Em menos de três anos, uso profissional de drones aumenta em 70%

O serviço de entregas comerciais por meio de drones, que são veículos aéreos não tripulados (VANT), foi autorizado no Brasil somente em janeiro deste ano, pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Mas há quase uma década, quando a maioria das pessoas não se dava conta das possibilidades dessa tecnologia – que surgiu nos anos 1970 como um brinquedo – já havia gente com visão que enxergava nesse engenhoso dispositivo voador uma forma de fazer negócios.

É o caso do empresário goiano Gabriel Caixeta, que junto com seu sócio, o engenheiro civil Andreyve Melo, comanda a Skyline Inovação e Produções desde 2015. A empresa de atuação nacional e especializada no desenvolvimento de ferramentas e soluções digitais para o mercado imobiliário, surgiu a partir de um drone comprado em dez parcelas.

“O pontapé inicial da Skyline foi justamente a aquisição desse drone, que na época custou exatos R$ 7.399,66. Era nossa principal ferramenta de trabalho e usávamos para fazer vídeos imobiliários, que foi o primeiro tipo de serviço que prestamos”, conta Gabriel Caixeta, diretor da Skyline.

Hoje, a empresa possui diversos outros tipos de equipamentos para a equipe de audiovisual.

Segundo dados da Associação Brasileira de Aviação Geral (Abag), até outubro de 2021, havia no país 88.664 drones registrados no Sistema de Aeronaves não Tripuladas (Sisant), da Anac, sendo a maioria (57%) cadastrada como uso recreativo. Mas, há três anos, a utilização profissional de drones cresceu 70%, saltando de 21.945 equipamentos registrados para tal finalidade em janeiro de 2019, para 37.431 cadastrados no último ano. 

“Há seis anos, usar um drone de forma profissional era algo muito novo ainda”, lembra Gabriel Caixeta. Hoje, graças a sua visão e a de seu sócio Andreyve, em criar um negócio com a ajuda inicial de um  drone, a Skyline atua em 18 estados mais o Distrito Federal, e já desenvolveu soluções e serviços digitais, como mais de 2500 projetos espalhados pelo Brasil.

“Na grande maioria das nossas produções audiovisuais nós usamos drones. Em especial temos um serviço que oferecemos, chamado Ultratour, que é totalmente desenvolvido a partir de imagens em 360º que são captadas por drones”, explica Gabriel ao esclarecer como o equipamento ainda é fundamental para a empresa. Entre os seus mais de 100 clientes, estão empresas como a Cyrela Incorporadora e a MRV, duas gigantes do mercado imobiliário brasileiro.

Gabriel conta que, além de um drone de pouco mais de R$ 7 mil, o sócio e ele contaram com a expertise de cada um para montar o negócio.

“Eu nunca havia trabalhado com drones, mas sempre gostei muito de tecnologia e computação gráfica, também sempre tive facilidade em aprender coisas dessas áreas. Fomos com a cara e a coragem mesmo, sem muita experiência. O Andreyve já tinha uma expertise do mercado imobiliário e eu a facilidade em trabalhar com tecnologia”, conta.

Constante treinamento

Hoje, a Skyline conta com uma equipe que sabem operar os drones. Um deles é o editor de imagens e filmmaker Gustavo Henrique de Oliveira, de 21 anos, e que há quatro anos nunca pensou em ganhar dinheiro com drone. “Nunca imaginei ganhar dinheiro com isso, mas depois de um convite para trabalhar no ramo do audiovisual, me interessei e vi o quão promissor poderia ser”, revela Gustavo, que desde a adolescência trabalhava com filmagem de casamento, e muitas vezes havia a necessidade de captar imagens do alto.

Por ser relativamente nova, a operação de drones é uma atividade profissional com pouca oferta de cursos de capacitação, o que não quer dizer que quem trabalha nessa área não precise estar sempre atualizado.

“É um trabalho que exige constante atualização de conhecimento. Todo ano chegam novas tecnologias que nos auxiliam e que requerem novos aprendizados. Hoje, quem quer aprender sobre drone e se especializar nessa área pode recorrer à internet e plataformas de conteúdo como o YouTube, onde você encontra muita coisa sobre aeromodelismo e ferramentas de audiovisual”, orienta o jovem profissional.

