Mandioca como fonte de renda e utilização de bioinsumos marcam terceiro dia da Semana da Agricultura Familiar

Base alimentar de muitas regiões brasileiras, a mandioca foi o principal tema discutido nesta quarta-feira (21), na Semana da Agricultura Familiar, evento promovido pelo Governo de Goiás, por meio da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater) e Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).

Evento

As primeiras palestras do dia dedicaram-se ao debate sobre a cultura da raiz e como as pesquisas desenvolvidas pela Emater podem impactar na produtividade das pequenas propriedades que têm a mandioca como fonte de renda.

O coordenador do Programa de Melhoramento de Mandioca da Agência e pesquisador do convênio Emater-Fapeg [Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Goiás], Ivanildo Ramalho, abriu o ciclo de atividades mostrando os trabalhos executados na Estação Experimental de Porangatu. No local, são avaliadas diversas variedades de mandioca de mesa e de indústria para que possam ser implantadas adequadamente pelos produtores.

Produtividade

De acordo com o profissional, para aumentar a produtividade da mandioca na agricultura familiar é fundamental que os trabalhadores do campo adotem procedimentos antes e depois do plantio. Por isso, a assistência técnica é essencial para levar informações e orientações para as propriedades. Entre os fatores mais importantes estão a escolha da variedade a ser plantada, seleção da área e análise do solo.

Na sequência, a também pesquisadora do convênio Emater-Fapeg, Bruna Valente, apresentou uma palestra sobre como o trabalho científico e o produtor rural estão operando juntos para aumentar a produtividade em propriedades assentadas. Como exemplo, o agricultor familiar Douglas Antônio, do Assentamento Bacuri, em Uirapuru, participou do encontro para relatar as transformações obtidas com a aplicação de novas tecnologias.

Segundo Valente, foram diagnosticados dois problemas principais no assentamento: baixa produtividade e baixa adoção de tecnologias. A Emater atuou levando orientações em todas as etapas do sistema de produção, como seleção de variedades, preparo de solo, espaçamento correto e tratos culturais.

Resultados

Os resultados foram obtidos com êxito. O agricultor Douglas Antônio revelou que com as variedades tradicionais eram produzidos 80 quilos de polvilho para cada tonelada de mandioca. A introdução de materiais de maior padrão genético elevou a produção para 250 quilos a cada tonelada. “Depois da Emater, as portas se abriram, não só do conhecimento mas também das oportunidades”, contou.

Fonte: Ascom/ Emater

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