Primeira loja física do mundo da Bayer é inaugurada em Rio Verde

A Bayer, uma empresa química multinacional sediada na Alemanha, anunciou a abertura de sua primeira loja física dedicada à sua divisão agrícola. Rio Verde foi a cidade escolhida para sediar a loja que tem como iniciativa o objetivo de estabelecer uma conexão direta com os agricultores, além de complementar suas atividades de comércio online.

A loja oferecerá consultoria especializada em tecnologias agrícolas, incluindo sementes, proteção de cultivos, biotecnologia e soluções inovadoras para aumentar a produtividade. Essa iniciativa visa fortalecer o relacionamento entre a empresa e os agricultores, proporcionando-lhes acesso a informações e recursos essenciais para impulsionar suas atividades.

“A Loja Agro é a possibilidade de estar próximo do produtor rural. A Bayer busca ser a empresa que mais gera valor, que ajuda o produtor rural a alimentar o mundo e para fazer isso, a gente acredita que precisa estar perto do empresário, que se profissionalizou muito nos últimos anos e busca inovações para impulsionar sua produção e rentabilidade”, afirma Marcio Santos, líder comercial da Bayer Brasil.

No modelo de negócio projetado pela empresa, os agricultores têm à sua disposição uma estrutura de 700 m² para personalizar o planejamento da safra, desde o plantio até a colheita, utilizando um painel interativo que apresenta todas as soluções oferecidas pela Bayer.

Além disso, eles poderão utilizar simuladores de monitoramento de plantio, pulverização e colheita, contar com o suporte técnico de especialistas e utilizar salas de reuniões para treinamentos, compartilhamento de experiências e oportunidades de negócios.

“Toda a tecnologia aqui embarcada é para a promoção das relações humanas, uma loja viva e adaptável como a nossa agricultura”, explica Giovana Oliveira, gerente de novos modelos de acesso da Bayer Brasil.

O principal foco da loja física é atingir os pequenos e médios produtores da região de Rio Verde, que de acordo com a empresa, 80% dos produtores não utilizam os produtos por eles ofertados, por isso, a loja veio para estreitar este relacionamento e principalmente, ajudá-los a entender e usar as tecnologias para impulsionar suas atividades.

Com informações Rio Verde Rural | Fotos: Janaina Honorato

Nardini Agroindustrial inaugura unidade em Aporé (GO)

Com investimentos em torno de R$ 800 milhões, a Nardini Agroindustrial, empresa do setor sucroenergético, inaugura no próximo dia 12 de maio a sua unidade no município de Aporé, no Sul de Goiás.  Nessa nova operação a companhia estima moer, na safra atual, 900 mil toneladas de cana-de-açúcar. Serão criados na região mais de dois mil empregos, sendo que a metade deles diretos. Na primeira safra serão produzidos 80 milhões de litros de etanol hidratado. Também, serão gerados, a partir do bagaço da cana, 55 mil MW excedentes de energia elétrica.

O Grupo Nardini possui sede no município de Vista Alegre do Alto, no Estado de São Paulo. Fundada em 1973 por Aurélio Nardini, a companhia cresceu sob os pilares da excelência em gestão, tecnologia e sustentabilidade. Em cinco décadas de história a empresa se tornou uma das melhores do setor sucroenergético nacional, produzindo açúcar, etanol, levedura e energia por meio da CEN – Companhia Energética Nardini, além de amendoim e soja.

A decisão de construir uma nova unidade da empresa, em Aporé (GO), remonta a 2007. Tratou-se de uma escolha estratégica, uma vez que a direção da companhia vislumbrou a oportunidade de expandir os negócios na região do Sul de Goiás, onde a Nardini investia no ramo da pecuária. O impulso veio com o incentivo governamental, por meio do Programa Produzir, do Governo do Estado de Goiás. Em 2021, foi lançada a pedra fundamental para a construção da indústria, quando as obras foram intensificadas. 

