assistida, gera emprego e renda, além de aumentar o potencial de produção e competitividade internacional dos produtos.

Em resumo, ao tratarmos as abelhas como um bioinsumo, elevamos as atividades agropecuárias brasileiras a um novo patamar, enxergando-as como aliadas para produtividades cada vez maiores, em diferentes culturas, sejam elas dependentes e/ou que se beneficiam do serviço de polinização.

Demanda por seguro de automóvel cresceu 10,99% em janeiro 2024

A demanda do mercado brasileiro de seguros de automóveis teve um crescimento de 10,99% em janeiro, na comparação com mesmo mês de 2023. Já em relação ao mês anterior, dezembro, o aumento foi de 9,36%. Os dados são do Índice Neurotech de Demanda por Seguros (INDS) que mede mensalmente o comportamento e o volume das consultas na plataforma da Neurotech, empresa pioneira em soluções de inteligência artificial aplicadas a seguros e crédito.

Por região do País, o Nordeste apresentou o maior crescimento na comparação anual, 14,36%. Centro-Oeste (11,94%); Sul (10,83%); Sudeste (9,23%) e Norte (6,84%) completam o ranking. Em relação a dezembro de 2023, as regiões Sudeste (31,72%) e Nordeste (13,41%) foram as únicas que apresentaram um cenário de aumento da procura.

Segundo Daniel Gusson, head comercial de Seguros da Neurotech, o cenário positivo para o setor logo no início do ano pega carona no bom ano de 2023, quando a procura pelos seguros cresceu 11,34%. Ele acredita que, para o restante de 2024, é possível que uma recuperação econômica mais concreta e queda dos juros mantenham essa média de crescimento.

“A medida governamental de incentivo à compra de carros novos feita no ano passado teve boa aceitação, mas ainda não é certo que ela se repetirá em 2024. Caso aconteça, será de grande importância para as seguradoras. Também está prevista uma redução da taxa de juros pelo Banco Central, o que, sem dúvidas, impacta diretamente nas vendas e no segmento de seguros de automóveis”, afirma.

Para se ter uma ideia, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), o número de emplacamentos cresceu 16% em janeiro, na comparação com o mesmo período de 2023. 

Demanda por idade

O INDS também faz um recorte da procura por idade. Na comparação entre janeiro de 2024 e janeiro de 2023, foi registrada uma maior procura por seguros entre condutores mais experientes.  Entre aqueles com 60 anos ou mais, o crescimento foi de 7,24%. Já entre 40 e 59 anos, a procura aumentou 4,86%. Entre 25 a 39 anos houve queda de 4,93%, enquanto a procura entre os jovens de 18 a 25 anos recuou 18,48%.

FGTS Digital começa a funcionar nesta sexta-feira (01/03); modalidade Pix é novidade no recebimento de valores

Finalizada a fase de testes, a data de implantação do FGTS Digital será no dia 01º de março de 2024, período no qual o acesso ao portal será novamente disponibilizado. Ele vai substituir o atual envio de informações do FGTS dos empregados pelas empresas, atualmente feito pelo sistema Conectividade Social/Caixa.

As mudanças propostas têm como objetivo integrar um conjunto de sistemas que promovam soluções processuais e tecnológicas que facilitem o cumprimento das obrigações acessórias relacionadas ao recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e assegurem que os valores devidos aos trabalhadores sejam efetivamente individualizados em suas contas vinculadas. O presidente do Sindicato das Empresas de Serviços Contábeis do Estado de Goiás (Sescon-Goiás), Edson Cândido Pinto, ressalta que essa mudança representa um grande passo para a inovação, além de trazer uma série de facilidades e melhorias, sobretudo para a rotina dos profissionais da contabilidade.

Edson Cândido destaca que a plataforma possibilitará emitir, de forma rápida, guias personalizadas; consulta de extratos de pagamentos realizados; recolhimentos em atraso de um ou mais trabalhadores, permitindo preparar ações para se chegar ao valor da indenização compensatória (multa de 40%), por meio da funcionalidade “Histórico de Remuneração para Fins Rescisórios, além da individualização dos extratos de pagamento.

