Hot Park figura entre os melhores parques do mundo pelo segundo ano consecutivo

O Hot Park, empreendimento da plataforma de entretenimento Aviva, tem muito a comemorar. O parque aquático acaba de ser reconhecido como um dos melhores do mundo pelo prêmio Travellers’ Choice, do TripAdvisor, pela segunda vez consecutiva. Ao mesmo tempo, o local também figura internacionalmente, pelo 10º ano consecutivo, como um dos parques aquáticos mais visitados do mundo, ficando em 9º no ranking mundial e em 3º no ranking América Latina. De acordo com o relatório da Themed Entertainment Association (TEA), houve um crescimento de 53% no número de pessoas frequentadoras do Hot Park entre 2021 e 2022, atingindo a marca de 1,43 milhão de visitantes no último ano.

Além disso, o aumento está acima da média, entre os parques listados, e os números já alcançaram o patamar de 2019, o que indica que o Hot Park já conseguiu se recuperar do impacto da pandemia e está pronto para crescer. O empreendimento, inclusive, começou 2023 com resultados além do esperado, tendo o melhor mês de janeiro desde sua abertura, em 1997. Em relação ao mesmo mês em 2022, todos os indicadores foram superados: a receita foi 47% maior, a venda de ingressos aumentou 21%, assim como o crescimento percentual do ticket médio; e o número de visitantes cresceu em 11%.

O parque também teve outros reconhecimentos recentes, tanto no âmbito de satisfação dos clientes quanto em rankings de turismo e lazer. Entre eles, é possível destacar o Prêmio Reclame Aqui 2022, onde foi reconhecido na categoria Turismo e Lazer de empresas brasileiras com as operações de atendimento mais eficientes e as melhores reputações.

As inaugurações do Hot Park neste ano também reforçam o compromisso da Aviva em ressignificar as experiências do público frequentador. O Turbilhados, atração com dois toboáguas com boias para quatro pessoas, manobras radicais e inéditas no país, foi inaugurado em janeiro, com um investimento total de R$ 31 milhões. Já o novo restaurante Maraé, foi inaugurado em maio, com investimento de R$ 6 milhões, e tem temática inspirada na cultura havaiana, com foco em uma experiência litorânea.

“O reconhecimento do Hot Park entre os melhores e mais visitados parques aquáticos do mundo evidencia os resultados do nosso modelo de gestão. Frequentemente, a Aviva é premiada em diferentes áreas como retorno do nosso empenho em proporcionar momentos únicos e histórias memoráveis às pessoas que nos visitam. A inauguração, neste ano, do Turbilhados e do restaurante Maraé tangibilizam este empenho. A atração fornece uma vivência única e o restaurante proporciona uma culinária com temática praiana singular em pleno coração do Cerrado”, salienta o CEO da Aviva, Alessandro Cunha.

Sobre a Aviva
A Aviva já nasceu gigante, com o propósito de promover experiências únicas e momentos inesquecíveis. A plataforma de entretenimento detentora do Rio Quente, Costa do Sauípe e Hot Park tem em seu DNA o objetivo de fazer famílias felizes em paraísos integrados à natureza, oferecendo hospitalidade, gastronomia, lazer e diversão. O Rio Quente Parques e Resorts tem seis hotéis cercados de natureza e é abastecido por fontes de águas quentes, assim como o parque aquático Hot Park, eleito um dos melhores parques do mundo que conta com mais de 15 atrações radicais em 55 mil m². O complexo Costa do Sauípe inclui quatro hotéis all-inclusive à beira-mar que refletem a beleza e a cultura da Bahia, além de área temática e gastronomia de qualidade. 

Anápolis é a escolha da Perplan para seu primeiro condomínio horizontal em Goiás

Junto a uma população acolhedora, Anápolis é destaque no Centro-Oeste por sua economia pujante, localização estratégica, seu polo farmacêutico e, principalmente, seu elevado índice de desenvolvimento. Esses atributos chamaram a atenção da Perplan Empreendimentos e Urbanização, que se prepara para lançar em breve o Nature Home Resort. Trata-se do primeiro Condomínio Boutique de Anápolis.

