Maratona busca soluções inovadoras para aquicultura brasileira

Uma live (transmissão ao vivo pela internet) no canal da Empresa de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) no YouTube iniciou as inscrições da primeira edição da Maratona Inove Aqua. A iniciativa é da Embrapa Pesca e Aquicultura, em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Evento

A maratona estava programada para o ano passado, no formato presencial, mas não foi possível devido à pandemia de covid-19. Depois de um ano e meio da pandemia, a empresa decidiu não adiar mais, disse à Agência Brasil a pesquisadora Helen Kato, da Embrapa. “É uma maratona de soluções”, acrescentou Helen.

Não se trata de uma competição de programação ou desenvolvimento de softwares (programas de computador) e aplicativos, completou. Em razão de pandemia, a primeira edição da maratona será realizada totalmente digital, na plataforma Discord.

“A ideia é que a gente possa trazer acadêmicos das mais variadas áreas do conhecimento para olhar para a aquicultura e ver potencial. Porque a aquicultura é uma atividade produtiva que não para de crescer e tem destaque enorme no mundo”.

No Brasil, Helen afirmou que a aquicultura precisa de pouco para avançar. “Esse pouco que a gente precisa é tecnologia”. Podem participar também profissionais que já estejam no mercado.

Atividades

As inscrições, que podem ser feitas no site www.inoveaqua.com.br, vão até o dia 15 de outubro. A pesquisadora observou que as equipes interessadas devem se inscrever logo no início do processo, para não perder as ações que serão oferecidas pela Embrapa e o Sebrae, envolvendo palestras, visitas virtuais, cursos, mentorias com pesquisadores da Embrapa e outros para apoiar o desenvolvimento das soluções, entre outras iniciativas.

Dependendo do número de equipes inscritas, será feita uma pré-seleção, no final de outubro, e as melhores soluções serão apresentadas a uma banca julgadora em live, que será assistida pela cadeia produtiva. A data de escolha das equipes vencedoras ainda não foi definida, porque depende do volume de inscrições. Helen Kato disse que a cadeia produtiva é a principal interessada no resultado da maratona.

Ela explicou que esse tipo de evento não obriga os vencedores a ceder para a Embrapa Pesca e Aquicultura soluções que sejam boas para a cadeia produtiva do setor. Deixou claro, entretanto, que as portas da Embrapa estão abertas para possíveis parcerias com as universidades. “É interesse da Embrapa desenvolver tecnologias por meio da inovação aberta. A gente está sempre buscando isso”.

Inovação

Helen afirmou que o objetivo do evento é estimular o ecossistema de inovação da cadeia produtiva, mostrar que a aquicultura “é um espaço com necessidades a serem resolvidas por tecnologia, seja ela de software, de hardware (parte física dos computadores), de programação, e isso vai estimular o país como um todo”. A meta é aumentar a produtividade e a sustentabilidade do setor.

As três melhores soluções receberão prêmios no valor de R$ 5 mil, para o primeiro colocado, R$ 2 mil para o segundo e R$ 1 mil para o terceiro. O Inove Aqua conta com o apoio da Secretaria de Aquicultura e Pesca do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico.

Fonte: Agência Brasil.

Embrapa abre seleção para comercialização de novo híbrido de milho

Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) informa a abertura de seleção para produtores interessados na produção e comercialização de sementes de um novo híbrido de milho que será lançado, o BRS 2107. O processo prevê a seleção de até cinco produtores que receberão sementes do novo híbrido para validação do seu desempenho agronômico, dos seus progenitores e do sistema de produção de sementes.

Interessados


As empresas selecionadas, caso tenham interesse em assinar o Contrato de Licenciamento, terão o direito de registrar esta área inicial, multiplicar e comercializar as sementes obtidas da cultivar. Confira todas as informações relativas à nova cultivar aqui.

A cultivar BRS 2107, desenvolvida pela Embrapa Milho e Sorgo, é um híbrido convencional do tipo “top-cross”, obtido pelo cruzamento entre um híbrido simples – com maior potencial produtivo – e uma variedade.

Facilidades

Segundo o agrônomo, o híbrido do tipo “top-cross” permite o plantio dos progenitores na mesma época, facilitando a instalação do campo de produção de sementes e dispensando a semeadura adicional de um dos progenitores.

