Balança comercial de Anápolis já supera US$ 1,2 bilhão

Nos indicadores de Anápolis, a retomada econômica começa a dar bons sinais. O da balança comercial, por exemplo, apresenta índices expressivos de crescimento nos volumes de exportações e importações. O somatório dessas transações comerciais feitas a partir do Município, ultrapassa o valor de US$ 1,2 bilhão. Os dados já consolidados na plataforma do governo são referentes ao período de janeiro a agosto deste ano.

No período, as exportações registraram volume de US$ 199,09 milhões. No mesmo período de 2020, o volume foi de apenas US$ 91,5 milhões. No comparativo, portanto, houve uma variação positiva de 117,6%.

Este ano, até agosto, as importações feitas por Anápolis registraram um volume de US$ 1,043 bilhão. No ano passado, no mesmo período, o volume era de US$ 914 milhões. Portanto, houve um incremento de 14,2% na comparação.

A corrente de comércio, que representa a soma entre os volumes de exportação e importação, de janeiro a agosto deste ano, foi de US$ 1,242 bilhão. No ano passado, no mesmo período, o valor ficou em US$ 1,005 bilhão. Dessa forma, registra-se uma variação positiva de 23,6%.

As importações feitas por Anápolis ainda são muito superiores às exportações, por isso, o saldo da balança comercial apresenta um déficit que, neste ano, de janeiro a agosto, é de – US$ 844 milhões. Não é um resultado ruim, uma vez que o Município abriga um grande parque industrial, com dezenas de empresas que importam insumos para a fabricação de seus produtos, como é o caso da indústria farmacêutica.

Participação e ranking

Ainda, conforme os dados da plataforma Comex Vis, o Município de Anápolis participa com 3,5% do total das exportações de Goiás. É o 8º município no ranking dos municípios exportadores de Goiás. A participação nas exportações do Brasil é de 0,1% e, no ranking nacional de exportadores, Anápolis aparece na 163ª posição.

Em relação às importações, o Município detém 32,2% de participação das importações de Goiás. Ou seja, mais de um terço. Anápolis ocupa, nesse momento, o 1º lugar no ranking de importação no Estado. A participação nas importações do País é de 0,8%. No ranking nacional de importação, Anápolis aparece em destaque, na 29ª posição.

Parceiros

Os principais parceiros comerciais do Município, em relação às exportações, são: Itália (28% de participação); Emirados Árabes Unidos (22%); Espanha (18%); Eslovênia (9,3%) e Tailândia (4,7%).

Em relação às compras internacionais, ou seja, as importações, os principais fornecedores, são: China (31% de participação); Alemanha (20%); Estados Unidos (9,2%); Suíça (8,0%) e Índia (7,1%).

Levando em conta a corrente de comércio (exportações + importações), os principais parceiros internacionais, são: China (26% de participação); Alemanha (17%); Estados Unidos (7,9%); Itália (6,8%) e Suíça (6,8%).

Produtos

Em relação aos produtos da pauta de compras e vendas internacionais feitas por Anápolis, nas exportações, são dois destaques: Tortas e outros resíduos da extração de soja (51% de participação; Ouro (incluindo ouro platinado), em forma bruta, semimanufaturado ou em pó (39%).

Nas importações: Sangue humano; sangue animal preparados para usos terapêuticos, profiláticos ou de diagnóstico; antissoros; vacinas, entre outros (29% de participação); Medicamentos (15%).

Com informações Portal Contexto

Ministério estuda prorrogar por um ano benefício a exportadores

O atraso no transporte de insumos provocado pela pandemia de covid-19 fez o Ministério da Economia estudar a prorrogação, por um ano, das licenças de drawback para empresas exportadoras. Esse benefício prevê a isenção ou a suspensão de tributos para matérias-primas ou insumos usados para fabricar produtos que serão vendidos ao exterior.

Exportadores

Em nota, a pasta informou que a restrição de fluxos comerciais decorrentes da pandemia, que provoca escassez global de itens como chips e determinados tipos de metais, tem prejudicado as operações de drawback. O problema atinge principalmente empresas cujo benefício acaba em 2021. Caso se concretize, será o segundo adiamento. Em 2020, as autorizações haviam sido prorrogadas para o fim deste ano.

