Melhoramento genético é aposta de produtor rural

O nascimento de uma empresa, o lançamento de um projeto, a reinvenção, a decisão de viver um sonho – o empreendedorismo se apresenta de muitas maneiras ao longo da vida. Sua estrada nem sempre é linear ou previsível, e suas nuances vão desde os empreendedores individuais às grandes indústrias, passando pelos serviços do dia a dia e cortando as estradas de chão que ligam nossos produtores rurais: esses caminhos, muitas vezes, se cruzam de forma imperceptível.

História de Sucesso

É nesses cruzamentos aparentemente improváveis que, muitas vezes, nascem as histórias de sucesso. Uma delas é a Eurípedes José Branquinho de Oliveira, 65. Servidor federal e apaixonado pelo campo, apesar de ter sua fazenda há 18 anos, foi só após se aposentar do INMETRO, cinco anos atrás, que começou a se dedicar exclusivamente à produção rural. O fim de um ciclo e o começo de outro.

Em seus quase 42 hectares no município de São Miguel do Passa Quatro, em Goiás, o produtor colabora com a cooperativa Cooperbel de Bela Vista e conta com 30 vacas leiteiras e um touro da raça gir – segundo ele, a paixão do seu neto.

“Meu neto gosta de gir e acabou me fazendo comprar um boi” – ri Eurípedes. “Os bezerros novos que nasceram todos são dessa linha. O pessoal da cooperativa até briga comigo, porque a persistência do gir no leite é menor, mas não tem problema. Vamos começar a fazer essa mudança agora” conta, divertido.

Melhoramento genético

Ele, que hoje produz uma média de 200 litros de leite por dia, viu no melhoramento genético do gado uma oportunidade de aumentar gradativamente sua produção. Após conhecer o Sebraetec Rural através de um colega, buscou na consultoria uma oportunidade de dar seguimento a essa visão de aprimoramento.

“Me interessei pela possibilidade de trabalhar com o melhoramento do gado através do fornecimento de embriões”, conta Eurípedes, que começou há cerca de um ano sua parceria com o Sebrae. “Vi nisso uma oportunidade, e fechei com eles uma parceria para oito embriões. Na primeira leva, de 15 animais, tivemos sucesso com 4; na segunda tentativa, conseguimos os outros”.

Oportunidade


A expectativa é que as primeiras bezerras nasçam ainda esse mês e, as outras, até três meses depois. O objetivo é que, quando chegarem em sua fase adulta, esses animais forneçam quase o dobro do leite que o gado atual produz, devido às características específicas da raça e da seleção genética escolhida pelo produtor em parceria com os consultores. No meio tempo, Eurípedes pretende continuar o melhoramento do gado.

“Eu sou um pequeno produtor e minhas vacas são cruzadas: hoje elas produzem uma média de 14, 15 litros diários”, explica ele que, hoje, conta com 18 animais em lactação. “A expectativa é que essa nova leva me forneça uma média de 40 a 50% a mais do que os animais de hoje. Se tudo der certo, esse ano quero tentar acordar mais umas quatro ou cinco, e aí vamos melhorando aos pouquinhos.”

Fonte: Agência Sebrae Goiás de Notícias

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