Advogado destaca potencial do aeroporto de cargas de Anápolis

A instalação de um aeroporto de cargas alfandegado em Anápolis (GO) poderá trazer inúmeros benefícios, não apenas ao município, mas para cidades e até estados vizinhos. A avaliação é do advogado Neves Teodoro R. de Sousa, sócio fundador do escritório Teodoro & Coloca – Advogados Associados, que possui atuação em todo o país.

O escritório é o único do Brasil que assessora concessionárias de aeroportos de cargas em cinco zonas primárias em terminais aéreos brasileiros, nas seguintes cidades: Curitiba (PR), Recife (PE), Navegantes (SC), Goiânia (GO) e Vitória (ES). A banca atua desde o início da concessão, modelagem da licitação até a prestação de assessoria jurídica nos aeroportos.

“Esse tipo de aeroporto alfandegado gera a perspectiva de que empresas de diversas áreas se instalem aqui. Desse modo, existe a real possibilidade de que sejam abertas centenas ou até milhares de oportunidades de trabalho à população Anapolina”, declara o advogado Neves Teodoro.

Além da posição geográfica estratégica da Cidade de Anápolis, bem como o seu potencial logístico, ele acredita que um aeroporto desse porte pode ser um potencializador para a economia local. “Sob vários aspectos, esse tipo de empreendimento pode transformar a cidade em um grande atrativo, tanto para a importação de cargas quanto para a exportação”, destaca Neves.

Como cidade geograficamente estratégica para o Brasil, a cidade de Anápolis, em sua avaliação, possui um potencial logístico ainda pouco explorado. O aeroporto de cargas alfandegado pode alavancar o desenvolvimento da cidade e influenciar positivamente as economias de cidades ao redor, além de estados que podem se beneficiar das atividades desenvolvidas.

“É um passo importante para que se aproveite todo esse potencial logístico, cuja consequência é o desenvolvimento não apenas municipal, mas regional, dadas as possibilidades de trabalho que surgirão”, destaca ainda Neves Teodoro R de Sousa, sócio fundador do escritório Teodoro & Coloca – Advogados Associados.

Processo

Para a implantação de um aeroporto de cargas alfandegado, é necessário cumprir uma série de requisitos, antes mesmo da escolha do seu operador. “É preciso que o aeroporto seja homologado pela Agência Nacional de Aviação Civil – ANAC, receba o Ato Declaratório Executivo de Alfandegamento pela Receita Federal, e ainda a Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE) pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa, bem como as demais certificações pertinentes”, evidencia Neves Teodoro.

Atualmente, o Estado de Goiás é responsável pela gestão do Aeroporto de Cargas de Anápolis, por meio da Agência Goiana de Infraestrutura e Transportes – Goinfra.

“Acreditamos que é necessário realizar uma junção de forças para decidir o melhor modelo de gestão para uma zona primária como essa localizada em Anápolis. Nesse sentido, o poder público municipal também deve se envolver nessa questão, assim como o setor produtivo”, destaca o advogado Neves Teodoro.

Com informações Rota Jurídica

“A gente colocou a Citroën nos trilhos do crescimento”, diz Vanessa Castanho

Vanessa Castanho é uma das executivas mais poderosas do Grupo Stellantis, dono das 14 marcas e duas divisões que compõem a FCA e a PSA. Desde meados de 2021, a paulistana, que ingressou no setor há 25 anos como estagiária da Renault, é a primeira mulher a comandar a Citroën na América do Sul. 4

Além disso, ela é CEO da Eco2Energia, companhia da área de painéis fotovoltaicos na qual é sócia com o marido. Também é consultora da InPact, ONG em João Pessoa (PB) voltada à preservação do meio ambiente, e atua em ao menos mais uma entidade beneficente. No intervalo entre tantas atividades, a vice-presidente da marca francesa falou ao Estadão sobre o desempenho no ano passado e as tendências para 2022.

Em 2021, como foi o desempenho da Citroën no Brasil e na América Latina?

O ano de 2021 foi de revolução em todos os sentidos. A gente teve uma performance muito boa, a melhor desde 2016. Enquanto o mercado cresceu 2%, crescemos 77%. No caso do (SUV) C4 Cactus, as vendas dobraram. No dos utilitários, registramos cerca de 123% de alta nas vendas. Em agosto de 2022, já tínhamos feito todo volume de 2020. Ou seja, isso mostra que a nossa estratégia está certa e que a gente colocou a Citroën nos trilhos para o crescimento. Assim, 2021 foi importante também para a construção do próximo capítulo. Isso inclui novos produtos. É o caso do novo C3 (compacto que será feito em Porto Real, no Rio de Janeiro), que foi apresentado em 2021 e vai ser o primeiro produto da plataforma c-Cubed (nova base para modelos pequenos), que dará origem a três produtos na América do Sul. Eles serão concebidos para a região, com apoio de fornecedores locais e focados no perfil do cliente daqui. Lançamos duas séries limitadas do C4 Cactus, a nova (van) Jumper Cargo e nosso primeiro veículo elétrico, a (van) e-Jumpy. Isso é parte do plano “Citroën 4 All”, que vai até 2024. Temos um direcionamento muito claro sobre para onde a marca quer ir. Isso deu muita confiança para a rede de concessionários. Vamos crescer com um plano robusto e temos uma gama robusta de produtos. Só tem alegria daqui para frente.

Quais são os próximos passos rumo à eletrificação?

No Brasil, a gente tem duas vantagens importantes. Uma é que a nossa geração de energia vem muito de hidrelétricas. É claro que há situações de escassez de água, mas é muito melhor do que a de países que têm de queimar carvão, por exemplo. Também temos o etanol, porque é preciso olhar não só para o consumo de eletricidade, mas para toda a cadeia de produção dessa energia, do início ao fim. O etanol é uma força que vai nos ajudar a mudar do motor a combustão para o elétrico. Estamos muito bem preparados. Temos mais de oito produtos globais eletrificados, além de várias soluções de mobilidade. Por exemplo, o AMI (microcarro elétrico vendido na Europa a partir de € 6 mil) é muito inovador. O Urban Collectif, revelado em 2021, é uma espécie de skate elétrico e autônomo que pode ser customizado. Ou seja, a tendência não é só a energia limpa, mas também oferecer produtos que possam ter a cara do consumidor, focados em atender as necessidades específicas dele. Começamos com os utilitários porque é nesse segmento que as vendas têm crescido mais. O elétrico tem menor custo de manutenção, que é uma das principais preocupações desses clientes. Vamos ficar de olho na infraestrutura, para trazermos mais produtos conforme ela avançar.

A aceleração da digitalização impactou o desempenho das vendas em 2021?

Os planos já estavam traçados, mas a pandemia acelerou isso. Recentemente, vi uma pesquisa que aponta que, com a pandemia, a digitalização avançou dez anos. Em primeiro lugar, tínhamos de pensar no bem estar e na segurança das pessoas. Obviamente, aceleramos tudo o que foi possível em relação a novos canais de contato e soluções para nossos clientes. A aceleração foi forte e mudou também a cabeça do cliente, que passou a fazer, por meio eletrônico, coisas que ele acreditava que não podia fazer. Então, a gente tem de estar pronto para dar respostas de forma rápida e resolver questões com a ajuda de novas ferramentas, como apps. Estamos muito focados nisso. Temos de oferecer uma inovação acessível e que atenda as necessidades dos clientes A gente quer que cada vez mais clientes brasileiros descubram isso.

A Citroën vai continuar sendo posicionada como uma marca premium?

A Citroën é vista como uma marca atrativa e desejada. Essa imagem foi construída por meio da oferta de bons produtos. Não vamos abandonar esse viés aspiracional, mas vamos oferecer um produto (o compacto C3) em um dos principais segmentos do mercado. Para isso, ele tem de ser acessível. Quando a marca é vista como premium, ela pode parecer um pouco distante para o consumidor. E a gente quer estar mais próximo dos nossos clientes. Então, vamos pegar tudo de bom que já foi feito e ajudou a construir essa imagem da Citroën, e fazer da marca algo mais acessível e próximo dos consumidores.

Você já sentiu que estava sendo tratada de forma diferente por ser mulher?

Aconteceu, claro. E a gente tem de falar bastante sobre isso para, justamente, não precisar falar mais no futuro. Muitas vezes, as pessoas não percebem que estão sendo machistas. E, aqui para nós, é um segredo (risos), mas muitas vezes eu percebi que estava sendo machista. Há uma grande diferença entre ser e estar. Enquanto eu estiver na posição de liderança, terei uma responsabilidade enorme de tentar mudar esse cenário. Ou seja, de ajudar a diminuir as diferenças. Formei um time muito diverso. A diversidade ampla, que inclui gênero, raça, orientação sexual e nacionalidade, é muito positiva. Na Citroën América do Sul, 50% do time é formado por mulheres, há diferentes idades e nacionalidades. Uma cultura diversa faz a gente tomar decisões melhores. E isso impacta o resultado da empresa. Fui escolhida para ser cônsul da Stellantis em relação a questões de afinidade de gênero, e também sou uma das coaches mundiais do grupo.

Com informações Estadão Conteúdo

Cinco tendências de negócios para empreender em 2022

O Brasil enfrentou e enfrenta uma crise econômica, instabilidade política e pandemia, mas os brasileiros ainda demonstram a vontade de empreender. O mercado de trabalho sofreu um forte impacto com essas turbulências, forçando muitos cidadãos a experimentarem o empreendedorismo, conhecido também como “Empreendedorismo por necessidade”.  

O SEBRAE divulgou que, no primeiro semestre de 2021, houve um aumento recorde de abertura de micro e pequenas empresas no país, o número mais alto registrado desde 2015. Nos seis primeiros meses foram cerca de 2,1 milhões de novos negócios, um crescimento de 35% em comparação ao mesmo período em 2020.

Para mergulhar nesse universo, é preciso se atentar a algumas habilidades específicas, sobretudo em um mundo cada vez mais híbrido, que transita entre o online e offline.

“É preciso não ter medo de testar, correr o risco de experimentar e não ter medo de errar, pois errar faz parte do risco natural de todo projeto. No entanto, é imprescindível executar ajustes de maneira rápida”, pontua o autor do livro “Resiliência Ágil: Aprenda As Práticas Ágeis (SCRUM) para transformar seus projetos pessoais e profissionais”, Carlos Coutinho. 

O livro também argumenta sobre a liderança ágil, e como desenvolver um mindset voltado para criação de equipes multifuncionais e emocionalmente preparadas  para resolver problemas em momentos desafiadores e instáveis, tanto de forma macro, como a que estamos vivendo em todo o mundo, quanto mais específica. 

Confira abaixo cinco nichos de mercado que podem ser excelentes alternativas para quem quer empreender em 2022 com o menor risco possível e boas chances de prosperar.

Infoprodutos

Apostilas, cursos online, videoaulas, e-books, livros, músicas, pinturas, desenhos, aplicativos, audiobooks, infográficos, entre outros, são cada vez mais procurados pelo público interessado.

 “As pessoas estão buscando mais conhecimento. Se você é realmente bom em alguma área do conhecimento este é o nicho perfeito para empreender sem sustos, já que os custos fixos no mercado digital são infinitamente menores do que no uso de um escritório físico, por exemplo. Você pode terceirizar quase toda a produção do material, focado em vendas e no conteúdo. “, menciona Coutinho. 

Alimentos

É a última coisa que as pessoas cortam em momentos de crise. Afinal de contas, todos precisam comer e cada vez mais as pessoas não têm tempo ou disposição para cozinhar. Trabalhar com alimentação é uma tendência sempre em alta.

Trabalhar com comida exige higiene, capricho e muito carinho na manipulação da matéria prima. Uma dica bastante importante é olhar com carinho para os nichos de confeitaria, vegetarianismo/veganismo e congelados. São tendências com viés de alta e possibilidade de lucros maiores. 

Fornecer para o comércio local – bares, restaurantes e lanchonetes do entorno – e pequenos mercados também pode ser uma excelente opção.

Produtos artesanais

Depois de um longo período onde o que era industrializado era visto como mais valorizado, atualmente o produto artesanal passa a ser mais desejado. Reflexo de tempos onde personalização, exclusividade e busca por compras mais sustentáveis estão na ordem do dia.

Artes plásticas, costura, customização de roupas e acessórios, confecção de brinquedos, enfeites, material promocional como convites e cartazes, bijuterias, ourivesaria, produtos de higiene pessoal e cosméticos… As possibilidades são infinitas e com investimento inicial acessível, na maioria das vezes. 

Pet

De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), o Brasil possui a segunda maior população de cães, gatos e aves canoras e ornamentais do mundo, além de ser o terceiro em população total de pets.

Isso impulsiona a demanda por itens de cuidados com os animais, como alimentação, vestuário, brinquedos, comedouros, bebedouros, caminhas e outras tantas opções que compõem uma gama cada vez maior. Produtos personalizados e exclusivos tendem a ganhar a atenção do público. 

Estética

No mapa mundi da beleza o Brasil está constantemente entre os três países que mais gastam dinheiro com tratamentos estéticos, sejam eles caseiros, feitos com a aquisição de cremes, loções e tinturas, ou os tratamentos com profissionais especializados que se utilizam das mais variadas técnicas para que os clientes se sintam belos como nunca.

Em 2022 o setor segue muito em alta, inclusive com a presença cada vez mais expressiva do público masculino nessa faixa de mercado. 

Produção industrial teve forte recuo em dezembro de 2021, aponta sondagem da CNI

A produção nas fábricas apresentou forte queda em dezembro na comparação com novembro, de acordo com dados da Sondagem Industrial da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Em uma escala na qual valores abaixo dos 50 pontos significam retração, o indicador registrou 43,3 pontos no último mês de 2021. Em novembro, o índice estava em 50,4 pontos.

“A queda de 7,1 pontos é expressiva, mas o mês de dezembro normalmente é marcado pela desaceleração da produção industrial. Não obstante, a queda na passagem de novembro para dezembro de 2021 foi mais intensa que em 2020, quando o índice ficou em 46,8 pontos”, destacou a entidade.