A Nardini, preocupada com o desenvolvimento das comunidades vizinhas à empresa, aposta na contratação e capacitação de mão de obra local. Aposta, ainda, no desenvolvimento sustentável, uma vez que promove ações de educação ambiental para conscientizar a população sobre a importância desse tema. Também está impulsionando ações de apoio a projetos sociais e culturais nas comunidades locais.

“O nosso propósito é o de implementar tecnologias limpas e sustentáveis na produção e operação da empresa. Faremos o uso de fontes renováveis de energia, com a biomassa da cana, utilizando sistemas de tratamento de resíduos e água”, explica o presidente da empresa Riccardo Nardini. No que se refere a investimentos, ele revela que “para esta primeira fase de moagem de cana foram investidos em torno de R$ 800 milhões, sendo R$ 300 milhões na área agrícola e R$ 500 milhões na área industrial”.

A nova unidade da Nardini em Aporé, que está sendo inaugurada, foi submetida a um rigoroso planejamento de atividades.

“Queremos, logo após essa primeira safra, continuar expandindo, aumentar o plantio de cana, ampliar a moagem e produção de etanol, bem como de energia elétrica”, esclarece o presidente. Nessa linha, ele projeta que “na primeira safra deste ano devemos moer 900 mil toneladas de cana e produzir 80 milhões de litros de etanol e gerar 55 mil MW de energia”.

O presidente já projetou os números da próxima safra. “Devemos moer um milhão e 150 mil toneladas de cana e produzir 103 milhões de litros de etanol e gerar 75 mil MW de energia excedente”, informa. Para alcançar tais resultados, a empresa pretende “aprimorar os processos e aumentar a capacidade de produção com tecnologias de ponta, treinamento e capacitação das equipes, desenvolvimento de novos produtos, expansão do mercado, sem se descuidar de ações nas áreas de responsabilidade social e ambiental”.

Estes quesitos estão ancorados, segundo lembra o presidente, no apoio a projetos sociais locais, como iniciativas de capacitação profissional e geração de emprego e renda, visando a qualidade de vida da população local, tendo em vista contribuir para o desenvolvimento econômico da região. “Vamos, também, incentivar projetos de conservação ambiental, como a preservação de mata nativa”, argumenta Nardini.

Sobre a Nardini Agroindustrial – A empresa foi criada em 1973 e completa 50 anos tendo como pilares a excelência em gestão, tecnologia e sustentabilidade. Com sede no município de Vista Alegre do Alto, no Estado de São Paulo, a companhia produz etanol anidro e hidratado, açúcar cristal e VHP, levedura, bagaço hidrolisado e energia elétrica, por meio da CEN (Companhia Energética Nardini), bem como amendoim e soja. A sua missão está ancorada no respeito ao meio ambiente, gerando renda, bem-estar e satisfação aos seus clientes e colaboradores. A Nardini possui o selo ISO 9001; o Sistema de Gestão de Segurança de Alimentos (FSSC 22000), a Certificação Bonsucro (Sustentabilidade Econômica, Social e Ambiental) e o selo Great Place to Work, de excelência no trabalho.

Agrotecnoleite Complem 2023 é aberta oficialmente em Morrinhos

Inovação e sustentabilidade são os temas que inspiram a Agrotecnoleite Complem 2023. A abertura oficial da feira foi realizada na manhã da última terça-feira (9), em Morrinhos. O presidente do Sistema OCB/GO, Luís Alberto Pereira e o superintendente, Jubrair Gomes, representaram as cooperativas goianas na cerimônia, que contou também com a presença de autoridades políticas, como o secretário de Agricultura e Abastecimento de Goiás, Pedro Leonardo, em nome do governo estadual.

O crescimento que a Complem tem alcançado nos últimos anos foi destacado por Luís Alberto Pereira, em seu pronunciamento. “A Complem recentemente passou a integrar o clube das cooperativas bilionárias em Goiás. E o faturamento da cooperativa vai ajudar o cooperativismo goiano a alcançar a marca de R$ 50 bilhões de prosperidade, até 2027”, afirmou.

O presidente do Sistema OCB/GO também salientou que a Complem realiza um importante papel social junto ao pequeno produtor. Ele convidou a todos os presentes a participarem da Semana do Cooperativismo de Morrinhos, que será realizada entre 3 e 8 de julho.

