Colheita da safrinha de milho atinge 87,7% no Centro-Sul

A colheita da safrinha 2021 de milho atingia 87,7% da área estimada de 14,402 milhões de hectares na sexta-feira (27), segundo levantamento de SAFRAS & Mercado.

Estatísticas

Os trabalhos atingem 66,4% no Paraná, 69,8% em São Paulo, 84,5% em Mato Grosso do Sul, 88,8% em Goiás, 100% em Mato Grosso e 71,4% em Minas Gerais.

No mesmo período do ano passado, a colheita atingia 93,6% da área estimada de 13,270 milhões de hectares. A média de colheita dos últimos cinco anos para o período é de 95,9%.

Matopiba

Na região do Matopiba, a colheita atingia 94,3% da área cultivada de 1,078 milhão de hectares até sexta-feira (27).

A colheita foi encerrada na Bahia e atinge 99,2% no Maranhão, 94,2% no Piauí e 85,3% no Tocantins. No mesmo período do ano passado, a colheita estava concluída em 95,3% da área cultivada de 935 mil hectares. Veja mais detalhes na tabela abaixo.

Fonte: Arno Baasch ([email protected]) / Agência SAFRAS.

Produção de feijão deve crescer 6,3% na safra 2020/2021 em Goiás

O feijão é o destaque da nova edição do boletim Agro em Dados. A publicação traz estimativa de crescimento da cultura em relação à safra anterior e projeta ganho de posição para Goiás no ranking de maiores produtores, assumindo a quarta colocação entre os Estados e o Distrito Federal.

A produção do grão deve atingir 353,9 mil toneladas (+6,3%), com área plantada de 144,5 mil hectares (+4,1%) e produtividade média de 2,4 toneladas por hectare (+2,1%). O boletim completo está disponível em PDF no site da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa): www.agricultura.go.gov.br.

Outras altas

Soja, carne bovina e frangos também apresentaram altas importantes. No caso da oleaginosa, na temporada 2020/21, a estimativa é de crescimento de 4,3% na produção, chegando a 13,7 milhões de toneladas. Houve expansão de 4,2% da área plantada, alcançando 3,7 milhões de hectares, e a produtividade média atingiu 3,7 toneladas por hectare. Impulsionado por bons preços e resultados nas lavouras, o valor bruto da produção (VBP) de soja deve subir 25% em 2021, totalizando R$ 35,1 bilhões.

Estimativa

A estimativa para o VBP da carne bovina é de expansão de 13%, o que corresponde a R$ 15,4 bilhões. Na terceira posição entre os maiores exportadores de carne bovina do país, Goiás somou US$ 564,7 milhões em vendas externas no primeiro semestre deste ano – crescimento de 8,6% em comparação com o mesmo período de 2020. O prognóstico para o VBP da carne de frango é de incremento de 11% em 2021, chegando a R$ 6,8 bilhões. As vendas externas da proteína fecharam com aumento de 12,8% no acumulado do ano (janeiro a junho), somando US$ 192,3 milhões. O volume total exportado foi de 106,7 mil toneladas (+3,3%).

Alta produtividade

“Apesar das perdas provocadas pelos desafios climáticos, Goiás mantém um desempenho forte no setor do agronegócio, com alta nos principais produtos da pauta exportadora e excelentes notícias em culturas que são protagonistas na mesa do brasileiro, como o feijão”, exalta o secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Tiago Mendonça. Ele destaca o alto nível de produtividade na produção irrigada, que entrou em fase de colheita da terceira safra.

“O VBP total de Goiás deve superar R$ 92 bilhões em 2021, uma alta de 10,7% que mantém o setor numa rota de crescimento acelerado”, comenta o superintendente de Produção Rural Sustentável da Seapa, Donalvam Maia. De acordo com o gestor, os VBPs da agricultura e da pecuária no Estado devem ser de R$ 62,4 bilhões e R$ 29,9 bilhões – ampliação de 11,8% e 8,4%, respectivamente, na comparação com o ano passado.

Crédito facilitado

O boletim de agosto também traz um balanço das atividades relacionadas a crédito assistido desenvolvidas pela Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater). A jurisdicionada da Seapa é um dos principais facilitadores de acesso a financiamentos para agricultores familiares no Estado.

Apenas no primeiro semestre de 2021, os servidores da Agência ajudaram na elaboração de 746 projetos, que resultaram na contratação de R$ 60,3 milhões em financiamentos. Os recursos são direcionados a empreendimentos localizados em 70 municípios de todas as regiões no Estado. As informações partem da assessoria de comunicação setorial da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa) – Governo de Goiás.