“Em razão da continuidade da pandemia de covid-19 e dos consequentes percalços por ela impostos para a realização das operações vinculadas aos regimes de drawback suspensão e isenção, a avaliação em curso no Ministério da Economia também envolve a extensão de prazos concernentes aos atos concessórios cujas validades tenham sido prorrogadas com base na Medida Provisória nº 960, de 30 de abril de 2020, posteriormente convertida na Lei nº 14.060, de 23 de setembro do mesmo ano”, informou o ministério.

Segundo a pasta, a proposta ainda está em fase de discussões internas. Quando o estudo for concluído, o pedido de prorrogação será analisado pelas demais instâncias do governo federal.

Drawback

O drawback foi criado em 1966, para estimular as exportações brasileiras. Esse incentivo cumpre as normas de comércio internacional porque as regras atuais estipulam que nenhum país pode exportar tributos, mesmo embutidos no preço final das mercadorias.

No drawback isenção, o exportador recebe isenção definitiva das matérias-primas e dos insumos usados na fabricação da mercadoria a ser exportada. No drawback suspensão, os tributos são suspensos apenas se o bem for vendido ao exterior. Caso o item não seja exportado, os tributos incidirão sobre as matérias-primas e os insumos.

Fonte: Agência Brasil.

Faturamento da indústria de máquinas cresceu 7,1% em julho

A indústria brasileira de máquinas e equipamentos faturou R$ 17 bilhões em julho, um crescimento de 7,1% em comparação com o mesmo mês do ano passado. Em relação a junho, a variação foi negativa, com queda de 4,3%. Os dados foram divulgados hoje (25) pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

Balanço

Segundo a entidade, era esperado que os dados de julho tivessem menor crescimento na relação interanual. Isso ocorre porque julho de 2020 foi marcado pelo início da recuperação das vendas após o estabelecimento das medidas sanitárias para conter a pandemia da covid-19. O balanço de junho, por exemplo, mostrou crescimento de mais de 45%.

“Como a base do ano passado no segundo semestre é mais alta do que a base do primeiro semestre do ano passado, a tendência de crescimento, que hoje está em 27% em 12 meses, é diminuir um pouco para 20%, mas não que a gente venda menos. A gente vai crescer menos”, explicou José Velloso, presidente da Abimaq.

Alta puxada pelo agronegócio

A alta em julho foi puxada pelos setores ligados ao agronegócio e bens de consumo. Nos últimos 12 meses, as vendas do setor acumulam R$ 202,3 bilhões, alta de 27%.

De janeiro a julho, a receita teve crescimento de 34,3% na comparação com igual período de 2020. O faturamento da indústria de equipamentos nos primeiros sete meses do ano alcançou mais de R$ 118,5 bilhões. A Abimaq segue com uma estimativa de crescimento anual de 18% a 20%.

Empregabilidade

Em relação ao emprego, julho registrou o décimo terceiro crescimento consecutivo no número de pessoas ocupadas no setor. Estão empregadas 363 mil pessoas diretamente. Na comparação com julho do ano passado, foram criados 62,5 mil postos. Houve mais contratações nos setores de fabricantes de máquinas e implementos agrícolas e de máquinas para a indústria de transformação.

Fonte: Agência Brasil.

BB libera R$ 2 bi para recuperação de lavouras atingidas por geada

O Banco do Brasil (BB) vai financiar os agricultores afetados pelas fortes geadas ocorridas no mês de julho em regiões produtoras de café e cana-de-açúcar. Ao todo, pouco mais de R$ 2 bilhões foram reservados para essa ação. O anúncio foi feito durante cerimônia no Palácio do Planalto, com a participação do presidente Jair Bolsonaro, ministros e autoridades. 

“A gente ainda tem uma estimativa de 18% a 20% de perdas, mas que ainda leva um tempo para verificar o tamanho real das perdas que ocorreram com as geadas”, afirmou a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, durante o evento.

Perspectivas iniciais

Levantamento preliminar do governo federal indica que mais de 200 mil hectares de cafezais foram atingidos em Minas Gerais, São Paulo e Paraná, na pior geada em 19 anos.

Parte do recurso para a recuperação dessas lavouras, cerca de R$1,3 bilhão, foi remanejado pelo do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), em decisão tomada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) na semana passada. A outra parte de R$ 1 bilhão será um aporte da carteira de crédito rural do próprio BB, e também será viabilizada para a recuperação de lavouras de cana-de-açúcar, que também tiveram áreas atingidas pela geada em São Paulo e no Mato Grosso do Sul. 