Da mesma forma, a utilização da capacidade instalada no setor ficou em 68% em dezembro, abaixo dos 72% registrados no mês anterior. O emprego industrial também recuou em dezembro, com o indicador em 48,6 pontos. Esse foi o único mês de 2021 que registrou retração no número de empregados na indústria. “O emprego industrial registrou queda, comportamento que é usual para o mês de dezembro de cada ano. No entanto, o resultado está acima da média de dezembro para anos anteriores (46,7 pontos)”, acrescentou a CNI.

A sondagem mostra ainda que o setor segue listando a falta ou o alto custo das matérias-primas como o principal problema para as empresas, sendo citado por 60,6% dos empresários. Esse foi o sexto trimestre consecutivo em que as dificuldades na aquisição de insumos ocuparam a liderança entre os gargalos da indústria.

A CNI destacou ainda que os índices de expectativa de demanda, de exportação, de compras de matérias-primas e de número de empregados tiveram melhora em janeiro, indicando maior otimismo dos empresários para o ano de 2022.

“Todos os resultados continuam acima da linha de 50 pontos, o que indica expectativa de crescimento nos próximos seis meses. No entanto, o otimismo é menor que em 2021”, reconheceu a entidade.

Com informações Estadão Conteúdo:

Lista da Forbes com as 100 maiores do agronegócio traz nomes de empresas goianas

Publicada no último bimestre de 2021, a edição de número 92 da Revista Forbes trouxe a lista com “As 100 Maiores Empresas do Agro”

A Lista traz as maiores empresas de capital aberto no país e quem está por trás de algumas delas. Sua elaboração teve como base informações de demonstrativos financeiros das empresas, além de dados compilados pela agência Standard & Poor’s.

Foram consideradas empresas (incluindo holdings e cooperativas) com faturamento no Brasil de pelo menos R$ 1 bilhão em 2020. Quando indicado, o levantamento considerou o faturamento consolidado das holdings. Foram considerados também o tipo e o grau de atuação de cada companhia ou grupo no agronegócio brasileiro, mesmo nos casos em que a relação da atividade principal com o agronegócio seja indireta. Houve algumas mudanças na metodologia em relação à edição do ano passado. Empresas de etanol e demais biocombustíveis, por exemplo, formam o segmento Agroenergia. Fertilizantes e defensivos compõem o grupo Agroquímica. Apesar de 2020 ter sido um ano que desgastou a palavra “desafiador”, o agronegócio brasileiro saiu-se muito bem.

O faturamento somado das 100 empresas que constam na edição da Revista Forbes foi de R$ 1,29 trilhão, um crescimento de 24% frente ao R$ 1,04 trilhão de 2019. Apenas cinco companhias tiveram faturamento menor em 2020 que no ano anterior, e houve casos em que a receita mais do que dobrou graças à alta dos preços das commodities no mercado internacional.

Confira

1) JBS
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1953, em Anápolis (GO)
Receita: R$ 270,20 bilhões
Principal executivo: Gilberto Tomazoni

Maior empresa de Alimentos e Bebidas e segunda maior empresa de alimentos do mundo, a JBS é a segunda maior companhia brasileira e a maior empresa privada em faturamento. Uma gigante com cerca de 400 unidades produtivas em 15 países nos cinco continentes, a companhia vai muito além das carnes bovina, suína e de aves. Ela possui negócios correlacionados, como couros, biodiesel, higiene pessoal e limpeza, soluções em gestão de resíduos sólidos e embalagens metálicas, e recentemente entrou nos alimentos alternativos, investindo em proteína vegetal. Em 2020 a empresa voltou a apresentar um resultado recorde, com faturamento de cerca de R$ 270 bilhões, crescimento de 32% ante 2019. A empresa passou a investir também em mercados alternativos, como as carnes vegetais.

2) RAÍZEN ENERGIA
Setor: Agroenergia
Fundação: 2011, em São Paulo (SP)
Receita: R$ 120,58 bilhões
Principal executivo: Ricardo Dell Aquila Mussa

Principal fabricante de etanol de cana-de-açúcar do Brasil e maior exportadora individual de açúcar de cana no mercado internacional, a Raízen surgiu como uma joint venture entre a Cosan e a Shell do Brasil. Possui 26 unidades produtivas e uma ampla rede de distribuição de produtos, com cerca de 7 mil postos de serviço da marca Shell, 65 terminais de distribuição e 65 aeroportos. Os resultados recentes foram beneficiados pela alta dos preços das commodities e da energia. A empresa possui 1 gigawatt de capacidade instalada de produção de energia elétrica a partir do bagaço da cana. A Raízen emprega mais de 30 mil funcionários.

3) COSAN
Setor: Agroenergia
Fundação: 1936, em Piracicaba (SP)
Receita: R$ 68,63 bilhões
Principal executivo: Luis Henrique Cals de Beauclair Guimarães

Uma das maiores empresas de agroenergia do país, a Cosan nasceu em 1936, quando os irmãos Pedro Ometto e João Ometto associaram-se ao empresário Mário Dedini para comprar a usina Costa Pinto, em Piracicaba, interior de São Paulo. Em 1989 o grupo chegou a ser o maior produtor de açúcar e álcool do mundo, com 22 empresas e moagem de 10,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, 5% do total brasileiro. Atualmente, o grupo Cosan produz e exporta etanol e açúcar, gerando energia ao utilizar o bagaço da cana. Também atua na logística de açúcar e outros granéis sólidos destinados à exportação. Em 2012, o grupo adquiriu o controle da Companhia de Gás de São Paulo (Comgás), privatizada pelo governo do estado, ampliando sua atuação na área de energia.

4) MARFRIG GLOBAL FOODS
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 2000, em São Paulo (SP)
Receita: R$ 67,48 bilhões
Principal executivo: Miguel de Souza Gularte (América do Sul)

Segunda maior empresa de Alimentos e Bebidas do mundo, a Marfrig apresentou um crescimento de 38% em suas receitas em 2020 ante 2019 graças aos preços elevados e à apreciação do dólar. Esse aumento do faturamento permitiu à companhia avançar uma posição no ranking Forbes. Mais de 70% da receita veio das operações na América do Norte. A Marfrig possui capacidade de abater 31,2 mil bovinos e 6.500 ovinos por dia. Ela tem 28 unidades operacionais da América do Sul, no Brasil, na Argentina, no Chile e no Uruguai, e oito unidades nos Estados Unidos.

5) CARGILL
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1865, em Conover, Iowa (EUA). No Brasil desde 1965
Receita: R$ 67,16 bilhões
Principal executivo: Paulo Sousa

A Cargill é um caso raro: foi fundada há 156 anos nos Estados Unidos, é uma empresa gigantesca de capital fechado e seu controle permanece com a família fundadora. Também é a maior empresa de capital originalmente não brasileiro desta lista. A companhia divulgou uma receita global recorde de US$ 134,4 bilhões em receitas no ano fiscal de 2020 (junho a maio), um crescimento de 17% em relação a 2019. A empresa surgiu a partir de um armazém para grãos e posteriormente expandiu suas atividades para outras commodities. Atualmente, a Cargill atua nas áreas de alimentos, energia e logística. No Brasil desde 1965 e empregando cerca de 11 mil funcionários, é uma das maiores indústrias de alimentos do país. É proprietária de marcas tradicionais do mercado de consumo, como o óleo de milho Mazola, a maionese Lisa e os molhos e extrato de tomate Elefante.

6) AMBEV
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1999, em São Paulo (SP)
Receita: R$ 58,38 bilhões
Principal executivo: Jean Jereissati Neto

Maior cervejaria do mundo, nascida da compra da Antarctica pela Brahma, a gigante industrial AmBev também atua no agronegócio. A cervejaria é uma voraz consumidora de cevada, matéria-prima do malte, principal insumo da cerveja. Nesse sentido, a Ambev produz cevada diretamente no Paraná e no Rio Grande do Sul, e atua tam bém em parceria com cooperativas nessas regiões, que produzem cevada para abastecer suas maltarias. A AmBev está estudando uma ampliação de suas atividades e mirando no mercado de energéticos.

7) BUNGE
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1818, em Amsterdã (Holanda). No Brasil desde 1914
Receita: R$ 50,52 bilhões
Principal executivo: Raúl Padilla

Nascida como uma trading de grãos em 1818 na Holanda, a Bunge se diferencia das demais líderes do setor por sua internacionalização precoce. Em 1876, um dos sucessores da família fundadora estabeleceu-se na Argentina para facilitar a exportação de trigo para a Europa. Atualmente, a companhia está em 35 países e emprega 35 mil funcionários. No Brasil desde 1914, a Bunge possui cerca de 100 unidades entre fábricas, usinas, moinhos, portos, centros de distribuição, silos e instalações portuárias. Ela emprega cerca de 17 mil colaboradores, é líder em originação de grãos e processamento de soja e trigo, em logística e na fabricação de produtos alimentícios. Produz óleos, maionese, margarinas com marcas como Soya, Delícia, Primor, Salada, Cardeal, Suprema e Gradina. Desde 2006, atua também no segmento de açúcar e Agroenergia.

8) COPERSUCAR
Setor: Agroenergia
Fundação: 1959, em São Paulo (SP)
Receita: R$ 38,7 bilhões
Presidente executivo: João Roberto Gonçalves Teixeira

A Copersucar é a maior cooperativa brasileira e possui um modelo de negócios único no setor sucroenergético, que inclui todos os elos da cadeia de açúcar e etanol, desde o acompanhamento da safra no campo até os mercados finais, incluindo armazenamento, transporte e comercialização. No último ano-safra, a Copersucar produziu 5,4 milhões de toneladas de açúcar, dos quais 2 milhões destinaram-se ao mercado interno e 3,4 milhões foram exportadas. A produção de etanol, porém, recuou 21,8%, caindo de 14,2 bilhões de litros para 11,1 bilhões. A Copersucar também controla a Eco-Energy, nos Estados Unidos, que no ano-safra mais recente movimentou 6,5 bilhões de litros de etanol.

9) BRF
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 2009, em São Paulo (fusão de Perdigão e Sadia)
Receita: R$ 33,5 bilhões
Principal executivo: Lorival Luz

A BRF surgiu em 2009 pela fusão de duas concorrentes. A Perdigão, fundada em 1930 em Videira (SC), e a Sadia, que surgiu na década seguinte em Concórdia, também em Santa Catarina. Como resultado da fusão, a BRF é uma das maiores empresas de alimentos do mundo e é a maior exportadora de carne de frango do Brasil. A empresa possui mais de 30 marcas em seu portfólio. Nos últimos anos, as ações da companhia vêm sendo prejudicadas por mudanças na gestão, que privilegiaram o aspecto financeiro e abriram espaço para que a concorrência crescesse, em especial no segmento de alimentos processados. No início de 2021 os rumores de uma fusão ou aquisição por parte da Marfrig ganharam volume.

10) COFCO INTERNATIONAL
Setor: Trading e Comércio
Fundação: 1949, em Pequim (China). No Brasil desde 1974
Receita: R$ 33,22 bilhões
Principal executivo: Philip Xu

Fundada em 1949 logo após a Revolução Comunista na China, a Cofco foi, durante décadas, a única estatal importadora e exportadora de produtos e insumos agrícolas da China. Atualmente, a Cofco é uma das maiores tradings do mundo. Em 2019, a empresa transportou 106 milhões de toneladas de soja, grãos, açúcar, algodão e café. A Cofco iniciou suas atividades comprando soja brasileira em 1974, após restabelecimento de relações diplomáticas entre China e Brasil. A companhia vem ampliando suas atividades no Brasil, ampliando seus investimentos em armazenagem e processamento de grãos.

11) SUZANO
Setor: Madeira, Celulose e Papel
Fundação: 1924, em São Paulo (SP)
Receita: R$ 30,46 bilhões
Principal executivo: Walter Schalka

A alta das commodities no mercado internacional e a apreciação do dólar frente ao real vêm fazendo a Suzano, maior empresa de celulose do Brasil, divulgar sucessivos recordes em seus resultados. Seus custos de produção estão entre os menores do mundo e a companhia vem mantendo uma forte geração de caixa mesmo em períodos de baixa das cotações internacionais. Ela está avançando com o investimento na planta em Ribas do Rio Pardo (MS). Com uma distância de apenas 60 quilômetros entre a fábrica e a floresta, o projeto pode ser um dos mais competitivos do mercado. Ela elevou os investimentos previstos para R$ 19,7 bilhões na unidade. Neste ano, adquiriu três plataformas digitais de mídia. Sucesso na bolsa, as ações da empresa cresceram 111,91% no ano passado.

12) LOUIS DREYFUS
Setor: Tradings e Comércio
Fundação: 1851, na Alsácia (França). No Brasil desde 1942
Receita: R$ 27,83 bilhões
Principal executivo: Murilo Parada

Criada em 1851 na região francesa da Alsácia e dedicada a exportar trigo da França para a Suíça, a Louis Dreyfus atualmente é uma das principais companhias dedicadas à comercialização e aoprocessamento de grãos. É uma das poucas em presas centenárias cujo controle permanece com a família fundadora. No Brasil desde 1942, aonde chegou por meio da aquisição da Coinbra, a Louis Dreyfus atua em café, algodão, grãos, suco, oleaginosas, arroz e açúcar, sendo uma das dez maiores exportadoras do Brasil. A companhia opera cerca de 60 unidades industriais e logísticas no país e emprega 11 mil pessoas.

13) AMAGGI
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1977, em São Miguel do Iguaçu (PR)
Receita: R$ 23,51 bilhões
Principal executivo: Judiney Carvalho de Souza

O grupo Amaggi foi um dos pioneiros na produção de soja em larga escala no Mato Grosso, onde está desde 1979. É o maior produtor de soja de capital 100% nacional e atua em outras três áreas: trading, logística e energia. Na trading, o grupo exporta soja e milho e importa e distribui insumos agrícolas, com escritórios e representações na Argentina, Paraguai, Holanda, Suíça e China. Na logística, criou e administra o Corredor Noroeste de Exportação, formado pelos rios Madeira e Amazonas, por onde são escoados os grãos das regiões noroeste de Mato Grosso e sul de Rondônia. Na energia, tem capacidade de gerar 70 megawatts por meio de cinco Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH) instaladas em Mato Grosso e de uma usina termoelétrica em Itacoatiara (AM).