“A proporção de plantio entre linhas do progenitor feminino e masculino pode ser ampliada, possibilitando maior número de linhas do progenitor feminino, por área plantada e, consequentemente, maior rendimento na produção de sementes. Portanto, a cultivar BRS 2107 possibilita ótimo rendimento na produção de sementes, o que reduz o custo de produção, tornando o preço de venda das sementes competitivo no mercado”, destaca Coelho.

De acordo com o pesquisador Roberto dos Santos Trindade, da área de Melhoramento Genético da Embrapa Milho e Sorgo, a cultivar possui ciclo precoce, ampla adaptabilidade em todo o território brasileiro e estabilidade para plantio tanto na safra como na safrinha, com excelente desempenho produtivo, sendo a principal finalidade a produção de grãos.

“O híbrido ainda apresenta baixo percentual de acamamento e quebramento, sendo uma ótima alternativa para lavouras de baixo e médio investimento, pelo preço competitivo de suas sementes e seu desempenho agronômico”, reforça.

Características

Conheça abaixo mais características agronômicas da cultivar

Híbrido de milho BRS 2107

Ciclo: precoce/normal

Florescimento feminino: 59 dias (do plantio ao florescimento)

Florescimento masculino: 60 dias

Empalhamento: médio

Altura planta: 265 cm

Altura espiga: 145 cm

Fileiras de grãos: 14 a 18

Textura do grão: semidentado

Cor do grão: amarelo/alaranjado

Comprimento médio da espiga: 15,5 cm

Diâmetro médio da espiga: 5,1 cm

Resistência ao acamamento: alta

Época de plantio: safra e safrinha

Uso: grãos

Nível de investimento: baixo/médio investimento

Região de adaptação: todo território brasileiro

Densidade de plantio (em mil plantas/ha): 45-55 mil (populações mais baixas para a safrinha)

Peso hectolítrico: 751 g/l

Peso de 1.000 sementes: 479 g

Sanidade: moderadamente resistente à mancha-de-diplodia e cercosporiose e moderadamente suscetível à mancha-branca, ferrugem-polissora, mancha-de-bipolares, mancha-de-turcicum e ao complexo do enfezamento.

Processo seletivo

Os produtores de sementes interessados, que devem ser inscritos no Renasem (Registro Nacional de Sementes e Mudas), poderão se manifestar pelo e-mail [email protected] até as 18 horas do dia 31 de agosto de 2021. O Edital e seus anexos podem ser acessados na página “Licenciamento de tecnologias”. Todas as informações podem ser consultadas aqui.

Fonte: Comunicação/ Embrapa.

Preço doméstico do algodão se descola da paridade de exportação

Apesar das quedas de preço no mercado internacional pressionarem a pluma brasileira, a demanda aquecida no mercado interno manteve as cotações firmes nesta semana.

“Compradores domésticos de algodão em pluma seguem ativos no mercado, ainda se mostrando dispostos a elevar os valores pagos por novos lotes”, explica o analista de SAFRAS & Mercado, Élcio Bento.

Cotações

Desta forma, a pluma fechou a quinta-feira (19) cotada a R$ 5,32 por libra-peso, sendo 3,30% superior frente há 7 dias. No mês e no ano, as variações foram de 6,19% e 72,7% positivas, respectivamente.

Conforme Bento, com a oferta ainda muito reduzida no mercado spot, a pouca pluma disponível vêm sendo utilizada para cumprimento de contratos antecipados de venda. “Os preços devem se ajustar à paridade de exportação à medida que a safra colhida vai sendo processada pelas indústrias beneficiadoras”, explica.

“Devido a safra menor nesta temporada, é esperado que os preços domésticos não caiam abaixo da paridade de exportação, como ocorreu na temporada passada”, pondera o analista.

Exportação

No FOB exportação do porto de Santos/SP, o produto brasileiro fechou o dia 19 cotado a 97,44 centavos de dólar por libra-peso, com alta de 0,5% frente ao fechamento anterior. Ante ao contrato de maior liquidez (dezembro/21) negociado na Ice Futures US, a pluma brasileira encerrou cotada a um valor 5% superior, contra 2,71% do dia anterior. Há uma semana, era 4,48% superior e, há um mês, o produto nacional era 9,70% mais alto.