Microsoft lança Conecta+, iniciativa de qualificação profissional e conexão com oportunidades no mercado de trabalho

Microsoft promove evento de lançamento do programa Microsoft Conecta+, que tem o objetivo de apoiar os brasileiros na capacitação e recapacitação profissional e conexão com oportunidades no mercado de trabalho na área de tecnologia. Evento acontece no próximo sábado, dia 26, a partir das 9h, e terá transmissão ao vivo Youtube https://aka.ms/MSConectaMais.  

A iniciativa que terá duas frentes de atuação: Capacitação e Conexão e contará com três trilhas de capacitação gratuitas com mais de 20 cursos com certificação em tecnologia. Ao todo serão mais de 300 horas de treinamento on demand, mais de 180 horas em treinamentos “ao vivo” com professores em português, com capacidade para atender mais de 80 mil pessoas de abril a junho de 2022. Além disso, aqueles que participarem do programa podem se cadastrar no Modern Talent Hub, um portal onde as pessoas que estão em busca de emprego ficarão visíveis para as empresas que fazem parte do ecossistema da Microsoft e tem vagas disponíveis. Para participar, basta ter 16 anos e interesse pela área tecnologia.  

Os inscritos terão a possibilidade de se cadastrar na plataforma Modern Talent Hub para que escolham as suas áreas de interesse em tecnologia e, a partir daí, seu perfil ficará visível para as empresas que fazem parte do programa e tenham vagas disponíveis na área de TI, possam visualizar as suas candidaturas. Assim as oportunidades de apoiar todo o setor de maneira eficiente na busca por talentos será potencializado.  

A iniciativa faz parte do Microsoft Mais Brasil, um plano abrangente lançado em outubro de 2020, que visa ampliar o compromisso de longo prazo da Microsoft com o país, que já dura 33 anos. Um dos pilares do Mais Brasil é educação, capacitação profissional e empreendedorismo e o Microsoft Conecta+ é mais uma das ações dessa frente. Com o programa, a Microsoft pretende auxiliar milhares de brasileiros a participarem de trilhas de capacitação tecnológica gratuitas em Microsoft Azure, Business Applications e Segurança, para os níveis iniciante, intermediário e avançado. As áreas foram escolhidas por serem os segmentos que demandam mais profissionais no mercado de tecnologia no momento.  

Microsoft Conecta+ 
Quando: 26 de março às 9h 
Onde: online – transmissão pelo Youtube https://aka.ms/MSConectaMais 
Evento Gratuito 

Sobre a Microsoft – A Microsoft (Nasdaq “MSFT” @microsoft) habilita a transformação digital na era da nuvem inteligente e da fronteira inteligente. A missão da Microsoft é empoderar cada pessoa e organização no planeta a conquistar mais. A empresa está no Brasil há 33 anos e é uma das 120 subsidiárias da Microsoft Corporation, fundada em 1975. Em 2020, a empresa investiu mais de US$ 13 milhões levando tecnologia gratuitamente para 1.765 ONGs no Brasil, beneficiando vários projetos sociais. Desde 2011, a Microsoft já apoiou mais de 7.500 startups no Brasil por meio de doações de mais de US$ 202 milhões em créditos de nuvem.  

Faturamento do setor de turismo tem alta de 22,9% em janeiro

O faturamento das empresas nacionais do setor do turismo atingiu R$ 15,3 bilhões em janeiro, 22,9% a mais que o registrado no mesmo mês de 2021. Já em comparação a janeiro de 2020, antes da pandemia de covid-19, o resultado foi 19,2% inferior.

Os dados, divulgados hoje (22), são da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).

“Embora o setor tenha sido prejudicado pela variante Ômicron, a movimentação de turistas em razão do período tradicional de férias escolares ajudou a impulsionar o resultado do mês, além da base fragilizada de comparação”, diz o texto de nota explicativa da entidade.

De acordo com o levantamento da FecomercioSP, o resultado de janeiro foi influenciado principalmente pela aviação, que cresceu 60,6% no primeiro mês do ano, no contraponto anual. Contudo, o faturamento do setor aéreo foi 13,6% inferior ao patamar pré-pandemia.