Outros investimentos

Durante a solenidade, o presidente do BB Fausto Ribeiro também anunciou o programa BB Investimento Agro para viabilizar créditos de R$ 8,5 bilhões em diferentes ações voltadas para o setor.

A maior parte desses recursos, cerca de R$ 5,5 bilhões, serão destinados para o financiamento de recuperação de pastagens, projetos de energia renovável, irrigação, produção integrada na avicultura e suinocultura, além da aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas.

Outros R$ 2 bilhões irão para projetos de armazenagem e mais R$ 1 bilhão será aplicado em um consórcio para apoiar pequenos e médios produtores na aquisição de silos, com prazo de até 240 meses.

Fonte: Agência Brasil.

Lucro líquido da Marfrig atinge R$ 1,7 bilhão

A Marfrig apresentou ontem à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) seus resultados fiscais relativos ao segundo trimestre de 2021.

 No período, a companhia registrou receita líquida de R$ 20,6 bilhões, crescimento de 9% na comparação anual. O lucro líquido alcançou R$ 1,7 bilhão, 9% acima do registrado no segundo trimestre de 2020.

O Ebitda Ajustado chegou a R$ 3,9 bilhõess e a margem Ebtida foi de 19%. Dessa forma, a Marfrig registrou a maior receita histórica para um trimestre, consolidando a tendência de crescimento em 2021.

Resultados

Esses resultados foram acompanhados pela menor alavancagem financeira já registrada pela companhia. A Marfrig encerrou o segundo trimestre deste ano com o índice em 1,45x em reais e 1,55x em dólares — considerando-se a relação entre dívida líquida e o Ebtida dos últimos 12 meses.

     “Estamos felizes em anunciar novamente resultados trimestrais históricos. Isso mostra a adequação de nosso modelo de operação e a excelência da nossa gestão”, diz Marcos Molina dos Santos, fundador e presidente do Conselho de Administração da Marfrig.

Com os excelentes resultados alcançados no trimestre, o Conselho da Marfrig aprovou a distribuição aos acionistas de dividendos intermediários no valor de R$ 958,4 milhões. Em abril deste ano, a Marfrig já havia distribuído R$ 141 milhões em dividendos, referentes ao exercício de 2020.

Além disso, o Conselho da Marfrig aprovou o cancelamento de 20 milhões de ações em tesouraria e a criação de um novo programa de recompra de ações de até 26,3 milhões de ações. Essas ações têm como objetivo a criação de valor para os acionistas da companhia.

Operação América do Norte

O grande destaque do período foi a Operação América do Norte — liderada pela National Beef — que bateu recordes em diversos indicadores ao aproveitar um cenário de aumento do volume de abates e do consumo no mercado americano, impulsionado pela chamada barbecue season (ou, temporada do churrasco, que coincide com o verão no hemisfério Norte).

A receita líquida atingiu a marca histórica de R$ 15,5 bilhões (US$ 2,9 bilhões), o que representa um avanço de 7,4% sobre o mesmo período do ano passado. O lucro bruto foi de R$ 4,1 bilhões, com 9,6% de crescimento na comparação anual. Graças a esse desempenho, a América do Norte representou 76% da receita da Marfrig no período.

O Ebtida Ajustado foi de R$ 3,8 bilhões, 8,7% superior ao registrado no segundo trimestre do ano passado, representando 96% do Ebtida total da companhia no trimestre. “A percepção do mercado é que a Marfrig é, cada vez mais, uma empresa americana”, afirma Tang David, vice-presidente de Finanças. “E isso nos traz uma enorme vantagem competitiva global.”

O mercado dos Estados Unidos continua a ser o maior consumidor dos produtos oferecidos pela Operação América do Norte (89%). Entre os mercados internacionais, Japão e Coreia do Sul geram 81% das receitas de exportação da National Beef.

“Fomos beneficiados duplamente no período. A demanda por carne bovina segue alta na região, sobretudo nos Estados Unidos, e aumentamos as receitas do mercado externo, que tiveram reajuste de 30% nos preços”, diz Tim Klein, CEO da Operação América do Norte da Marfrig.

Operação América do Sul

     A Operação América do Sul da Marfrig gerou receita líquida de R$ 5 bilhões, um crescimento de 14,1% na comparação anual. O desempenho é justificado pelo aumento de 21,1% no preço médio de vendas totais na região. O lucro bruto atingiu R$ 389 milhões, e a margem bruta chegou a 7,7%.