“Esse lado humano da Complem vai ser conferido durante esta semana, quando Morrinhos vai se tornar a capital do cooperativismo de Goiás”, disse.

O secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás, Pedro Leonardo, destacou que o setor agro de Goiás depende muito das cooperativas. “A OCB/GO é a nossa grande referência no cooperativismo. E nós na secretária estamos buscando ações que possam estimular o cooperativismo no setor agropecuário”, apontou.

O anfitrião do evento, presidente da Complem, Sérgio Penido iniciou seu pronunciamento convocando a todos os presentes a entoarem o lema do Cooperativismo brasileiro.

“Eu cumprimento vocês com o nosso lema Somos Coop”, bradou. “A Agrotecnoleite não é a maior feira ainda, mas com certeza é a mais charmosa”, brincou ao final.

A abertura da feira contou com a participação dos deputados federais Marussa Boldrin e Daniel Agrobom. O deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), Bruno Peixoto, anunciou que a Casa vai votar a inclusão da Agrotecnoleite Complem no calendário oficial de eventos de Goiás. “Com a medida será possível, inclusive, que possamos destinar emendas para reforçar ainda mais a feira”, disse.

Além do presidente da Alego, também participaram da abertura da feira os deputados estaduais Cairo Salim, Wagner Neto, Amauri Ribeiro. O prefeito de Morrinhos, Joaquim Guilherme, que é ex-presidente da Complem, falou do orgulho de ver o crescimento que a feira apresenta. Ele também elogiou a atual administração do Sistema OCB/GO, do qual também já foi presidente. “A entidade hoje participa de todas as decisões no âmbito público e empresarial”, disse.

A Agrotecnoleite Complem 2023 conta com a participação de duas cooperativas de crédito, Sicoob Unicentro Br e Sicoob Centro-Sul. A presença das cooperativas de crédito deve proporcionar aos cooperados da Complem boas oportunidades de negócios e financiamento.

“Estamos com condições especiais no valor superior a R$ 100 milhões”, adiantou o presidente do Sicoob Unicentro Br, Diogo Mafia.

Feira

A organização da Feira e os expositores vão trabalhar esse ano dentro do tema: “Sustentabilidade é empreender pensando no futuro, preservando as raízes”. A Agrotecnoleite é realizada no Centro Tecnológico Complem, em Morrinhos, a 126 km de Goiânia. Em 2021 e 2022, a Agrotecnoleite realizada pela Complem, aconteceu em formato híbrido. No ano passado, durante cinco dias, o empreendimento bateu recordes de negócios. Foram cerca de R$ 250 milhões em movimentação econômica e 50 expositores participaram com seus produtos e serviços dos mais diversos setores do agronegócio.

A Feira também contará com o tradicional Torneio Leiteiro, além de abrir espaço para a aprendizagem. Estão programadas palestras e oficinas aos cooperados, produtores rurais, estudantes e profissionais do mundo agro.

Sementescoop

O Sistema OCB/GO está presente na feira com um estande onde o destaque é o projeto Sementescoop, em que crianças de escolas da cidade passam por um curso básico sobre cooperativismo. Ao final respondem a um quiz e recebem brindes.

A AgroTecnoleite Complem também prepara programação especial para as crianças, alunos de escolas públicas e privadas de Morrinhos, através do circuito ambiental, com animais empalhados e animais vivos de pequeno porte. Terá também o Projeto Caminhos do Leite que retrata a trajetória da matéria-prima desde a propriedade rural até à indústria. Mais de 1.300 crianças participaram do projeto na última edição presencial, em 2019.

Sustentabilidade

Tecnologias para a pecuária, incluindo dieta para cada tipo de rebanho, serão apresentadas aos produtores, além de avanços também para as lavouras, diversas ferramentas usadas na agricultura de precisão. Novidades como carros elétricos carregáveis utilizando energia limpa (fotovoltaica) prometem chamar a atenção dos visitantes.

