Colheita de milho safrinha 2021 atinge 72,7% da área estimada, diz Safras

Segundo o levantamento feito pela consultoria, o estado com a colheita mais adiantada neste momento no país é Goiás, com 96,5%

A colheita da safrinha 2021 de milho atingia 72,7% da área estimada de 14,402 milhões de hectares na sexta-feira, 13, segundo levantamento divulgado pela consultoria Safras & Mercado.

Dados por estado

Os trabalhos atingem 38,7% no Paraná, 51,1% em São Paulo, 68,9% em Mato Grosso do Sul, 59,7% em Goiás, 96,5% em Mato Grosso e 48,3% em Minas Gerais.

Comparação com 2020

No mesmo período do ano passado, a colheita atingia 80,6% da área estimada de 13,270 milhões de hectares. A média de colheita dos últimos cinco anos para o período é de 85,5%.

Matopiba

Na região do Matopiba, a colheita atingia 80,3% da área cultivada de 1,078 milhão de hectares até sexta-feira, 13.

A colheita atinge 93,6% da área na Bahia, 82,4% no Maranhão, 89,3% no Piauí e 67,3% no Tocantins. No mesmo período do ano passado, a colheita estava concluída em 81,8% da área cultivada de 935 mil hectares.

Fonte: Agência Safras.

Com oferta crescente, mercado do boi segue estável no Brasil

O mercado físico de boi gordo registrou preços estáveis nesta terça-feira. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o volume ofertado segue positivo, resultando em um confortável posicionamento das escalas de abate em grande parte das regiões produtoras.

“O Rio Grande do Sul ainda figura como exceção, com volume menos expressivo de oferta e com preços em alta”, disse Iglesias. 

Cotações

No geral, as pastagens estão degradadas e o pecuarista não encontra boas condições para reter os animais no pasto, levando ao auge da safra de boi  gordo. “Na entressafra, a dinâmica será outra, com a potencial redução do confinamento de primeiro giro em função do avanço dos custos pecuários. Ou seja, o mercado voltará a se deparar com um quadro pautado pela restrição de oferta”, completou.

Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou a R$ 304 – R$ 305. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 290 a arroba. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 290. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 302. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 297 a arroba.

Atacado

No mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem acomodados. Conforme Iglesias, o ambiente de negócios sugere por menor espaço para reajustes durante a segunda quinzena do mês, período que conta com menor apelo ao consumo. “Além disso, a carne de frango ainda dispõe da predileção do consumidor médio que ainda opta por proteínas que causem um menor impacto em sua renda média, consequência do lento processo de recuperação econômica no decorrer de 2021”, disse o analista.

Resultados

Com isso, o corte traseiro teve preço de R$ 20,45 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 18 o quilo, e a ponta de agulha permaneceu em R$ 17,95 o quilo.

Fonte: Agência Safras.

Preços da soja devem subir e negócios podem melhorar no Brasil

A previsão é de que os preços domésticos da soja deverão seguir firmes nesta segunda-feira nas principais praças do país. Com dólar e Chicago subindo, além de melhores cotações, a tendência é de retorno dos vendedores ao mercado.

Com a boa alta da bolsa norte-americana, os preços da oleaginosa tiveram ganhos consistentes nas principais praças do país e houve uma melhora na negociação da última sexta-feira.

Cotações

Em Passo Fundo, Rio Grande do Sul, a saca de 60 quilos subiu de R$ 167,50 para R$ 170,00. Na região das Missões, a cotação avançou de R$ 166,50 para R$ 169,00. No porto de Rio Grande, o preço aumentou de R$ 170,50 para R$ 174,00.

Oferta e demanda

As exportações de soja do Brasil deverão totalizar 90 milhões de toneladas em 2022, acima dos 86 milhões projetados para 2021. A previsão faz parte do quadro de oferta e demanda brasileiro e indica um aumento de 5% entre uma temporada e outra.