As projeções da empresa são as mais otimistas já que o mercado imobiliário local está em ritmo de expansão. Um importante termômetro foi o evento de apresentação do empreendimento, o primeiro da Perplan em Goiás. Evidenciando a demanda de mercado por um produto inovador e de atributos inéditos, a marca reuniu mais de 350 profissionais do mercado imobiliário, no último dia 8 de fevereiro, que conheceram todos os diferenciais em primeira mão.

“É um lançamento muito aguardado por nós, estamos com ótimas expectativas para a entrega de um projeto único, que une sofisticação, conforto, contato com área verde nativa em um conceito inovador e localização privilegiada”, pontua o diretor presidente da Perplan, Ricardo Telles.

Com expertise em se destacar em mercados promissores, a Perplan soma mais de 35 empreendimentos lançados e 5 milhões de m² de áreas urbanizadas em várias cidades do país. Em 2022, a empresa lançou quatro novos empreendimentos e atingiu cerca de R$ 400 milhões de vendas brutas, entre produtos novos e do estoque (como são chamados no setor imobiliário os empreendimentos lançados em anos anteriores). O diretor lembra que esse montante é na grande maioria de produtos lançados recentemente ou cujas obras estão começando. “O interessante é que praticamente não temos estoque de produto pronto, significa que vendemos tudo o que produzimos, oferecendo, de fato, as soluções urbanísticas inteligentes que o mercado consumidor aprecia”, avalia.

Segundo Ricardo Telles, as áreas de captação de negócios foram um ponto forte da empresa em 2022 – elas arrecadaram mais de R$ 1 bilhão em novos negócios para os próximos anos. Além do Nature Home Resort, em Anápolis, a Perplan prevê mais cinco lançamentos para 2023.

Sobre o Nature Home Resort
O Nature Home Resort, o primeiro Condomínio Boutique de Anápolis, chega com um conceito inovador, com espaços bem planejados, design exclusivo e máxima atenção aos detalhes. Com 69 mil m² de área verde preservada e integrada, promove um encontro exclusivo entre a exuberância da natureza local e a elegância de um projeto único.

O condomínio, com lotes de até 400m², oferece lazer premium, com mais de 30 opcionais que vão de áreas de lazer, passando por espaços de convivência e de coworking, a praças de contemplação e novas experiências, como o Family Club, uma área com piscina, churrasqueira e outros atrativos para eventos com exclusividade e privacidade. Localizado às margens da BR-060, saída para Brasília, está a dois minutos da Avenida Independência, e une a tranquilidade e o ar puro de viver em meio à natureza com acesso facilitado a pontos nobres da cidade.

Serviço
Perplan Urbanização e Empreendimentos
www.perplan.com.br
Escritório de vendas: Av. Pinheiro Chagas, 97, Jundiaí, Anápolis
Centro de Atendimento ao Prospect (CAP): 4042-0756 | (16) 9.9721-5154 (WhatsApp)
Instagram: @perplanbrasil
Facebook: Perplan Urbanização e Empreendimentos

Forbes 2022: Dois goianos estão na lista dos 10 maiores bilionários brasileiros

Dois goianos estão na lista dos 10 maiores bilionários brasileiros divulgada na sexta-feira (2/9) pela Forbes: Joesley Batista e Wesley Batista, da multinacional JBS, com R$ 22,5 bilhões cada um. O levantamento foi publicado na edição que marca o número 100 da revista no Brasil e celebra seus 10 anos no país.

O empresário Jorge Paulo Leman chegou ao topo neste ano, com uma fortuna avaliada em R$ 72 bilhões. Desbancou Eduardo Luiz Saverin, que ocupou o primeiro lugar no ano passado e agora tem um montante apreciado em R$ 52,8 bilhões. Marcel Hermann Telles continua na terceira posição, com patrimônio de R$ 48 bilhões.