Sobre o Sistema OCB/GO

O Sistema OCB/GO é a instituição responsável pela representação, defesa, formação e desenvolvimento do cooperativismo em Goiás, também chamada de Casa do Cooperativismo Goiano. Reúne as duas entidades locais que trabalham pelas cooperativas do Estado:

  • OCB/GO é o Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras no Estado de Goiás. Defende os interesses institucionais, políticos e socioeconômicos do cooperativismo goiano. Atua no apoio técnico, acesso a mercado e fomento à inovação para as cooperativas e no apoio consultivo aos governos.
  • SESCOOP/GO é o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado de Goiás, braço educacional do Sistema, que promove formação e capacitação técnico-profissional do público cooperativista goiano (cooperados, empregados e dirigentes) e o monitoramento das cooperativas do Estado.

Nova metodologia com crioterapia elimina vírus em plantas de abacaxizeiro

Um protocolo que se baseia no congelamento de células (crioterapia) foi desenvolvido pela Embrapa pela primeira vez para a cultura do abacaxizeiro visando a remoção do complexo viral da murcha Pineapple Mealybug Wilt-Associated Virus (PMWaV), transmitido pela cochonilha Dysmicoccus brevipes, uma doença que pode impactar muito o cultivo.

Criopreservação

Esse protocolo se baseou em técnicas de criopreservação dessa fruteira, estabelecidos anteriormente em parceria com o National Center for Genetic Resource and Preservation (NCGRP /Usda), que pertence ao Departamento de Agricultura daquele país.

O vírus é a doença mais importante da cultura em todo o mundo, uma vez que as variedades mais difundidas da planta (Smooth Cayenne e MD12) são altamente suscetíveis a ele. Cientistas de diversas instituições de pesquisa dedicam-se a desenvolver cultivares resistentes. No entanto, até o momento não se conhece fonte de resistência a esse vírus. 

Nova metodologia

A nova metodologia recorre ao congelamento celular em associação ao cultivo de ápices caulinares (estrutura que possibilita a geração de uma nova planta) em tamanhos bem reduzidos e surge como uma alternativa importante, para a cultura em todo o mundo, de limpeza clonal do vírus da murcha. A expectativa é que o protocolo seja também adotado na rotina de biofábricas, com produção de mudas sadias. 

No Brasil, onde a variedade preferida pelo consumidor e pelo produtor é a Pérola, a doença mais importante é a fusariose, também conhecida por gomose ou resinose, causada pelo fungo Fusarium guttiforme, que acarreta danos severos aos frutos, inviabilizando a sua comercialização. Mas a murcha tem ganhado importância para a pesquisa no País nos últimos anos. Na busca por variedades resistente à fusariose, o Programa de Melhoramento Genético de Abacaxi gerou três híbridos (BRS AjubáBRS Imperial e BRS Vitória)  resistentes a essa doença, mas suscetíveis à murcha do abacaxizeiro, provável herança do Smooth Cayenne, um dos parentais usados na hibridação. “Buscar soluções para a murcha também é muito importante”, afirma a pesquisadora da Embrapa Mandioca e Fruticultura(BA) Fernanda Vidigal Duarte Souza

Complexo viral

A propagação do abacaxizeiro é vegetativa, o que favorece a disseminação de doenças, incluindo as viroses. O ideal é o plantio de mudas produzidas a partir de matrizes sadias  ou de mudas obtidas em biofábricas que utilizem técnicas de micropropagação. Entretanto, o produtor muitas vezes dá preferência a mudas de campo, mais baratas, de acesso mais fácil, mas sem nenhuma garantia de qualidade sanitária. “Mudas sadias são fundamentais para o controle tanto da fusariose quanto da murcha associada à virose”, afirma o também pesquisador da EmbrapaDomingo Haroldo Reinhardt.

Segundo o pesquisador Eduardo Chumbinho de Andrade, responsável pelo Laboratório de Virologia da Embrapa Mandioca e Fruticultura, como não existem sintomas visuais no fruto, em geral a doença é pouco percebida pelo produtor:

“O que acontece é um desempenho pior da planta. Os frutos, muitas vezes, são menores e têm menor valor de mercado. Ou seja, na classificação do fruto, ele perde por qualidade. A murcha é um problema difícil porque envolve vírus e uma cochonilha, um inseto que, além de transmitir o vírus de uma planta para outra, também é praga. E, mesmo que o produtor consiga controlar a cochonilha, pode ainda não perceber a murcha na área”.