Fonte: Arno Baasch ([email protected]) / Agência SAFRAS/ Grupo CMA.

COMIGO dá dicas sobre manejo correto do pulgão amarelo

Por conta da sua rentabilidade, o cultivo do sorgo tem sido uma boa opção para a safrinha, porém, a incidência do pulgão amarelo tem desanimado os agricultores.

Manejo correto

Mas com o manejo certo, é possível fazer o controle e evitar prejuízos, de acordo com resultado de pesquisa realizada pelo ITC em 2020, que foi colocada em prática pela área técnica da COMIGO na safrinha deste ano, nas lavouras de cooperados.

“Este ano conduzimos com maior intensidade o manejo, maior frequência de visitas à lavoura e, com isso, fizemos as aplicações no timing correto” explica o engenheiro agrônomo da COMIGO de Rio Verde, Paulo Afonso Rodrigues Filho.

De modo geral, o agrônomo explica que foram feitas 4 aplicações com rotação de clorpirifós, alguns produtos neonicotinóides e piretróides, de controle para insetos sugadores. “As aplicações foram iniciadas por volta dos 15 dias que o sorgo estava emergindo, de acordo com cada talhão, dando sequência até o pré-florescimento”, comenta ele.

Sorgo

Com este controle, o plantio do sorgo se torna uma opção ainda mais segura em anos como o atual, em que o clima atrasou a janela de plantio da safrinha. “Quando passa da janela de plantio do milho, a gente já põe o sorgo. O preço tá bom, a produção será boa, então é acompanhar o que a tecnologia tem para oferecer e dá sim para controlar, esse ano teve muito ataque de pulgão, mas tem como controlar”, explica o produtor rural e cooperado da COMIGO, João Marques da Silva.

Fonte: Comunicação Social/ COMIGO.

Preço recua, produtor se retrai e trava mercado interno de soja

A semana foi de poucos negócios e de preços recuando no mercado físico brasileiro de soja. A comercialização segue lenta. Bem capitalizado, o produtor se retrai, esvazia a oferta e espera por preços melhores.

Valores

Os referenciais para a formação dos preços internos tiveram desempenhos diferentes. Os contratos futuros e os prêmios subiram, mas o dólar recuou frente ao real. Esse quadro contribuiu para a cautela dos vendedores, mesmo com a boa demanda.

A saca de 60 quilos recuou de R$ 171,00 para R$ 168,00 na semana, em Passo Fundo (RS). Em Cascavel (PR), o preço baixou de R$ 169,50 para R$ 168,00. Em Rondonópolis (MT), a cotação caiu de R$ 177,00 para R$ 174,00. No Porto de Paranaguá, a saca passou de R$ 174,00 para R$ 172,50.

Estados Unidos

Em Chicago, a posição novembro acumulou valorização de 2,75% até o final da quinta, 26, quando fechou a US$ 13,26 ¼. O mercado encontrou sustentação nos sinais de boa demanda pelo produto dos Estados Unidos e no cenário financeiro mais positivo, principalmente na primeira parte da semana.

O clima nos Estados Unidos segue no foco. No começo da semana, a piora nas condições das lavouras e a previsão de poucas chuvas colaborou para a recuperação de Chicago. Mas o mercado de clima mudou e a indicação de chuvas ajudou a reduzir a valorização semanal.

Dólar

Depois das fortes altas da semana passada, o dólar comercial caiu 3,23% na comparação com o real até a quinta. A diminuição da preocupação com a economia mundial fez a moeda americana recuar para a casa de R$ 5,211. Mas as incertezas políticas e econômicas ainda ameaçam o cenário cambial.

Os prêmios tiveram uma semana positiva no Brasil, diante do ritmo lento das vendas no mercado físico. Para a safra atual, o prêmio para outubro está em 165 a 180 pontos acima de Chicago. Para a safra nova, a referência é de +12 a +25 para março, em Paranaguá.

Safra 2021/22

A produção brasileira de soja em 2021/22 deverá totalizar 141,26 milhões de toneladas, com aumento de 3,9% sobre o ano anterior e atingindo novo recorde. A previsão faz parte do boletim Perspectivas para a Agropecuária, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Bons preços internacionais

A Conab aposta em um crescimento de 3,6% na área a ser plantada, ocupando 39,91 milhões de hectares. A produtividade está estimada em 3.539 quilos por hectare, com aumento de 0,29%. O otimismo da Conab se baseia nos bons preços internacionais, no câmbio favorável, na expectativa de aumento no esmagamento e nas exportações e na boa rentabilidade de 2021 e prevista para 2022.