O ranking traz 290 nomes neste ano, 25 a menos na comparação com a lista de 2021. A queda no valor de mercado das empresas e a redução nas ofertas públicas na Bolsa de Valores ajudaram a justificar o cenário. O aperto econômico causado pela pandemia e agravado pela guerra na Ucrânia, com impacto direto nos mercados – e, consequentemente, na inflação mundial –, também atingiu em cheio os mais ricos.

Para figurar entre os dez maiores bilionários do País, é preciso ter um montante superior a R$ 22 bilhões.

Os 10 maiores bilionários do Brasil

1 – Jorge Paulo Lemann: R$ 72 bilhões
• Idade: 82 anos
• Nascimento: Rio de Janeiro
• Origem do patrimônio: AB Inbev/3G Capital

2 – Eduardo Luiz Saverin: R$ 52,8 bilhões
• Idade: 40 anos
• Nascimento: São Paulo
• Origem do patrimônio: Facebook

3 – Marcel Herrmann Telles: R$ 48 bilhões
• Idade: 72 anos
• Nascimento: Rio de Janeiro
• Origem do patrimônio: AB Inbev/3G Capital

4 – Carlos Alberto da Veira Sicupira e família: R$ 39,85 bilhões
• Idade: 72 anos
• Idade: 72 anos
• Nascimento: Rio de Janeiro
• Origem do patrimônio: AB Inbev/3G Capital

5 – Jacob, Esther, Alberto e David Safra: R$ 38,9 bilhões
• Idade: 46 anos
• Nascimento: São Paulo
• Origem do patrimônio: Banco Safra

6 – Vicky Sarfati Safra: R$ 37,5 bilhões
• Idade: 69 anos
• Nascimento: Grécia (naturalizada brasileira)
• Origem do patrimônio: Banco Safra

7 – André Santos Esteves: R$ 29,7 bilhões
• Idade: 53 anos
• Nascimento: Rio de Janeiro
• Origem do patrimônio: BTG Pactual

8 – Luciano Hang: R$ 24,5 bilhões
• Idade: 59 anos
• Nascimento: Santa Catarina
• Origem do patrimônio: Havan

9 – Alexandre Behring da Costa: R$ 24 bilhões
• Idade: 55 anos
• Nascimento: Rio de Janeiro
• Origem do patrimônio: 3G Capital

10 – Joesley Mendonça Batista: R$ 22,5 bilhões (+)
• Idade: 50 anos
• Nascimento: Goiás
• Origem do patrimônio: JBS

Com informações Empreender em Goiás

Novo shopping de Anápolis deve ser entregue no final de 2023

Em obras desde 2019, o complexo Gran Life, localizado na Avenida Goiás, já tem previsão para estar pronto, em Anápolis. O empreendimento deve ser entregue no final de 2023.

O local que irá abrigar um hospital e um shopping já está 20% concluído e contará com espaço para 51 lojas. No total, o investimento realizado na construção é de R$ 200 milhões.

De acordo com o engenheiro Cleberson Marques, o Gran Life não será um shopping convencional. A área comercial é destinada a estabelecimentos relacionados a suprimentos médicos.

“Ele é um shopping de serviço voltado para a saúde, ele não é tradicional, de lojas de roupas e de bijuterias. Ele é para dar suporte a toda necessidade de radiologia, imagem, serviço da saúde, suporte de materiais hospitalares, tudo que a cidade precisa nesse quesito”, explicou.

A expectativa é que o complexo movimente em Anápolis cerca de R$ 300 milhões por ano. Além disso, o engenheiro conta que cerca de 500 funcionários diretos e indiretos já trabalham na obra.

O empreendimento também terá um hospital com 80 leitos convencionais e 20 leitos da UTI, salas e lojas comerciais e apartamentos.