No caso da murcha, ocorre um complexo viral, uma vez que existem três tipos de vírus e é possível encontrar na planta o tipo 1, o tipo 2, o tipo 3 ou associações entre eles. “A teoria da cultura de tecidos diz que, ao se introduzir um tecido meristemático in vitro e resgatar aquela planta, consegue-se eliminar o vírus, mas percebemos que, em abacaxi, não funciona exatamente assim. O vírus fica localizado em uma região do tecido meristemático muito próximo às células mais adensadas, então é preciso fazer um trabalho um pouco diferente”, explica Fernanda. Tecidos meristemáticos são de origem embrionária, constituídos por conjuntos de células que têm a capacidade de sucessivas divisões e ocorrem em órgãos de crescimento.

Uso comercial

O engenheiro-agrônomo Herminio Souza Rocha, analista do Setor de Gestão de Transferência e Tecnologia da Embrapa Mandioca e Fruticultura, espera que, em breve, a metodologia possa ser incorporada à rotina de biofábricas.

“A probabilidade de mais uma tecnologia para a limpeza clonal do vírus da murcha é de extrema importância para a cultura do abacaxizeiro, tanto no Brasil quanto no mundo inteiro. Produzir mudas micropropagadas para fazer um banco de matrizes que pode ser recontaminado com o vírus da murcha ou utilizar material de plantio que não foi indexado ou limpo é um risco muito grande para o processo produtivo”, diz.

Segundo Alexandre Drefahl, da Clona-gen Biotecnologia Vegetal, empresa licenciada para produzir e comercializar mudas dos abacaxis BRS Ajubá, BRS Imperial e BRS Vitória, a limpeza viral é bem difícil, exige técnica e bastante critério.

“É preciso um protocolo bem ajustado para conseguir recuperar a planta a partir de uma porção de tecido muito pequena”, afirma. A Clona-gen utiliza a termoterapia no processo de produção de mudas – um processo totalmente oposto à crioterapia – em que o material é cultivado numa condição de temperatura alta e bem controlada por 15 dias. Se a crioterapia permitir a obtenção um explante um pouquinho maior ou a redução desse tempo seria muito interessante”, salienta.

Explante é um pequeno fragmento de tecido vivo das plantas para ser cultivado em meio artificial.

Fonte: Comunicação Social/ Embrapa.

ILPF melhora fertilidade e aumenta retenção de água no solo

As vantagens dos sistemas integrados já são bem conhecidas, como bem-estar animal, por conta da sombra das árvores, diversificação das fontes de renda para o produtor rural, maior produtividade. O que muitas pessoas desconhecem são os serviços ambientais promovidos pela presença de árvores.

Melhorias

A integração com o componente arbóreo reverte-se em melhorias para o solo e para a conservação da água, devido ao aumento de matéria orgânica, da atividade biológica e da ciclagem de nutrientes. De acordo com o pesquisador Alberto Bernardi, da Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos, SP), isso influencia na qualidade do solo, com melhoria na fertilidade e maior infiltração e retenção de água no solo.

Esses sistemas mais conservacionistas, como a integração lavoura-pecuária e lavoura-pecuária-floresta (ILPF), ainda proporcionam maior diversidade de organismos. Essa fauna mais diversa auxilia no controle de pragas e de doenças.

Simpósio de integração

Nos dias 15 e 16 de setembro, o VII Simpósio de integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) do estado de São Paulo vai trazer especialistas para discutir um pouco dos serviços ambientais prestados pela ILPF.

O evento será no formato virtual. As inscrições estão abertas para técnicos, produtores, pesquisadores e estudantes.

O objetivo é discutir as principais metodologias, inovações e soluções para sistemas de produção integrados e com isso aumentar a adoção e o adequado manejo da ILP e da ILPF.