O grupo serviços de alojamento e alimentação registrou o segundo maior crescimento em janeiro, alta de 14,7% na comparação anual, mas 19,2% abaixo do nível de faturamento pré-pandêmico. Já as atividades culturais, recreativas e esportivas registraram crescimento anual de 10,4%, mas queda de 21,6% em relação a janeiro de 2020.

Com informações Agência Brasil

ESG vira foco da comunicação nas empresas, mostra pesquisa

A preocupação com as questões ambientais, sociais e de governança (ESG) começa a estourar a bolha do mundo corporativo e aparecer na vida das pessoas. Segundo um ranking da agência Lew’Lara TBWA, em parceria com a DCode, sobre reputação das empresas nas práticas ESG, o pilar ambiental é o mais lembrado pelo brasileiro na hora de decidir se relacionar com uma marca.

Os dados são da primeira edição do “ESG Consumer Index”, estudo que avaliou a reputação das empresas e a percepção dos consumidores quanto às ações ESG. Ao todo, foram selecionadas 160 marcas, de diversos setores, que foram avaliadas por cerca de 2 mil participantes. “Nossa pesquisa não é para validar se a uma empresa tem práticas ESG, mas, sim, para medir como o consumidor final percebe essas ações e a comunicação sobre o tema”, explica a chefe de estratégias da Lew’Lara TBWA, Raquel Messias.

Segundo o levantamento, 42% da população geral acredita que as práticas ambientais de uma marca sejam o aspecto mais importante na hora de escolher a empresa, enquanto 32% das pessoas mencionam o tópico social e 25% dos entrevistados citam as ações sobre governança, que na pesquisa foi traduzido como “ética honestidade nos negócios”.

Ainda segundo índice da Lew’Lara TBWA, a importância dada a cada um dos pilares ESG variou conforme quesitos de gênero, idade e localização dos entrevistados.

Para especialistas ouvidos pelo jornal O Estado de S. Paulo, a comunicação clara com o cliente sobre a pauta ESG deve ser determinante para conquistar o mercado e se diferenciar dos concorrentes. Para Cecília Russo, da Troiano Branding, além de se preocupar em ter práticas ESG, as companhias precisam criar uma estratégia mais eficiente para dar publicidade ao que fazem sobre o tema.

“A marca tem esse papel pedagógico de levantar essa discussão para os clientes”, diz. Cecília ressalta ainda que a comunicação precisa ser verdadeira, caso contrário, a companhia corre pode esbarrar no “greenwashing” – ação que camufla resultados, ou mente ao relatar supostas práticas responsáveis.

Na avaliação do CEO da DCode, Cézar Ortiz, melhorar a imagem no ranking sobre ESG vai demandar investimento em comunicação e olhar atento aos clientes.

“A empresa tem de decidir por qual pilar começar essa conversa com o consumidor final”, diz.

Reconhecimento

Liderando o topo do ranking, a gigante dos cosméticos Natura foi a companhia com a melhor avaliação entre os entrevistados para os três pilares ESG. Ainda nos primeiros lugares, nomes do mercado de beleza como O Boticário e Avon também figuram na lista das companhias com bom desempenho.

“O que essas três marcas têm em comum é que elas comunicam sobre essas práticas ESG há muito tempo, está no DNA delas, por isso, já virou algo tão forte na percepção do público”, afirma Raquel.

Com informações Estadão Conteúdo

CEO da Stellantis reforça compromisso da eletrificação com etanol no Brasil

O CEO da Stellantis, Carlos Tavares, encerrou sua visita de trabalho de três dias às instalações do grupo no Brasil e destacou a importância do país e da América do Sul na estratégia da companhia para atingir as metas de transformação em uma empresa de tecnologia de mobilidade sustentável. O plano estratégico global Dare Forward 2030 envolve a eletrificação dos modelos e a redução das emissões de carbono à metade até 2030.

No Brasil, os projetos de eletrificação podem ser combinados com a utilização de etanol, considerado um combustível de baixo impacto ambiental e que constitui uma vantagem do país. Segundo a Stellantis, a combinação de etanol com eletrificação cria uma tecnologia ainda mais amigável no ponto de vista ambiental e de acessibilidade e esta é a direção que a companhia deve seguir.

