Uma nova onda de golpes que utilizam mensagens falsas para enganar contribuintes sobre a restituição do Imposto de Renda está em alta. Criminosos estão se passando pelo governo federal, prometendo pagamento imediato e induzindo as vítimas a realizarem transferências via PIX. Henrique Ricardo Batista, presidente em exercício do Conselho Regional de Contabilidade de Goiás (CRCGO), explica que os golpistas iniciam o processo enviando um SMS falso, alertando que o valor a ser restituído está prestes a vencer. Para receber o suposto pagamento imediatamente, a vítima é instruída a clicar em um link.
“Se você tem valores a receber, eles serão depositados automaticamente na conta bancária informada na declaração, seguindo o cronograma da Receita Federal. A Receita não envia links nem solicita dados pessoais por mensagem”, adverte Henrique. O golpe envolve um link que simula ser da plataforma gov.br, destinada a serviços públicos. Ao acessar o site fraudulento, a vítima é solicitada a inserir CPF, senha do gov.br e dados pessoais como nome da mãe e data de nascimento.
“Os golpistas ainda solicitam uma chave PIX para o suposto pagamento da restituição e, para ‘confirmar’ o processo, pedem que a vítima pague uma taxa fictícia do Banco Central via PIX”, explica o presidente do CRCGO.
Conforme dados da Receita, em Goiás, das 791.542 declarações que requereram restituição do Imposto de Renda, 47,5% já foram efetivamente pagas. Isso representa um total de 375.655 restituições processadas nos dois primeiros lotes. Em nível nacional, o Brasil contabiliza um total de 12.391.557 declarações elegíveis para restituição, o que equivale a um montante total de R$ 19,90 bilhões.
Saiba como se proteger
Para evitar cair nesse tipo de golpe, Henrique destaca alguns sinais de alerta: “Fique atento a e-mails ou mensagens com links, especialmente se solicitarem dados pessoais ou correções nas declarações. A Receita Federal não realiza esse tipo de comunicação pela internet”, alerta. Além disso, verifique sempre o domínio do site acessado: “Sites de órgãos públicos terminam com ‘.gov.br’. Se o link não terminar dessa forma e redirecionar para outro endereço, desconfie imediatamente”, complementa Henrique.
O presidente também ressalta a tentativa dos golpistas de criar um senso de urgência: “Eles costumam dizer que o prazo está prestes a vencer, induzindo as vítimas a agir rapidamente. Em caso de dúvida, verifique sempre a autenticidade da comunicação através do site oficial do órgão ou do e-CAC”, orienta. O Conselho Regional de Contabilidade reforça que a conscientização e a precaução são essenciais para evitar cair em golpes virtuais e que sempre é necessário estar em alerta.
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