14) MINERVA
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1957, em Barretos (SP)
Receita: R$ 19,41 bilhões
Principal executivo: Fernando Galetti de Queiroz

A Minerva Foods vem se destacando no cenário do agronegócio brasileiro por suas técnicas de gestão de riscos. A companhia não é a maior em abate de bovinos, estando na terceira posição. No entanto, ela é uma das principais exportadoras e tem sido bem-sucedida em fechar parcerias fora do Brasil. A Minerva destaca-se pela sustentabilidade, especialmente nos negócios. Em 2020 ela estruturou uma unidade de venture capital para investir em inovação e reforçou sua atuação no segmento de food service, onde as margens são melhores.

15) COAMO
Setor: Cooperativas
Fundação: 1970, em Campo Mourão (PR)
Receita: R$ 18,86 bilhões
Principal executivo: José Aroldo Gallassini

Fundada em 28 de novembro de 1970, por um grupo de 79 agricultores em Campo Mourão, na região centro-oeste do estado do Paraná, a Coamo conta com 110 unidades localizadas em 71 municípios nos estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, para recebimento da produção agrícola dos mais de 29 mil associados. A Coamo emprega cerca de 8 mil funcionários efetivos. O principal produto é a soja, seguida pelo milho, trigo e café. A Coamo tem um terminal marítimo em Paranaguá e dois parques industriais, no Paraná e no Mato Grosso do Sul, onde esmaga soja e produz gorduras vegetais, além de torrar e moer café, moer trigo e fiar algodão.

16) YARA BRASIL
Setor: Agroquímica
Fundação: 1905, em Notodden (Noruega). No Brasil desde 2006
Receita: R$ 16,02 bilhões
Principal executivo: Olaf Hektoen

A Yara foi fundada na Noruega em 1905 como uma subsidiária da companhia energética Norsk Hydro para produzir fertilizantes à base de nitrogênio por meio do processo de fixação, que consome muita eletricidade. A estratégia era aproveitar o potencial hidrelétrico do país nórdico. Posteriormente, a companhia expandiu suas atividades para petróleo e mineração e ampliou sua atuação geográfica para Oriente Médio e China, por meio de parcerias.  Em 2004 a Yara desvinculou-se da Norsk Hydro e listou suas ações na bolsa de Oslo como uma empresa independente. Está no Brasil desde 2006, quando comprou o controle da Fertibras.

17) AURORA
Setor: Cooperativas
Fundação: 1969, em Chapecó (SC)
Receita: R$ 13,4 bilhões
Principal executivo: Neivor Canton

Uma das maiores cooperativas do país, a Aurora foi fundada em 1969. Oito cooperativas do oeste de Santa Catarina uniram-se para melhorar as condições de comercialização de grãos e comprar um frigorífico que absorvesse a produção de suínos. Atualmente, a Aurora é uma das líderes na produção de alimentos no Brasil, além de ser um conglomerado produtor e exportador de grãos. Ao todo, são 11 cooperativas associadas, 30 mil empregados diretos e outros 10 mil indiretos. As unidades localizam-se em Santa Catarina, no Paraná, no Rio Grande do Sul e no Mato Grosso do Sul. São sete unidades de suínos, que processam 5,2 milhões de cabeças por ano, e oito de aves, que abatem 242,6 milhões de cabeças por ano.

18) C. VALE
Setor: Cooperativas
Fundação: 1963, em Palotina (PR)
Receita: R$ 12,27 bilhões
Principal executivo: Alfredo Lang

Fundada por 24 agricultores paranaenses com dificuldades para armazenar a produção, escoar a safra e obter crédito e assistência técnica, a C.Vale é uma cooperativa agroindustrial que atua no Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Paraguai. Suas atividades são amplas e diversificadas. Produz soja, milho, trigo, mandioca, leite, frango, peixe e suínos. No segmento industrial, produz amido modificado de mandioca e rações. Também comercializa insumos, peças e acessórios, revende máquinas agrícolas e mantém uma rede de supermercados. Possui 156 unidades de negócios, tem 23 mil associados e emprega 11 mil funcionários. Em 2020 a C. Vale voltou a registrar um faturamento recorde, abriu 1.191 postos de trabalho e agregou mais 1.374 produtores cooperados.

19) FERTIPAR
Setor: Agroquímica
Fundação: 1980, em Paranaguá (PR)
Receita: R$ 11,96 bilhões
Principal executivo: Alceu Elias Feldmann

A Fertipar iniciou suas operações no dia 2 de janeiro de 1980 com uma unidade processadora de fertilizantes em Paranaguá (PR), fundada por Alceu Elias Feldmann, que trabalhava como vendedor de fertilizantes na região Sul. Ele ainda hoje é o principal executivo da companhia e o 10º brasileiro mais rico segundo o ranking mais recente da Forbes. Atualmente a Fertipar é uma holding que controla 12 empresas de fertilizantes com unidades nas cinco regiões brasileiras.

20) KLABIN
Setor: Madeira, Celulose e Papel
Fundação: 1890, em São Paulo (SP)
Receita: R$ 11,95 bilhões
Principal executivo: Cristiano Cardoso Teixeira

Uma das maiores e mais antigas fábricas de papel e papelão do Brasil, a Klabin começou como uma papelaria em São Paulo, fundada pelo imigrante lituano Mauricio Freeman Klabin. Atualmente suas atividades abrangem quatro áreas: florestal, celulose, papéis e embalagens. Possui 25 unidades industriais, sendo 24 no Brasil e uma na Argentina, e emprega 23 mil pessoas, entre funcionários diretos e indiretos. Em 2020 a empresa adquiriu as atividade de papel para embalagens (kraftliner) da International Paper, que desejava sair do Brasil, adquirindo cerca de 6,6% do mercado.

21) TEREOS INTERNATIONAL
Setor: Agroenergia
Fundação: 1932, em Aisne (França). No Brasil desde 2002
Receita: R$ 11,33 bilhões
Principal executivo: Pierre Santoul

Fundada por uma cooperativa de cultivadores de beterraba no noroeste da França para produzir açúcar, a Tereos é a terceira maior empresa de açúcar e etanol do mundo. A empresa iniciou seu processo de internacionalização nos anos 1990 e chegou ao Brasil em 2002 quando comprou uma companhia francesa controladora da Açúcar Guarani. Além da Guarani, a Tereos no Brasil é composta pela Tereos Açúcar & Energia, Tereos Amido & Adoçantes e Tereos Commodities. Possui sete unidades de processamento e duas refinarias e fábricas de derivados de milho e mandioca. A Tereos Commodities Brasil opera como trading e possui escritórios em sete países. A alta dos preços do açúcar em 2020 fez a companhia lucrar 13 vezes mais.

22) LAR COOPERATIVA
Setor: Cooperativas
Fundação: 1964, em Missal (PR)
Receita: R$ 11,28 bilhões
Principal executivo: Irineo da Costa Rodrigues

A Lar Cooperativa Agroindustrial foi fundada em 19 de março de 1964, na antiga Gleba dos Bispos, hoje Missal (PR), por um grupo de 55 agricultores de ascendência alemã oriundos do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Atua na avicultura, na suinocultura e na pecuária leiteira. Também tem atividades industriais: beneficiamento de alimentos, produção de rações e tratamento de madeiras. Possui 28 unidades nos estados do Paraná, do Mato Grosso do Sul e de Santa Catarina, e também no Paraguai. Em 2020, o número de funcionários cresceu 18,3%, para 35,9 mil, e o total de cooperados cresceu 6,4%, para 11,7 mil.

23) GAVILON DO BRASIL
Setor: Trading e Comércio
Fundação: 1874, em Sioux City (Estados Unidos). No Brasil desde 2013
Receita: R$ 10,59 bilhões
Principal executivo: Marcelo Grimaldi

Fundada como uma trading no Meio-Oeste americano para negociar com grãos com o nome de F. H. Peavey, a empresa permaneceu com os fundadores por mais de cem anos, até 1982, quando foi comprada pela americana ConAgra Foods. Posteriormente, a Gavilon foi adquirida, em 2013, pela trading japonesa Marubeni, que já tinha operações no Brasil. A companhia é uma das maiores tradings nacionais e uma das líderes na exportação de soja. Em 2020, a companhia comercializou 10 milhões de toneladas de grãos. A trading dedica-se à originação e exportação de soja, milho e trigo.

24) BAYER
Setor: Agroquímica
Fundação: 1863, em Wuppertal (Alemanha). No Brasil, em 1896, em São Paulo (SP)
Receita: R$ 9,77 bilhões
Principal executivo: Malu Nachreiner

Fundada na Alemanha em 1863 como uma pequena fábrica de corantes, a Bayer logo se consolidou como uma indústria química. Foi uma das primeiras empresas alemãs a se internacionalizar, iniciando esse processo em 1881. Quinze anos depois, a companhia inaugurava sua subsidiária brasileira, também focada em corantes e tintas. Quase 125 anos depois, a Bayer é uma das líderes do agronegócio brasileiro. Além das atividades conhecidas de medicamentos e produtos químicos, a empresa atua no setor por meio de sua subsidiária Bayer CropScience. Em 2021 a empresa anunciou a aposentadoria do CEO Marc Reichardt e sua substituição por Malu Nachreiner, primeira mulher a comandar a companhia no Brasil.

25) VITERRA
Setor: Trading e Comércio
Fundação: 1981, no Canadá. No Brasil desde 2010
Receita: R$ 9,06 bilhões
Principal executivo: Celso Bermejo

Uma associação entre a trading Glencor e, do empresário Marc Rich, e fundos de pensão estatais do Canadá, a Viterra é uma das principais tradings do agronegócio. No Brasil desde 2010, a companhia iniciou suas atividades por aqui por meio da aquisição da Glencana. Atualmente a companhia tem dois terminais portuários dedicados a grãos, no Pará e no Maranhão, duas usinas de etanol e açúcar no estado de São Paulo, uma empresa de processamento de soja e seis moinhos de trigo.

26) M.DIAS BRANCO
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1936, em Eusébio (CE)
Receita: R$ 7,25 bilhões
Principal executivo: Francisco Ivens de Sá Dias Branco Júnior

Dona de 19 marcas de alimentos, entre elas Adria, Vitarella, Piraquê, Basilar, Zabet Isabela e Fortaleza, a M.Dias Branco, companhia que fabrica, comercializa e distribui biscoitos, massas, bolos, lanches, farinha de trigo, margarinas e gorduras vegetais, registrou um faturamento recorde de R$ 7,25 bilhões em 2020, alta de quase 19% em relação ao resultado do ano anterior. O lucro líquido cresceu 37,2% na variação anual, aumentando de R$ 557 milhões em 2019 para R$ 764 milhões em 2020. Comandada por Francisco Ivens de Sá Dias Branco Júnior, da terceira geração da família Dias Branco, a companhia que nasceu de uma padaria tornou-se líder nacional na produção de massas e biscoitos, apoiada em uma estratégia de marcas consolidadas e de exportações. Em 2020 o total exportado foi de R$ 188,6 milhões, avanço de 286% ante 2019.

27) ENGELHART CTP
Setor: Trading e Comércio
Fundação: 2013, em São Paulo (SP)
Receita: R$ 6,86 bilhões
Principal executivo: Huw Jenkins

A Engelhart Commodities Trading Partners, logo abreviada para Engelhart CTP, originou-se da mesa de commodities do banco BTG Pactual, um dos principais bancos de investimento do Brasil. A companhia foi fundada em 2013, quando o BTG separou as atividades, apesar de o banco ainda manter cerca de 20% do capital da trading. Com sede em Londres e escritórios no Brasil, na Europa, nos Estados Unidos e na Ásia, a Engelhart concentra seu trading físico na originação de grãos, sementes oleaginosas e café na América do Sul para entrega na Ásia, e também no trading de derivativos de energia e de metais.

28) COMIGO
Setor: Cooperativas
Fundação: 1975, em Rio Verde (GO)
Receita: R$ 6,71 bilhões
Principal executivo: Antonio Chavaglia

O que começou com 50 produtores dispostos a mudar o perfil de uma região reúne hoje 8.800 cooperados na Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano. Aos 46 anos, a Comigo é uma potência instalada em Rio Verde, município que ocupa o 5º lugar no ranking nacional de produção agrícola. Sua estrutura tem 11 processadoras de óleo e farelo de soja, fertilizantes, rações, suplementos minerais e sementes. Além disso, possui 20 armazéns com capacidade para armazenar 30,1 milhões de sacas, 16 lojas agropecuárias e o Instituto de Ciência e Tecnologia (ITC) dedicado à pesquisa e ao monitoramento de tecnologias.

29) COCAMAR
Setor: Cooperativas
Fundação: 1963, em Maringá (PR)
Receita: R$ 6,65 bilhões
Principal executivo: Divanir Higino

Com 15 mil cooperados que produzem soja, milho, trigo, café e laranja, a Cocamar está no Paraná, em São Paulo e no Mato Grosso do Sul. Na agroindústria, a diversificação vai do processamento de bebidas, torrefação, envase de óleos, etanol, bioinsumos, suplementos e ração animal até o tratamento de madeira e indústria têxtil. A receita cresceu 50% em 2020 ante o ano anterior. O planejamento 2020-2025 prevê dobrar a receita anual e chegar R$ 10 bilhões. Para isso, a Cocamar deve investir R$ 1 bilhão em estruturas de armazenagem, lojas de insumos e instalações diversas.