A iniciativa é organizada pela Embrapa Pecuária Sudeste e Grupo de Estudos Luiz de Queiroz (GELQ – Esalq/USP).

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas aqui.

Fonte: Comunicação Social/ Embrapa.

Agosto foi de escassos negócios com soja no Brasil

O mercado brasileiro de soja apresentou poucos negócios e preços com pequenas oscilações ao longo do mês de agosto. No início de setembro, a movimentação seguiu arrastada e os referenciais recuaram. Com Chicago e dólar em baixa, os produtores se afastaram do mercado, esvaziando a oferta e determinando um ritmo quase parado para as negociações.

Negócios

     A saca de 60 quilos em Passo Fundo (RS) fechou a semana a R$ 164,00, abaixo dos R$ 168,00 do início da semana, mas um pouco acima dos R$ 163,00 do início de agosto. Em Cascavel (PR), o preço ficou em R$ 166,50, contra R$ 168,00 do início da semana e R$ 163,00 do início de agosto.

     Em Rondonópolis (MT), a cotação baixou de R$ 174,00 para R$ 164,00 na semana. Na abertura do mês passado, o preço era de R$ 167,00. No Porto de Paranaguá, a saca finalizou a semana a R$ 170,00, abaixo dos R$ 172,50 da segunda e acima dos R$ 168,00 do início de agosto.

     Os contratos com vencimento em novembro tiveram desvalorização de 4,2% em agosto, fechando o período a US$ 12,92,50 por bushel. Apesar da recuperação nos últimos dias, as perdas foram aprofundadas nos primeiros dias de setembro.

Dólar

     O dólar comercial teve desvalorização de 0,32% no mês passado, fechando a R$ 5,172. Mas na maior parte do mês a moeda americana seguiu sustentada. A semana, no entanto, foi de desvalorização.

     Os prêmios seguem firmes nos portos brasileiros, em meio ao ritmo lento dos negócios no mercado físico, combinada com uma demanda sempre firme. Nas últimas duas semanas, a passagem do furacão Ida trouxe problemas para os embarques nos Estados Unidos e o deslocamento da demanda para o mercado brasileiro, ajudando a sustentar os prêmios.

Comercialização

     A comercialização da safra 2020/21 de soja do Brasil envolve 85,9% da produção projetada, conforme relatório de SAFRAS & Mercado, com dados recolhidos até 3 de setembro. No relatório anterior, com dados de 6 de agosto, o número era de 81,9%.

Total Negociado

     Em igual período do ano passado, a negociação envolvia 97,9% e a média de cinco anos para o período é de 88,5%. Levando-se em conta uma safra estimada em 137,19 milhões de toneladas, o total de soja já negociado é de 117,84 milhões de toneladas.

     No período, a comercialização evoluiu um pouco melhor, mas o total negociado da safra 20/21 ficou abaixo do percentual de igual período do ano passado e da média para o período. Os produtores seguem retraídos, negociando apenas o necessário durante os melhores momentos. A aposta é de melhora no último trimestre do ano.

     As vendas antecipadas da safra 2021/22 estão atrasadas na comparação com o ano passado, mas acima da média de cinco anos. Levando-se em conta uma safra de 142,24 milhões de toneladas, SAFRAS estima uma comercialização antecipada de 25,6%, envolvendo 36,34 milhões de toneladas. No início de agosto, o número era de 23,7%

     Em igual período do ano passado, o número era de 49,3% e a média dos últimos cinco anos é de 24,9%.

Fonte: Dylan Della Pasqua ([email protected]) / Agência SAFRAS.

STIHL fecha primeiro semestre com 43% de crescimento no faturamento

A STIHL, líder no mercado brasileiro de ferramentas motorizadas, fechou o primeiro semestre de 2021 com um crescimento de 43% no faturamento, dando sequência aos resultados positivos de crescimento da empresa. O valor total de negócios no período alcançou R$ 1,5 bilhão.

O volume de máquinas vendidas no período pela organização teve uma elevação de 39% com relação ao obtido no primeiro semestre de 2020. A exportação teve impacto relevante dentro desse volume, já que apresentou crescimento de 46% na mesma comparação.