    

Exportações

As exportações seguem como destaque e representaram 57,7% da receita total no trimestre. Os maiores mercados da Operação América do Sul da Marfrig continuam sendo a China e Hong Kong, que responderam por 61% das vendas internacionais da companhia.

     “Nosso programa de eficiência operacional foi essencial para o momento desafiador na região. Fomos capazes de capturar R$ 30 milhões no trimestre, seguindo a estratégia de reduzir custos e focar na venda de produtos industrializados”, afirma Miguel Gularte, CEO da América do Sul. No trimestre, os produtos industrializados representaram 15% da receita total da Operação.

     O Uruguai foi o destaque da Operação América do Sul no período. Segundo o Instituto Nacional de Carnes (Inac), os abates aumentaram 33,5% e os preços da arroba caíram 17% na comparação com o segundo trimestre de 2020, o que já sinaliza uma oferta maior de animais nos próximos anos. As informações partem da assessoria de imprensa da Marfrig.

Fonte: Arno Baasch ([email protected]) / Agência SAFRAS

John Deere irá adquirir as fábricas da Joint-Venture Deere-Hitachi

A John Deere (NYSE: DE) anunciou que entrou em um acordo com a Hitachi Construction Machinery para encerrar os contratos de manufatura e vendas da joint-venture Deere-Hitachi.

Novos contratos

A John Deere e a Hitachi entrarão em novos contratos de licenciamento e fornecimento de componentes, o que permitirá à John Deere continuar a fabricar e distribuir a atual linha de escavadeiras da marca Deere nas Américas.

Como resultado dos novos contratos, as seguintes alterações entrarão em vigor em 28 de fevereiro de 2022:

  • A John Deere adquirirá as fábricas da joint-venture Deere-Hitachi, incluindo Deere-Hitachi Kernersville, NC, EUA; Deere-Hitachi Brasil em Indaiatuba, São Paulo; e Deere-Hitachi Specialty Products em Langley, BC, Canadá.
  • A John Deere continuará fabricando escavadeiras de Construção e Florestal da marca Deere atualmente produzidas nas três fábricas da Deere-Hitachi. Essas unidades descontinuarão a produção de escavadeiras da marca Hitachi. A John Deere continuará a oferecer um portfólio completo de escavadeiras, por meio de um acordo de fornecimento com a Hitachi.
  • O contrato de distribuição da John Deere para escavadeiras e equipamentos de mineração da marca Hitachi nas Américas será encerrado. A Hitachi assumirá a distribuição e o suporte de todos estes produtos.

“Por muitos anos, a John Deere e a Hitachi desfrutaram de uma parceria mutuamente bem-sucedida nas Américas”, comenta John Stone, presidente da Divisão de Construção, Florestal e de Motores da John Deere . “À medida que viramos a página para um novo capítulo das escavadeiras Deere, continuamos comprometidos em apoiar nossos clientes de hoje e de amanhã.”

“Olhando para o futuro, a John Deere aproveitará nossa forte tradição de qualidade, desempenho e inovação para acelerar sua liderança em tecnologia na indústria, com máquinas que respondam às necessidades fundamentais para um setor de construção mais inteligente, seguro e sustentável, para que nossos clientes possam moldar o mundo de amanhã”, conclui Stone.

A John Deere e a Hitachi começaram uma relação de fornecimento no início da década de 60. Em 1988, as empresas formaram uma joint-venture para fabricação de escavadeiras em Kernersville, NC, EUA. Em 1998, a Deere-Hitachi expandiu a parceria para incluir a produção de Máquinas Florestais na Deere-Hitachi Specialty Products em Langley, BC, Canadá. 

Em 2001, a John Deere e a Hitachi combinaram seus esforços de marketing e distribuição nas Américas. Em 2014, a manufatura de escavadeiras foi ampliada com a inauguração da fábrica da Deere-Hitachi Brasil, em Indaiatuba, SP, Brasil.

O acordo está sujeito à aprovação regulatória em várias jurisdições, bem como outras condições habituais de encerramento.

Fonte: Divulgação/ John Deere.