“O FGTS Digital vai facilitar que os valores ordinariamente devidos sejam calculados tomando-se por base as informações prestadas via eSocial e os débitos já viram individualizados desde a origem, utilizando o CPF como um dos elementos essenciais de identificação do trabalhador. Isso confere maior grau de confiabilidade, segurança e melhor controle do débito e do processo de recolhimento do FGTS”, pontua.

Outro ponto que merece destaque, segundo o presidente do Sescon-Goiás, é em relação aos procedimentos de restituição e/ou compensação de valores pagos indevidamente que passarão a funcionar em sistemas próprios permitindo o gerenciamento, controle e automatização de maneira 100% digital. “Isso trará mais facilidade para o empregador efetuar compensação ou recuperação desses valores. Uma melhoria significativa nesse processo”, acrescenta.

Já no que diz respeito ao meio de pagamento do FGTS, o Pix foi a opção escolhida, por oferecer ganhos de confiabilidade, agilidade e facilidade, otimizando o processo de individualização na conta do trabalhador.

“É importante que o empregador aproveite este momento para realizar os ajustes necessários junto à sua Instituição Financeira participante do Pix para não ter problemas na hora de realizar o pagamento da sua guia futuramente, lembrando que não haverá mais código de barras. Agora, os boletos gerados terão um QR Code para leitura e pagamento direto no aplicativo ou site da instituição financeira do empregador”, orienta Edson Cândido. Ele também esclarece sobre o prazo do vencimento do FGTS. “A data do recolhimento mensal do fundo passará para o dia 20 do mês seguinte à competência, a partir da entrada em vigência do sistema digital. E quem atrasar estará sujeito ao bloqueio do Certificado de Regularidade do FGTS (CRF), conhecido como CND”, alerta.

Por fim, o presidente do Sescon-Goiás lembra que débitos até a competência fevereiro/2024 continuarão a ser recolhidos via sistema da Caixa ocorrendo via Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e Informações à Previdência Social (SEFIP), que é utilizado para a geração da Guia de Recolhimento do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço e Informações à Previdência Social (GFIP), e por meio do sistema Conectividade Social da Caixa Econômica Federal.

Ambiente de testes

A Secretaria de Inspeção do Trabalho, pasta ligada ao MTE, prorrogou o ambiente de testes em Produção Limitada do FGTS Digital que estava programado para ser encerrado no dia 13 de janeiro e pode ser acessado até o dia 15 de janeiro. A justificativa, segundo o Ministério, teve como objetivo possibilitar aos empregadores maior período para teste do sistema e mais tempo para se familiarizar com a plataforma e, assim, minimizar impactos na rotina de processos de cumprimento de obrigações fiscais e trabalhistas decorrentes das recentes alterações normativas fiscais.

Microempreendedor Individual (MEI) e Segurado Especial (SE)

Tanto Microempreendedor Individual (MEI) vão continuar a recolher o FGTS juntamente com o Documento de Arrecadação do eSocial (DAE) mensal gerado pelo eSocial. Apenas o FGTS Rescisório será recolhido pelo FGTS Digital, em substituição à Guia de Recolhimento Rescisório do FGTS (GRRF) gerada pelo Conectividade Social.

Com isso, se um desses empregadores demitir um trabalhador a partir de 01/03/2024 por um motivo de desligamento que gere direito ao saque do FGTS, deverá registrar a rescisão no eSocial e acessar o FGTS Digital para gerar a guia com os valores de FGTS incidentes sobre o mês da rescisão, 13º proporcional, aviso prévio indenizado e a multa do FGTS (40% ou 20%). Além disso, no mês do desligamento MEI e SE ainda terão que emitir o DAE no eSocial para recolhimento da contribuição previdenciária (INSS).

Proteção ambiental e produção sustentável no Cerrado pode gerar US$ 72 bi para o Brasil por ano até 2030

Um relatório do Fórum Econômico Mundial lançado hoje mostra como um novo modelo de crescimento no Cerrado poderia gerar US$ 72 bilhões por ano para a economia do Brasil até 2030, equilibrando as medidas de proteção ambiental e, ao mesmo tempo, impulsionando a produção sustentável de alimentos, gerando mais empregos e turismo e explorando as indústrias verdes.