O esmagamento deverá saltar de 46,5 milhões para 51,47 milhões de toneladas entre 2021 e 2022. No período, as exportações deverão aumentar de 83,42 milhões para 87,58 milhões de toneladas, projeta a Conab.

Fonte: Dylan Della Pasqua ([email protected]) / Agência SAFRAS.

Minerva compra dois frigoríficos de ovinos na Austrália

A Minerva anunciou a compra dos frigoríficos especializados em ovinos Sharke Lake e Great Eastern Abattoir, na Austrália.

Investimentos

Os investimentos no país da Oceania serão feitos por meio de uma joint venture com a Salic, na qual a Minerva terá 65% de participação e a Salic os 35% restantes.

O investimento total da parceria será de aproximadamente US$ 35 milhões, e incluirá a aquisição dos ativos, investimentos para melhoria das estruturas das plantas e capital de giro.

“A expectativa é que as plantas estejam aptas para início de operação no prazo de 60 dias, logo após a aprovação dos órgãos reguladores locais. Quando em plena operação, as plantas poderão alcançar a capacidade de abatede1 milhão cabeças/ano”, disse a Minerva em comunicado.

Mercado de ovinos

Atualmente, a Austrália é a maior exportadora global de ovinos processados, sendo reconhecida mundialmente pela tradição e qualidade dos seus produtos, além do acesso tanto a destinos de alto crescimento como Ásia e Oriente Médio, mas também mercados premium como Estados Unidos, Europa, Japão, Coréia do Sul, entre outros. As informações partem da Agência CMA.

Fonte: Arno Baasch ([email protected]) / Agência SAFRAS/ Grupo CMA.

PIB do setor agropecuário crescerá 1,7% em 2021, diz Ipea

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou, nesta quinta-feira, durante webinar realizado em parceria com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a nova previsão do valor adicionado do setor agropecuário para este ano e para 2022.

Alta do PIB

O crescimento do PIB do setor em 2021 foi revisto de 2,6% (previsão feita em junho) para 1,7%, representando o quinto ano consecutivo de crescimento do setor, o único a não apresentar redução em 2020. O ajuste nas projeções foi motivado, principalmente, pela redução nas estimativas de produtividade e produção de culturas importantes (como a do milho), devido a impactos climáticos adversos da ocorrência de um fenômeno La Niña mais severo nesta safra, e pela piora do cenário para a produção de bovinos.

Valores

No valor adicionado da produção vegetal em 2021, os pesquisadores revisaram a alta de 2,7% para 1,7%. Ainda assim, o desempenho positivo foi sustentado pelas altas nas produções de soja (+9,8%), trigo (+36,0%) e arroz (+4,1%). Isso compensou as quedas estimadas para as demais culturas: milho (-11,3%), cana-de-açúcar (-3,2%) e café (-21,0%). O rendimento do milho em 2021, em especial, foi muito prejudicado pelo atraso na colheita da soja, que retardou o plantio da segunda safra, ficando dependente de chuvas tardias que não ocorreram.

Na produção animal, a previsão de alta foi revista de 2,5% para 1,8%, com crescimento para todos os segmentos, com exceção da produção de bovinos, com queda de 1,0%. Há expectativa de desempenho positivo na produção das demais proteínas: suínos (+7,7%), frangos (+3,9%), leite (+3,1%) e ovos (+4,5%). No caso dos suínos, o bom desempenho está relacionado com o forte crescimento das exportações para a China este ano.  

Perspectivas para 2022

Já a previsão para 2022 foi realizada com base nas primeiras informações disponibilizadas pela Conab para os segmentos da produção vegetal e previsões do Grupo de Conjuntura do Ipea para a produção animal. Os pesquisadores do Ipea estimam um crescimento de 3,3% no PIB do setor, com crescimento de 3,9% na produção vegetal e de 1,8% na produção animal.

De acordo com a Conab, há expectativa de manutenção do bom desempenho da produção de soja, que deverá bater novo recorde em 2022, e de boa recuperação de culturas como milho e algodão, após a forte queda projetada para este ano. Além disso, o abate de bovinos deverá, enfim, registrar recuperação após dois anos consecutivos de queda. “Esperamos uma recuperação da oferta de bovinos no ano que vem, tendo transcorrido tempo suficiente para a recomposição do rebanho após o pico em 2019”, acrescentou Pedro Garcia, pesquisador associado do Ipea e um dos autores da nota.

Riscos

Os principais riscos da projeção de crescimento divulgada pelo Ipea estão relacionados aos efeitos climáticos sobre a produção vegetal e ao atraso na retomada dos abates de bovinos. Todavia, os modelos climáticos apontam um fenômeno La Niña mais brando na segunda metade do ano, com chuvas mais regulares nas culturas de verão e temperaturas mais amenas no inverno.

