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O período de final do ano é famoso pela elevada quantidade de atividades, e consequentemente, mais gastos. São confraternizações, amigos secretos, presentes para familiares e amigos, além das organizações para a ceia natalina e réveillon. Apesar de contar com a receita extra com o décimo terceiro salário, é preciso planejar as finanças para não extrapolar o orçamento e entrar em 2023 no vermelho.
Conforme o Mapa da Inadimplência e Negociação de Dívidas no Brasil, desenvolvido pelo Serasa, os dados do relatório de setembro deste ano mostram um aumento de 411 mil novos inadimplentes, frente aos 340 mil registrados entre os meses de julho e agosto. Crescendo pelo nono mês consecutivo, o indicador de inadimplência aponta 68,39 milhões de brasileiros com o nome restrito.
Nesse cenário, Fabiana Lucena, docente do curso de Contabilidade da Estácio, aconselha a necessidade de definir prioridades no orçamento: reconhecer as necessidades e depois planejar os gastos. “Caso esteja em uma situação de endividamento, este é um período importante para tentar negociações, descontos ou parcelamentos com os credores. O décimo terceiro é uma chance de amenizar as finanças e oferecer uma oportunidade para os trabalhadores encerrarem o ano com uma folga financeira”, aponta.
Quitar as dívidas geralmente se apresenta como prioridade no uso do 13.º, porém isto evidencia uma falta de controle durante todo o ano. “A melhor forma de controlar o décimo terceiro, outras rendas ou até mesmo o salário mensal, é elaborar um planejamento. Um planejamento orçamentário dos seus gastos, do que você recebe, para que de fato não fique dependendo dos juros do cartão de crédito ou de cheque especial”, explica.
Com o orçamento em dia, agora sim, pode-se ir às compras. “É importante escrever quais são as necessidades de gastos e adequá-las ao orçamento, fazendo o possível para não utilizar cheque especial nem mesmo cartão de crédito e comprar só aquilo que é realmente necessário”, destaca Lucena.