30) CARAMURU
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1964, em Maringá (PR)
Receita: R$ 6,07 bilhões
Principal executivo: Alberto Borges de Souza

A Caramuru se tornou uma das maiores empresas de capital nacional na armazenagem e no processamento de soja, milho, girassol e canola. São 67 armazéns, com capacidade de armazenagem de 2,1 milhões de toneladas de grãos, 11 unidades processadoras e terminais portuários em Santos (SP) e Tubarão (ES), e pelo arco norte por Itaituba (PA) e Santana (AP). Além da exportação, no mercado interno é uma fornecedora de matéria-prima para fabricantes de massas, biscoitos, snacks, corn flakes e segmentos como cervejarias, mineradoras e indústria de ração.

31) DEXCO
Setor: Madeira, Celulose e Papel
Fundação: 1961, em São Paulo (SP)
Receita: R$ 5,88 bilhões
Principal executivo: Antonio Joaquim de Oliveira

Pertencente ao mesmo grupo do Itaú Unibanco e com participação acionária do grupo Ligna (antiga Satipel), a Dexco é a maior empresa do setor de construção civil do país. Desde sua origem há 60 anos produz painéis industrializados de madeira e é a maior do setor no hemisfério sul. Apesar de sua forte atuação industrial em louças e metais sanitários, é uma das maiores gestoras de florestas do Brasil, com 83 mil hectares de eucalipto plantado nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul e 42 mil hectares de áreas de conservação.

32) COOPERCITRUS
Setor: Cooperativas
Fundação: 1976, em Bebedouro (SP)
Receita: R$ 5,74 bilhões
Principal executivo: Fernando Degobbi

A Coopercitrus é uma potência como organização cooperativista e vem mantendo um crescimento médio de 20% ao ano em seu faturamento. Sua atuação cobre café, milho, soja e açúcar, produção de sementes, insumos e ração animal, além de uma atuação comercial com concessionárias de máquinas agrícolas, lojas de conveniência, shoppings rurais e postos de combustíveis. Na base desse movimento estão cerca de 35 mil agropecuaristas nos estados de São Paulo, Minas e Goiás. A Coopercitrus também atua na difusão de conhecimento por meio da Fundação Coopercitrus Credicitrus, entidade de ensino e pesquisa.

33) PIRACANJUBA
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1955, em Piracanjuba (GO)
Receita: R$ 5,69 bilhões
Principal executivo: Marcos Helou

A Piracanjuba escolheu seu nome a partir de seu local de fundação. Atualmente o grupo é um dos líderes no setor de laticínios, com sete marcas principais e cerca de 160 produtos. A Piracanjuba tem laticínios localizados em Goiás, o estado de origem, e também em Minas Gerais, Santa Catarina e Paraná. Em 2020 a captação de leite foi de 5 milhões de litros, o que torna a empresa criada pelos irmãos César e Marcos Helou a segunda maior do país, atrás apenas da suíça Nestlé. No ano pas sado a Piracanjuba ampliou seu portfólio de produtos, lançando cereais infantis, farinha láctea e manteiga em lata com flor de sal, além de bebidas com cereais e alimentos funcionais. A Piracanjuba encerrou 2020 com 3.390 funcionários.

34) CAMIL
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1963, em Itaqui (RS)
Receita: R$ 5,40 bilhões
Principal executivo: Luciano Maggi Quartiero

Mais conhecida por seu arroz e seu feijão, a Camil é uma das empresas de alimentos mais importantes do país. Possui marcas importantes em açúcar, pescado e biscoitos, como Coqueiro, União, DaBarra, Pai João e Carreteiro. Também é dona de marcas como Costeño, Saman e Tucapel na América do Sul. Desde sua estreia na bolsa em 2017 ela vem mostrando um apetite saudável por aquisições e por expansão. No ano seguinte ao IPO a companhia adquiriu a SLC Alimentos, uma das maiores empresas de grãos do Brasil. Em 2019 ela investiu R$ 22 milhões para construir sua 12ª fábrica no país e a segunda no Nordeste, em Suape (PE), com capacidade de processar 10 mil toneladas de arroz, feijão e açúcar por mês. Em 2020 assumiu a unidade produtora de feijão da cooperativa paranaense Castrolanda. E em 2021, além de assumir a marca Café Seleto, da JDE, ela adquiriu a Santa Amália, do setor de massas, e a equatoriana Dejahu.

35) COPACOL
Setor: Cooperativas
Fundação: 1963, em Cafelândia (PR)
Receita: R$ 5,37 bilhões
Principal executivo: Valter Pitol

O nome Copacol vem de Cooperativa Agroindustrial Consolata. O nome é de inspiração religiosa. “Consolata”, no dialeto do norte da Itália, quer dizer “consoladora”, um dos atributos da Virgem Maria, o que mostra que a ideia original de organizar 32 famílias de agricultores que migraram para o Paraná, vindos do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, veio de um padre. A organização foi criada para obter energia elétrica e, no princípio, produzia arroz, feijão, milho e café. Hoje com 6.200 cooperados e 11,3 mil colaboradores, a Copacol produz soja, milho e trigo, além de aves, suínos, gado de leite, peixes e ração animal.

36) COOXUPÉ
Setor: Cooperativas
Fundação: 1932, em Guaxupé (MG)
Receita: R$ 5,03 bilhões
Principal executivo: Carlos Augusto Rodrigues de Melo

A Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé, a mineira Cooxupé, é exemplo de como a agricultura familiar pode ser um excelente negócio. A Cooxupé é a maior das 97 cooperativas de café do país, com cerca de 15 mil cooperados, sendo 95% deles pequenos produtores espalhados em cerca de 200 municípios das regiões do Sul de Minas, do Cerrado Mineiro e no Vale do Rio Pardo, no estado de São Paulo. Também é o maior exportador individual de café do mundo, com vendas para 51 países que superam 5,2 milhões de sacas exportadas. Além disso, tem uma forte atuação no setor de cafés finos, especiais e certificados, através da empresa SMC, criada em 2009.

37) COOPERALFA
Setor: Cooperativas
Fundação: 1967, em Chapecó (SC)
Receita: R$ 4,80 bilhões
Principal executivo: Romeo Bet

Com 20,1 mil produtores baseados no oeste de Santa Catarina, e um pequeno braço em Mato Grosso do Sul, a Cooperativa Agroindustrial Alfa tem seus negócios no tripé grãos, pecuária e insumos. Entre lojas, silos, supermercados, moegas, granjas, centros de distribuição, indústrias processadoras, postos de combustíveis e insumos, como fertilizantes, sementes e rações, a cooperativa opera 219 negócios. A Alfa fechou o ano de 2020 com 20,6 mil associados, 3,3 mil funcionários e cerca de 20 mil pessoas envolvidas em eventos on-line. Foram recebidas no período 27,4 milhões de sacas de grãos, 1,4 milhão de cabeças de suínos remetidas para abate na Aurora, mais 106 milhões de aves e 168,5 milhões de litros de leite.

38) BSBIOS
Setor: Agroenergia
Fundação: 2005, em Passo Fundo (RS)
Receita: R$ 4,74 bilhões
Principal executivo: Erasmo Carlos Battistella

No Brasil há 58 usinas de biodiesel a partir de vários tipos de matéria-prima, sendo os principais a soja e sebo animal. Segundo a Agência Nacional de Petróleo (ANP), a capacidade instalada nacional permite produzir 10,2 milhões de metros cúbicos por ano. Em 2020 foram produzidos 6,4 milhões de metros cúbicos, ou 62,9% da capacidade total. A BSBios está entre as maiores do setor, com duas unidades: em Passo Fundo (RS) e Marialva (PR). Sua capacidade de processamento de soja é de 1 milhão de toneladas anuais. Além do diesel renovável, a empresa produz farelo de soja, glicerina e borra, um subproduto do óleo vegetal.

39) AGRÁRIA
Setor: Cooperativas
Fundação: 1951, em Guarapuava (PR)
Receita: R$ 4,48 bilhões
Principal executivo: Jorge Karl

A Agrária é uma cooperativa agroindustrial, com origem em uma colônia de 500 famílias alemãs que vieram para o Brasil devido à Segunda Guerra Mundial. Atualmente a Agrária reúne 632 produtores de soja, milho, trigo e criação de animais. Em 2020 foram produzidas 921 mil toneladas de grãos, crescimento de 7% em relação ao ano anterior. Na estrutura estão unidades de negócios – com fábricas, estrutura logística e comercial –, nos setores de malte para a indústria cervejeira, óleos e farelos, farinhas, nutrição animal, sementes e processados de milho, como grits, flakes, fubás, cremes e gérmen. A cooperativa também comercializa suínos, leite e grãos produzidos pelos cooperados.

40) 3CORAÇÕES ALIMENTOS
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1959, em São Miguel (RN)
Receita: R$ 4,43 bilhões
Principal executivo: Pedro Lima

O Grupo 3corações é uma joint venture entre a brasileira São Miguel Holding e a holandesa Strauss Coffee, pertencente ao grupo israelense Strauss. É a maior empresa do segmento de cafés no país. Em 2020 ela realizou sua maior aquisição, comprando a divisão de café torrado e moído da Mitsui Alimentos, subsidiária da Mitsui & Co. Ltd., no Japão, e da Mitsui & Co. Brasil, um negócio avaliado em R$ 210 milhões. A transação elevou seu portfólio para 29 marcas de café, além de máquinas multibebidas, achocolatados, refrescos, temperos e produtos derivados de milho. Aquisições têm sido o modelo de crescimento do grupo fundado por João Alves de Lima. A companhia também exporta cafés para os principais mercados da América Latina e Estados Unidos. No ano passado, foi a vez de investir no mercado asiático, vendendo especialmente para Japão e China.

41) ELDORADO BRASIL CELULOSE
Setor: Madeira, Celulose e Papel
Fundação: 2005, em Três Lagoas (MS)
Receita: R$ 4,43 bilhões
Principal executivo: Carmine de Siervi

A Eldorado processou, em 2020, 1,77 milhão de toneladas de celulose de fibra curta, a partir de eucalipto. Foi um resultado 1% inferior ao de 2019 devido a paradas programadas de manutenção no primeiro trimestre. A empresa de capital brasileiro, canadense e francês administra 230 mil hectares de áreas produtivas e 143 mil hectares em áreas de conservação. Em 2020 a Eldorado aumentou a proporção em seu portfólio de volumes destinados a um dos mercados de maior perspectiva de crescimento, o tissue. O Brasil é o maior exportador e um dos maiores produtores globais de celulose. A estimativa é de que país exporte 20,3 milhões de toneladas por ano até 2030.

42) INTEGRADA COOPERATIVA
Setor: Cooperativas
Fundação: 1995, em Londrina (PR)
Receita: R$ 4,42 bilhões
Principal executivo: Jorge Hashimoto

A paranaense Integrada Cooperativa Agroindustrial registrou um novo recorde de faturamento em 2020. Os R$ 4,42 bilhões representam uma expansão de 36% em relação aos R$ 3,25 bilhões de 2019, que já haviam sido um recorde. O número de cooperados voltou a crescer e avançou para 10,8 mil. A Integrada possui 64 unidades de recebimento de produtos agrícolas nos estados do Paraná e de São Paulo. Os itens mais importantes são soja, milho, trigo, café e laranja, mas a cooperativa também elabora produtos menos comuns, como aveia. Em 2020 foram comercializados 2,78 milhões de toneladas de grãos, alta de 35% ante 2019.

43) BIANCHINI
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1960, em Bento Gonçalves (RS)
Receita: R$ 4,37 bilhões
Principal executivo: Antônio Bianchini

A Bianchini, que nasceu da sociedade de três amigos há 51 anos, atualmente possui dez unidades de recebimento, duas fábricas e um complexo exportador no porto de Rio Grande, um dos importantes canais de escoamento da produção de commodities agrícolas. A empresa comercializa 2,5 milhões de toneladas (o equivalente a 14% da safra gaúcha e 2% da brasileira). A empresa também utiliza 1,5 milhão de toneladas no processo industrial e exporta e/ou comercializa 1 milhão de toneladas in natura. Seu terminal pode armazenar 1,2 milhão de toneladas de farelos e grãos e 115 mil toneladas de óleos vegetais.

44) CASTROLANDA
Setor: Cooperativas
Fundação: 1951, em Castro (PR)
Receita: R$ 4,30 bilhões
Principal executivo: Willem Berend Bouwman

Um moinho de vento, imagem que remete aos países nórdicos, é símbolo de uma das marcas mais lembradas do cooperativismo brasileiro: a Castrolanda. Dona de 12 marcas que processam produtos do campo de 1.050 cooperados, entre elas estão produtos lácteos, processados de suínos e cortes de carne de cordeiro. O perfil dos produtores é variado, indo de grandes produções à agricultura familiar. A cooperativa inovou ao criar, ao lado de outras duas cooperativas paranaenses, a Frísia e a Capal, uma holding destinada a obter ganhos de escala. Unidas, as três organizações congregam mais de 5 mil cooperados que produzem para o mercado interno e já exportam para 25 países.

45) GRANOL
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1965, em São Paulo (SP)
Receita: R$ 4,19 bilhões
Principal executivo: José Gomes Cadette

A Granol iniciou suas atividades como uma prestadora de serviços de comércio internacional e atualmente é uma processadora de soja, dedicada à produção de farelo, óleo, biodiesel e glicerina. A companhia tem 11 unidades produtivas. São cinco fábricas, com capacidade de esmagamento de 3,4 milhões de toneladas de soja por ano. Três usinas de biodiesel, com capacidade de processamento de 1,07 milhão de metros cúbicos por ano, duas usinas de glicerina e uma fábrica de lecitina, além de 24 unidades de armazenamento com capacidade para 925,5 mil toneladas de grãos, em que ela emprega 1.800 funcionários. A alta dos preços da soja elevou seu faturamento em 51% em 2020 ante 2019.