Dólar sobe para R$ 5,42 e fecha no maior nível desde maio

As tensões no mercado financeiro internacional voltaram a dominar as negociações nesta quinta-feira (19), fazendo o dólar ultrapassar a barreira de R$ 5,40 e fechar no nível mais alto desde o início de maio. A bolsa chegou a cair 1,58% durante a manhã, mas recuperou-se ao longo do dia e teve a primeira alta após três dias seguidos de perda.

Alta

O dólar comercial fechou o dia vendido a R$ 5,423, com alta de R$ 0,048 (+0,89%). A cotação operou em alta durante toda a sessão, chegando a ultrapassar R$ 5,45 no início das negociações.

Com a valorização nos últimos dias, a divisa acumula alta de 4,09% apenas em agosto. Em 2021, a alta chega a 4,51%.

Ações

No mercado de ações, o dia foi marcado pela leve recuperação. Depois de três quedas seguidas, o índice Ibovespa, da B3, fechou aos 117.165 pontos, com alta de 0,45%. O indicador inverteu a queda registrada pela manhã, após ficar abaixo dos 115 mil pontos, influenciado pela alta das bolsas norte-americanas e pelo movimento de compra de ações depois de alguns papéis terem ficado baratos.

Tanto fatores internos como externos têm provocado nervosismo no mercado nos últimos dias. O dólar subiu em todo o planeta pelo segundo dia seguido, após a ata da última reunião do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) ter indicado que parte dos dirigentes defende o início, ainda este ano, da retirada dos estímulos monetários concedidos durante a pandemia de covid-19.

Variante Delta

Paralelamente, as preocupações com a disseminação da variante Delta do novo coronavírus aumentaram as tensões. Os preços das commodities (bens primários com cotação internacional) continuaram a cair, em meio aos receios de atraso na recuperação econômica global.

No Brasil, as discussões em torno da proposta de emenda à Constituição (PEC) que parcela os precatórios e da reforma do Imposto de Renda (IR) reforçaram os ruídos. Os investidores temem que a PEC crie gastos fora do teto e que as mudanças no IR reduzam a arrecadação, agravando o desequilíbrio das contas públicas.

Fonte: Agência Brasil/ *Com informações da Reuters.

Serviços avançam 1,7% em junho e atingem maior nível em cinco anos

O volume de serviços cresceu 1,7% na passagem de maio para junho, acumulando ganho de 4,4% nos últimos três meses. Com isso, o setor não só ampliou o distanciamento em relação ao nível pré-pandemia, já que se encontra 2,4% acima de fevereiro do ano passado, como também alcançou o patamar mais elevado desde maio de 2016. Os dados são da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) divulgada, hoje (12), pelo IBGE.

Comparação com 2020

Em relação a junho de 2020, o volume de serviços avançou 21,1%, quarta taxa positiva consecutiva. No acumulado do ano, o setor cresceu 9,5% frente a igual período do ano anterior. Em 12 meses, ao passar de -2,1% em maio para 0,4% em junho, manteve a trajetória ascendente iniciada em fevereiro deste ano (-8,6%). Mesmo com o avanço, o setor ainda está 9,1% abaixo do recorde histórico, alcançado em novembro de 2014.

Atividades que mais cresceram

O desempenho do setor em junho foi puxado por todas as cinco atividades investigadas, com destaque para os serviços de informação e comunicação (2,5%), que alcançou o ponto mais alto de sua série. Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (1,7%) e serviços prestados às famílias (8,1%) também se sobressaíram no período.

Com menores impactos no índice geral, vieram os serviços profissionais, administrativos e complementares (1,4%) e os outros serviços (2,3%), que mostraram crescimento acumulado no período maio-junho de 3,6% e 3,5%, respectivamente.

“Embora todas as atividades tenham avançado, esse resultado se deve, principalmente, a um conjunto de serviços que se beneficiou da própria pandemia ou não foi tão afetado por ela. São setores mais dinâmicos, mais focados em inovação, em capital do que em mão de obra, que conseguiram se reposicionar aproveitando as oportunidades geradas pela pandemia, dado o efeito que ela teve na atividade econômica”, explica o analista da pesquisa, Rodrigo Lobo.

“São serviços que foram impulsionados desde meados do ano passado, como os serviços de tecnologia da informação, consultoria empresarial, serviços financeiros auxiliares, transporte de carga, apoio logístico e armazenagem de mercadorias, por exemplo. Esses segmentos não estão correlacionados com a prestação de serviços presenciais, e estão mostrando um dinamismo significativo, colocando o setor de serviços, em junho de 2021, no patamar de maio de 2016”, acrescenta ele.