Safras indica, também, esmagamento de 48,5 milhões de toneladas em 2022 e de 46,7 milhões de toneladas em 2021. O aumento está projetado em 4%. A estimativa é que as importações atinjam 400 mil toneladas em 2022, com recuo de 53%.

Perspectivas

Em relação à temporada 2022, a oferta total de soja deverá subir 5%, passando para 147,41 milhões de toneladas. A demanda total está projetada por Safras em 142,1 milhões de toneladas, crescendo 4% sobre o ano anterior. Desta forma, os estoques finais deverão subir 11%, passando de 4,77 milhões para 5,31 milhões de toneladas.

Fonte: Agência Safras.

Demanda por frango cresce com preço proibitivo da carne bovina

O mercado brasileiro de frango registrou mais uma semana de demanda aquecida, em meio ao cenário proibitivo de preços da carne bovina. O analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Iglesias, sinaliza que houve novos ajustes nos preços dos cortes congelados e resfriados, ainda que tenham ocorrido poucas alterações nos preços pagos aos produtores pelo quilo vivo do frango.

Nutrição animal

Iglesias ressalta que os custos de nutrição animal seguem como uma preocupação ao mercado, especialmente a partir da segunda metade do mês, que oferece menor espaço para reajustes nas cotações. O bom movimento de negócios observado na exportação, contudo, tende a ajudar a sustentar os preços do frango.

De acordo com levantamento semanal de SAFRAS & Mercado, no atacado de São Paulo os preços tiveram alterações para os cortes congelados de frango. No atacado, o preço do quilo do peito passou de R$ 9,25 para R$ 9,50, o quilo da coxa de R$ 8,00 para R$ 8,20 e o quilo da asa de R$ 11,00 para R$ 11,20. Na distribuição, o preço do quilo do peito subiu de R$ 9,50 para R$ 9,75, o quilo da coxa de R$ 8,10 para 8,40 e o quilo da asa de R$ 11,20 para R$ 11,40.

Dados de acordo com o tipo de corte

Nos cortes resfriados vendidos no atacado, o cenário também foi de modificações durante a semana. No atacado, o preço do quilo do peito avançou de R$ 9,35 para R$ 9,60, o quilo da coxa de R$ 8,10 para R$ 8,30 e o quilo da asa de R$ 11,10 para R$ 11,30. Na distribuição, o preço do quilo do peito aumentou de R$ 9,60 para R$ 9,85, o quilo da coxa de R$ 8,20 para R$ 8,50 e o quilo da asa de R$ 11,30 para R$ 11,50.

Exportações

As exportações de carne de aves e suas miudezas comestíveis, frescas, refrigeradas ou congeladas do Brasil renderam US$ 147,848 milhões em agosto (5 dias úteis), com média diária de US$ 29,569 milhões. A quantidade total exportada pelo país chegou a 83,605 mil toneladas, com média diária de 16,721 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 1.768,40.

Na comparação com agosto de 2020, houve alta de 36,56% no valor médio diário, ganho de 3,14% na quantidade média diária e avanço de 32,41% no preço médio. Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

Dados de mercado

O levantamento realizado por SAFRAS & Mercado nas principais praças de comercialização do Brasil apontou que, em Minas Gerais, o quilo vivo seguiu em R$ 6,00. Em São Paulo o quilo permaneceu em R$ 6,00.

Na integração catarinense a cotação do frango continuou em R$ 4,25. No oeste do Paraná o preço avançou de R$ 5,50 para R$ 5,65. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo seguiu em R$ 5,60.

No Mato Grosso do Sul o preço do quilo vivo do frango seguiu em R$ 5,80. Em Goiás o quilo vivo continuou em R$ 5,80. No Distrito Federal o quilo vivo permaneceu em R$ 6,00.

Em Pernambuco, o quilo vivo seguiu em R$ 6,30. No Ceará a cotação do quilo prosseguiu em R$ 6,30 e, no Pará, o quilo vivo continuou em R$ 6,50.