46) CMPC
Setor: Madeira, Celulose e Papel
Fundação: 1920, em Santiago (Chile). No Brasil desde 2009
Receita: R$ 3,89 bilhões
Principal executivo: Mauricio Harger

A empresa iniciou suas atividades em 1920 produzindo papelão a partir de palha de trigo. Em 1959 passou à celulose. Desde então já se expandiu para outros sete países, entre eles Argentina, Colômbia, México, Peru e Uruguai. A empresa chegou ao Brasil em 2009 com a compra da unidade de papéis na cidade de Guaíba (RS), pertencente à Melhoramentos. Foi a primeira companhia chilena a emitir um Bônus Verde, em 2019. Atualmente, a companhia tem cerca de 250 mil hectares de florestas plantadas e produz 1,9 milhão de toneladas de celulose e 60 mil toneladas de papel por ano.

47) FRIMESA
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1977, em Medianeira (PR)
Receita: R$ 3,72 bilhões
Principal executivo: Valter Vanzella

A Frimesa é a reunião de cinco cooperativas que atuam de forma centralizada nas cadeias de carne suína e de lácteos. A empresa foi formada pela Primato, Copagril, Lar, C.Vale e Copacol, que permanecem com as suas estruturas cooperativas independentes. É a maior empresa paranaense no abate de suínos e a quarta maior do setor no Brasil. São quatro indústrias no Paraná e uma em Santa Catarina, com produtos destinados ao varejo, food service e exportação. Em 2020 o faturamento subiu 35,8% devido à valorização da carne. Em média, os preços subiram 31,8% no ano passado.

48) SÃO MARTINHO
Setor: Agroenergia
Fundação: 1907, em Pradópolis (SP)
Receita: R$ 3,69 bilhões
Principal executivo: Fábio Venturelli

Controlado pela holding LJN Participações, da família Ometto, o grupo sucroalcooleiro São Martinho é um gigante do setor de Agroenergia. Listado no Novo Mercado da B3, seu valor de mercado é da ordem de R$ 8,5 bilhões. Na safra 20/21 a companhia processou 22,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, apresentando uma redução de 0,5% em relação ao volume de cana processada na safra anterior devido à redução das chuvas no período. O grupo detém três unidades de produção em São Paulo e uma em Goiás. As lavouras ocupam 350 mil hectares. Embora a atividade principal seja o processamento de açúcar e etanol, o grupo está investindo R$ 350 milhões até 2022 na cogeração de energia.

49) FRÍSIA
Setor: Cooperativas
Fundação: 1925, em Carambeí (PR)
Receita: R$ 2,9 bilhões
Principal executivo: Renato Greidanus

Aos 96 anos, a Frísia Cooperativa Agroindustrial é a mais antiga em atividade no Paraná e a segunda mais antiga no país. No fim de 2020 estavam ligados à cooperativa 897 produtores em cerca de 30 municípios paranaenses e em 16 municípios no Tocantins. Ela chegou à região Norte do país em 2016 e ampliou a atuação em 2021 com a inauguração do segundo entreposto, localizado na cidade de Dois Irmãos. Em 2020 os cooperados entregaram 860 mil toneladas de grãos, 280 milhões de litros de leite e 27 mil toneladas de carne suína. Os cultivos foram de 122 mil hectares para soja, de 23 mil hectares para milho, 36,5 mil hectares para o trigo e 5.600 hectares de feijão. Nos produtos industrializados, a marca mais conhecida é a Batavo.

50) BELAGRÍCOLA
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1985, em Bela Vista do Paraíso (PR)
Receita: R$ 3,57 bilhões
Principal executivo: Flávio Barbosa Andreo

De olho no potencial do agro brasileiro, em 2017 os chineses da Dakang International Food & Agriculture, braço brasileiro do Shanghai Pengxin, compraram 53,99% da Belagrícola, com uma condição: que os herdeiros do fundador, João Andreo Colofatti, permanecessem na gestão do negócio. Os chineses aceitaram. O passo dado pela família abriu um canal direto de venda ao país asiático para grãos, especialmente soja e milho. Atuando no Paraná, São Paulo e Santa Catarina, a empresa possui 38 unidades de recebimento de grãos, 55 lojas de insumos e emprega 1.600 funcionários. Os negócios vão da venda da semente à compra da produção, com ênfase no uso do barter pelos produtores.

51) COOPAVEL
Setor: Cooperativas
Fundação: 1970, em Cascavel (PR)
Receita: R$ 3,44 bilhões
Principal executivo: Dilvo Grolli

Fundada por 42 agricultores do oeste do Paraná para facilitar a produção e a comercialização de grãos, a Coopavel atualmente é uma das maiores produtoras de frango e derivados. Ela possui 26 filiais em 17 municípios no Paraná, tem 6.230 associados e emprega 7.030 colaboradores diretos. O faturamento cresceu cerca de 30% em 2020 em relação a 2019 e a previsão é chegar a R$ 4,5 bilhões em 2021, aumentando novamente 30%. As atividades industriais contribuem para 75% desse faturamento, com produtos vendidos no Brasil e exportados para 25 países nos cinco continentes.

52) EISA INTERAGRÍCOLA
Setor: Trading e Comércio
Fundação: 1849, na Catalunha (Espanha). No Brasil desde 1935
Receita: R$ 3,40 bilhões
Principal executivo: Juan Esteve

Fundada em meados do século XIX como uma empresa de negociação de algodão no sul da Espanha. Em 1935, já controlada pelo grupo suíço Econ, a companhia fez seu primeiro investimento no Brasil, na produção de algodão. Em 1949 ela ingressou globalmente no negócio de café, onde é uma das principais tradings. E em 1991 ela começou a negociar cacau. Atualmente, a empresa é uma das líderes do mercado internacional de café e ainda é relevante no algodão, açúcar e cacau. Seu faturamento no Brasil foi um dos que mais cresceram em 2020, com um avanço de 54%.

53) CITROSUCO
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1963, em Matão (SP)
Receita: R$ 3,29 bilhões
Principal executivo: Mário Bavaresco Junior

A Citrosuco, subsidiária do Grupo Votorantim, é a maior exportadora global de suco de laranja concentrado. Vende, também, subprodutos industrializados da fruta, como ração animal e óleos essenciais. Os maiores mercados da companhia são os Estados Unidos e países europeus. Mas, no total, são cerca de 100 países, como Austrália, Japão e China. Os chineses estão na mira da indústria, porque apenas 5% da laranja produzida no país vira suco. A Citrosuco possui 29 fazendas de produção em São Paulo e Minas Gerais. Também há quatro unidades processadoras, sendo uma em Lake Wales, nos Estados Unidos. Para dar conta da presença global, a Citrosuco possui cinco navios próprios dedicados e um multicarga. Além do porto de Santos, há terminais próprios em Wilmington (EUA), Gent (Bélgica), Toyohashi (Japão) e Newcastle (Austrália).

54) 3TENTOS
Setor: Trading e Comércio
Fundação: 1995, em Santa Bárbara do Sul (RS)
Receita: R$ 3,11 bilhões
Principal executivo: Luiz Osório Dumoncel

Uma das únicas empresas de sementes de capital brasileiro em um campo dominado por gigantes internacionais, a 3tentos iniciou suas atividades em 1995 dedicando-se à venda de sementes de trigo. Posteriormente expandiu suas atividades para a distribuição de fertilizantes e defensivos agrícolas, além de atuar como trading de milho e de soja. Em 2013, inaugurou em Ijuí (RS) um centro logístico de fertilizantes e uma unidade de esmagamento de soja, produzindo óleo, farelo e biodiesel. Em 2021 a companhia abriu seu capital no Novo Mercado da B3 para financiar sua expansão fora do RS, com a construção de unidades no Centro-Oeste.

55) SLC AGRÍCOLA
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1977, em Horizontina (RS)
Receita: R$ 3,10 bilhões
Principal executivo: Aurélio Pavinato

O grupo SLC foi fundado em 1945 no município gaúcho de Horizontina, como uma pequena oficina que fazia a manutenção das ferramentas dos agricultores da região. Em 1977 o grupo iniciou as atividades da SLC Agrícola, uma das maiores produtoras mundiais de grãos e fibras, focada na produção de algodão, soja e milho. Foi uma das primeiras empresas do setor a ter ações negociadas em bolsa. Possui 16 unidades de produção localizadas em seis estados brasileiros que totalizaram 448,6 mil hectares no ano-safra 2019/2020, sendo 235,4 mil hectares de soja, 125,5 mil hectares de algodão e 87,7 mil hectares de milho.

56) GRUPO LINCOLN JUNQUEIRA
Setor: Agroenergia
Fundação: 1978, Colorado (PR)
Receita: R$ 3,08 bilhões
Principal executivo: José Francisco Malheiro Junqueira Figueiredo

Também conhecido como Alto Alegre, o Grupo Lincoln Junqueira possui cinco usinas no Centro-Sul e tem um perfil de produção mais voltado para o açúcar do que para o etanol. Atualmente, o grupo tem uma capacidade instalada para processar, aproximadamente 10,8 milhões de toneladas de cana por safra, e consequentemente produzir 11,6 milhões de sacas de açúcar cristal branco, 9,2 milhões de sacas de açúcar VHP, 100 mil sacas de açúcar demerara, 5,4 milhões de sacas de açúcar refinado amorfo, 140 milhões de litros de etanol hidratado carburante e 140 milhões de litros de etanol anidro carburante. O grupo atua também na produção de energia, tendo capacidade para cogerar 418gigawatts de energia elétrica.

57) USINA CORURIPE
Setor: Agroenergia
Fundação: 1925, em Coruripe (AL)
Receita: R$ 3,04 bilhões
Principal executivo: Mario Luiz Lorencatto

Fundada na região de Coruripe, a 120 qui lômetros de Maceió, a usina começou suas atividades consolidando diversos engenhos. Ao longo das décadas seguintes, a organização expandiu suas atividades em direção ao Sudeste, em especial no Triângulo Mineiro. Atualmente, a usina tem um terminal de carga rodoferroviário e cinco unidades industriais. Além da unidade em Alagoas, há quatro em Minas Gerais, nos municípios de Campo Florido, Carneirinho, Iturama e Limeira do Oeste. Essas usinas processaram 14,43 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na safra 2020/2021. A companhia tem uma capacidade de produzir 470 milhões de litros de etanol, 20 milhões de sacas de açúcar e gerar 680 gigawatts de energia. A usina emprega 9.400 funcionários.

58) COASUL
Setor: Cooperativas
Fundação: 1969, em São João (PR)
Receita: R$ 2,85 bilhões
Principal executivo: Paulino Capelin Fachin

A Coasul encerrou 2020 com 11,4 mil cooperados, crescimento de 10,4% em relação a 2019, e 3.130 funcionários. Em 2020 a cooperativa recebeu 15,7 milhões de sacas de grãos, crescimento de 33% em relação a 2019. Desse total a soja foi o item mais representativo. Foram 8,9 milhões de sacas, além de 4,8 milhões de sacas de milho e 1,9 milhão de sacas de trigo. Além de processar a produção dos cooperados, a Coasul produz ração e opera um abatedouro de aves. A Cooperativa possui infraestrutura própria de recebimento, secagem e armazenagem de cereais, sendo seus estabelecimentos distribuídos em 43 unidades entre armazéns, lojas e supermercados.

59) VIGOR ALIMENTOS
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1917, em São Paulo (SP)
Receita: R$ 2,47 bilhões
Principal executivo: Luis Gennari

Ao longo de mais de 100 anos de história, a Vigor passou por vários controladores. Já pertenceu ao grupo Bertin, adquirido pela JBS, e foi mais uma empresa no conglomerado dos Batista. A companhia foi desmembrada e teve seu capital aberto na B3, mas o desempenho fraco das ações levou a JBS a fechar o capital três anos depois. Em 2017, a Vigor tentou comprar a Itambé, mas perdeu uma disputa judicial e a empresa mineira ficou com os franceses da Lactalis. A briga só foi resolvida dois anos depois, em 2019, quando o grupo mexicano Lala assumiu o controle da Vigor, que é dona de marcas tradicionais como Leco, Faixa Azul e Danúbio.

60) CENIBRA
Setor: Madeira, Celulose e Papel
Fundação: 1973, em Belo Oriente (MG)
Receita: R$ 2,82 bilhões
Principal executivo: Kazuhiko Kamada

A Celulose Nipo-Brasileira, mais conhecida como Cenibra, foi fundada em setembro de 1973 em Belo Oriente, leste de Minas Gerais, como uma parceria entre a Vale e a empresa japonesa JPB. Em 2001, com a Vale já privatizada e se concentrando no negócio estratégico do minério, a Cenibra foi adquirida integralmente pela JPB. Em 2020, a companhia bateu um novo recorde de produção anual ao alcançar 1,27 milhão de toneladas de celulose branqueada de fibra curta de eucalipto, avanço de 4,1% em relação a 2019. Cerca de 98% da produção é destinada ao mercado externo, sendo exportado para o Japão, Estados Unidos, China e demais países da Europa.

61) IHARA
Setor: Agroquímica
Fundação: 1965, em São Paulo (SP)
Receita: R$ 2,79 bilhões
Principal executivo: José Gonçalves do Amaral

Controlada por sete indústrias químicas japonesas, a Ihara iniciou suas atividades no Brasil em 1965. Emprega 758 pessoas que desenvolvem e pesquisam defensivos – acaricidas, fungicidas, herbicidas e inseticidas– destinados principalmente às culturas de soja (47%), cana-de-açúcar (13%) e milho (10%). Além dessas, a empresa elabora defensivos contra 48 pragas – insetos, fungos e ervas daninhas – que reduzem a produtividade em cerca de 140 culturas.

62) ALIANÇA AGRÍCOLA DO CERRADO
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1994, em Luxemburgo. No Brasil desde 2010
Receita: R$ 2,73 bilhões
Principal executivo: Flávio Gilberto de Sousa

A Aliança Agrícola do Cerrado opera no setor atacadista de grãos e leguminosas. É uma subsidiária do grupo Sodrugestvo, fundado em 1994 em Luxemburgo e um dos maiores do setor na Rússia. A empresa passou a atuar no Brasil em maio de 2010, em Uberlândia. Possui uma capacidade de armazenamento de 275 mil toneladas de grãos. A empresa foi criada a partir de um grupo de investidores europeus e dedica-se à comercialização de insumos e de commodities agrícolas.