Com informações Portal 6

Goiás é o 7º Estado com mais bilionários no Brasil

De acordo com o ranking divulgado pela Forbes Brasil em agosto de 2021, Goiás é o 7º na lista dos Estados com mais bilionários do Brasil. São 315 pessoas que possuem nas contas bancárias um número com pelo menos dez dígitos. No ano passado, 42 novatos integraram o rol dos mais ricos do País. 

O Estado com maior número de bilionários é São Paulo, com 128 (R$643 bilhões), seguido por Santa Catarina (40, total de R$147 bilhões), Rio de Janeiro (37, total de R$504 bilhões), Minas Gerais (29, total de R$101 bilhões), Rio Grande do Sul (19, total de R$90 bilhões), Ceará (17, total de R$79 bilhões e, por fim, Goiás, com 10 bilionários (total de R$43 bilhões).

As fortunas são originadas a partir de empreendimentos dos mais diversos setores – da logística e infraestrutura à saúde e seguros. Com forte investimento estrangeiro na bolsa – só no primeiro semestre de 2021, R$ 48 bilhões foram injetados no país -, registrou-se o melhor resultado da história nacional. O vigor impactou o valor de mercado das empresas brasileiras e, por consequência, o patrimônio de seus acionistas.

Assim, o ranking voltou a registrar um número recorde de novos afortunados: 42 a mais que em 2020. Se considerados o desmembramento de famílias e os novatos, são 77 novos nomes no total. Juntos, os bilionários brasileiros acumularam patrimônio de R$ 1,9 trilhão em 2021.

Com patrimônio de R$ 1,16 bilhão, Otávio Lage de Siqueira Filho e família, da indústria goiana Jalles Machado passaram a integrar a lista em 2021. Veja abaixo a lista completa da Forbes com os 42 novos bilionários brasileiros:

Marcelo Rodolfo Hahn

  • Patrimônio: R$ 7,54 bilhões
  • Idade: 52
  • Fonte da fortuna: Blau Farmacêutica

Vera Rechulski Santo Domingo

  • Patrimônio: R$ 6 bilhões
  • Idade: 72
  • Fonte da fortuna: Grupo Santo Domingo

Henrique Moraes Domingo Salvador e família

  • Patrimônio: R$ 5,95 bilhões
  • Idade: 63
  • Fonte da fortuna: Mater Dei

Jorge Luiz Savi de Freitas e família

  • Patrimônio: R$ 5,27 bilhões
  • Idade: não informado
  • Fonte da fortuna: Intelbras

Alexandre Ostrowiecki

  • Patrimônio: R$ 5,15 bilhões
  • Idade: 42
  • Fonte da fortuna: Multilaser

José Roberto Nogueira e família

  • Patrimônio: R$ 4,80 bilhões
  • Idade: 56
  • Fonte da fortuna: Brisanet

Alexandre Funari Negrão e família

  • Patrimônio: R$ 4,70 bilhões
  • Idade: 68
  • Fonte da fortuna: Medley

José Augusto Carvalho Aragão e família

  • Patrimônio: R$ 3,65 bilhões
  • Idade: não informado
  • Fonte da fortuna: Armac

João Guilherme Sabino Ometto

  • Patrimônio: R$ 2,83 bilhões
  • Idade: 81
  • Fonte da fortuna: Grupo São Martinho

Luiz Antonio Cera Ometto

  • Patrimônio: R$ 2,83 bilhões
  • Idade: 86
  • Fonte da fortuna: Grupo São Martinho

Pedro Paulo Chiamulera

  • Patrimônio: R$ 2,53 bilhões
  • Idade: 57
  • Fonte da fortuna: ClearSale

Frank Geyer Abubakir e família

  • Patrimônio: R$ 2,15 bilhões
  • Idade: 49
  • Fonte da fortuna: Petroquímica União

Marcos Odorico Oderich e família

  • Patrimônio: R$ 1,90 bilhão
  • Idade: 65
  • Fonte da fortuna: Oderich Conservas