O levantamento segue sendo realizado com base nas estimativas do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e em projeções próprias para a pecuária a partir de dados da Pesquisa Trimestral do Abate de Animais, da Produção de Ovos de Galinha e Leite. Nesta edição, conta com estimativas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para previsões de 2022. As informações partem da assessoria de imprensa do Ipea.

Fonte: Arno Baasch ([email protected]) / Agência SAFRAS/ Grupo CMA.

Conab estima produção de 289,6 mi de toneladas de grãos para 2021/22

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou, nesta quinta-feira (26/08), as Perspectivas para a Agropecuária Safra 2021/22 – Edição Grãos, publicação que traz as principais variáveis de mercado e as tendências para as culturas de soja, arroz, feijão, algodão e milho. Os dados apontam para uma produção total de 289,6 milhões de toneladas de grãos para a safra 2021/22.

Soja recorde

     Mesmo com as dificuldades enfrentadas no campo, em razão das influências negativas do clima e também da pandemia de Covid-19, a publicação aponta, de forma geral, a manutenção de preços em patamares remuneradores para as principais culturas, além de um novo recorde na produção de soja (141,3 milhões de t) – mantendo o Brasil como o maior produtor e exportador da oleaginosa no mundo – e também recorde na produção de milho (115,9 milhões de t).

Milho

     Outro destaque é a projeção de recuperação de produtividade na casa dos 29% para o milho, após um ano marcado pela quebra em razão dos fatores climáticos. Além disso, espera-se uma recuperação dos estoques de passagens de milho, finalizando o próximo ciclo em 9,9 milhões de t. A projeção é de recuperação das exportações do produto, saindo de 23,5 milhões de t neste ano safra para 39 milhões de toneladas no próximo ano.

Arroz    

Para o arroz, a expectativa é de um pequeno aumento de produção (+0,4%), com projeção aproximada de 11,8 milhões de t. Já para o feijão, a perspectiva é de manutenção de área e aumento da produção, devido à recuperação da produtividade (+5,65%), que foi afetada no último ciclo. Com isso, há a projeção de recuperação da produção e dos estoques finais, que voltarão a valores próximos ao da média dos últimos 5 anos.

Algodão

     Em relação ao algodão, a retomada da demanda pelo produto – vinda de importantes consumidores asiáticos –, o dólar valorizado e a menor produção dos EUA contribuíram para uma forte valorização dos preços internacionais, o que permitiu que o Brasil batesse recorde de exportações. Boa parte da safra a ser plantada já está comercializada e os produtores se esforçam para se firmarem no mercado internacional como exportadores regulares. As projeções da Companhia indicam uma elevação de 13,4% da área a ser plantada na safra 2021/22.

Fonte: Agência Safras/ Grupo CMA.

Brasil exporta 107,5 mil toneladas de carne bovina para países árabes

O Brasil embarcou 107,5 mil toneladas de carne bovina aos países árabes entre janeiro e julho deste ano, volume que superou as 161,9 mil toneladas registradas no mesmo período do ano passado, segundo levantamento da Cdial Halal, com base em dados da Secex e da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC).

Exportações

As exportações de carne bovina para os Emirados Árabes tiveram alta de aproximadamente 15% de janeiro a julho de 2021 quando comparado ao mesmo período de 2020, resultando em mais de 25 mil toneladas. Jordânia também teve uma leve alta de 5% referente às compras de 2020. O Kwait aumentou 1.500%, saindo de 50,51 toneladas para 808,99 toneladas de acordo com dados da ABIEC.

Dados do ComexStat afirmam que os Emirados Árabes geraram receita de US$ 104 milhões, sendo responsável por 2,4% das carnes exportadas do Brasil. China segue na liderança com US$ 2,5 bilhões (valor FOB), importando 56% das carnes bovinas brasileiras.

     “O mundo necessita de proteína com qualidade. É importante manter nossa resiliência e continuar com controles sanitários rígidos, buscar e ampliar as oportunidades de negócio”, ressalta gerente de Relações Internacionais da Cdial Halal, Omar Chahine.

O halal está em tudo que o muçulmano consome, desde alimentos, cosmético, fármaco, entre outros. “Porém é importante ressaltar que a certificação não é destinada somente aos muçulmanos, mas para qualquer comunidade que queira um produto de qualidade e seguro”, comenta Omar.

Rebanho bovino

Conforme dados divulgados pela EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, em 2020, o rebanho bovino brasileiro foi o maior do mundo, representando 14,3% do rebanho mundial, com 217 milhões de cabeças, seguido pela Índia com 190 milhões de cabeças, além de sermos o maior exportador desta carne.