Mercado interno

No mercado interno, o desempenho positivo teve como destaque as vendas de sopradores, com evolução média de 60% nos modelos BG 50 e BR 420 em comparação ao mesmo período do ano passado.

“O crescimento da empresa e os resultados positivos são motivados também pelos altos investimentos realizados para estruturar o desenvolvimento sustentável da STIHL. O foco, além de ampliar a capacidade de produção, também vem sendo o de modernizar os equipamentos e assim agregar competitividade por meio da otimização de processos, com auxílio da tecnologia e de conceitos da Indústria 4.0. Em 2021 a STIHL Brasil teve aprovado investimento recorde de R$ 532 milhões que serão investidos na unidade fabril de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul. Dentro desse montante também estão previstas melhorias em nossa estrutura, visando o bem-estar das nossas pessoas: teremos novo vestiário, totalmente modernizado e com acesso facilitado, além de um novo e mais amplo ambulatório, o qual acomodará os serviços de assistência familiar através de um médico da família”, ressaltou o presidente da empresa, Cláudio Guenther.

Investimentos futuros

Dentre os investimentos futuros já aprovados, está a criação de um novo Centro de Distribuição no Norte do país, o que demonstra a confiança da alta administração global do Grupo STIHL e o otimismo no futuro, sedimentando ainda mais a estratégia de crescimento sustentável da empresa.

Esse cenário de crescimento e investimentos, diante da alta demanda do mercado, também está gerando novas oportunidades de emprego. Desde de junho de 2020, a STIHL já contratou mais de 1.400 pessoas para sua planta em São Leopoldo (RS).

Fonte: Comunicação Social/ Stihl do Brasil.

Calendários de semeadura de soja passam a ser obrigatórios em Goiás

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) publicou nesta quinta-feira (2), no Diário Oficial da União, a Portaria nº 389 que estabelece os calendários de semeadura de soja referente à safra 2021/2022, que deverão ser seguidos pelos estados produtores em todo o país.

Nova medida

     A medida fitossanitária, implementada no Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja (PNCFS), visa racionalizar o número de aplicação de fungicidas e reduzir os riscos de desenvolvimento de resistência do fungo Phakopsora pachyrhizi às moléculas químicas utilizadas no controle desta praga. 

     A semeadura da soja que, até o momento, era estabelecida somente nos estados da Bahia, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Tocantins, passa ser obrigatória também, a partir desta safra, nos estados do Acre, Alagoas, Amapá, Ceará, Distrito Federal, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraná, Piauí, Rio Grande do Sul, Rondônia, Roraima e São Paulo, totalizando 20 unidades da federação com período determinado para início e final do plantio. 

Calendários

     Os calendários foram estabelecidos a partir das sugestões de Agências Estaduais de Defesa Agropecuária e do Zoneamento Agrícola de Risco Climático, ajustados em função das condições peculiares de cada região produtora. 

“Os ajustes foram efetuados pela coordenação nacional do PNFS, que identificou a necessidade de ampliação da coleta de dados que amparem a delimitação dos diferentes períodos dos calendários de semeadura, assim como o seu efetivo impacto nos resultados pretendidos do programa”, explica a coordenadora-geral de Proteção de Plantas, Graciane de Castro. 

     Segundo a coordenadora, o objetivo é que a medida seja implementada de forma orgânica e gradual, permitindo que os períodos subsequentes sejam estipulados de forma coerente com o contexto de cada região produtiva, em especial no que se refere às características edafoclimáticas, às práticas de manejo adotadas na prevenção e controle da praga e os resultados dos monitoramentos relativos à sua ocorrência em cada ano agrícola. As informações são do Mapa.

Fonte: Rodrigo Ramos ([email protected]) / Agência SAFRAS.

Preços do café devem seguir firmes no mercado brasileiro

Com Nova York subindo e o dólar perto da estabilidade, os preços do café tendem a permanecer firmes nas principais praças do país. A demanda segue presente e os negócios, no entanto, são limitados pela ausência de oferta, com os produtores permanecendo retraídos.