A combinação, de acordo com Tavares, torna a propulsão limpa acessível a faixas maiores de consumidores. Ele avalia que a tecnologia elétrica ainda tem um custo elevado, que tende a cair à medida que a produção se expanda.

Mas este aumento de volumes deve ocorrer primeiro nos Estados Unidos, China e Europa, fazendo os custos diminuírem e viabilizando a expansão em outros mercados, como a América Latina.

Plano estratégico

A intensa agenda de trabalho trouxe ao Brasil membros do comitê executivo global e o presidente da Stellantis, John Elkann.

“A América do Sul é uma região estratégica para o grupo e tem se comportado de modo exemplar nos planos operacional, de resultados e de compreensão das estratégias”, afirmou Tavares.

A Stellantis encerrou seu primeiro ano de operações com receitas operacionais de 152 bilhões de euros, dos quais 10,7 bilhões (R$ 67 bilhões) foram gerados na América do Sul. A região comercializou 830 mil veículos em 2021 e contabilizou um lucro operacional de 882 milhões de euros (R$ 5,6 bilhões).

Carlos Tavares reiterou os principais objetivos estabelecidos para a empresa na América do Sul até 2030, horizonte do plano estratégico Dare Forward 2030: participação de mercado igual ou superior a 25% e que os veículos híbridos e elétricos sejam equivalentes a aproximadamente 20% do mix de vendas.

Ele afirmou que a América do Sul contará com recursos necessários para investimentos em projetos que sejam estratégicos e rentáveis, destacando que globalmente Stellantis planeja investir 14 bilhões de euros por ano, com ênfase em projetos de eletrificação e software.

O plano também contempla o lançamento de 16 modelos na América Latina até 2025, além de sete modelos elétricos e híbridos. Também estão programadas no período 28 reestilizações de modelos em linha e o avanço da eletrificação da gama em sinergia com o etanol, além de investimentos em direção autônoma, em conectividade e novos serviços.

Carlos Tavares classificou como sendo excelentes os resultados alcançados na região, ressalvando que poderiam ter sido melhores sem os problemas decorrentes da escassez de semicondutores.

“O fato é que a América do Sul alcançou uma performance exemplar. É um time competitivo que busca a liderança”, acrescentou.

Com informações Jornal O Tempo

Varejo volta a crescer após seis meses, mas situação é de cautela

O segmento do comércio varejista voltou a registrar crescimento no último mês de janeiro, após uma sequência de seis meses de estagnação. Segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor verificou um avanço de 0,8%. Apesar de positivo, o resultado não foi suficiente para recuperar as perdas acumuladas na pandemia e encontra-se 0,8% abaixo do patamar registrado em fevereiro de 2020.

Para o analista de Competitividade do Sebrae, Flávio Petry, as atividades que puxaram os resultados positivamente foram os setores de equipamentos e material para escritório informática e comunicação (0,3%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (3,8%), e de outros artigos de uso pessoal e doméstico (9,4%). No espectro oposto ficaram as atividades de hiper e supermercados que apresentaram recuo de 0,1%. Também apresentaram perdas os setores de Tecidos, vestuário e calçados (-3,9%); Livros, jornais, revistas e papelaria (-2,0%); Móveis e eletrodomésticos (-0,6%); Combustíveis e lubrificantes (-0,4%).

Segundo o analista, para avaliar as perspectivas para o segmento no curto e médio prazo é importante levar em consideração alguns aspectos importantes. Um deles é a sinalização dada pelo IPCA – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, principal indicador de inflação medido pelo próprio IBGE. No mesmo período de referência do estudo da PMC, ou seja, janeiro x dezembro, houve um acréscimo de 0,54%, sendo que as categorias que lideraram o avanço deste índice foram Artigos de Residência (1,82%), Alimentação e bebidas (1,11%), Vestuário (1,07%) e Comunicação (1,05%). “Percebe-se que a inflação de determinadas categorias acaba pressionando diretamente no seu desempenho”, comenta Petry.

