O Dia Mundial do Chocolate, celebrado em 7 de julho, destaca uma das iguarias mais apreciadas globalmente. Originário das civilizações mesoamericanas, o cacau foi utilizado pelos astecas e maias em rituais e como moeda. Com a chegada dos europeus ao continente americano, o cacau foi levado para a Europa, onde se popularizou e se tornou uma presença constante na culinária global. No Brasil, um dos principais produtores de cacau, a produção se concentra no sul da Bahia e no norte do Espírito Santo, regiões conhecidas por suas variedades de alta qualidade, como o cacau Cabruca e o Itaúna.
Segundo a professora Arissa Felipe Borges, do curso de nutrição da Estácio, o mercado de chocolate é vasto e diversificado, com tipos que variam principalmente pelo teor de cacau e pelos ingredientes adicionados. “O chocolate amargo, com alto teor de cacau, é conhecido por seus benefícios à saúde devido à alta concentração de flavonoides, antioxidantes que ajudam na prevenção de doenças cardiovasculares e no combate aos radicais livres”, explica a professora.
“O chocolate ao leite, mais doce e cremoso, é o mais consumido globalmente. O chocolate branco, feito com manteiga de cacau, oferece uma experiência sensorial diferente. Além disso, existem chocolates com adição de frutas, nozes e especiarias, proporcionando uma ampla gama de sabores e texturas”, enumera a docente.
Arissa comenta que o cacau, matéria-prima do chocolate, é rico em flavonoides, compostos antioxidantes que protegem as células contra danos e previnem doenças crônicas como doenças cardíacas e alguns tipos de câncer. “O cacau contém minerais essenciais como magnésio, ferro e cobre, importantes para o bom funcionamento do organismo”, revela.
Estudos recentes apontam que o consumo moderado de chocolate amargo pode melhorar a saúde do coração, aumentar o fluxo sanguíneo cerebral e, consequentemente, melhorar a função cognitiva. “O chocolate pode ser incluído em uma dieta equilibrada, desde que consumido com moderação e atenção à qualidade do produto. É importante optar por chocolates com alto teor de cacau e baixo teor de açúcar e gorduras saturadas”, orienta.
Além dos benefícios para a saúde, o chocolate tem uma importância cultural e econômica significativa. No Brasil, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab), foram produzidas cerca de 757 mil toneladas de chocolate em 2023, consolidando o país como um dos maiores consumidores globais. A produção de cacau, concentrada principalmente na Bahia, totalizou aproximadamente 140 mil toneladas no mesmo período, demonstrando a relevância econômica do cacau para o Brasil.
O chocolate pode ser adicionado à dieta de várias maneiras. Arissa sugere consumir chocolate amargo como um lanche saudável, em pequenas quantidades, ou incorporá-lo em receitas como smoothies, bolos integrais e até saladas. “A chave é a moderação e a escolha de chocolates de qualidade, com alto teor de cacau. Evitar produtos com excesso de açúcar e gorduras saturadas é essencial para aproveitar os benefícios do cacau sem comprometer a saúde”, orienta a especialista.
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