Pouco menos de um terço dos solos do Brasil têm potencial para agricultura

O Brasil possui enorme potencial para a produção agrícola, com uma grande variedade de tipos de solo em todo o território. É o que mostra o Mapa de Potencialidade Agrícola Natural das Terras do Brasil, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgado nesta segunda-feira (5/12), Dia Mundial do Solo. Entre os mais de 500 tipos encontrados no país, cerca de 32% são considerados bons (29,6%) ou muito bons (2,3%) para o desenvolvimento da agricultura.

Contudo, por outro lado, 21,4% dos solos do Brasil se encontram em áreas com restrições significativas para a agricultura e 11% têm restrições muito fortes ao cultivo. Para fazer a medição, o IBGE considerou algumas características como textura, pedregosidade, rochosidade e erodibilidade, a fim de definir se o solo possui condições favoráveis, ou não, ao desenvolvimento agrícola.

O analista da pesquisa, Daniel Pontoni, avisa que o levantamento não considera atribuições legais de determinadas áreas, como as de proteção ambiental e as terras indígenas e quilombolas. “As áreas que possuem algum enquadramento ou atribuição legal devem ser respeitadas de acordo com as leis estabelecidas”, ressalta Pontoni.

Para o analista, a publicação é muito importante para entender as peculiaridades das terras do Brasil, responsáveis pela maior produção de alimentos do mundo. “Buscamos entender melhor o potencial agrícola do solo do Brasil e suas limitações, fazendo uma análise não indicativa de uso, mas interpretativa do solo e do relevo”, comenta.

Com informações Correio Braziliense

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