O estudo “Cerrado: Production and Protection foi realizado pela Tropical Forest Alliance, uma iniciativa do Fórum Econômico Mundial, baseado nas análises dos dados do Plano de Transformação Ecológica do Brasil, elaborado pela empresa Systemiq, parceira na elaboração do relatório. Por meio de pesquisas abrangentes e entrevistas com especialistas brasileiros, o documento propõe várias soluções, incluindo a agrossilvicultura e a agricultura regenerativa, que criarão condições para a produção de alimentos de forma mais sustentável, aumentando a produtividade e gerando mais empregos.

O Cerrado é um celeiro global, responsável por 60% da produção agrícola do Brasil e 22% das exportações globais de soja, mas recebe muito menos atenção e proteção legal do que a floresta amazônica, o que resultou em um aumento de 43% no desmatamento no ano passado no bioma, em comparação com uma queda de 50% na Amazônia, de acordo com dados do governo.

O desmatamento para a produção agrícola já eliminou metade da vegetação nativa do Cerrado e, se as tendências atuais continuarem, os ecossistemas dos quais dependem os negócios de soja, gado, cana-de-açúcar e milho no Brasil sofrerão, causando escassez de alimentos em todo o mundo e grandes prejuízos econômicos.

Com os olhos do mundo voltados para o Brasil, que se prepara para a COP30, o estudo aponta que o país está bem posicionado para se tornar um líder climático, adotando uma nova abordagem equilibrada que apoie o setor agrícola, fundamental para o país e, ao mesmo tempo, proteja o Cerrado.

Jack Hurd, Diretor-Executivo da Tropical Forest Alliance, afirma: “O Cerrado é a maior e mais biodiversa savana do mundo e, por isso, um dos ecossistemas mais importantes do planeta. No entanto, recebe pouca atenção e menos proteção legal do que precisa. Isso resultou em significativa degradação e uso não sustentável da terra, o que representa uma grande ameaça à segurança alimentar de bilhões de pessoas em todo o mundo.”

“Este relatório tem como objetivo iniciar uma discussão muito necessária entre os formuladores de políticas públicas do Brasil, o agronegócio e outros tomadores de decisão sobre como podemos implementar um novo modelo agrícola na região – um que simultaneamente aumente a produção, melhore a biodiversidade e os ecossistemas e proteja as comunidades indígenas e tradicionais do Cerrado”, aponta Hurd.

Além de ser uma potência na produção de alimentos, o Cerrado também tem um enorme potencial para a bioenergia – energia derivada de plantas e outros recursos naturais – e já abriga um terço das instalações de biogás do Brasil. Com a bioenergia destinada a desempenhar um papel fundamental no futuro sistema energético global, o relatório descreve como essa indústria pode ser ampliada de forma sustentável no Cerrado, o que poderia abrir oportunidades para o Brasil em mercados em crescimento, como o de combustível de aviação sustentável e hidrogênio verde.

No entanto, há o risco de que isso possa abrir a porta para mais desmatamento e conversão e, portanto, os investimentos devem ser acompanhados de medidas voltadas para a proteção do Cerrado. Segundo o relatório, o novo modelo exigirá maior colaboração entre os setores público e privado e ações de todo o setor de alimentos e de outros setores, incluindo formuladores de políticas, empresas, instituições financeiras e empresas de tecnologia.

Segundo Patricia Ellen da Silva, sócia e chefe do escritório da Systemiq no Brasil, “com a presidência do G20 e a COP30 se aproximando, o país tem uma oportunidade única de se posicionar como líder em ações climáticas, revolucionando a forma como a terra é usada no Cerrado – um dos biomas mais importantes do mundo.”

Segundo ela, este é um aspecto central do plano de Transformação Ecológica do Brasil, que estabelece uma nova visão para o Cerrado – colocando-o no centro da descarbonização de algumas das maiores indústrias do Brasil, incluindo alimentos, materiais e energia.

“O Cerrado deve estar no centro da transformação global dos sistemas alimentares e da produção de energia, bem como das estratégias e tecnologias de conservação da natureza. Essa não será uma tarefa simples, mas ao aumentar a conscientização sobre a importância do bioma e a conexão entre produção e proteção, este documento nos colocará no caminho para um Cerrado mais sustentável.”

Joaquim Levy, Diretor de Estratégia Econômica do Banco Safra, que escreveu o prefácio do relatório, afirma: “A agricultura no Cerrado é um enorme sucesso, ajudando a alimentar bilhões no mundo todo. Com o fortalecimento do setor, muitas pessoas no Brasil, incluindo os agricultores, acreditam que é a hora certa para reduzir os impactos no meio ambiente, para garantir a sustentabilidade dessa atividade para as próximas gerações.