Fonte: Agência Safras

STIHL investe no Brasil e aplicará R$ 514 milhões em 2021

A STIHL investirá um total de R$ 514 milhões na fábrica brasileira ao longo de 2021. De acordo com o presidente da empresa, Cláudio Guenther, foi adicionado um valor de R$ 140 milhões ao orçamento inicial que previa R$ 374 milhões a serem aplicados. “Esse investimento anual recorde na história da STIHL Brasil é fruto da confiança da família Stihl na nossa capacidade e qualidade de produção. Assim, seguiremos nossa tradição de desenvolver e oferecer soluções com tecnologia de ponta, à altura das exigentes necessidades do consumidor atual”, conclui Guenther.

Unidade Brasileira

Além do aporte, a unidade brasileira da marca fechou o primeiro quadrimestre de 2021 com um crescimento de 49% no faturamento, somando R$ 1,056 bilhão, comparado ao mesmo período do ano passado. Da mesma forma, as vendas de unidades motoras até abril também apresentam excelente desempenho, com crescimento de 41% em relação a 2020.

Resultados expressivos

As vendas da empresa registraram um crescimento de 32,7%, especialmente no segundo semestre, e o faturamento subiu 51,2% – sendo metade deste valor correspondente à exportação. O market share da STIHL cresceu 6% no ano passado e consolidou ainda mais a empresa na liderança estratégica no mercado brasileiro. Esse resultado também contribuiu para que a empresa encerrasse o ano com um aumento de 21% no quadro de funcionários.

Fonte: Comunicação/ STIHL do Brasil.

Receita Federal define prazo e regras para entrega da DITR/2021

A Declaração do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural 2021 deve ser enviada pela internet no período de 16/08 a 30/09 por donos de imóveis rurais.

Pessoas e empresas que são proprietárias, titulares do domínio útil ou possuidoras a qualquer título do imóvel rural estão obrigadas a apresentar a DITR, menos aquelas que são isentas ou imunes.

Como elaborar a declaração?

O contribuinte deve elaborar a declaração no computador, por meio do Programa Gerador da Declaração do ITR, disponibilizado na página da Receita Federal http://www.gov.br/receitafederal e transmiti-la pela Internet.

O prazo para a entrega inicia em 16 de agosto e termina em 30 de setembro de 2021, caso o cidadão não transmita a DITR nesse período, pagará multa de 1% ao mês ou fração de atraso, lançada de ofício e calculada sobre o total do imposto devido.

Em caso de erros ou ausência de informação, o que fazer?

Se, após a apresentação da declaração, o contribuinte perceber erros ou falta de informações, poderá enviar uma declaração retificadora, que substitui totalmente a originalmente apresentada. Assim é necessário que contenha todas as informações anteriormente prestadas, com as alterações e exclusões necessárias para corrigi-la, bem como as informações adicionadas, se for o caso.

O valor do imposto pode ser pago em até quatro quotas iguais, mensais e sucessivas, sendo que nenhuma quota pode ter valor inferior a R$ 50,00. O imposto de valor inferior a R$ 100,00 deve ser pago em quota única. A quota única ou a primeira quota deve ser paga até o dia 30 de setembro de 2021, último dia do prazo para a apresentação da DITR.

Como pagar?

O imposto pode ser pago por transferência bancária somente nos bancos autorizados ou por meio de Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf), em qualquer agência bancária integrante da rede arrecadadora de receitas federais.

Normas

Todas as regras para a entrega da DITR/2021 estão definidas na IN RFB 2.040 de 30 de julho de 2021, publicada no DOU de hoje. A norma destaca ainda que também está obrigada a entregar a declaração a pessoa física ou jurídica que, entre 1º de janeiro de 2021 e a data da efetiva apresentação da declaração, perdeu a posse do imóvel rural ou o direito de propriedade pela transferência ou incorporação do imóvel rural ao patrimônio do expropriante.

