Dados do IBGE apontam que o volume de vendas do comércio varejista nacional aumentou 1,2% em julho de 2021, frente a junho, na série com ajuste sazonal. Este foi o quarto crescimento consecutivo desse indicador, fazendo com que o volume de vendas chegasse ao patamar recorde da série histórica da Pesquisa Mensal do Comércio, iniciada em 2000.
De acordo com o estudo, a alta no volume de vendas do varejo, em julho de 2021, na série com ajuste sazonal, foi acompanhada de taxas positivas em cinco das oito atividades, com destaque para outros artigos de uso pessoal e doméstico (19,1%), tecidos, vestuário e calçados (2,8%) e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (0,6%). Contudo, o destaque se dá na comparação com julho de 2020, que registrou crescimento de 5,7%. Neste período, o segmento de tecidos, vestuário e calçados teve alta de 42%, a quarta taxa positiva nessa comparação. A atividade respondeu pelo segundo maior impacto positivo na formação da taxa global do varejo. Com isso, o acumulado no ano passou de 32,5% em junho para 34,2% em julho, enquanto o acumulado nos últimos 12 meses, passou de 3,9% em junho para 10,3% em julho, segunda taxa positiva para esse indicador.
De acordo com a proprietária da loja Lelilu, no Shopping Estação Goiânia, Luanna Lúcia Silva, apesar das incertezas e da oscilação de vendas entre os últimos 12 meses, foi possível notar uma retomada do público e das negociações, inclusive, com algumas surpresas.
Segundo ela, que abriu o seu empreendimento já durante a pandemia, o volume de vendas está crescendo de forma gradual. “Eu abri a loja em março de 2020 e 13 dias depois da inauguração, fui obrigada a fechar. Foram cerca de três fechamentos e reaberturas e, nesse tempo todo, ficamos fechados mais de quatro meses. Agora, estamos conseguindo notar uma retomada. O mês de agosto que, geralmente, não é muito atrativo para o segmento, foi surpreendente”, diz a lojista.
Com boas expectativas para os próximos meses, Luanna prefere manter a cautela ao falar sobre o reaquecimento do mercado. “Para os próximos meses, as expectativas sobem um pouco, com a chegada do fim do ano, que é uma época muito boa para as vendas. Mas a movimentação ainda é tímida, porque não é constante, ainda está muito variável”, ressalta ela.
A gerente comercial e de marketing do Shopping Estação Goiânia, Juliana Abraham, destaca a retomada em ritmo cadenciado. Segundo ela, as expectativas melhoram a cada dia, para voltar ao patamar de vendas anterior ao da pandemia do novo coronavírus.
“Os centros de compras já estão percebendo um certo aquecimento para o fim de ano. Estamos animados com a melhora gradual do mercado e isso gera expectativa com a chegada da Black Friday e Natal. Temos certeza de que tem muita coisa boa por vir e, em breve, devemos chegar ao patamar de vendas que tínhamos antes da pandemia”, afirma ela.