Esse relatório defende uma abordagem equilibrada para a produção agrícola na região, que garanta o crescimento econômico e a segurança alimentar, protegendo ao mesmo tempo o Cerrado nativo e as várias populações que dependem dele para subsistência.”

Mundo Planalto abre vagas em Goiânia e Trindade

O Mundo Planalto Parques e Resorts abriu vagas de trabalho nas cidades de Goiânia e Trindade. A empresa dobrou o quadro de funcionários de 150 para 300 no ano passado e segue em expansão, com postos nos setores administrativo, atendimento ao público, vendas e serviços gerais, entre outros. Os interessados devem encaminhar currículo para o e-mail [email protected].

Na sede da empresa, em Goiânia, há vagas de analista para as áreas de qualidade, cobrança, financeiro, marketing, gente e cultura, administrativo e de processos sênior. Ainda, a empresa busca profissionais para assistente de pós-vendas, assistente de supply chain, designer gráfico, consultor de pré-venda, assistente de input e auxiliar de serviços gerais.

Já em Trindade, a procura é por líder de recreação, auxiliar de serviços gerais e auxiliar administrativo para atuar no Arca Parque, primeiro complexo aquático de temática bíblica em um dos principais destinos de turismo religioso do Centro-Oeste.

Com empreendimentos em operação, em construção ou em fase de comercialização, o Mundo Planalto recebeu recentemente a certificação de Great Place To Work (GPTW), concedida por uma consultoria global com base na avaliação de  colaboradores sobre clima organizacional, oportunidades de desenvolvimento, ambiente de trabalho e benefícios, entre outros.

Defensivos agrícolas ajudam a evitar perdas por requeima e vaquinha na produção de batatas

Reconhecida como a terceira cultura mais importante do planeta, a produção anual de batata no Brasil é responsável por, aproximadamente, 3,5 milhões de toneladas em uma área de cerca de 130 mil hectares, segundo estimativas da Associação Brasileira de Batatas (ABBA). Para manter essa produtividade, os mais de cinco mil agricultores, espalhados por sete Estados (Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Goiás e Bahia) enfrentam diferentes desafios, como doenças e pragas que prejudicam as lavouras e levantam um alerta sobre a importância do uso de defensivos agrícolas para um controle mais assertivo de requeima e vaquinha.

Em um país tropical, como é o caso do Brasil, a intensidade das infestações depende de muitos fatores, como a época de plantio de acordo com as estações do ano, os processos de monocultura, a resistência às tecnologias de defesa e as mudanças climáticas.

Neste contexto, a vaquinha (Diabrotica speciosa), por exemplo, merece atenção especial pela alta capacidade de causar danos econômicos ao produtor. A praga, encontrada em praticamente todos os Estados brasileiros, possui o potencial de causar desfolha total e redução da qualidade do tubérculo da batata, reduzindo significativamente a produtividade e a qualidade do alimento.

Segundo o gerente de Assuntos Regulatórios do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg), Fábio Kagi, a adoção de medidas de controle é importante para o bom desempenho da produção, como, por exemplo, o uso de inseticidas aplicados para tratamentos de tubérculos, sementes, granulados ou pulverizados no sulco de plantio. “Esse método de controle é frequentemente empregado nas áreas dessa cultura, apresentando excelentes resultados”, salienta.

Já a requeima (Phytophthora infestans) é a principal ameaça da batata no mundo por sua agressividade. A doença pode acarretar a perda total da produção em poucos dias, com potencial para afetar severamente toda a parte aérea das plantas, como folhas, pecíolo e caules – e, em alguns casos, os tubérculos. De modo geral, como alerta Kogi, os sinais variam em função das condições de temperatura, umidade, intensidade luminosa e resistência do hospedeiro.

Para o manejo correto, o agricultor deve adotar medidas integradas, como aplicação sequencial de fungicidas de contato a partir da emergência, com posterior uso de produtos sistêmicos nas fases de crescimento vegetativo e tuberização para prevenir patógenos resistentes.