“Serviços prestados às famílias, impulsionados pelo segmento de alojamento e alimentação, tiveram a terceira taxa positiva em junho, avançando no período 40,3%, depois de ter sofrido impacto, em março deste ano (-28,0%), com o fechamento ou a limitação de funcionamento de estabelecimentos considerados não essenciais para controle da disseminação do vírus. Essa atividade, contudo, ainda opera 22,8% abaixo do período pré-pandemia, porque ainda há algum receio da população em consumir serviços dessa natureza, além das restrições de funcionamento em alguns estabelecimentos”, observa o analista do IBGE.

Em junho, 23 das 27 unidades da federação tiveram crescimento no volume de serviços, frente ao mês anterior. Entre os locais com taxas positivas, o impacto mais importante veio de Rio de Janeiro (5,4%), seguido por São Paulo (0,5%), Minas Gerais (2,4%), Rio Grande do Sul (3,4%), Pernambuco (5,4%), Santa Catarina (3,1%) e Distrito Federal (3,3%). Por outro lado, Mato Grosso (-5,0%), Bahia (-0,8%) e Tocantins (-1,8%) registraram as únicas retrações no período. Alagoas (0,0%) ficou estável.

Em relação a junho de 2020, serviços crescem 21,1%

Já na comparação com junho de 2020, o volume de serviços, ao avançar 21,1%, registrou a quarta taxa positiva seguida. E é a terceira acima dos 20 pontos percentuais. Esse crescimento foi acompanhado por todas as cinco atividades e contou ainda com crescimento em 83,1% dos 166 tipos de serviços investigados.

Serviços fecham semestre com avanço de 9,5%

Com o avanço de 21,1% em junho, o setor de serviços fechou o primeiro semestre deste ano com crescimento de 9,5%, com avanços em todas as cinco atividades pesquisadas e em mais da metade (63,3%) dos 166 tipos de serviços investigados. Entre os setores, as contribuições positivas mais importantes ficaram com transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (14,8%) e informação e comunicação (8,4%).

“Até o acumulado de maio apenas os serviços prestados às famílias estavam no campo negativo. Com as informações de junho, esse segmento se juntou aos demais no campo positivo. Todos cresceram em qualquer comparação”, ressalta Rodrigo Lobo.

Índice de atividades turísticas cresce, mas ainda não retornou ao nível pré-pandemia

O índice de atividades turísticas avançou 11,9% em junho na comparação a maio. É a segunda taxa positiva seguida, período em que acumulou crescimento de 43,0%. O turismo ainda necessita crescer 29,5% para retornar ao patamar pré-pandemia, em fevereiro do ano passado.

Todas as doze unidades da federação observadas nesse indicador apresentaram taxas positivas, com destaque para São Paulo (5,3%), seguido por Rio de Janeiro (12,4%) e Minas Gerais (19,7%).

Mais sobre a pesquisa

A PMS produz indicadores que permitem acompanhar o comportamento conjuntural do setor de serviços no país, investigando a receita bruta de serviços nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais pessoas ocupadas, que desempenham como principal atividade um serviço não financeiro, excluídas as áreas de saúde e educação. Há resultados para o Brasil e todas as unidades da federação. Os resultados podem ser consultados no Sidra.

Fonte: Agência IBGE de Notícias.

Pequenas indústrias apresentam evolução positiva no segundo trimestre

Diferentemente dos primeiros meses do ano, o segundo trimestre de 2021 foi marcado pela evolução positiva das pequenas indústrias. Segundo o Panorama da Pequena Indústria, houve melhora na situação financeira, na confiança e nas perspectivas dos micros e pequenos empresários.

Levantamento

O levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostrou que os indicadores de desempenho não estão só mais elevados ante o trimestre anterior, como também em relação ao mesmo período de anos anteriores.

“Para os próximos meses, há uma expectativa de novo aumento desse indicador, em decorrência: do avanço da vacinação no Brasil, que está atingindo faixas etárias que abarcam a população economicamente ativa; do aumento do volume de produção; e da manutenção da criação de empregos no setor industrial”, aponta o relatório técnico do Panorama.

A média do segundo trimestre de 2021 registrou 46,5 pontos, resultado que está acima da média do primeiro trimestre de 2021 (43,9 pontos) e do segundo trimestre de 2020 (34,1 pontos, influenciado pela pandemia). 

