Venture building: por que sua empresa precisa criar novas startups?

Danilo Brito

CEO da Agência Quantico, Agência Digital, e Idealista da Startup Yuupe, ferramenta de Marketing
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(Imagem: Rawpixel)

A inovação é um desafio enfrentado por diversos empresários no mundo inteiro. Contudo, neste cenário em que vivemos cada vez mais competitivo e globalizado, ser inovador é imprescindível para a permanência no mercado. Assim sendo, podemos dizer que para uma empresa gerar lucros, atrair clientes e aumentar a receita, ela precisa se modernizar e implantar melhorias que agreguem valor aos consumidores. 

Então, independente do segmento de atuação da empresa, manter-se em constante processo de inovação é fundamental para se manter competitivo. Para isso, adotar um modelo de negócio baseado em “Venture Building” além de proporcionar competitividade para o mercado, cria novas oportunidades e incentiva a abertura de startups, gerando um círculo virtuoso. Mas afinal, o que é “Venture Building” e como isso pode ser importante para as empresas?

Para responder essa pergunta, começarei explicando de forma simples e sucinta o que é venture building. Uma tendência que ganha cada vez mais força, o termo se refere a empresas que criam modelos de negócios usando as suas próprias ideias e recursos, “fugindo” das tradicionais modalidades de investimentos. Ou seja, empresas que criam startups dentro da própria empresa. Assim sendo, os venture builders produzem de forma sistêmica novos empreendimentos.

Na prática, venture builders obtêm ideias de negócio a partir de sua própria visão das demandas de mercado e destinam seus recursos e equipes internas para desenvolvê-los. Esse método traz mais celeridade nas tomadas de decisão, beneficia as startups ­(internas) na otimização de recursos, viabiliza o compartilhamento de conhecimento e facilita gerar novas oportunidades de negócios por meio de uma rede de clientes e parceiros.

Exemplo disso é a WE Impact, primeira venture builder dedicada a mulheres líderes de startups. O objetivo da empresa é apoiar o empreendedorismo feminino. Dessa forma, a WE Impact faz investimentos em startups B2B ou B2B2C em estágio inicial que tenham mulheres no quadro societário ou na direção, ajudando-as a construírem startups tecnológicas, escaláveis e globais. Em seu portfólio, a WE Impact tem uma edutech, que é a  Pontue – Aprendizagem Inteligente, plataforma SaaS de aprendizagem e uma retailtech, que também é uma plataforma SaaS focada na digitalização de PMEs. Outros exemplos são as empresas Uber e 99. Ambas são empresas com foco em transporte de passageiros, que diversificaram, e usando sua expertise, expandiram criando startups voltadas para o mercado de delivery.

Assim sendo, compreender a necessidade de colocar a inovação em primeiro plano na estratégia, faz com que a cultura das startups tenha muito a contribuir com qualquer modelo de empresa. Dessa forma, mais do que fazer parceria com alguma startup de fora, as venture builders desenvolvem e dinamizam a evolução da startup dentro da própria empresa, de maneira a reduzir custos e riscos que envolvem a criação de um novo negócio. Logo, as empresas participam do gerenciamento diário da operação e em contrapartida, ganham participação acionária na empresa criada.

Com isso, empresas que adotam esse modelo de negócio baseado no conceito venture building, além de fomentar a inovação de modo a beneficiar outros empresários, empreendedores, organizações e, inclusive, o público consumidor, também contribuem para que novos empreendedores coloquem em ação as suas ideias inovadoras, gerando assim, um círculo virtuoso para a economia e para a sociedade.