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A preocupação com o meio ambiente, reduzir os impactos das mudanças climáticas no planeta e os efeitos do aquecimento global, servem como um alerta para a sociedade. Esses temas vêm sendo debatidos há décadas. Nesse contexto, cada vez mais vemos um movimento em prol das cidades sustentáveis e com os veículos elétricos na dianteira, levando a sociedade rumo ao futuro da mobilidade urbana.
Essas preocupações somadas ao medo da escassez de petróleo, faz com que governos, montadoras e pesquisadores do mundo todo busquem alternativas aos motores a combustão. Dessa forma, as principais apostas para o futuro dos transportes rodoviários giram em torno dos carros elétricos.
Embora não seja novidade, visto que os automóveis movidos a energia elétrica são tão antigos quanto os motores a explosão, a tecnologia necessária para melhorar sua autonomia e desempenho só foi desenvolvida recentemente. Assim, os carros elétricos passaram a ser uma opção interessante para a indústria automotiva e para o mundo, uma vez que as vantagens vão além da questão ambiental, elas são econômicas também.
Por ser uma das soluções apontadas como fundamentais para a diminuição dos impactos ambientais e estar de acordo com a meta mundial de zerar as emissões de carbono até 2050, os carros elétricos ganham cada vez mais espaço. Países como os Estados Unidos, bem como os da União Europeia estão em fase de ampliação da oferta de carros elétricos, além de ter como objetivo que suas montadoras deixem de produzir e vender carros a combustão até 2035.
Contudo, no Brasil, essa transformação ocorre de forma morosa. A passos lentos, porém, se consolidando, a estimativa é que em 2030 os carros eletrificados representem de 12% a 22% dos emplacamentos totais. Ou, ainda, entre 32% e 62%, dependendo do rumo que o setor tomar no País. Esses números fazem parte do estudo “O Caminho da Descarbonização do Setor Automotivo” encomendado pela Anfavea, a associação que reúne as fabricantes do País, à Boston Consulting Group (BCG).
Outro dado promissor que aponta que a vez dos carros elétricos no Brasil está próxima é que nos primeiros quatro meses deste ano, foram quase 8 mil carros elétricos vendidos por aqui. Isso equivale a um aumento de 29,4% sobre 2020, segundo a Associação Brasileira de Veículos Elétricos (ABVE). Ou seja, 1,6% de todos os carros vendidos no Brasil são elétricos ou híbridos. Mesmo que estejamos abaixo da média global (4,6%), ainda assim, estamos no caminho.
A estrada para que o Brasil reduza as emissões de poluentes e aumente a quantidade de emplacamento de carros eletrificados ainda é longa.
Exemplo disso é que mesmo com algumas montadoras já disponibilizando modelos híbridos ou inteiramente elétricos aqui, os preços são altos comparados a outros veículos de mesma categoria. Além do mais, são poucos os postos de recarga e a manutenção é cara, com quantidades insuficientes de oficinas capacitadas e peças importadas, o que também impacta e encarece o seguro.
Outro fator é que, para eletrificar a frota de carros que roda no Brasil, exigirá a instalação de milhares de carregadores, ao custo de bilhões de reais. Além, é claro, de subsídios públicos e esforço da indústria.
Contudo, se faz necessário essa substituição, visto que, os projetos de automóveis totalmente elétricos ou híbridos estão cada vez mais eficientes, mostrando-se como alternativa viável para contornar os efeitos da queima de combustíveis fósseis em grande escala, impactando no que se refere ao aquecimento global e a poluição atmosférica, além da iminente escassez de petróleo. Isso mostra que o futuro não é do petróleo, mas sim das baterias. E o Brasil está caminhando para isso, bem como o resto do mundo.