Em 2020 foram entregues 5,8 milhões de declarações de ITR. Para este ano, a expectativa é de que 5,9 milhões de documentos sejam recebidos pela Receita Federal.

Fonte: Comunicação/ Receita Federal
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Produtores de cacau ganham aplicativo para rastrear produção

Com o aumento da demanda por cacau sustentável, os produtores brasileiros ganham uma nova facilidade para adaptarem a produção às necessidades globais e monitorar os dados em suas mãos.

Farmforce e CocoaWise™

O Farmforce, aplicativo da plataforma CocoaWise™ da Cargill, permite maior transparência e eficiência entre a organização e os pequenos produtores, o que gera valor mútuo e detalha a origem dos produtos.

Como funciona?

Focado no gerenciamento da agricultura familiar, o Farmforce usa a tecnologia móvel para substituir os processos tradicionais baseados em papel. Assim, é possível fazer a rastreabilidade do campo, aumentar a gestão e a transparência das informações, simplificar as auditorias e ter uma documentação sobre os padrões de sustentabilidade mais usados, como o Rainforest Alliance.

Por meio da ferramenta, os produtores têm ajuda em planos de gerenciamento de fazendas sob medida, sempre com o objetivo de aumentar a produtividade e melhorar indicadores sustentáveis. Além disso, para a Cargill, este sistema reúne dados da fazenda, como geolocalização, saúde da colheita e histórico para se comunicar com os produtores.

Benefícios para o produtor

Rafael de Araujo Ferraz, produtor da Zona do Brejo Mole Ituberá, na Bahia, foi um dos primeiros a ter acesso ao Farmforce e já consegue ver os benefícios na sua produção. “O uso na propriedade está sendo uma experiência muito boa. O aplicativo vem se tornando uma ferramenta útil na gestão. Ele é autoexplicativo e de fácil manejo. Na minha opinião, o maior benefício é você ter o controle da sua produção e produtividade de uma forma fácil e simples na palma da mão. Esse é o futuro para quem trabalha com o ramo alimentício. Buscar uma melhor remuneração por parte da indústria que está nos oferecendo um diferencial. E assim, já que podemos conhecer nossos gargalos e assim tornar a propriedade mais eficiente e moderna”, explica.

Quais são as ferramentas globais da Cargill?

FarmForce faz parte do conjunto digital de ferramentas globais da Cargill CocoaWise™, uma plataforma criada com o objetivo de fornecer serviços a todos os atores da cadeia de valor: para agricultores e suas comunidades, bem como clientes e outros stakeholders.

Com essa visibilidade maior, os clientes poderão se conectar com fornecedores de cacau e ver, em primeira mão, o impacto dos investimentos realizados em iniciativas importantes, que atendam às necessidades dessas comunidades. Nesta lista de atividades, é possível acompanhar capacitações em agricultura sustentável, cursos de empreendedorismo para mulheres e programas nutricionais para famílias.

Comprometimento e transparência

A Cargill está comprometida com a transparência, rastreabilidade e confiança em suas cadeias de suprimento de cacau para contribuir com um setor próspero para as gerações futuras, com benefícios duradouros para os produtores e suas comunidades. O conjunto de ferramentas CocoaWise™ e o Farmforce são as próximas etapas nesta jornada para obter, fabricar e comercializar ingredientes de cacau 100% sustentável até o ano de 2030.

“Trabalhamos lado a lado com os produtores de cacau, dia após dia. Sabemos o que eles cultivam, como é cultivado e o que as comunidades precisam para continuar a tornar o cacau mais sustentável. Por anos, temos colocado tecnologia para ajudar os agricultores a fazer isso. Isso nos permitirá reunir os dados de nossa cadeia de abastecimento de maneiras mais poderosas e ajudar os produtores a melhorar as suas práticas agrícolas”, afirma Laerte Moraes, diretor do negócio de Cacau e Chocolate da Cargill no Brasil.

Fonte: Comunicação/ Cargill.