63) PIF PAF ALIMENTOS
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1968, no Rio de Janeiro (RJ)
Receita: R$ 2,68 bilhões
Principal executivo: Rodrigo Coelho

A Pif Paf foi fundada em 1968 quando o empresário Avelino Costa comprou um abatedouro no Rio de Janeiro. Quatro anos depois, a empresa já havia fechado parcerias com granjas e cooperativas de Minas Gerais, para onde a Pif Paf acabou se transferindo. Atualmente a empresa emprega 8.700 funcionários e possui 12 unidades industriais e fábricas de ração, 16 centros de distribuição, cinco matrizeiros e três incubatórios. Sua capacidade produtiva é de 23 mil toneladas por mês, entre cortes de aves e suínos, embutidos e massas. Por ano, a companhia abate 80 milhões de frangos e 750 mil suínos.

64) PRIMA FOODS
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1949, em Araguari (MG)
Receita: R$ 2,65 bilhões
Principal executivo: José Augusto de Carvalho Junior

Prima Foods é a nova denominação do Mataboi Alimentos, frigorífico fundado em 1949 e que entrou em recuperação judicial em 2017. O Mataboi recebeu um aporte de capital do empresário José Batista Júnior, da família fundadora da JBS. O empresário havia se desvinculado da holding familiar J&F em 2013, vendendo suas ações para os irmãos e o pai. Mantinha sua empresa de investimentos, a JBJ, que incluía fazendas dedicadas a gado de corte e melhoramento genético e uma carteira de imóveis. Em março de 2020, a Prima informou sua intenção de abrir capital na B3, mas o projeto foi interrompido.

65) AGROGALAXY
Setor: Trading e Comércio
Fundação: 2016, em São Paulo (SP)
Receita: R$ 2,63 bilhões
Principal executivo: Welles Clóvis Pascoal

Fundada em 2016 a partir de aquisições de um fundo de private equity, a Agrogalaxy cresceu por meio de aquisições de plataformas eletrônicas e físicas de distribuição de insumos para o agronegócio e, posteriormente, passou a atuar também na área de sementes. No fim de 2020 a companhia contava com 108 lojas, 19 silos e unidades de armazenamento de grãos, uma beneficiadora de sementes e três unidades de sementes de soja. As atividades estão espalhadas por cerca de mil cidades em nove estados e a empresa avalia manter o crescimento por aquisições após a abertura de capital na B3.

66) COPAGRIL
Setor: Cooperativas
Fundação: 1970, em Cândido Rondon (PR)
Receita: R$ 2,48 bilhões
Principal executivo: Ricardo Sílvio Chapla

De 29 sócios-fundadores, meio século depois a paranaense Copagril agrega em seus quadros 5.400 cooperados. Dedicada a dar suporte à criação e processamento de aves, suínos, leite e peixes, sua estrutura conta com um abatedouro, duas fábricas de rações, unidade de matrizes e ovos férteis, 22 lojas, 17 unidades de recebimento de grãos, das quais 14 são armazéns, mais supermercados, postos de gasolina, lojas de máquinas e implementos, centros de distribuição, transportadora e uma Estação Experimental. Além do Paraná, a Copagril atua fortemente em Mato Grosso do Sul desde 2009.

67) COLUMBIA TRADING
Setor: Trading e Comércio
Fundação: 1999, em São Paulo (SP)
Receita: R$ 3,04 bilhões
Principal executivo: Walter Croce

A Columbia Trading nasceu a partir de uma empresa de armazenagem de café criada em São Paulo durante a Segunda Guerra Mundial. O grupo é uma das maiores companhias do setor, com atuação em São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Pernambuco, Espírito Santo e Minas Gerais.

68) AGROFEL
Setor: Agropecuária
Fundação: 1977, em Palmeira das Missões (RS)
Receita: R$ 2,46 bilhões
Principal executivo: Ronaldo Ferrarin

Fundada em 16 de junho de 1977, na cidade de Palmeira das Missões, Rio Grande do Sul, a Agrofel vende sementes, fertilizantes, nutrição vegetal, defensivos agrícolas e também presta serviços de recebimento, compra, venda, troca e armazenagem de grãos. A companhia possui cerca de 40 unidades de atendimento no Rio Grande do Sul. Em 2019 ela recebeu um investimento da Bunge, que comprou 30% de seu capital.

69) COTRIJAL
Setor: Cooperativas
Fundação: 1957, em Não-Me-Toque (RS)
Receita: R$ 2,44 bilhões
Principal executivo: Nei César Manica

Nascida como Cooperativa Tritícola de Não-Me-Toque e posteriormente renomeada Cotrijal, a cooperativa é uma participante tradicional da atividade tritícola no Rio Grande do Sul e uma das maiores cooperativas do estado, com 59 unidades de negócio destinadas à armazenagem de grãos e ao atendimento aos cooperados, além de 20 lojas e 10 supermercados. A cooperativa também apoia a atividade leiteira da região.

70) CIBRAFÉRTIL
Setor: Agroquímica
Fundação: 1994, em Camaçari (BA)
Receita: R$ 2,44 bilhões
Principal executivo: Santiago Franco

Fundada na Bahia pelo Grupo Paranapanema, a Cibrafértil, mais conhecida como Cibra, é controlada desde 2012 pelo grupo americano Omimex e pela mineradora britânica Anglo American. O Omimex opera nos segmentos de petróleo e gás, nos Estados Unidos e Canadá, e de fertilizantes, na América Latina. Além de uma fábrica de superfosfato simples em Camaçari, a Cibra tem nove unidades misturadoras para a elaboração do composto NPK nas regiões Sul, Centro-Oeste e Nordeste. Possui também a Cibra Store, uma loja online para a venda direta de fertilizantes.

71) ZILOR
Setor: Agroenergia
Fundação: 1946, em Macatuba (SP)
Receita: R$ 2,82 bilhões
Principal executivo: Fabiano José Zillo

A Zilor iniciou suas atividades como uma usina de açúcar e álcool em meados da década de 1940 e permaneceu nesse segmento de atividade por 50 anos. No entanto, nos anos 1990 a empresa começou a diversificar suas atividades, passando a atuar na cogeração de energia elétrica e a expandir suas operações internacionalmente, adquirindo empresas nos Estados Unidos e na Noruega. Dentro do processo de alongamento da dívida iniciado em 2019, a companhia estreou no mercado de capitais captando R$ 202 milhões com debêntures de infraestrutura de cinco anos de prazo.

72) FRIGOL
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1992, em Lençóis Paulista (SP)
Receita: R$ 2,40 bilhões
Principal executivo: Marcos Câmara

A Frigol é o quarto maior frigorífico do país. Foi fundado pela família Gonzaga Oliveira, que atua no setor de carnes desde os anos 1970 e atualmente industrializa carnes bovinas e suínas. Suas cinco unidades de produção nos estados de São Paulo, Goiás e Pará empregam cerca de 2.800 pessoas. Em 2020 a companhia deu mais ênfase às exportações, que passaram a representar 44% da receita, um aumento de dez pontos percentuais em relação a 2019. Além dos tradicionais cortes de carne com a marca Frigol, também comercializa hambúrgueres e produtos especiais para churrasco, com as linhas BBQ Secrets e Grand Chef.

73) POTENCIAL BIODIESEL
Setor: Agroenergia
Fundação: 2010, em Lapa (PR)
Receita: R$ 2,31 bilhões
Principal executivo: Arnoldo Hammerschmidt

A empresa Potencial Biodiesel foi criada pelo grupo Potencial. O Potencial nasceu em 1954 no Paraná como um posto de gasolina e atualmente é uma das maiores distribuidoras regionais de combustíveis e lubrificantes da região Sul, com cerca de 200 postos com bandeira, 12 bases próprias de distribuição e 100 caminhões tanques. Criada em 2010 e tendo iniciado operações em 2012, a usina de biodiesel é a segunda maior do Brasil, com capacidade de produzir 383,4 milhões de litros de biodiesel e 45,5 mil toneladas de glicerina por ano.

74) GRUPO MONTESANTO TAVARES
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1998, em Belo Horizonte (MG)
Receita: R$ 2,30 bilhões
Principal executivo: Ricardo Tavares

O Grupo Montesanto Tavares é uma holding do setor cafeeiro, com atividades desde a produção até a exportação, passando pelo armazenamento e beneficiamento. Além dos cafés produzidos em fazendas próprias, a empresa compra grãos de pequenos produtores, fortalecendo a agricultura familiar e valorizando os cafeicultores no país. O grupo possui duas empresas exportadoras, a Atlantica Coffee e a Cafebras, e uma importadora, a Ally Coffee, nos EUA e Europa. Em 2018 a empresa recebeu um investimento do PSP, um dos maiores fundos de pensão do Canadá.

75) COTRISAL
Setor: Cooperativas
Fundação: 1953, em Sarandi (RS)
Receita: R$ 2,25 bilhões
Principal executivo: Walter Vontobel

A Cooperativa Tritícola de Sarandi foi criada em 1953 por agricultores do norte do Rio Grande do Sul dedicados à produção de trigo. Atualmente, a Cotrisal possui 10,2 mil associados que se dedicam à produção de soja, milho e trigo. Dentre eles, 800 também investem na pecuária leiteira. A Cotrisal emprega 1.400 funcionários e tem capacidade de armazenar 16 milhões de sacas de grãos em 62 unidades de recebimento. A cooperativa opera 43 lojas e 16 supermercados, além de possuir um moinho de trigo, uma fábrica de rações e uma unidade de beneficiamento de sementes.

76) COOPERCAMPOS
Setor: Cooperativas
Fundação: 1970, em Campos Novos (SC)
Receita: R$2,22 bilhões
Principal executivo: Luiz Carlos Chiocca

A cooperativa surgiu de uma associação de produtores de trigo do oeste de Santa Catarina que buscavam melhores condições de comercialização e escoamento da safra. Atualmente a Coopercampos tem 85 unidades espalhadas por 33 municípios de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. São 1.740 cooperados e 1.590 funcionários. As atividades passam pela suinocultura e a produção de leite, além da produção de sementes de soja.

77) FERTILIZANTES HERINGER
Setor: Agroquímica
Fundação: 1968, em Manhuaçu (MG)
Receita: R$ 2,21 bilhões
Principal executivo: Dalton Carlos Heringer

Com sede no Espírito Santo, a Heringer possui 19 unidades de produção, comercialização e distribuição de fertilizantes. De estrutura familiar, a partir de 2007 abriu seu capital no Novo Mercado da B3. A empresa cresceu junto com o agronegócio. Passou de uma misturadora de fertilizante básico, o NPK, para um complexo de fertilizantes especiais e formulados. A empresa mantém três centros próprios de pesquisa, um para café, outro para pastagens e um terceiro para desenvolvimento de novas técnicas agrícolas, no qual ocorre uma série de eventos visando a difusão de conhecimento. É dona, também, de um laboratório em Paulínia (SP), com capacidade de cerca de 900 análises químicas por dia, entre macronutrientes primários, secundários e micronutrientes.

78) DELTA SUCROENERGIA
Setor: Agroenergia
Fundação: 1953, em Delta (MG)
Receita: R$ 2,14 bilhões
Principal executivo: Robert Carlos Lyra

Com três usinas de cana-de-açúcar em municípios localizados no Triângulo Mineiro, a Delta Sucroenergia gera na região cerca de 12 mil postos de trabalhos entre diretos e indiretos. Os negócios estão concentrados em açúcar para exportação e com marca própria destinada ao mercado interno. A empresa também produz etanol, energia elétrica a partir do bagaço e levedura seca, um subproduto valioso na dieta de bovinos, suínos, aves e caprinos. São cerca de 160 mil hectares de cultivo de cana, com 11 milhões de toneladas processadas.

79) COPÉRDIA
Setor: Cooperativas
Fundação: 1967, em Concórdia (SC)
Receita: R$ 2,1 bilhões
Principal executivo: Vanduir Martini

Segunda maior cooperativa agropecuária de Santa Catarina, a Copérdia iniciou suas atividades com a produção de grãos. Nos anos 1980 ela ampliou suas atividades para a produção de suínos e aves, e atualmente é uma importante fornecedora para a Cooperativa Central Aurora. Em 2020 a Copérdia processou 250 milhões de litros de leite, 200 mil toneladas de grãos e 170 mil leitões. Engloba 16 mil cooperados e emprega 1.300 funcionários.

80) ALIBEM
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 2000, em Santo Ângelo (RS)
Receita: R$ 2,09 bilhões
Principal executivo: José Roberto Goulart

A Alibem processa carnes suína e bovina a partir de duas unidades industriais, no Rio Grande do Sul e no Mato Grosso, além de distribuir pescados e batatas. No caso dos suínos, a criação é totalmente própria e verticalizada com 800 pequenos produtores em sistema integrado. Além do mercado interno, a empresa exporta para cerca de 40 países. A unidade de bovinos está em Rondonópolis (MT), e também exporta. Está no grupo dos atuais 37 frigoríficos do país habilitados a exportar para a China. A mais recente investida é o processamento de mel.

81) COPASUL
Setor: Cooperativas
Fundação: 1978, em Naviraí (MS)
Receita: R$ 2,07 bilhões
Principal executivo: Gervasio Kamitani

A cooperativa surgiu no Mato Grosso do Sul a partir de 27 cotonicultores, a maioria de as cendência japonesa. As primeiras atividades se concentraram no algodão, com a construção de silos e usinas de beneficiamento. Posteriormente, a cooperativa ampliou suas atividades para grãos como milho e soja. Atualmente são 18 unidades em nove municípios, 1.600 cooperados e 635 colaboradores. Em 2020 a cooperativa recebeu 22,9 milhões de sacas de grãos e exportou 6,59 milhões de sacas. Também faturou R$ 481 milhões com a venda de insumos – sementes, defensivos e fertilizantes – alta de 36% ante 2019.