Fonte: Rodrigo Ramos ([email protected]) / Agência SAFRAS.

Preços do boi gordo cedem em algumas regiões

O mercado físico de boi gordo registrou preços mistos ao longo da semana. Segundo o analista de SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, foram relatadas tentativas de compra abaixo da referência média, com aderência do pecuarista. “Assim, os preços cederam em algumas regiões de produção e comercialização do país”, disse Iglesias.

Escalas de abate


No geral, os frigoríficos ainda operam com escalas de abate confortáveis, posicionadas em média entre cinco e sete dias úteis. “A exceção segue no Mato Grosso do Sul, onde com escalas encurtadas os frigoríficos atuam de maneira mais incisiva fazendo negociações acima da referência média no estado”, pontuou o analista.

Por outro lado, as exportações brasileiras de carne bovina seguirão em bom nível no restante de 2021. Conforme Iglesias, as dificuldades da Argentina e da Austrália em atender o mercado chinês beneficiaram o Brasil. Os Estados Unidos também se beneficiam, mas em menor proporção.

Preços

Com isso, os preços a arroba do boi gordo na modalidade a prazo nas principais praças de comercialização do País estavam assim no dia 19 de agosto:

  • São Paulo (Capital) – R$ 315,00 a arroba, contra R$ 318,00 a arroba na comparação com 12 de agosto (-0,94%).
  • Minas Gerais (Uberaba) – R$ 315,00 a arroba, ante R$ 313,00 a arroba, subindo 0,d%.
  • Goiânia (Goiás) – R$ 305,00 a arroba, estável.
  • Mato Grosso do Sul (Dourados) – R$ 317,00 a arroba, ante R$ 316,00 (+0,32%)
  • Mato Grosso (Cuiabá) – R$ 309,00 a arroba, contra R$ 310,00 a arroba (-0,32%).

Fonte: Fábio Rübenich ([email protected]) – Agência SAFRAS.

Preços da soja sobem no Brasil, impulsionados pelo câmbio

Os preços da soja subiram em mais uma semana de negócios pontuais no mercado brasileiro. Apesar da queda de Chicago, a valorização do dólar frente ao real sustentou as cotações. A retração do produtor e a demanda aquecida contribuíram para a elevação dos referenciais internos.

Cotações

Em Passo Fundo (RS), a saca de 60 quilos subiu de R$ 167,50 para R$ 171,00. Em Cascavel (PR), o preço avançou de R$ 166,00 para R$ 169,50. Em Rondonópolis (MT), a cotação aumentou de R$ 174,00 para R$ 177,00. No Porto de Paranaguá, as cotações subiram de R$ 170,00 para R$ 174,00.

Nesta semana, a sustentação das cotações se deu pela resistência dos produtores, esvaziando a oferta, e pelo câmbio. O dólar comercial subiu 3,35%, fechando a quinta, 19, a R$ 5,422. As preocupações com a recuperação da economia mundial, em decorrência do avanço da variante delta do coronavírus, e as incertezas políticas e sobre as obrigações fiscais determinaram a elevação da moeda americana.

Contratos futuros

Os contratos futuros com vencimento em novembro recuaram 3,3% no mesmo período na Bolsa de Mercadorias de Chicago. A posição encerrou a quinta a US$ 13,20 por bushel. A melhora no clima nos Estados Unidos suplantou a boa demanda pela soja americana e pesou sobre as cotações.

O mercado internacional também sentiu a pressão das dúvidas sobre a economia mundial. Os investidores se desfizeram de posições com commodities e procuraram investimentos mais seguros. O complexo soja também sentiu essa pressão.

Fonte: Dylan Della Pasqua ([email protected]) / Agência SAFRAS.

Lucro líquido da Cosan soma R$ 942,4 milhões no 2º trimestre

A Cosan registrou lucro líquido consolidado de R$ 942,4 milhões no segundo trimestre de 2021, alta de 824% ante o mesmo intervalo do ano anterior. O lucro líquido ajustado aumentou 3104% no período, para R$ 749,8 milhões, na mesma base de comparação.

Receita

A receita líquida do conglomerado registrou alta de 85,9% no segundo trimestre, 85,9% maior que o visto no mesmo período do ano anterior.

O ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) entre abril e junho totalizou R$ 3,327 bilhões, aumento de 75,5% ante o mesmo intervalo de 2020. O ebitda ajustado, que exclui os efeitos pontuais incorridos nos trimestres, foi de R$ 2,787 bilhões, alta de 89% na comparação anual. 

Dívida

No final do trimestre, a dívida líquida da Cosan era de R$ 27,982 bilhões, alta de 7,8% na comparação anual. A alavancagem, medida pela relação dívida líquida por ebitda, encerrou o período em 2,8 vez. As informações são da Agência CMA.

Fonte: Rodrigo Ramos ([email protected]) / Agência SAFRAS. *Com informações da Agência CMA.

Quebra da safra e exportações devem elevar o preço do café em até 40%

O preço do café que chega à mesa do consumidor deve aumentar entre 35% e 40% até o fim de setembro. A estimativa é da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), que aponta uma série de fatores para explicar a iminente alta do preço, como a queda da produtividade devido às condições climáticas adversas e a maior demanda do mercado externo.

“Este ano, há uma soma de fatores como não se via desde o início da década de 1990. O dólar está extremamente alto, o que, ao mesmo tempo que eleva os custos de produção, amplia a demanda externa [ao tornar o produto brasileiro financeiramente mais atraente]. Além disso, após colhermos uma excelente safra em 2020, a produção, que este ano já seria menor, foi prejudicada pela falta de chuvas e por sucessivas geadas”, disse à Agência Brasil o diretor-executivo da Abic, Celírio Inácio, apontando as condições climáticas como o principal fator para a redução da produção.

Previsão de safra

De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra atual não deve ultrapassar 48,8 milhões de sacas de 60 kg de grãos. Se atingida, esta marca representará um resultado 22,6% inferior ao da temporada anterior. Situação que, conforme alertam os técnicos da empresa pública, pode se agravar caso a seca em regiões produtoras se prolongue por mais tempo.

Segundo Inácio, os produtores já esperavam colher um volume de grãos menor do que o do ano passado. Isto porque uma das características do cultivo do café é a bienalidade, ou seja, o fato de intercalar um ano de alta produtividade com outro de menor volume. Contudo, a intensidade da seca e/ou geadas que atingiram as principais regiões de cultivo do país obrigaram o setor a reduzir ainda mais suas expectativas iniciais.

Estados

Os estados mais afetados são Minas Gerais, São Paulo e Paraná. Em algumas localidades, principalmente do sul mineiro, lavouras foram inteiramente destruídas por geadas. Fato que motivou o Conselho Monetário Nacional (CMN) a reservar R$ 1,32 bilhão para linhas especiais de crédito do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé) destinadas a socorrer produtores prejudicados pelas geadas.

Perdas

A dimensão exata das consequências para o setor cafeeiro da seca e das fortes geadas registradas este ano ainda está sendo avaliada. Contudo, em nota, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) informou que levantamentos preliminares indicam que só as geadas atingiram cerca de 200 mil hectares de cafezais (cada hectare corresponde, aproximadamente, a um campo de futebol oficial).

Além dos estragos diretos, as condições climáticas adversas geram incertezas quanto ao desempenho da próxima safra. O que também contribuiu para a alta dos preços da commodity. De acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-USP), nessa terça-feira (17), a saca do café arábica tipo 6 (entregue na cidade de São Paulo) estava sendo comercializada a R$ 1.032,50. Há um ano, a mesma saca era vendida a R$ 566,51.

“Com tudo isto, a indústria é pressionada a repassar o preço ao varejo”, acrescentou Inácio, destacando que, entre dezembro de 2020 e julho de 2021, os custos da matéria-prima utilizada no plantio aumentou, em média, 82%. Já o preço do café, segundo ele, subiu, nas prateleiras, no mesmo período, cerca de 16%, menos que outros produtos alimentícios considerados básicos, como o arroz e o óleo de soja. “Mas este aumento de 35% a 40% que estamos estimando é considerando o momento atual. Se não tivermos chuvas dentro dos próximos dois meses, quando ocorre a florada, isto tende a ser ainda maior.”

No boletim de acompanhamento do setor que divulgou na semana passada, a Conab aponta que, “nos próximos meses de 2021, o retorno das chuvas em volumes satisfatórios torna-se fundamental para amenizar os danos já causados pela seca e pelas geadas e para sustentar a florada da safra a ser colhida em 2022”, aponta a Conab.