Mundo muçulmano e abate halal

Entre 2000 e 2020, as exportações de carnes brasileiras renderam US$ 265 bilhões. Porém, ao se fazer o recorte sobre a carne bovina, o país, em 2020, foi o maior exportador de carnes do mundo, com 2,2 milhões de toneladas e 14,4% do mercado internacional.

Em seguida, aparecem a Austrália, Estados Unidos e Índia. Atualmente, segundo levantamento realizado pelo Instituto Americano Pew Research Center, há cerca de 1,8 bilhão de muçulmanos no mundo.

Questões culturais

Para entender um pouco mais sobre a importância deste mercado, é interessante conhecer alguns conceitos. O alimento permitido no Islã, de acordo com as regras de Deus escritas no Alcorão, é denominado halal, que em árabe significa lícito, autorizado, ou seja, alimentos que seguem 100% todas as normas da jurisprudência islâmica para consumo dos muçulmanos. Neste caso não há consumo de álcool ou qualquer incidência de derivados de suínos.

Em frigoríficos, por exemplo, são necessárias algumas condições: o abate deve ser efetuado por um muçulmano; a face do animal deve estar voltada para a Meca; o sangue precisa ser extraído da carcaça para evitar contaminação; deve ser uma morte rápida para evitar sofrimento ao animal, além de uma higienização perfeita. As informações partem da assessoria de imprensa da Cdial Halal.

Fonte: Arno Baasch ([email protected]) / Agência SAFRAS

Exportação de açúcar atinge 1,575 mi toneladas em agosto

A receita diária média obtida com as exportações brasileiras de açúcar e outros melaços totaliza US$ 36,181 milhões em agosto (quinze dias úteis até ontem, 22). Já o volume médio diário de exportações atingiu 105,049 mil toneladas.

 Exportações

Foram exportadas 1.575.737 toneladas de açúcar no período, com receita total de US$ 542,724 milhões e um preço médio de US$ 344,40 por tonelada.

Na comparação com a média diária de agosto de 2020, de US$ 41,026 milhões, verificou-se queda de 12,19% no valor obtido diariamente pelas exportações de açúcar em agosto de 2021.

 Volume

Em volume, houve recuo de 29,72%, ante as 149,476 mil toneladas diariamente embarcadas em agosto de 2020. Já o preço médio subiu 24,94%, ante os US$ 275,70 por tonelada verificados em agosto de 2020.

Fonte: Fábio Rübenich ([email protected]) – Agência SAFRAS.

BB libera R$ 2 bi para recuperação de lavouras atingidas por geada

O Banco do Brasil (BB) vai financiar os agricultores afetados pelas fortes geadas ocorridas no mês de julho em regiões produtoras de café e cana-de-açúcar. Ao todo, pouco mais de R$ 2 bilhões foram reservados para essa ação. O anúncio foi feito durante cerimônia no Palácio do Planalto, com a participação do presidente Jair Bolsonaro, ministros e autoridades. 

“A gente ainda tem uma estimativa de 18% a 20% de perdas, mas que ainda leva um tempo para verificar o tamanho real das perdas que ocorreram com as geadas”, afirmou a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, durante o evento.

Perspectivas iniciais

Levantamento preliminar do governo federal indica que mais de 200 mil hectares de cafezais foram atingidos em Minas Gerais, São Paulo e Paraná, na pior geada em 19 anos.

Parte do recurso para a recuperação dessas lavouras, cerca de R$1,3 bilhão, foi remanejado pelo do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), em decisão tomada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) na semana passada. A outra parte de R$ 1 bilhão será um aporte da carteira de crédito rural do próprio BB, e também será viabilizada para a recuperação de lavouras de cana-de-açúcar, que também tiveram áreas atingidas pela geada em São Paulo e no Mato Grosso do Sul. 

Outros investimentos

Durante a solenidade, o presidente do BB Fausto Ribeiro também anunciou o programa BB Investimento Agro para viabilizar créditos de R$ 8,5 bilhões em diferentes ações voltadas para o setor.

A maior parte desses recursos, cerca de R$ 5,5 bilhões, serão destinados para o financiamento de recuperação de pastagens, projetos de energia renovável, irrigação, produção integrada na avicultura e suinocultura, além da aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas.

Outros R$ 2 bilhões irão para projetos de armazenagem e mais R$ 1 bilhão será aplicado em um consórcio para apoiar pequenos e médios produtores na aquisição de silos, com prazo de até 240 meses.

Fonte: Agência Brasil.