82) CAPAL
Setor: Cooperativas
Fundação: 1960, em Arapoti (PR)
Receita: R$ 2,05 bilhões
Principal executivo: Erik Bosch

A Capal foi fundada por um grupo de agricultores holandeses que se instalou no Paraná no início dos anos 1960. Atualmente, a cooperativa é uma organização diversificada com 3.200 cooperados e 2.800 funcionários. A área agrícola assistida é de 147 mil hectares, com a cooperativa atuando nas áreas de soja, milho e sorgo. Em 2020 a cooperativa iniciou as operações da Energik, subsidiária dedicada à produção de energias renováveis, com capacidade instalada de gerar 1,2 MW de energia a partir do biometano.

83) ADECOAGRO
Setor: Agroenergia
Fundação: 2002, na Argentina. No Brasil desde 2004
Receita: R$ 2,03 bilhões
Principal executivo: Mariano Bosch

O grupo, que também está presente no Uruguai, tem sede em Luxemburgo e é listado na bolsa de Nova York. Chegou ao Brasil dois anos depois de sua fundação, comprando terras. A primeira usina de cana-de-açúcar veio em 2005, em Minas Gerais. Na Argentina e no Uruguai, a Adecoagro possui uma grande operação nas cadeias de lácteos e de grãos, mas no Brasil o foco está no leite e na produção de açúcar e etanol.

84) COPERCANA
Setor: Agroenergia
Fundação: 1963, Sertãozinho (SP)
Receita: R$ 2,02 bilhões
Principal executivo: Francisco Cesar Urenha

A Copercana foi fundada por um grupo de produtores de canade-açúcar de Sertãozinho, no interior de São Paulo, para obter melhores condições de negociação com as usinas que moíam a cana. Atualmente, são 6.500 cooperados e 1.800 funcionários. A cooperativa possui negócios nas áreas agrícola (cana, soja, amendoim e milho), comercialização de insumos, lojas de ferragens e magazines, postos de combustíveis, supermercados, autocenter, corretora de seguros e distribuidora de combustíveis.

85) AGRO AMAZÔNIA
Setor: Trading e Comércio
Fundação: 1983, em Cuiabá (MT)
Receita: R$ 2,01 bilhões
Principal executivo: Roberto Motta

A Agro Amazônia iniciou suas atividades como uma distribuidora de insumos para agricultura e pecuária visando acompanhar o crescimento do agronegócio nas regiões Centro Oeste e Norte do Brasil. Em 2015 a companhia passou a ser uma subsidiária do grupo japonês Sumitomo. A iniciativa mais recente é o lançamento de uma nova marca de sementes de soja por meio de uma parceria estratégica firmada com a empresa argentina GDM.

86) BERNECK
Setor: Madeira, Celulose e Papel
Fundação: 1952, em Bituruna (PR)
Receita: R$1,99 bilhão
Principal executivo: Gilson Mueller Berneck

Especializada na produção de painéis e serrados, a empresa atua exclusivamente na cadeia de florestas plantadas. A divisão florestal conta com 64,5 mil hectares de terras no Paraná e em Santa Catarina para o cultivo de variedades de pinus. Todos os anos são plantados 7 milhões de árvores. Outros 66 mil hectares são mantidos como reservas nativas. No total, a empresa mantém 132 mil hectares de terras, incluindo áreas de cultivo de teca em Mato Grosso do Sul. O processamento, em três unidades industriais, é de cerca de 1,2 milhão de metros cúbicos de produtos de madeira, também por ano.

87) SÃO SALVADOR ALIMENTOS
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1973, em Itaberaí (GO)
Receita: R$ 1,92 bilhão
Principal executivo: Hugo Perillo Vieira e Souza

A goiana São Salvador Alimentos, que nasceu de uma pequena granja de frango, é dona de duas marcas: SuperFrango e Boua. A primeira vende carne de aves em diversas formas, entre congelados e pratos semiprontos. A segunda dedica-se a produtos divididos em categorias, como vegetais congelados, lácteos, embutidos, defumados, hambúrgueres, cortes suínos e peixes. Além da industrialização, a empresa mantém unidades de produção de ovos férteis, matrizes, ração animal e armazéns de grãos. Em 2020, inaugurou um abatedouro em Nova Veneza (GO) e avançou na governança, instituindo um conselho de administração. A companhia exporta para 65 países, entre África, América Central, Europa e Ásia, com foco na China.

88) J. MACÊDO
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1939, em Fortaleza (CE)
Receita: R$ 1,8 bilhão
Principal executivo: José Honório Gonçalves de Tófoli

A J. Macêdo começou como uma empresa de representação comercial de autopeças em 1939. Só iniciou as atividades no setor de alimentos nos anos 1950, importando trigo dos Estados Unidos. Atualmente é a líder do setor de farinhas de trigo domésticas e de mistura para bolos, distribuindo marcas como Sol e Dona Benta. É a segunda maior empresa nacional no segmento de massas alimentícias. A companhia tem três fábricas e três moinhos e emprega 3.600 pessoas em empregos diretos e indiretos.

89) JACTO
Setor: Agromecânica
Fundação: 1948, em Pompeia (SP)
Receita: R$ 1,92 bilhão
Principal executivo: Fernando Gonçalves Neto

A Jacto foi fundada pelo empreendedor japonês Shunji Nishimura, que emigrou para o Brasil com 21 anos, em 1932. Alguns anos após sua chegada, ele foi para o interior paulista e abriu uma pequena oficina de consertos. Especializou-se em pulverizadores e lançou um produto próprio. Foi o embrião da Jacto, que atualmente tem uma linha de pulverizadoras, plantadeiras e colheitadeiras para as culturas de soja, milho, cana e café e está investindo no monitoramento remoto dos equipamentos. O grupo possui 15 fábricas, sendo uma na Argentina e outra na Tailândia.

90) ARAUCO
Setor: Madeira, Celulose e Papel
Fundação: 1979, em Santiago (Chile). No Brasil desde 2007
Receita: R$ 1,89 bilhão
Principal executivo: Carlos Altimiras

Fundada no Chile em 1979, a Arauco é uma das maiores empresas de celulose e madeira do mundo, com 1 milhão de hectares de florestas, dos quais 110 mil no Brasil. A companhia começou a investir no Brasil em 2007, quando adquiriu parte das atividades da finlandesa Stora Enso, que havia adquirido a empresa paranaense Inpacel. Atualmente a Arauco possui quatro fábricas por aqui, com capacidade para produzir 1,52 milhão de metros cúbicos de MDF e 260 mil metros cúbicos de painéis compensados por ano.

91) PLENA
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1990, em São Gonçalo do Pará (MG)
Receita: R$ 1,88 bilhão
Principal executivo: Cláudio Ney de Faria Maia

A Plena nasceu a partir de um açougue fundado pelos irmãos Cláudio Ney e Marcos Maia em Minas Gerais. Atualmente a sede da companhia fica em São Paulo, emprega 2.500 pessoas e possui plantas frigoríficas em Minas Gerais, Tocantins e Goiás, além de uma central de armazenamento e distribuição de produtos alimentícios. Com uma pauta forte nas exportações, a empresa embarca carnes para cerca de 40 países.

92) BREJEIRO
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1944, em Orlândia (SP)
Receita: R$ 1,87 bilhão
Principal executivo: Eduardo Define

De capital nacional, a companhia que nasceu como uma cerealista – e foi a primeira do país a empacotar arroz e colocar o produto diretamente em supermercados –, transformou-se com a diversificação. Ganhou outros produtos em seu portfólio, como soja, mais sementes, proteína, farelo e farinha dessa oleaginosa, além de óleos e gorduras vegetais. Também passou a vender biodiesel a partir de 2011, com o Selo Combustível Social, destinado aos produtores que promovem a agricultura familiar. Hoje, a Brejeiro conta com três unidades de esmagamento de soja, uma no interior de São Paulo e duas em Goiás. Mais três beneficiadoras de sementes (SP, MG e GO); duas beneficiadoras de arroz no Rio Grande do Sul e dez armazéns para receber os produtos diretamente dos agricultores parceiros.

93) EUCATEX
Setor: Madeira, Celulose e Papel
Fundação: 1951, em São Paulo (SP)
Receita: R$ 1,80 bilhão
Principal executivo: Flávio Maluf

O grupo exporta para 40 países, além de atuar no mercado interno, a partir de seis fábricas localizadas em Botucatu e Salto (SP) e Cabo de Santo Agostinho (PE). Processa, a partir de floresta plantada de eucalipto, produtos como pisos, divisórias, portas, painéis, chapas de fibras de madeira e tintas e vernizes. As florestas ocupam uma área de cerca de 52,5 mil hectares, distribuídos em 82 fazendas entre próprias, arrendadas e de agricultores parceiros. Dessa área sai 1 milhão de metros cúbicos de madeira processada, por ano. As certificações vão do manejo florestal e ambiental, cadeia de custódia, a específicas, entre elas a California Air Resources Board (CARB), exigida por países como Estados Unidos e Canadá.

94) SJC BIOENERGIA
Setor: Agroenergia
Fundação: 2011, Quirinópolis (GO)
Receita: R$ 1,75 bilhão
Principal executivo: Abel de Miranda Uchôa

A SJC Agroenergia nasceu como uma joint venture entre a multinacional americana Cargill e o grupo Usina São João, empresa fundada em 1944 no município de Araras (SP) e que pertence à família Ometto. O projeto, com duas unidades de produção em Goiás, uma no município de Cachoeira Dourada e outra em Quirinópolis, começou com capacidade para processar 3 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. Hoje, está em 11 milhões de toneladas por safra. No ciclo de produção 2020/2021, a empresa processou 9,3 milhões de toneladas de cana equivalente e produziu 570 mil metros cúbicos de etanol total, 685 mil MWh de energia, 350 mil toneladas de açúcar VHP e 185 mil toneladas de produtos para nutrição animal.

95) OBA
Setor: Trading e Comércio
Fundação: 1979, em Belo Horizonte (MG)
Receita: R$ 1,78 bilhão
Principal executivo: Alex Alves dos Santos Brito

Inicialmente dedicado à distribuição de produtos alimentícios frescos, o grupo Oba se diversificou e está ampliando suas atividades. Lançou vários produtos de marca própria, como água de coco, biscoitos, azeites, bacalhau, carnes e frios, grãos e farinha, além de alimentos funcionais. O principal acionista é Carlos Roberto Alves, com cerca de 54% de participação. O fundo de investimentos em participações Crescera adquiriu 30% do capital em 2017, acelerando os negócios da empresa.

96) USINA SANTA TEREZINHA
etor: Agroenergia
Fundação: 1961, em Iguatemi (PR)
Receita: R$ 1,91 bilhão
Principal executivo: Paulo Meneguetti

Fundada no norte do Paraná no início da década de 1960, a Usina Santa Terezinha foi iniciada por sete irmãos da família Meneguetti. Com o fim do Proálcool em meados da década de 1980, o grupo aproveitou a crise do setor para crescer por meio de aquisições. O processo continuou nos anos seguintes e atualmente a empresa possui oito unidades, além de armazéns graneleiros para açúcar e grãos, um terminal de calcário, misturadora de adubos e tanques para estocagem de combustíveis. A empresa construiu um terminal rodoferroviário de fertilizantes em Paranaguá, que iniciou suas atividades em 2003. Em 2019 a Santa Terezinha entrou em recuperação judicial.

97) PAMPLONA
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1948, em Agronômica (SC)
Receita: R$ 1,74 bilhão
Principal executivo: Irani Pamplona Peters

A empresa que começou como um açougue hoje é uma companhia que abate e comercializa suínos para o mercado nacional e também para a exportação. No mercado interno, os produtos são destinados ao food service, varejo e lojas próprias. Na exportação, que começou em 1996, o grande cliente dos últimos anos tem sido a China. São dois frigoríficos para abate de suínos, com mais  de uma centena de preparações, entre curados, linguiças, presuntaria, fatiados, defumados, banha, salgados e cortes congelados in natura. Também foram desenvolvidas linhas para festas, sabores diversos e incorporada a carne bovina no portfólio, também em diversos produtos para varejo e food service. Com foco na diversidade, o mais recente investimento, da ordem de R$ 100 milhões, foi na ampliação de uma das fábricas.

98) COAGRIL
Setor: Cooperativas
Fundação: 1985, em Unaí (MG)
Receita: R$ 1,73 bilhão
Principal executivo: José Carlos Ferrigolo

A cooperativa foi fundada no noroeste de Minas Gerais. Atualmente é uma das maiores do estado em comercialização de grãos. Em 2020 foi comercializado 1,19 milhão de toneladas de grãos, incluindo soja, milho, sorgo, trigo e milheto. A cooperativa tem uma capacidade de armazenar 144 mil toneladas de grãos como soja e milho e de armazenar cerca de 160 mil sacas de café, e também vende pneus e insumos aos cooperados.

99) ADUFÉRTIL
Setor: Agroquímica
Fundação: 1980, em Jundiaí (SP)
Receita: R$ 1,73 bilhão
Principal executivo: Douglas Fontanini

Foi fundada como uma empresa para a comercialização de fertilizantes em 1980. Seis anos depois iniciou a produção própria. Atualmente é a sexta maior empresa do setor e está em expansão com a construção de um novo armazém, com capacidade para 35 mil toneladas estáticas de produtos. Também está modernizando seus três misturadores, que em capacidade máxima conseguem atingir cerca de 5 mil toneladas de produção diária, e planeja entrar no mercado de adubos em sacaria.

100) SANTHER
Setor: Madeira, Celulose e Papel
Fundação: 1938, em São Paulo (SP)
Receita: R$ 1,71 bilhão
Principal executivo: José Rubens de la Rosa

A fábrica de papel Santa Theresinha foi fundada pelo empreendedor libanês Fadlo Haidar para produzir papel e papelão para embalagens. Três décadas após sua fundação, em 1966, a empresa ingressa no mercado de consumo com lenços de papel, guardanapos e absorventes. A empresa possui três fábricas onde produz cerca de 180 mil toneladas de papel por ano. O controle permaneceu nas mãos da família até 2020, quando foi vendido para as empresas japonesas Daio e Marubeni.