“Cada vez mais os bataticultores, reconhecidos pela produção de diferentes cultivares, como Batata-Inglesa, Baroa, Batata-Doce, Bolinha, Asterix, Baraka e Yacon, estão tratando suas áreas de plantio com defensivos agrícolas para obter uma maior produtividade em seus cultivos e rentabilidade de seus negócios na demanda crescente da população por alimentos seguros e de boa qualidade”, destaca Kagi.

Crescimento de áreas tratadas reflete no controle de pragas e doenças

Segundo pesquisa de campo encomendada pelo Sindiveg à Kynetec Brasil, em consequência da proliferação das pragas e doenças, a área tratada com defensivos (PAT) aumentou 3,4% na safra 2023/2024 em relação ao mesmo período do ano anterior.

Como detalha o levantamento, o volume total de defensivos agrícolas destinado ao controle desses invasores nos mais diferentes cultivos no ano passado foi de 811.598 toneladas, considerando o número de aplicações necessárias. Desse total, 49% referem-se a herbicidas, 24% os fungicidas, 1% tratamento de sementes e 8% outros. Isso corresponde a 1.252.528 bilhão de hectares tratados.

“Esses números comprovam que o agricultor tem adotado estratégias eficazes para o manejo integrado, utilizando defensivos agrícolas de ponta. A indústria, por sua vez, se mantém atenta ao comportamento dessas pragas e doenças, entregando ao produtor brasileiro, seja ele de batata ou não, tecnologias mais assertivas, contribuindo para o aumento da produtividade e da rentabilidade”, finaliza o gerente de Assuntos Regulatórios do Sindiveg.

Rally da Safra retorna a Goiás para avaliar lavouras da região leste do estado

Após avaliar lavouras de soja no sudoeste de Goiás, técnicos do Rally da Safra voltam ao estado a partir do dia 27 de fevereiro, terça-feira, para percorrer região leste, passando por cidades como Paraúna, Goiatuba e Cristalina, e verificar as condições das variedades de ciclo médio e tardio. A demora na regularização das chuvas afetou o desempenho das lavouras no estado.

Segundo André Debastiani, coordenador do Rally da Safra, o sudoeste do estado foi impactado pelas altas temperaturas e longo período com chuvas irregulares, levando a um cenário de produtividades de soja abaixo das expectativas dos produtores. Lavouras plantadas final de setembro e início de outubro foram as mais afetadas e apresentam perda de potencial. O replantio alcançou 9% da área de soja.

Já os plantios realizados de meados de outubro em diante foram beneficiados pelo retorno das chuvas em dezembro, o que levou a uma revisão da produtividade média para 59 sacas por hectare (65,5 sacas por hectare na temporada 2022/2356).

Com a colheita em andamento, o Rally percorrerá outras regiões para obter um quadro melhor da situação, considerando as diferenças entre as lavouras e as diferentes épocas de plantio. Os técnicos buscam fazer amostras das lavouras de preferência com 20% a 50% das áreas colhidas.

O Rally da Safra já percorreu quase 30 mil quilômetros em 33 dias de viagem, com 125 municípios visitados, concluindo 60% da etapa soja. Diante dos resultados mostrados pelo campo, houve redução da estimativa de safra em 1,6 milhão de toneladas em relação à projeção divulgada em 18 de janeiro, chegando agora a 152,2 milhões de toneladas (4,7 % abaixo da safra anterior). A produtividade média do Brasil foi revista para 55,5 sacas por hectare.

Tecnologia como aliada no trabalho de campo

Para planejar o Rally da Safra e definir as rotas, são utilizadas imagens de satélite de cada região. No dia a dia, os técnicos fazem o levantamento quantitativo e qualitativo das lavouras escolhidas aleatoriamente. O levantamento qualitativo inclui a análise de pragas, doenças, o uso do plantio direto e outros indicadores que auxiliam a compor a estimativa de safra. Já no quantitativo, são analisados os componentes de rendimento da soja, com a contagem dos números de plantas, de vagens por planta e de grãos por vagem para ter uma visão do comportamento das lavouras em cada região, levando em consideração o ciclo do cultivar, ou seja, as variedades prontas para colheita e outras que ainda precisarão de mais tempo. O peso e a umidade dos grãos também são fundamentais para estimar a produtividade.