Exportações

Apesar das adversidades que os produtores enfrentam no campo, as exportações brasileiras seguem em alta, motivadas pela taxa de câmbio do real em relação ao dólar e pela alta dos preços pagos no mercado externo. Cerca de 70% de toda produção nacional é vendida para outros países.

De janeiro a julho, o Brasil exportou cerca de 25,2 milhões de sacas de café, o que corresponde a um aumento de 11,3% em comparação ao mesmo período de 2020. Segundo a Conab, historicamente, o volume exportado durante o segundo semestre do ano tende a ser ainda maior, mesmo que a quebra da produção e as incertezas climáticas para a safra de 2022 limitem o resultado final. Inclusive, a companhia aponta que, entre maio e julho, o volume exportado caiu mês a mês, em parte devido à “limitação da oferta interna diante da quebra da produção deste ano”.

Segundo o diretor-executivo da Abic, gargalos logísticos têm afetado as vendas para o mercado externo, o que, de certa forma, evita um aumento ainda maior dos preços para o consumidor brasileiro. “Temos, hoje, um problema sério: a falta de contêineres. E há também o preço do transporte marítimo, cujos fretes estão caríssimos. São dois fatores que estão afetando absurdamente os custos de exportação. Não fosse por isso, com o dólar valorizado, os importadores comprariam mais, fazendo com que o preço do café subisse ainda mais.”

Fonte: Agência Brasil.

Aporte de até 200 mil toneladas de milho atenderá pequenos criadores

Os estoques destinados para a venda de milho aos pequenos criadores de animais de todo o país poderão contar com um aporte de até 200 mil toneladas do cereal. A compra será realizada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e o produto será disponibilizado para os produtores por meio do Programa de Venda em Balcão (ProVB). 

Medida Provisória


A aquisição do grão foi autorizada pela Medida Provisória (MP), assinada nesta terça-feira (17) pelo Presidente Jair Bolsonaro, e será publicada no Diário Oficial da União (DOU). Segundo a MP, a Conab irá propor o limite máximo de compra por criador e o preço de venda do milho por estado ou região, que terá como base o preço de mercado. Também cabe à Companhia dimensionar a demanda de milho e realizar leilões públicos de compra ou remoção de estoque de milho. 

O Presidente Jair Bolsonaro destacou que a medida atende o pequeno criador, que terá acesso ao milho adquirido pela Conab diretamente do produtor. A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Tereza Cristina afirmou que a MP era muito esperada pelos pequenos criadores.

“É o milho balcão tão esperado pelos pequenos produtores, principalmente do Nordeste. É o pequeno criador, consumidor de milho, que terá acesso a um, dois, dez sacos de milho, que ele não pode comprar do grande produtor”, destacou a ministra. 

O volume de compra de milho para o ProVB será estabelecido anualmente por Portaria Interministerial dos ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e da Economia, não podendo exceder 200 mil toneladas. Em situações excepcionais, esse limite poderá ser alterado. 

A medida visa assegurar o suprimento de insumos de maneira regular a inúmeras propriedades rurais, especialmente após a quebra de safra do milho. A compra será realizada por meio de leilões públicos e as diretrizes das operações serão divulgadas nos editais a serem publicados. 

Condições climáticas

O milho foi uma das culturas mais afetadas pelas condições climáticas registradas durante o ano safra 2020/2021. A produção total deve chegar a 86,7 milhões de toneladas, sendo 24,9 milhões de toneladas na primeira safra, 60,3 milhões de toneladas na segunda e 1,4 milhão de toneladas na terceira safra. Apenas para a segunda safra do cereal, a queda na produtividade estimada é de 25,7%, uma previsão de 4.065 quilos por hectare. 

Programa de Vendas em Balcão 

O ProVB tem como objetivo promover o acesso do pequeno criador de animais ao estoque público de milho. Serão beneficiários do programa os pequenos criadores de animais, inclusive os aquicultores, caracterizados de acordo com a política nacional de agricultura familiar. 