Outra métrica que auxilia na compreensão do contexto em que o comércio está inserido é o Índice de Confiança do Comércio (ICOM) do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (FGV IBRE). No último levantamento do Instituto, houve uma elevação de 2,1 pontos em fevereiro, ao passar de 84,9 para 87,0 pontos, primeira alta depois de três meses de quedas consecutivas. Em médias móveis trimestrais o indicador cedeu 0,3 ponto, a sexta queda consecutiva.

“Isso demonstra um otimismo ponderado por parte dos empresários do setor. Se por um lado há uma boa perspectiva de recuperação com a flexibilização do funcionamento das atividades que haviam sido mais pressionadas pelas consequências da pandemia, por outro lado, quando se trata de algumas variáveis que podem impactar significativamente toda cadeia, o varejo se demonstra extremamente volátil”, comenta o analista do Sebrae. “Este é o caso dos possíveis impactos que o aumento do custo dos combustíveis pode acarretar no preço final dos produtos, consequentemente pressionando a inflação e influenciando nos resultados de vendas”, acrescenta.

Ainda de acordo com Flávio Petry, considerando que o principal modal logístico utilizado para a distribuição de bens no país é o terrestre, que depende quase que exclusivamente dos combustíveis derivados do petróleo, a expectativa é que diversos segmentos venham a ser impactados.

“Essa situação abre uma oportunidade para o fortalecimento das vendas locais que ainda possuem estoque em um primeiro momento. Todavia, com o giro dos estoques, há uma tendência de correção dos valores de modo a repassar parte dos custos direto ao consumidor final”, acrescenta. “Para estar mais bem preparado, o comerciante pode considerar a elaboração de estratégias que passam desde a revisão da estrutura de custo, à avaliação e possível recomposição do seu mix de produtos, avaliação dos canais de vendas e dos serviços agregados”, conclui o analista do Sebrae.

Com informações ASN

SLC Agrícola comprou 83% dos fertilizantes para a safra 2022/23

A SLC Agrícola, uma das maiores produtoras de grãos e oleaginosas do Brasil, disse que antecipou negociações para compra de insumos da safra 2022/23, em meio à oferta mais escassa de fertilizantes devido à guerra na Ucrânia.

A empresa fechou 83% da necessidade de cloreto de potássio para a safra 2022/23, a ser plantada a partir de setembro.

“Estamos bem antecipados nas compras … a expectativa era começar a comprar fertilizantes em maio/junho, pensávamos que o preço podia cair ainda mais, mas aí veio a guerra e mudou radicalmente o cenário”, disse o presidente da SLC, Aurélio Pavinato, em videoconferência.

Ele afirmou que as aquisições de defensivos também foram antecipadas, visto que as negociações tradicionalmente começam a ser feitas em março, e neste mês já há produtos comprados. A preocupação para garantir o potássio ocorreu porque o adubo começa a ser aplicado nas fazendas da empresa durante a entressafra, entre junho e julho. Este é o principal insumo fornecido ao Brasil pelos russos.

“A grande discussão é quanto a Rússia e Belarus vão conseguir enviar de fertilizantes”, disse o executivo.

No caso dos nitrogenados, Pavinato explicou que a aplicação ocorre mais tarde, até o plantio da segunda safra de milho e algodão, o que justifica esperar a evolução do mercado. “O nosso uso do nitrogênio vai de novembro a abril do ano que vem … A gente tem tempo ainda para comprar fertilizantes, da para esperar para ver o que vai acontecer”, acrescentou ele.

Em relatório na véspera sobre os resultados em 2021, quando o lucro da SLC superou 1 bilhão de reais pela primeira vez, a companhia disse que já comprou 49% dos fertilizantes fosfatados, além de 59% dos defensivos que precisará para a nova safra.

A empresa, que tem fazendas em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Piauí, Bahia e Goiás, declarou que não comprou fertilizantes nitrogenados, que podem ser negociados “até o final do segundo semestre de 2022”.

“A relação de troca entre preço de commodities e fertilizantes está sendo acompanhada e o restante dos insumos será negociado no melhor momento”, disse a SLC, em momento de altas de produtos agrícolas.

Já os insumos sofrem pressão de custos pela alta do petróleo e questões de oferta, uma vez que a Rússia é grande fornecedora e em geral a maior exportadora de fertilizantes ao Brasil.