Melhora das condições financeiras da pequena indústria

O Índice de Situação Financeira das pequenas indústrias alcançou 42,3 pontos, o que representa um aumento de 4,5 pontos em relação ao primeiro trimestre de 2021. A melhora está relacionada à satisfação com o lucro operacional e com a facilidade de acesso ao crédito no período.

As novas medidas creditícias para MPMEs, como a renovação e a permanência do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) ampliam a possibilidade de acesso ao crédito pelo segmento e, possivelmente, impactam positivamente a expectativa dos agentes.

Principais problemas da pequena indústria no segundo trimestre de 2021

A falta ou o alto custo de matéria-prima e a elevada carga tributária permanecem nos primeiros lugares do ranking de principais problemas enfrentados pelas MPMEs no segundo trimestre de 2021.

A falta ou o alto custo de matéria-prima se manteve como principal obstáculo para as empresas dos setores de transformação e de construção (com 60,4% e 58,5% de assinalações, respectivamente), mas ficou em segundo lugar no ranking de problemas para os empresários do setor de extração (36,2%). 

Aumento na confiança e perspectivas reflete retomada e otimismo

Os empresários estão otimistas para os próximos meses. O aumento do Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) para pequenas indústrias e do Índice de Perspectivas apontam que MPMEs têm expectativa de melhora e pretendem manter o ritmo de recuperação da atividade.

O ICEI alcançou 60,9 pontos em julho de 2021, após três aumentos consecutivos do indicador e segue acima da média histórica (52,5 pontos).

Enquanto o indicador das perspectivas da pequena indústria apontou aumento de 0,5 ponto em julho de 2021, alcançando 52,6 pontos.

Sobre o Panorama da Pequena Indústria

O Panorama da Pequena Indústria elenca quatro indicadores: desempenho, situação financeira, perspectivas e índice de confiança. Todos os índices variam de 0 a 100 pontos. Quanto maior ele for, melhor é a performance do setor.

A composição dos índices leva em consideração itens como volume de produção, número de empregados, utilização da capacidade instalada, satisfação com o lucro operacional e situação financeira, facilidade de acesso ao crédito, expectativa de evolução da demanda e intenção de investimento e de contratação.

A pesquisa é divulgada trimestralmente com base na análise dos dados da pequena indústria levantados na Sondagem Industrial, na Sondagem Indústria da Construção e no Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI). Todos os meses, as pesquisas ouvem mais de 900 empresários de empresas de pequeno porte. 

Fonte: Agência CNI de Notícias.

Setor Produtivo: Ministério e CNI simplificam acesso a produtos e serviços financeiros

O secretário especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia (Sepec/ME), Carlos Da Costa, e o presidente da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), Robson Braga de Andrade, assinaram o Memorando de Entendimento que visa simplificar o acesso ao crédito para viabilizar investimentos, giro e a operação industrial.

Como funcionará a medida?

A medida contribuirá para o aumento da produtividade, da sustentabilidade e da competitividade da indústria brasileira, além de permitir às empresas maior chance de aprovação de financiamentos e inclusão financeira, inclusive por meio de ações conjuntas no âmbito da Rede de Núcleos de Acesso ao Crédito (Rede NAC-CNI) presentes nas unidades das federações das indústrias nos estados.

Fortalecimento da indústria

A conjunção dos esforços pretende fortalecer a indústria, aumentar a produtividade e competitividade empresarial e gerar emprego e renda; ampliar o acesso a produtos e serviços financeiros pelas Micro e Pequenas Empresas (MPE) e pelos Microempreendedores Individuais (MEI), por meio da integração da Plataforma Programa de Simplificação do Acesso a Produtos e Serviços Financeiros para os Pequenos Negócios (CredMei/CredMPE) aos Núcleos de Acesso ao Crédito (NAC) da CNI; oferecer cursos voltados a esse público no portal do empreendedor.

Pequenos negócios

Além disso, pretende-se incentivar a formalização dos pequenos negócios; promover ações voltadas à educação financeira; difundir conhecimentos e oportunidades de acesso ao crédito por meio do portal do empreendedor; apoiá-los na elaboração de projetos de investimentos; promover o intercâmbio de informações, estudos e projetos, e integrar as iniciativas da Sepec ao segmento da indústria.

Fonte: Comunicação/ Ministério da Economia.