Brasil alcança 150 novos mercados externos para produtos agropecuários

Negociações bilaterais com outros países têm ampliado o leque de novos mercados para os produtos agropecuários brasileiros. Os acordos conduzidos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) levam em consideração parâmetros de sanidade e resultaram na marca de 150 mercados abertos em 43 países, desde janeiro de 2019.

Quais foram os destaques?

A abertura mais recente, neste mês de agosto, foi de pescados brasileiros para o México. No mês passado, houve a formalização de quatro novas possibilidades de acesso: sêmen de búfalos para a Turquia, sementes de melão para a Nicarágua, de café arábica para o Equador e de coco para a Costa Rica.

O trabalho realizado pelo Mapa permite a diversificação de possibilidades de exportação para os produtores brasileiros, com o propósito de reduzir a concentração da pauta exportadora tanto em produtos, quanto em destinos.

Por que os mercados foram abertos?

Aberturas de mercados são resultado de negociações bilaterais que culminam no acordo dos parâmetros de sanidade a serem atestados e do certificado correspondente, sanitário, fitossanitário ou veterinário, que passará a ser aceito pelo país importador nos pontos de entrada da mercadoria.

Do total dos 150 novos mercados, 74 são nas Américas, 57 na Ásia, 18 na África e um na Oceania.

A abertura de mercados, no entanto, não significa a ampliação imediata do comércio. É preciso, ainda, um trabalho de preparação do produtor e do exportador para atender às demandas de cada um desses novos clientes, além do desenvolvimento de atividades de promoção comercial e de divulgação.

Exportações de 2021

De janeiro a junho de 2021, as exportações brasileiras do agronegócio somaram US$ 61,49 bilhões, o que representou um crescimento de 20,8% em relação ao exportado no mesmo período em 2020. Trata-se de montante recorde para o primeiro semestre em termos de exportações do setor, uma vez que o maior valor já registrado para o período até então havia sido em 2020 (US$ 50,90 bilhões).

O papel do agronegócio

O agronegócio representou 45,3% das exportações totais brasileiras no primeiro semestre de 2021.

As importações do agronegócio, por sua vez, alcançaram a cifra de US$ 7,50 bilhões no semestre, ou seja, 20,2% acima dos US$ 6,24 bilhões registrados no mesmo período do ano anterior. O saldo da balança comercial do setor foi de US$ 53,99 bilhões, o que compensou o déficit de US$ 17,26 bilhões dos demais setores.

Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Mercado cervejeiro cresce no Brasil e aumenta interesse pela produção nacional de lúpulo e cevada

Lúpulo e cevada são ingredientes essenciais para a fabricação da cerveja e a produção desses insumos no Brasil tende a aumentar para atender a demanda interna, que também é crescente. Em 2020, o Brasil chegou a um total de 1.383 cervejarias registradas no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), um aumento de 14,4% em relação ao ano anterior, segundo o Anuário da Cerveja 2020. O Dia Internacional da Cerveja é comemorado desde 2007, toda primeira sexta-feira do mês de agosto. 

Cervejas artesanais

O lúpulo, planta da espécie humulus lupulus, utilizado na produção de cervejas, é responsável pelo aroma e amargor da bebida. No Brasil, o crescimento da produção de cervejas artesanais ampliou a procura por lúpulo de qualidade, principalmente porque esse tipo de bebida exige maior quantidade do produto na composição.

Para atender a essa demanda, nos últimos anos, produtores brasileiros iniciaram o cultivo de lúpulo no país, já que a indústria cervejeira importa quase 100% dessa matéria-prima. Dados extraídos da plataforma Comex Stat, do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), apontam que, em 2020, o Brasil importou 3.243 mil toneladas do insumo, o equivalente a US$ 57 milhões.