“A política de hedge é bem estruturada e visa garantir um bom nível de margem para a empresa. Dado a fixação de parte dos insumos, avançamos no hedge para a safra 2022/23, atingindo bons preços tanto para as commodities, quanto para o câmbio”, disse.

Dessa forma, disse a SLC, a expectativa é que o aumento de custos seja compensado pelo aumento na receita através de preços mais altos, mantendo margens nos níveis dos últimos anos. “Os preços dos insumos estão altos… o que falta comprar, não se sabe a que preço vai pagar…, mas os preços das commodities também, e com isso temos uma visão que vamos manter boas margens em 23”, disse o CEO.

RESULTADO EM 2021

A companhia teve um lucro líquido de R$ 1,13 bilhão no quarto trimestre, crescimento 153,3% em relação a 2020. A margem líquida também foi recorde, 25,9%, com aumento de 13,2 pontos.

A dívida líquida ajustada encerrou 2021 em R$ 2,4 bilhões, alta de 1,7 bilhão em 12 meses, com impacto principalmente do aumento na necessidade de capital de giro oriunda do volume de pagamentos dos insumos agrícolas da safra 2021/22 e a liquidação total do endividamento da Terra Santa Agro.

Com informações Forbes

Governo anuncia que vai reduzir o IOF a 0% sobre o câmbio gradualmente

O governo editará decreto que vai zerar, até 2028, as alíquotas do Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguro, ou relativas a Títulos ou Valores Mobiliários (IOF) incidentes sobre operações de câmbio, divulgou o Ministério da Economia na terça-feira (15/3).

Segundo as informações da pasta, a redução será gradual e escalonada em oito anos.

O objetivo de acordo com o Ministério é alinhar o Brasil ao disposto no Código de Liberalização de Capitais da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), ao qual estamos em processo de adesão. O novo decreto alterará o Decreto nº 6.306, de 14 de dezembro de 2007.

Assinatura das medidas provisórias sobre o novo marco de securitização, o aprimoramento das garantias rurais e a redução do IOF sobre operações de câmbio. Segundo o secretário executivo do Ministério da Economia, Marcelo Guaranys, essa medida vai auxiliar no processo de entrada na OCDE .

“Com a medida do IOF câmbio, a gente consolida a entrada para o código de liberdade de capitais, permite que os fluxos de investimento no país possam vir com menores barreiras, barateia as possibilidades de investimento, possibilita entrada de mais recursos e permite que as pessoa consumam e buscam as coisas no exterior também com maior liberdade”, afirmou.

Com informações Correio Braziliense

Produção industrial goiana tem queda de 1,7% em janeiro

queda de 2,4% da produção industrial nacional na passagem de dezembro de 2021 para janeiro de 2022, na série com ajuste sazonal, foi acompanhada por dez dos 15 locais pesquisados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM Regional). O estado do Amazonas teve a maior queda, de 13,0%, no mês, mas o que mais influenciou o resultado geral da indústria foi o recuo da 10,7% em Minas Gerais. Esses são alguns resultados regionais que o IBGE divulga hoje (15).

“O Amazonas elimina quase toda a expansão verificada em dezembro, de 14,3%, sendo o recuo de 13,0% em janeiro o mais intenso na comparação mensal desde abril de 2020, quando o estado teve uma queda de 48,9%. O setor de bebidas, muito forte na indústria local, exerceu a principal influência negativa no resultado amazonense”, ressalta o analista da pesquisa, Bernardo Almeida.

Mas, no índice geral da indústria nacional, o Amazonas ficou em quarto lugar em termos de influência. O principal impacto veio de Minas Gerais (-10,7%), que também apontou sua queda mais elevada desde abril de 2020 (-15,3%) e interrompeu dois meses consecutivos de crescimento na produção, em que havia acumulado ganho de 7,5%.

“Nesse caso foi o setor extrativo que puxou o índice para baixo. O excesso de chuvas atrapalhou a operação de extração mineral, que é uma das principais atividades industriais do estado de Minas e também uma das principais do Pará, que que teve recuo de 9,8% e, inclusive, foi a segunda maior influência negativa no índice nacional”, explica Almeida.

