Métricas para startup: por que elas são indispensáveis para os negócios?

Para qualquer empreendedor, empresário e mesmo os gestores responsáveis pelo andamento da empresa é fundamental acompanhar a performance e o resultado do negócio. Afinal, vários fatores e métodos são necessários para ter sucesso na hora de empreender. Para isso, é preciso se questionar: sua ideia de startup é de fato promissora? Sua startup é viável financeiramente? Ela é escalável e está crescendo com consistência? Precisa tomar medidas para acelerar o crescimento? Quais processos devem ser focados para melhorar a performance da empresa?

Para obter as respostas para essas perguntas, fazer uso das métricas para startups é indispensável, afinal, essa é a melhor forma de saber onde estão os gargalos e quais caminhos seguir. Embora as métricas sejam fundamentais para qualquer tipo de negócio, visto que são elas que apontam se uma ação ou um conjunto de ações estão dando certo no empreendimento, no caso das startups, estes indicadores possuem um destaque a mais. Falo isso, pois empresas em fase embrionária não podem correr o risco de desperdiçar recursos com iniciativas insatisfatórias. Além de que as métricas, quando bem compreendidas, interpretadas e bem aplicadas servem como parâmetro para que você consiga tomar decisões assertivas que agregam valor para impulsionar os resultados e ainda rende bons argumentos para convencer investidores a apostar na sua empresa.

Assim sendo, toda startup deve ter o hábito de consultar e analisar suas métricas constantemente. Nesse contexto, as métricas são indispensáveis, pois elas contribuem para que as decisões sejam pautadas em fatos e indicadores realistas. Uma vez que, as métricas são um conjunto de valores reais e mensuráveis, que são caracterizados em forma de indicadores e índices. 

Neste artigo, eu separei algumas das principais métricas usadas, mas vale ressaltar que dependendo do modelo de negócio que você desenvolve na sua empresa, nem todas serão eficazes para você, por isso é preciso compreender quais delas são realmente necessárias para o seu negócio. 

Break Even Point (Ponto de Equilíbrio)

Essa métrica indica que sua empresa já está conseguindo se manter sozinha, pois há um equilíbrio entre as suas receitas e suas despesas.

Burn Rate

Como o próprio nome indica, esse índice revela a velocidade de gasto de suas reservas em relação aos investimentos e custos de um determinado período. Geralmente refere-se ao período inicial em que as receitas não cobrem os custos da operação. 

Churn (Índice de cancelamento)

Normalmente é calculado por um número percentual durante um mês. Essa métrica se refere a contagem de clientes que cancelaram seu serviço.

Cohort (Grupo ou Corte)

Essa métrica é eficaz quando você tiver volume de dados, já que ele é um dado que foca nas atividades de um grupo que possui ações em comum, quanto maior a amostragem, mais assertivo o resultado, assim você poderá entender tendências específicas em sua operação. Ela é mais voltada para as áreas de marketing, vendas e principalmente Customer Success, onde o foco é em LTV. 

CPV (Custo do Produto Vendido) e CSP (Custo do Serviço Prestado)

CPV indica a divisão entre o valor da venda com os recursos aplicados na produção do produto, enquanto que o CSP engloba os valores gastos com mão de obra, impostos, custos logísticos e de pessoal, entre outros. Esses indicadores permitem que você saiba, com precisão, o valor de seu produto. Logo, por meio desse dado, é possível estabelecer o seu preço justo no mercado. 

Custo de Aquisição de Clientes (CAC)

Adquirir consumidores/clientes requer investimentos, e por meio desse indicador, é possível saber se o seu negócio está gastando mais para trazer novos clientes do que lucrando com eles. Logo, se o CAC estiver muito alto, é sinal de que a sua startup está gastando muito para conseguir novos usuários e é hora de rever as estratégias de marketing. 

LTV (LifeTime Value ou Valor por Tempo de Vida do Cliente com Você)

A métrica LTV tem como objetivo compreender qual o valor de um cliente para você durante o “tempo de vida” que ele tiver em sua empresa.

MRR (Monthly Recurring Revenue ou Receita Mensal Recorrente)

Esse indicador serve para mensurar o quanto sua empresa consegue ter de receita mensal. Usado, sobretudo, com  empresas que trabalham com planos ou assinaturas mensais, ou quando a startup é um SAAS (Software as a Service). Essa métrica ajuda a ter uma melhor noção de quanto você vai conseguir faturar nos próximos meses.

NPS (Net Promoter Score)

Com essa métrica é possível identificar e medir o quanto o seu cliente está satisfeito com o serviço que sua empresa está prestando. Por meio de uma pesquisa, os clientes respondem, baseado em uma escala de 1 a 10, qual a probabilidade de eles indicarem seu serviço para um amigo. 

Por fim, por mais importantes que as métricas para startups sejam, é necessário adaptá-las à realidade do tamanho da sua empresa, do momento e estágio que ela está passando. Assim sendo, conhecer esses números te colocam numa posição muito mais ativa do que reativa. Mas vale ressaltar que embora cada uma dessas métricas para startups, que eu trouxe aqui, sejam úteis isoladamente, é de suma importância que a análise seja feita de maneira integrada também. Dessa forma, cruzar esses dados pode te revelar muito sobre o seu negócio e qual o melhor caminho seguir para se destacar no mercado e ter sucesso. 

Autor

  • CEO na Quantico Conduzo empresas a entregar serviços mais relevantes para as pessoas, rentáveis ​​para o negócio e sustentáveis ​​para o planeta.

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