Fonte: Forbes

“A Caoa Chery vai crescer 50% em 2022”, diz CEO

Mauro Correia é versátil. Quando trabalhou na Ford, ajudou a criar o projeto Amazon, que incluía a fábrica de Camaçari (BA) e o EcoSport. Depois, passou por Volkswagen, Nokia, Semp Toshiba, Metalfrio e a fabricante de moda íntima Scalina.

Ingressou na Caoa em 2014 e há cinco anos é CEO da empresa que controla as operações da Chery no País. O grupo brasileiro tem fábricas em Jacareí (SP) e Anápolis (GO), faz veículos da marca chinesa e da Hyundai, da qual também é importador oficial, assim como da japonesa Subaru. No dia 30 de dezembro, o executivo, que está fazendo um MBA em agronegócio, recebeu o Estadão na sede da Caoa, em São Paulo.

Como foi o desempenho da Caoa em 2021?

Foi muito bom. A marca Caoa Chery cresceu 100% em vendas e o market share vai fechar em 2%. Sofremos pouco com a falta de componentes. Também crescemos em vendas nas lojas. De janeiro a novembro, foram 95 mil carros. Fizemos do limão uma limonada. No início da pandemia, em 2020, fechamos fábricas e lojas por decreto. Tivemos de aprender a viver nessa nova realidade. Conseguimos ficar em home office sem percalços. Estávamos muito bem preparados para isso. Evidentemente, o negócio foi afetado. Mas 2021 foi bem melhor que 2020.

Há alguma decisão que o sr. mudaria?

Tomamos decisões corretas em 2020 e 2021, como proteger o caixa e os empregos. Tínhamos de manter a máquina rodando e responsabilidades com nossos funcionários. Em 2020, decidimos manter os investimentos e o lançamento de novos produtos. Em meio ao pico da pandemia, lançamos o (sedã) Arrizo 6 Pro e (SUV de sete lugares) Tiggo 8, que foi um sucesso. Em 2021, lançamos o Tiggo 3X Pro e o Tiggo 7 Pro (SUVs). O grupo se uniu mais. Para tomar decisões corretas, é preciso ouvir todo o grupo. Vamos errar? Muito! Vamos continuar errando? Normal, somos seres humanos. Mas devemos aprender com nossos erros.

Então o investimento de R$ 1,5 bilhão anunciado no fim de 2020 está mantido?

Sim. Lançamos novos carros, mexemos nas fábricas, abrimos lojas e estamos investindo fortemente em publicidade. Vamos lançar mais carros em 2022 já no primeiro trimestre e teremos novidades em eletrificação. Infelizmente, sofremos uma grande perda em 2021, que foi a morte do doutor Carlos Alberto, fundador do grupo. Ele havia profissionalizado a empresa, mas a pessoa dele era um ícone para todos nós. Em outras empresas em que trabalhei, quando eu dizia que iríamos contratar, era comum ouvir “Mais gente para quê?” O dr. Carlos dizia: “Que maravilha! Estamos gerando riqueza, empregos.” Parte desse investimento criou mais mil empregos em Anápolis e Jacareí (SP). Estamos gerando riqueza para o País e crescendo como marca nacional, que também era um sonho do dr. Carlos. A Caoa Chery já está entre as dez maiores do País. É um motivo de orgulho para todos os funcionários, para a família do dr. Carlos e para todos nós, brasileiros.

O que o governo tem de fazer para fomentar o setor?

A polarização tem de acabar. Não critico nenhum governo. As empresas têm de trabalhar e se adequar, independente do tipo de governo. Outro ponto importante é a diminuição da interferência. Não faz sentido o governo dizer que o carro tem de ser elétrico, híbrido ou a combustão. Seu papel deveria ser o de legislar sobre as emissões. Cada empresa tem de ser livre para criar a tecnologia que atenda aquele objetivo. O Brasil é rico em conhecimento sobre carros flex. Podemos ter híbridos flex, por exemplo. Há motores a combustão mais eficientes que equivalentes elétricos, se considerarmos toda a cadeia de produção. Também é preciso melhorar o equilíbrio entre exportação e importação, trazer mais dólares e estabilizar a inflação. Outro ponto muito importante é que não podemos ser apenas produtores e vendedores. Temos de ser detentores do conhecimento sobre as tecnologias.

Qual tecnologia deve prevalecer no Brasil?

A eletrificação veio para ficar. A grande questão é como é gerada a energia que vai ser usada nesses veículos. O Brasil tem as mais variadas e limpas formas de geração de eletricidade do mundo. Então, porque estamos queimando combustível se temos fontes eólicas e fotovoltaicas? Concordo com o Botelho (Besaliel Botelho, que acaba de deixar a presidência da Bosch) quando ele diz que é preciso descarbonizar, e não, necessariamente, eletrificar. O Márcio Afonso (ex-CEO da fábrica da Caoa Chery em Jacareí e novo vice-presidente do grupo) vem desenvolvendo pesquisas com as universidades estadual e federal de Goiás em biocombustíveis. Estamos indo muito bem e já temos algumas patentes. O Brasil desenvolveu a tecnologia flex. O Pablo (Pablo Di Si, chairman executivo da VW América Latina) não é um dinossauro (como chegou a ser chamado por defender a tecnologia flexível). Ele está no caminho certo e eu o admiro por isso. Não controlamos a natureza, mas dá para ajustar a plantação de cana. O agronegócio no Brasil é muito produtivo e eficiente.

A Caoa pretende avançar para outros mercados?

Sim, e já fizemos uma experiência. Exportamos para o Paraguai e estávamos estudando o Uruguai, mas primeiro precisamos consolidar o mercado brasileiro. Somos uma empresa familiar, de capital fechado. Eu brinco que nosso headquarters (sede) fica na Suécia, que é o nome da rua onde mora a família do doutor Carlos. Não precisamos bater na porta de nenhum outro país para pedir dinheiro. Mas temos de fazer as coisas com os pés no chão. A Caoa Chery cresceu 100% em 2021 e em 2022 deve crescer 50%. Quando compramos 50% da fábrica da Chery, em Jacareí, e criamos a Caoa Cherry (em 2017), as vendas eram de 3 mil carros. No primeiro ano, saltaram para 10 mil. O único período em que não crescemos foi de 2020 para 2021. Depois de consolidar o Brasil, vamos começar a buscar mercados vizinhos e outros países com os quais o Brasil tem acordos bilaterais, como o México.

Com informações Estadão Conteúdo

Mater Dei compra Instituto de Cirurgia Plástica e Oftalmologia de Goiás

A rede de saúde Mater Dei (MATD3) afirmou que seu conselho de administração aprovou a compra do Instituto de Cirurgia Plástica e Oftalmologia, de Goiás, parte de uma operação de 250 milhões de reais a ser feita pela unidade RMDS.

Segundo ata de reunião do conselho realizada em 10 de janeiro e divulgada na segunda-feira, 17, a RMDS terá um aumento de capital de até 250 milhões de reais a ser pago pela Mater Dei em seis parcelas.

O negócio envolve 95,5% do instituto, segundo o documento.

Com informações Reuters

Workshop gratuito e online ensina finanças para pequenas empresas

De 24 a 27 de janeiro, às 19h04, a 4blue, empresa de gestão empresarial e consultoria financeira especializada no pequeno, micro e médio empreendedor, promove uma maratona gratuita e online, ensinando de forma prática e aplicável como administrar o dinheiro de uma empresa, independente do segmento que atua.

São 4 aulas, com duração de aproximadamente 3h30 cada uma, abordando temas como diagnóstico da gestão financeira do negócio, como se prevenir de crises, como calcular o salário do empreendedor, ações rápidas e diretas para gerar caixa no empreendimento já durante a semana do curso, a estrutura perfeita de um relatório de fluxo de caixa, o passo a passo para ter um bom controle financeiro – que realmente dê clareza dos números – ações rápidas para gerar caixa, entre tantos outros primordiais para a saúde monetária da empresa.

Desde junho de 2019, data em que foi feita pela primeira vez, a maratona já impactou mais de 100 mil pessoas, fato comemorado pelos sócios-fundadores da 4blue, Renan Kaminski e Aleksander Avalca, visto que a missão da empresa é levar conhecimento financeiro empresarial adiante, democratizando o acesso ao conteúdo com linguagem simples e ferramentas de fácil controle.

“Temos um compromisso de compartilhar nossa expertise com o maior número de pessoas possível. Não queremos que os pequenos empresários quebrem por falta de conhecimento. A maioria foca em vender, quando, na verdade, o “ouro” está na maneira de lidar com o dinheiro. Por isso, a nossa Maratona não é sobre como vender mais, ela vai muito além. Falamos sobre a base da gestão financeira e os seis pilares que fazem com que as empresas tenham sucesso”, informa Renan Kaminski.

Para se inscrever, basta acessar o link https://edu.4blue.com.br/maratona-de-financas-2022-b.

4blue, empresa que desde 2009 presta consultoria, treinamento financeiro e de gestão empresarial para pequenas, médias e microempresas de todo o Brasil, além de outros serviços estratégicos e empresariais. Atualmente a 4blue é referência em gestão empresarial para empreendedores.

Com recorde, Goiás movimenta cerca de R$ 1,4 trilhão em notas fiscais

De acordo com a Secretaria de Economia, só durante o mês de dezembro, o comércio goiano movimentou quase 100 milhões de notas fiscais eletrônicas. O que representa um montante na casa de R$ 119,8 bilhões.

O Estado de Goiás bateu o recorde de emissões da Nota Fiscal do Consumidor Eletrônica (NFC-e) e Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) em 2021. O levantamento é da Superintendência de Informações Fiscais (SIF) da Secretaria de Estado da Economia.

De acordo com o relatório, foram emitidas 984,6 milhões de notas fiscais eletrônicas em 2021 nos 246 municípios, incluindo varejo e comércio virtual.

Em valores, a movimentação somou R$ 1,4 trilhão injetados na economia goiana.

segundo a Secretaria de Economia

Os dados superam o resultado observado em 2020, ano de início da pandemia do coronavírus, quando foram registradas 892,8 milhões de emissões e, também, o de 2019 que somou 920,3 milhões de notas. Em valores, essas emissões representaram R$ 968 bilhões em 2020 e R$ 802,3 bilhões em 2019, frente a R$ 1,4 trilhão.

“Goiás está mais uma vez demonstrando sua força e capacidade de superação. Com responsabilidade fiscal, abrimos caminho para que a economia continue crescendo”, frisou a secretária de Estado da Economia, Cristiane Schmidt.

O mês mais importante para o comércio, dezembro de 2021 registrou quase 100 milhões de notas emitidas em Goiás, também superior a 2019 e 2020. Foram movimentados R$ 119,8 bilhões no mês, frente a R$ 81,3 bilhões no mesmo período de 2020 e R$ 65 bilhões, em 2019.

Nota e Cidadania

A NF-e foi implantada em Goiás em 2005, e a NFC-e em 2016. De acordo com o coordenador de documentos fiscais da SIF, Antonio Godoi, a nota fiscal eletrônica é um avanço tanto para o consumidor quanto para o empresário.

“O consumidor é parte importante na garantia de que o imposto que ele pagou no momento da compra vá para o destino correto, isso só é possível com o hábito de sempre pedir a nota fiscal”, frisou.

O documento digital traz economia e otimização da fiscalização por parte do Fisco que acompanha em tempo real as operações comerciais. Além disso, proporciona legitimidade e segurança ao consumidor que pode verificar a autenticidade do documento recebido no site da Secretaria de Estado da Economia. No caso da NFC-e é possível, inclusive, ler o QRCode com o celular. No caso da NF-e, a consulta pode ser feita no site da secretaria por meio da chave presente na nota.

Com informações Ascom Secretaria de Estado da Economia e Portal Contexto

Itaú fecha acordo para a compra da corretora Ideal

Segundo comunicado desta quinta-feira (13), o Itaú Unibanco (ITUB4) fechou um acordo para a compra da corretora digital Ideal e deve desembolsar em um primeiro momento R$ 650 milhões por metade da empresa.

A aquisição é a segunda grande operação anunciada no setor em menos de uma semana. Em 7 de janeiro, a XP Investimentos comprou a Modalmais por R$ 3 bilhões.

A Ideal oferece soluções de trading eletrônico e DMA (direct market access), dentro de uma plataforma e computação em nuvem. O Itaú planeja manter a gestão e a condução dos negócios da empresa autônomos em relação ao banco.

A compra será realizada em duas etapas ao longo de 5 anos. Na primeira, o Itaú irá adquirir 50,1% do capital social e votante da Ideal, através de um aporte primário e da aquisição secundária de ações que totalizam aproximadamente R$ 650 milhões, passando a deter o controle da companhia.

Na segunda, após cinco anos, o Itaú poderá exercer o direito de compra do percentual restante (49,9%) do capital social da Ideal.

“O investimento na Ideal reforça o compromisso do Itaú Unibanco com os seus clientes em busca de soluções transformadoras em um mercado em franca expansão, permitindo ampliar a oferta de produtos e serviços nos canais mais convenientes a cada perfil de cliente e desenvolvimento sustentável nos negócios”, disse o banco.

O Itaú espera contar com o talento e expertise dos profissionais da Ideal, “reconhecidos pela alta capacidade de inovar nesse setor” e com a oferta de produtos e serviços financeiros em modelo B2B2C por meio da plataforma white label.

O banco ainda cita possível aceleração da entrada no mercado de agentes autônomos de investimentos e o aperfeiçoamento na distribuição de produtos de investimentos para clientes pessoas físicas.

A Ideal obteve sua licença de funcionamento em 2019. A conclusão da operação está sujeita às aprovações do Cade e do Banco Central.

Com informações MoneyTimes