O Pará registrou a segunda taxa negativa consecutiva (-2,6% em dezembro), acumulando perdas de 12,1% no período. Além da extração mineral, a produção local de alimentos vem pesando negativamente.

E a queda na produção de alimentos também teve impacto no Paraná (-5,1%), a terceira maior influência no índice nacional, bem como a de veículos. Após avançar 7,7% em dezembro, a indústria paranaense teve recuo de 5,1%, que foi o mais intenso desde junho de 2021, quando recuou 6,1%.

Mas a indústria paulista, quinta maior influência sobre índice nacional, também teve recuo, de 1,0%, sob o impacto da queda da produção de veículos automotores, bem como de máquinas e equipamentos.

“O setor de veículos ainda sofre com desabastecimento de insumos, encarecimento de matérias-primas e queda da demanda, devido à queda do poder aquisitivo da população. Contudo, cabe lembrar, também, que janeiro é um mês em que, normalmente, as indústrias do setor concedem férias coletivas a seus funcionários, contribuindo para o recuo nesse mês”, destaca Almeida.

Pernambuco (-5,0%) e Ceará (-3,8%) também registraram taxas negativas mais intensas do que a média nacional (-2,4%). E Goiás (-1,7%), região Nordeste (-1,6%) e Rio de Janeiro (-1,4%) completaram o conjunto de locais com índices negativos em janeiro.

Já na outra ponta, Mato Grosso (4,0%) e Espírito Santo (2,6%) mostraram os avanços mais elevados em janeiro frente a dezembro, com o primeiro marcando a quarta taxa positiva seguida e acumulando nesse período expansão de 37,6%; e o segundo registrando crescimento de 8,8% em dois meses consecutivos de expansão na produção. Bahia (1,2%), Santa Catarina (0,9%) e Rio Grande do Sul (0,8%) assinalaram os demais resultados positivos do mês.

“O Mato Grosso se destaca com o avanço no setor de alimentos, tendo sido a principal influência positiva no resultado nacional. O estado assinalou sua quarta taxa positiva consecutiva e acumula avanço de 37,6% no período”, pontua Almeida.

Na comparação com janeiro de 2021, MT cresceu 43,0%

Frente a janeiro de 2021, a indústria teve queda de 7,2% em janeiro de 2022, que foi acompanhada por 11 dos 15 locais pesquisados, sendo que janeiro de 2022 (21 dias) teve um dia útil a mais do que igual mês do ano anterior (20). Pará (-24,4%), Ceará (-24,3%), Pernambuco (-12,3%) e região Nordeste (-10,1%) assinalaram os recuos mais intensos. Minas Gerais (-9,8%), Santa Catarina (-9,7%) e São Paulo (-8,7%) também registraram taxas negativas acima da média nacional (-7,2%). E Rio Grande do Sul (-6,3%), Amazonas (-4,1%), Bahia (-3,9%) e Paraná (-3,7%) completaram o conjunto de índices negativos na comparação.

Por outro lado, Mato Grosso, com expansão de 43,0%, apontou o crescimento mais elevado em janeiro de 2022, impulsionado, em grande parte, pelo avanço observado nas atividades de produtos alimentícios e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (álcool etílico). Espírito Santo (5,4%), Rio de Janeiro (2,8%) e Goiás (2,1%) mostraram os demais resultados positivos na comparação com o mesmo mês do ano anterior.

No acumulado dos últimos doze meses, o avanço de 3,1% no total da indústria em janeiro de 2022, foi acompanhado por dez dos 15 locais pesquisados, porém nove desses locais apontaram menor dinamismo frente aos índices de dezembro de 2021. Ceará (de 3,7% para 0,5%), Pará (de -3,7% para -6,8%), Pernambuco (de -0,2% para -2,0%), Santa Catarina (de 10,2% para 8,5%), Minas Gerais (de 9,8% para 8,3%), Paraná (de 9,1% para 7,8%), Rio Grande do Sul (de 8,7% para 7,5%) e São Paulo (de 4,9% para 3,8%) mostraram os principais recuos entre dezembro de 2021 e janeiro de 2022. Por outro lado, o Mato Grosso (de -0,1% para 3,9%) assinalou o maior ganho entre os dois períodos.

