Com vocação para a agroindústria, cidade se destaca no cenário econômico goiano
O município de Rio Verde completa nesta quinta-feira, dia 05 de agosto, 173 anos de fundação. Localizada no sudoeste goiano, historicamente a cidade tem se posicionado como um dos motores da economia do estado, sendo também conhecida como a capital do agronegócio.
História
No início do século XIX, quando Goiás era constituído ainda de muitos espaços vazios e de latifúndios improdutivos, José Rodrigues de Mendonça e sua família transferiram-se de Casa Branca, São Paulo, para terras às margens do rio São Tomás, onde tomaram posse delas e, assim, começaram a escrever a história de Rio Verde.
Este desbravamento tornou-se o embrião do Município de hoje. No século passado, Rio Verde desponta entre as demais cidades tanto na economia como na infraestrutura, sendo a primeira cidade do Estado a possuir rede de água encanada.
Desenvolvimento
Segundo a prefeitura de Rio Verde, o grande marco de arrancada para o desenvolvimento aconteceu em 1970. Com a abertura dos cerrados, a agricultura começou a florescer e atraiu agricultores de São Paulo e da região Sul. Eles trouxeram maquinários, tecnologias, recursos e experiências que transformaram o município no maior produtor de grãos de Goiás e um dos destaques do país.Hoje, com 8.379,661 km² de extensão territorial e uma população estimada em cerca de 241 mil pessoas, de acordo com dados da Prefeitura, Rio Verde completa 173 anos nesta quinta-feira (05), e tem registrado em sua história, gloriosas páginas de luta, de trabalho e de talento. Se seu passado foi grandioso, o futuro se apresenta confirmando a vocação da cidade em continuar crescendo em todos os sentidos.
Crescimento
O crescimento econômico da cidade de Rio Verde é fundamentado nos braços de homens e mulheres que trouxeram conhecimentos técnicos e operacionais para a agroindústria baseada na cidade desde a segunda metade do século XX.
Morador da cidade e empresário, o presidente executivo da Associação Pró Desenvolvimento Industrial de Goiás (ADIAL), Edwal Portilho, o Chequinho, tem acompanhado de perto a força da iniciativa privada no desenvolvimento econômico de Rio Verde.
“Rio Verde evoluiu muito, economicamente, nas últimas décadas. A partir da década de 1980, iniciou-se a industrialização de matérias-primas, tal qual a soja. Em 1983, a Comigo inaugurou sua fábrica, já agregando valor, produzindo farelo de soja para compor as rações dos animais, sejam aves, suínos, bovinos e assim por diante”, relembra.
Ainda de acordo com o presidente executivo da ADIAL, incentivos à instalação de indústrias como frigoríficos na cidade, fomentaram a participação de outros produtos na economia, tais como por exemplo, o milho.
“A partir do final da década de 1990, com a atração da Perdigão, num projeto muito grande, instalou-se um frigorífico de aves e suínos. Com a industrialização de carnes e outros produtos mais, houve um aumento da demanda por milho, por farelo de soja, de modo que nós partimos, em 2000, para a industrialização, abate de suínos e aves. Isso gerou um vigor econômico espetacular”, afirma.
“Iniciou com 3500 trabalhadores o primeiro projeto da Perdigão, hoje BRF. Atualmente são mais de nove mil trabalhadores diretos. Só para se ter uma noção, em 2006, a massa salarial CLT de Rio Verde era de R$ 390 milhões. Hoje em dia a massa salarial CLT já passa de R$ 1 bilhão e 700 milhões. É a renda do trabalhador sendo revertida para a cidade”, acrescenta Chequinho.
Desse modo, verifica-se que cada vez mais o município é atrativo para novas empresas e grandes indústrias sem abandonar a atividade que deu início à sua história de sucesso: a agropecuária, cada vez mais moderna e tecnificada. Atualmente, Rio Verde é mais do que uma grande cidade de Goiás, é um polo econômico que cresce junto com o Brasil.
*Com informações da Prefeitura de Rio Verde.