“A mudança no mercado cervejeiro do Brasil, com alteração de consumo para produtos de maior valor agregado e maior uso de matérias primas, tende a pressionar mais o consumo de malte e de lúpulo. Proporcionalmente, essas cervejas utilizam muito mais lúpulo e com a ampliação da quantidade de cervejarias, nota-se que estão entrando no mercado mais cervejarias de menor porte e cervejarias artesanais que notoriamente utilizam-se desses produtos mais especiais, com uma maior quantidade de malte e lúpulo”, explica o coordenador-geral de Vinhos e Bebidas do Mapa, Carlos Müller. 

Incentivo

Com o objetivo de desenvolver subsídios para promover o fortalecimento de uma cadeia produtiva para o lúpulo no Brasil, em outubro de 2020, o Mapa, por meio da Secretaria de Agricultura Familiar, iniciou um projeto de cooperação técnica junto ao Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) para identificar oportunidades, articular parcerias e elaborar um plano de viabilidade técnica e econômica para produção de lúpulo no país. 

“O cultivo de lúpulo brasileiro é hoje uma crescente realidade, já existindo fazendas que estão produzindo com produtividade e qualidade comercial competitiva com o lúpulo importado. A existência de uma produção brasileira pode baratear os custos das cervejarias no futuro, que podem ter um grande diferencial ao usar lúpulos frescos, recém colhidos, e até mesmo em forma de produtos avançados como extratos e óleos essenciais”, destaca o consultor do projeto Mapa/IICA, Stéfano Gomes Kretzer.

O lúpulo é uma cultura de alto valor agregado e não precisa de grandes extensões territoriais para ser cultivado. “Em áreas de 0,5 ou 1 hectare, o produtor já possui um bom retorno financeiro se comparado a outras culturas neste mesmo espaço de área. Diante disso, trata-se de uma cultura que pode ser uma excelente oportunidade para agricultura familiar, gerando mais renda, desenvolvimento e ajudando a manter as famílias no campo”, ressalta Kretzer.

O coordenador-geral de Projetos de Fomento e Infraestrutura do Mapa, Gabriel Assmann, explica que ao entender mais sobre esta nova cultura, sua viabilidade financeira, o cenário atual e as demandas, será possível promover ações de fomento e apoio à cadeia produtiva no país, através de planos de ação específicos voltados para o desenvolvimento do cultivo de lúpulo no Brasil. “Após a finalização do estudo, que acontece no âmbito da parceria entre o Mapa e o IICA, será possível desenvolver programas de Estruturação Produtiva para destinação de equipamentos para colheita e beneficiamento para cooperativas de produtores”.

Produção

Levantamento da Associação Brasileira de Produtores de Lúpulo (Aprolúpulo), que contou com a colaboração de 109 produtores de todo o país, mostra que o Brasil tem cerca de 42 hectares cultivados, o que representa um crescimento de 110% com relação ao ano anterior, e a produção total aproximada gira em torno de 24 toneladas. Santa Catarina é o estado que tem maior percentual de produtores (27%), seguido por Rio Grande do Sul (22%), São Paulo (18%), Paraná (7%), Minas Gerais (6%) e Rio de Janeiro (5%). Em relação à área cultivada, Santa Catarina também ocupa o primeiro lugar, com um total de 12,105 hectares de área plantada.

As variedades de lúpulo mais plantadas no país, em ordem, são: Cascade, Comet, Chinook, Columbus, Nugget, Saaz, Hallertau Mittelfrüeh, Hallertau, Magnum, Centennial e Zeus.

O Brasil é o 3º maior produtor de cerveja do mundo, atrás apenas de China e Estados Unidos, segundo pesquisa publicada em 2020 pela Barth-Haas Group. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CervBrasil), a produção nacional é de aproximadamente 14 bilhões de litros por ano e representa 1,6% do Produto Interno Bruto (PIB), com faturamento de R$ 100 bilhões/ano e geração de 2,7 milhões de empregos.

Malte

Outro insumo que compõe cerveja é a cevada, matéria-prima do malte, principal fonte de açúcares fermentáveis, que confere corpo, cor, aromas e sabores para a bebida. Para que possa ser utilizado, o cereal passa por processamento para produção do malte cervejeiro, que se dá em três etapas distintas:  maceração, germinação e secagem.