A metodologia consolidada em 20 edições do Rally permite voltar a campo anualmente e entender o cenário para fazer a estimativa de safra. A 21ª edição do Rally da Safra tem patrocínio do Santander, OCP Brasil, BASF, Credenz, Soytech, Biotrop, Serasa Experian e JDT Seguros. As áreas visitadas respondem por 97% da área de produção de soja e 72% da área de milho.

Mais de 80 mil quilômetros serão percorridos em 13 estados (MT, RO, GO, MG, MS, PR, SC, SP, RS, MA, PI, TO e BA) para avaliar as condições das áreas de soja durante as fases de desenvolvimento das lavouras e de colheita até 24 de março. Outras seis equipes avaliarão as lavouras de milho segunda safra em maio e junho.  Entre os meses de abril e maio, técnicos da Agroconsult e das empresas e marcas patrocinadoras visitarão produtores rurais nas regiões da BR-163, no Mato Grosso, no Sudoeste de Goiás, no Planalto do Rio Grande do Sul e Oeste do Paraná. No mesmo período serão realizados eventos técnicos em Não-Me-Toque (RS), Cascavel (PR), Rio Verde (GO) e Luís Eduardo Magalhães (BA).

Nesta edição o Rally participa dos principais eventos do agronegócio: Show Rural, em Cascavel, ExpoDireto, em Não-Me-Toque (RS); Show Safra, em Lucas do Rio Verde (MT) e Tecnoshow Comigo, em Rio Verde (GO).

O trabalho das equipes e o roteiro completo da expedição poderão ser acompanhados pelo http://bit.ly/RallyRedesSociais 

Empresas já podem se cadastrar no Domicílio Eletrônico Trabalhista; obrigações começam em março

O Governo Federal, por meio do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) adiantou que as empresas já podem se cadastrar no Sistema Eletrônico Trabalhista (DET). O edital nº 01/2024, da Secretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) já está aberto, contendo os prazos para que os empregadores façam esse cadastramento. Embora seja uma obrigatoriedade a plataforma contribui com os empregadores, sendo um canal de serviços totalmente digital e unificado.

O formato da comunicação digital foi instituído no art. 628-A na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). A partir do dia 1º de março já será exigido o uso do DET às empresas com faturamento anual superior a R$ 78 milhões e as entidades empresariais com faturamento no ano de 2016 de até R$ 78 milhões e que não sejam optantes pelo Simples Nacional, ou seja, as integrantes do grupo 1 e 2 no eSocial. Para as empresas que estão nos grupos 3 e 4 do eSocial, bem como para os empregadores domésticos, o prazo se inicia em 1º de maio deste ano. Por isso o cadastro deve ser feito, mesmo que não a empresa não tenha empregados registrados atualmente.

Conforme destaca o coordenador nacional e integrante da equipe de desenvolvimento do DET e membro do programa FGTS Digital, o auditor fiscal do trabalho, Bruno Wanderley, a plataforma permite aos empregadores o acompanhamento em tempo real de diversos processos necessários para a operacionalização das questões trabalhistas. “Entre eles, os atos administrativos, ações fiscais, possíveis intimações e demais avisos em geral, possibilitando maior interação eletrônica entre os auditores fiscais do trabalho e empregadores, explica o auditor.

Já a presidente do Conselho Regional de Contabilidade de Goiás (CRCGO), Sucena Hummel, ratifica que a modernização no repasse de informações vai evitar pendências para empregadores. “Esse feito integra as comunicações em serviços, que passam a ser totalmente digitalizados, a fim de elevar a segurança e transparência das informações que são transmitidas, bem como reduzir a duração do processo e custos operacionais”, comenta Hummel.

Ainda de acordo com Hummel, o DET unifica as informações trabalhistas em uma única plataforma, substituindo o Diário Oficial da União. “Isso significa que, como na maioria dos casos, as notificações por parte das empresas chegam para os contadores separarem a documentação e as devidas providencias. A empresa precisa autorizar, por meio de uma procuração, que o contador possa ter acesso à sua caixa de mensagem do DET e assim exercer as determinadas atribuições e conformidades na área trabalhista da empresas”, esclarece a presidente do Conselho.

O DET é online e pode ser acessado em qualquer sistema operacional, sem necessidade de instalação, usando apenas um navegador Web com acesso à Internet e autenticação, via Login da conta gov.br. Para mais informações é possível acessar o site det.sit.trabalho.gov.br e o manual do DET pelo link det.sit.trabalho.gov.br/manual.