Sicoob UniCentro Br inaugura primeiro parque de energia solar 100% digital do Brasil

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Divulgação

No cenário de crescente preocupação com as mudanças climáticas e a busca por fontes de energia mais limpas e sustentáveis, as cooperativas se destacam como pioneiras na adoção de soluções inovadoras. Em uma iniciativa inédita, o Sicoob UniCentro Br, maior cooperativa financeira do estado de Goiás e que está entre as cinco maiores do Sistema Sicoob no País, irá inaugurar no dia 19 de dezembro (terça-feira) o primeiro parque de energia solar 100% digital do Brasil – segundo a Urban Tech, Companhia de Inteligência Urbana e Serviços S/A – para atender à demanda elétrica da instituição.

Localizado no município de Caldas Novas, a 170 km de Goiânia (GO), a usina tem como principal característica a automação. Construída em um terreno de 10 mil m², toda a operação é controlada por meio digital, usando conexão wi-fi que integra o monitoramento dos sistemas de segurança e controle de fluxos e acessos, climatização da usina e até a comunicação inteligente com os inversores de energia e os sistemas integrados de manutenção e medição.  O local abriga 1.098 placas com potência instalada de 750 KWp, gerando em média 90.750 KWh/mês de energia elétrica limpa, sustentável, eficiente e econômica. A partir do início da produção da usina em janeiro de 2024, está prevista uma economia mensal de mais de R$ 87 mil para a instituição financeira.

O parque irá inicialmente abastecer as 25 agências localizadas no estado de Goiás, mas o empreendimento possui capacidade de ampliação e poderá dobrar sua produção e passar a suprir a demanda elétrica de todas as agências do Sicoob UniCentro Br. De acordo com o diretor operacional da instituição, Rodrigo Naves, a iniciativa do parque solar totalmente digital, além de ser inédita no País, também representa o pioneirismo dentro das cooperativas de crédito.

“A construção de usinas fotovoltaicas, ou no nosso caso, parques solares, oferece uma série de benefícios, como maior independência energética, redução de custos e gera menos impacto para o meio ambiente. A energia solar é uma das fontes mais limpas e sustentáveis ​​disponíveis. Ela não emite substâncias atmosféricas prejudiciais, contribuindo diretamente para a redução das emissões de gases de efeito estufa. O nosso foco é ampliar esse projeto pioneiro para que até 2024, ele esteja abastecendo 100% das nossas agências. As cooperativas que adotam a energia fotovoltaica não estão apenas reduzindo seu impacto ambiental, mas se tornando exemplos de instituições que adotam e apoiam práticas mais sustentáveis”, explica o diretor.

A superintendente administrativa do Sicoob UniCentro Br, Thatiany Arantes, esclarece que a cooperativa já utiliza essa modalidade de energia em algumas agências, mas o objetivo sempre foi ampliar para que todas as unidades sejam abastecidas com a energia fotovoltaica. “Há um ano nossa agência localizada na Avenida Castelo Branco, em Goiânia, atua com placas solares em seu telhado, que geram energia suficiente para atender a demanda dessa e de mais outras três unidades da instituição. A cooperativa está sempre em busca de práticas favoráveis ao meio ambiente, e em breve vai ampliar para atender todas as agências da instituição”, conta.

Segundo estimativas da análise de investimento realizada pela cooperativa, com o início da produção de energia própria, em 25 anos, 8.057 toneladas de CO2 (gás carbônico) deixarão de ser emitidos na atmosfera. De acordo com o estudo, seria necessário o plantio de 57.570 árvores, a um custo total de R$ 1.151.400, para eliminar essa quantidade de CO2. E, ainda com foco na sustentabilidade, a partir do dia 20 de dezembro, seis agências de Goiânia e a agência de Caldas Novas passarão a contar com estações para recarga de carros elétricos e híbridos, o que contribuirá ainda mais com a redução de gases de efeito estufa emitidos na atmosfera.

Produção brasileira de energia solar atinge recorde

Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar) divulgou, em novembro, que o Brasil ultrapassou a marca histórica de 35 gigawatts (GW) de capacidade instalada de fonte solar fotovoltaica, somando as usinas de grande porte e os sistemas de geração própria de energia em telhados, fachadas e pequenos terrenos. Em termos de geração de energia, a fonte solar já corresponde a cerca de 11% do total, atrás apenas da geração eólica (15%) e das hidrelétricas (64%).

Com a fonte solar, além de mais investimentos e arrecadação para o Brasil, estima-se que foi evitada a emissão de 42,8 milhões de toneladas de gás carbônico (CO2) na geração de eletricidade. Isso significa o fortalecimento da sustentabilidade, diversificação do suprimento de eletricidade e diminuição da pressão sobre os recursos hídricos, o que vai ao encontro dos parâmetros discutidos na 28ª Conferência das Nações Unidas para o Clima (COP28). Dentre outras finalidades, o evento, realizado também neste mês de dezembro, propõe o desenvolvimento de soluções concretas para mitigar os efeitos do aquecimento global antes de 2030, a partir da utilização de fontes de energia limpa.