Acesso

Para ter acesso ao Programa, o interessado deverá ter Declaração de Aptidão do Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (DAP) ativa, estar cadastrado no Sistema de Cadastro Nacional de Produtores Rurais, Público do PAA, Cooperativas, Associações e demais Agentes (Sican), da Conab, além de estar em situação regular junto ao Sistema de Registro e Controle de Inadimplentes (Sircoi), da Conab.


Com informações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Marfrig espera transportar 42% de produção via trem até dezembro

Atualmente, 30% da produção já utiliza ferrovia economia como transporte, com economia média de 30% em comparação ao rodoviário.

Sustentável, econômico e cada vez mais eficiente, o modal ferroviário é o transporte em que a Marfrig, líder global em produção de hambúrgueres e uma das maiores empresas de carne bovina do mundo, tem investido cada vez mais para escoar sua produção. Atualmente, 30% de tudo que a companhia produz no país é deslocado sob trilhos, e a expectativa é que chegue a 42% até o final deste ano.

Perspectivas

Segundo o diretor de logística da Marfrig, Luciano Alves, a companhia utiliza exclusivamente a malha Norte, entre Rondonópolis, no estado do Mato Grosso, e Santos, em São Paulo. “Para que nossa expectativa de expansão do uso dos trilhos se concretize, demos início ao processo de avaliação de escoamento da produção também pela malha Norte-Sul, que abrange o trecho entre o município de São Simão, em Goiás e o porto de Santos, em São Paulo”, destaca.

Crescimento e plano de ação

Em termos de volume, a companhia já aumentou de 50 para 300 contêineres transportados pelo modal ferroviário e a expectativa é chegar a 500 ainda em 2021. O aumento foi resultado da implementação de um plano de ação da equipe de logística, que tornou mais eficiente o processo de carga e descarga e quase igualou o tempo gasto no transporte ferroviário e no rodoviário. “No início, a carga enviada sob trilhos demorava 18 dias para chegar ao destino, agora esse prazo caiu para 12 dias, o mesmo tempo gasto no rodoviário para o mesmo trajeto”, explica Alves, que ressalta a ferrovia um canal mais viável atualmente.

Redução de custos

A economia nos custos com frete também chama a atenção, crescendo, proporcionalmente, ao aumento do volume que a Marfrig passou a transportar pela ferrovia e hoje chega a 30% a menos que antes. E fortalecendo ações de sustentabilidade de sua cadeia de produção, o aumento da utilização das estradas férreas do país também contribui para a redução da emissão de gases poluentes em 65%.

Eficiência revertida em números

Com planos de eficiência logística como esse, a Marfrig cresce como a segunda maior processadora de carne no Brasil, com capacidade de abate de 12,1 mil animais/dia, e uma das maiores exportadoras brasileiras. No último trimestre de 2020, 61% da receita de exportação da Marfrig América do Sul veio da exportação. Entre os principais destinos, estão China e Hong Kong, Europa, Oriente Médio e Estados Unidos.

Fonte: Comunicação/ Marfrig
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COMIGO anuncia 20ª edição do Seminário do Leite

O produtor de leite sabe que é muito importante aplicar as melhores técnicas para manter uma boa produtividade e principalmente uma boa gestão. É por isso que a COMIGO realiza nos dias 24 e 25 de Agosto o  20º Seminário do Leite!

Evento online

O evento será on-line e contará com uma mesa redonda sobre “Gestão eficiente da fazenda na prática”, com especialistas da área, entre eles Paulo Fernando Machado – professor aposentado da Universidade de São Paulo na área de bovinocultura de leite; Sandro Viechnieski – Médico Especialista no modelo Agro+Lean; Patrícia Kompier – Engenheira Agrônoma e diretora do Grupo Kompier, além da participação dos espectadores, então é o momento para tirar as dúvidas e ter mais informações que possam te ajudar.

Programação

Na programação tem ainda a palestra “Traduzindo vaca”, metodologia do Phd, professor de Medicina Interna de Ruminantes na Universidade Federal de Santa Maria e mentor da Cowmed,  Marcelo Cecim, que trabalha na geração de algoritmos de inteligência artificial para monitoramento remoto de saúde em rebanhos leiteiros, trazendo os principais detalhes para o produtor melhorar sua produtividade.

O evento começa às 19h, nos dois dias. Faça sua inscrição pelo site comigo.coop.br/eventos ou clicando aqui.

Foto: Comunicação/ COMIGO.