Mercado

     O mercado apresentou preços de estáveis a mais altos na quarta-feira. Com a volatilidade na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) e também no câmbio, o mercado teve demanda no dia, mas foi curto de oferta, o que limitou as negociações, apenas pontuais e sem maiores volumes.

     No Espírito Santo, Bahia e Rondônia destaque para o mercado do conilon mais ativo e firme com preços avançando. A demanda promoveu avanços nas cotações e mais movimentações de negócios.

     No sul de Minas Gerais, o café arábica bebida boa com 15% de catação terminou o dia em R$ 1.090,00/1.095,00 a saca, estável. No cerrado mineiro, arábica bebida dura com 15% de catação teve preço de R$ 1.100,00/1.105,00 a saca, inalterado.

     Já o café arábica “rio” tipo 7 na Zona da Mata de Minas Gerais, com 20% de catação, teve preço de R$ 980,00/1.000,00 a saca, cotação estável. O conilon tipo 7 em Vitória, Espírito Santo, ficou em R$ 705,00/710,00, no comparativo com R$ 675,00/680,00 do dia anterior.

Nova York

* Os contratos com entrega em dezembro registram valorização de 0,86% na Bolsa de Mercadorias de Nova York (ICE), cotados a 197,55 centavos de dólar por libra-peso.

* Os contratos com entrega em dezembro/2021 fecharam o dia a 195,90 centavos de dólar por libra-peso, queda de 4,00 centavos, ou de 2,0%.

Câmbio

*O dólar comercial registra alta de 0,05% a R$ 5,186. O Dollar Index registra anho de 0,02% a 92,47 pontos.

Indicadores financeiros

* As principais bolsas da Ásia encerraram em alta. Xangai, +0,84%. Tóquio, +0,33%.

* As principais bolsas na Europa registram índices mistos. Paris, +0,05%. Londres, -0,06%.

* O petróleo opera em alta. Outubro do WTI em NY: US$ 69,20 o barril (+0,9%).

Fonte: Dylan Della Pasqua ([email protected]) / Agência SAFRAS.

Guia virtual orienta produtores sobre o funcionamento do seguro rural

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) divulgou nesta terça-feira (31) uma nova edição do Guia de Seguros Rurais, que tem o objetivo de proporcionar conhecimento ao produtor e demais agentes do setor sobre esse mecanismo de mitigação de riscos agropecuários. O documento, elaborado com a participação de entidades representativas do setor produtivo e seguradoras, traz novidades, como exemplos práticos dos produtos de seguro de forma descomplicada.

Lista de seguradoras

O Guia também contém a lista das 15 seguradoras que atuam no Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR), informando as atividades e regiões de atuação de cada uma delas, além de informações sobre o Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), ferramenta indispensável para acesso ao PSR.

Inovações

Outra inovação é a apresentação dos resultados do PSR, no período de 2005 a 2020, com informações sobre o número de produtores atendidos, a área segurada, o prêmio arrecadado, a subvenção paga pelo governo federal e os pagamentos de sinistros pelas companhias seguradoras aos produtores. Até 2020, mais de R$ 15 bilhões foram pagos em indenizações pelo mercado segurador, segundo dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep) e atualização pelo IPCA. Desse total, R$ 9,6 bilhões foram para apólices subvencionadas pelo PSR, sendo que 42% deste valor foi pago somente nos últimos três anos. Somente no primeiro semestre de 2021 foram pagos R$ 1,8 bilhão em indenizações de acordo com a Susep. 

As instituições que quiserem acessar o conteúdo do Guia para utilizar o material ou parte dele para disseminar a cultura do seguro rural, podem solicitar o documento editável no e-mail: [email protected]

O Guia de Seguros Rurais 2021 já está disponível no site do Mapa

Seguro rural para café

O Conselho Nacional do Café (CNC) está realizando um trabalho de disseminação da cultura de seguro rural em conjunto com a Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais (Emater/MG) e o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa). Foi divulgada uma Cartilha sobre Seguro Rural direcionada aos produtores de café.

A cartilha na íntegra pode ser acessada neste link: Seguro Rural para lavouras de café

Fonte: Comunicação/ MAPA.