Segundo a Embrapa Trigo, a produção de cevada em 2019 (429,4 mil toneladas) foi recorde no Brasil. Em 2020, em função de problemas climáticos no Rio Grande do Sul (déficit hídrico e geada tardia) e redução da área plantada devido às incertezas trazidas pela pandemia da Covid-19, a produção caiu para 374,4 mil toneladas. Em 2021, a expectativa é de recuperação, com produção esperada de 424,1 mil toneladas.

A procura por cevada é cada vez maior, puxada pelo crescimento do mercado cervejeiro. “A demanda tem aumentado em função da demanda por malte, atualmente na ordem de 1,6 milhão de tonelada. Considerando que tenha sido importado o mesmo volume de 2019 em 2020, o Brasil estaria importando em torno de 68% desse volume demandado e produzindo cerca de 32% da demanda nacional”, destaca o pesquisador em Genética e Melhoramento (culturas anuais) da Embrapa Trigo, Aloísio Vilarinho.

Em 2019 foram comercializados no mundo 31 milhões de toneladas de grãos de cevada e em torno de 8 milhões de toneladas de malte. No mesmo ano, o Brasil importou 671 mil toneladas de grãos de cevada, ocupando o 11º lugar entre os maiores importadores de cevada do mundo. Importou também 1,09 milhão de tonelada de malte, ficando em primeiro lugar entre os maiores importadores mundiais de malte.

Fonte: Ascom/ Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Emater inicia colheita de 100 hectares de milho para disponibilizar sementes a agricultores familiares

A Estação Experimental Santa Vitória, unidade de pesquisa da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater) em Araçu, deu início nesta terça-feira (03) à colheita de sementes de milho que serão disponibilizadas a preços acessíveis aos agricultores familiares do Estado. São cerca de 100 hectares plantados de AL Bandeirante e Emgopa 501, cultivares com propriedades de alto padrão genético.

Ação

A iniciativa integra o Programa de Produção de Mudas e Sementes da Emater, que visa ofertar produtos por valores competitivos aos pequenos produtores rurais goianos. Nesta safra, serão distribuídos seis mil sacos de sementes, com 20 quilos cada, para as 12 Unidades Regionais da instituição, que por sua vez são responsáveis pela comercialização dos materiais.

“São cultivares com custo-benefício muito bom para os produtores”, explica o engenheiro agrônomo da Emater, Vitor Guerra. De acordo com ele, os materiais são ideais para agricultores de médio e pequeno porte, já que demandam baixo investimento e apresentam elevado potencial produtivo. As duas variedades são recomendadas para todas as regiões de Goiás, em solos de baixa, média e alta fertilidade.

Sementes

Todo o processo de produção das sementes – do plano anual de trabalho, passando pela aquisição de insumos, preparo de área, capacitação de equipes, plantio, tratos culturais, colheita, transporte e beneficiamento, até a destinação dos produtos finais – é realizado pela Emater. A Estação Experimental de Anápolis também é uma das áreas responsáveis pela execução do projeto e conta com mais 100 hectares de plantio das mesmas cultivares, cuja colheita será iniciada em breve.

Características

Recomendado para produção de grãos e silagem de planta inteira, o milho AL Bandeirante é uma variedade sintética oriunda de cruzamentos ao acaso de cultivares de ciclo normal. Seu plantio é indicado para qualquer região do Brasil, sem restrições, com a primeira safra acontecendo entre setembro e dezembro e a segunda entre janeiro e fevereiro.

Já o milho variedade Emgopa 501 é recomendado apenas para o Estado de Goiás, com safra de setembro a dezembro, conforme o zoneamento agrícola. Foi desenvolvido pela Emater e apresenta dupla aptidão, direcionado também para produção de silagem, já que produz uma quantidade de massa verde maior do que a produzida pelas outras variedades.

Fonte: Comunicação Setorial/ Emater.