Mais sobre a pesquisa

A PIM Regional produz, desde a década de 1970, indicadores de curto prazo relativos ao comportamento do produto real das indústrias extrativa e de transformação. Traz, mensalmente, índices para 14 unidades da federação cuja participação é de, no mínimo, 1% no total do valor da transformação industrial nacional e, também para o Nordeste como um todo: Amazonas, Pará, Ceará, Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso, Goiás e região Nordeste. Veja os resultados completos no Sidra.

Com informações IBGE

Com 30 milhões de toneladas, Goiás terá novo recorde na produção de grãos

Revisão da estimativa da produção de grãos na safra 2021/2022 aponta que Goiás deverá ultrapassar a marca de 30 milhões de toneladas, alcançando novo recorde. Os números foram divulgados na última quinta-feira, no 6º Levantamento da Safra 2021/22, realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

Caso confirmada a estimativa da Conab, Goiás deverá registrar aumento de 22,6% em relação à safra 2020/2021, que foi de 24,6 milhões de toneladas de grãos, e se aproximar do segundo maior produtor nacional, o Paraná, cuja estimativa de produção é de 32,5 milhões de toneladas.

De acordo com o titular da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Tiago Mendonça, a revisão feita pela Conab que estima a produção idealizada pelo Governo de Goiás é resultado de uma série de fatores, que incluem a participação do Estado ofertando crédito e dinamizando o campo, com a entrega de máquinas e políticas públicas voltadas ao setor.

“Temos trabalhado com o Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO), por exemplo, ofertando crédito aos produtores. E os investimentos na produção de grãos sempre se destacam entre as propostas aprovadas”, avalia o secretário. “Além disso, em outra frente, o Governo de Goiás, em parceria com a bancada federal, já entregou mais de 740 máquinas às prefeituras no interior, por meio do programa Mecaniza Campo, contribuindo para a manutenção das estradas vicinais e melhorando as condições de escoamento dessa produção. Todos esses fatores contribuem para elevar a produção”, disse o chefe da Seapa.

Culturas

O maior destaque se dá em relação à produção de soja e de milho segunda safra – cujo plantio segue após a colheita da soja. A expectativa da Conab é de aumento da área plantada, produção e produtividade nas duas culturas.

A soja deverá ter aumento de 10,2% na produção, passando de 14,5 milhões de toneladas (safra 20/21) para 16 milhões de toneladas (safra 21/22). A área plantada é estimada em 4 milhões de hectares (aumento de 2,2%) e a produtividade esperada em 3,9 mil quilos por hectare.

Já o milho de segunda safra, cuja produção sofreu decréscimo no ciclo passado, tem expectativa positiva para a safra 2021/2022. A expectativa da safrinha que está sendo plantada agora é de que o grão alcance a produção de 10,4 milhões de toneladas, bem acima do ciclo passado, quando foram colhidas 6,8 milhões de toneladas (crescimento de 53,6% na atual safra). Caso se confirme a estimativa, a produção de milho total no Estado (1ª e 2ª safras) deve ser de 12,2 milhões de toneladas (aumento de 44,9%).

Outras culturas também têm expectativa de crescimento para esta safra em relação ao ciclo anterior, que incluem o girassol (37,8 mil toneladas – aumento de 89%), trigo (174,5 mil toneladas – aumento de 35%), feijão 2ª safra (71,1 mil toneladas – aumento de 8,4%) e de algodão (131,1 mil toneladas – aumento de 11,7%).

Mais crescimento

Também foi divulgado nesta quinta, o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cuja atualização aponta destaque para culturas como cana-de-açúcar, café arábica e uva. A produção de cana-de-açúcar deve ser de 75 milhões de toneladas (aumento de 3,4%), enquanto a de café é estimada em 17,1 mil toneladas (aumento de 4,8%) e de uva em 1,7 mil toneladas (aumento de 13,3%). O tomate, importante produto da pauta agrícola goiana, também tem produção com números expressivos e deve alcançar o total de 971,4 mil toneladas, se firmando novamente como primeiro lugar no ranking nacional da produção.

Com informações Seapa