Marino e Camila Stefani Colpo

  • Patrimônio: R$ 1,81 bilhão
  • Idade: 37 (Marino) e 32 (Camila)
  • Fonte da fortuna: Boa Safra

João Marcelo Dumoncel

  • Patrimônio: R$ 1,78 bilhão
  • Idade: 50
  • Fonte da fortuna: 3tentos Agroindustrial

Luiz Osório Dumoncel

  • Patrimônio: R$ 1,78 bilhão
  • Idade: 59
  • Fonte da fortuna: 3tentos Agroindustrial

José Caetano Paula de Lacerda

  • Patrimônio: R$ 1,65 bilhão
  • Idade: não informado
  • Fonte da fortuna: Grupo GPS

Roberto Saddy Chade e família

  • Patrimônio: R$ 1,53 bilhão
  • Idade: 48
  • Fonte da fortuna: Dotz

Carlos Nascimento Pedreira Filho e família

  • Patrimônio: R$ 1,52 bilhão
  • Idade: 37
  • Fonte da fortuna: Grupo GPS

Péricles de Freitas Druck e família

  • Patrimônio: R$ 1,40 bilhão
  • Idade: 80
  • Fonte da fortuna: Grupo Habitasul/Celulose Irani

Dório Ferman

  • Patrimônio: R$ 1,34 bilhão
  • Idade: 72
  • Fonte da fortuna: Banco Opportunity

Fábio Ferreira Figueiredo e família

  • Patrimônio: R$ 1,30 bilhão
  • Idade: não informado
  • Fonte da fortuna: Cruzeiro do Sul

Renato Padovese e família

  • Patrimônio: R$ 1,30 bilhão
  • Idade: não informado
  • Fonte da fortuna: Cruzeiro do Sul

Gilberto Mautner

  • Patrimônio: R$ 1,23 bilhão
  • Idade: 50
  • Fonte da fortuna: Locaweb

Gert Heinz Schulz

  • Patrimônio: R$ 1,21 bilhão
  • Idade: 74
  • Fonte da fortuna: Metalúrgica Schulz

Waldir Carlos Schulz

  • Patrimônio: R$ 1,20 bilhão
  • Idade: 70
  • Fonte da fortuna: Metalúrgica Schulz

Nelson Marques Ferreira Ometto

  • Patrimônio: R$ 1,20 bilhão
  • Idade: 90
  • Fonte da fortuna: Grupo São Martinho

Pedro Geraldo Bernardo de Albuquerque Filho

  • Patrimônio: R$ 1,19 bilhão
  • Idade: 35
  • Fonte da fortuna: TC Traders Club

Otávio Lage de Siqueira Filho e família

  • Patrimônio: R$ 1,16 bilhão
  • Idade: 65
  • Fonte da fortuna: Jalles Machado

Israel Fernandes Salmen

  • Patrimônio: R$ 1,15 bilhão
  • Idade: 33
  • Fonte da fortuna: Méliuz

Ofli Campos Guimarães

  • Patrimônio: R$ 1,15 bilhão
  • Idade: 36
  • Fonte da fortuna: Méliuz

César Gomes Júnior e família

  • Patrimônio: R$ 1,13 bilhão
  • Idade: 64
  • Fonte da fortuna: Portobello

Ernesto Mário Haberkorn

  • Patrimônio: R$ 1,11 bilhão
  • Idade: 78
  • Fonte da fortuna: Totvs

Dirley Pingnatti Ricci

  • Patrimônio: R$ 1,10 bilhão
  • Idade: não informado
  • Fonte da fortuna: Auto Ricci

Raul Maselli e família

  • Patrimônio: R$ 1,09 bilhão
  • Idade: 85
  • Fonte da fortuna: Panatlântica

Diniz Ferreira Baptista

  • Patrimônio: R$ 1,08 bilhão
  • Idade: 84
  • Fonte da fortuna: Setor financeiro

Wilson Lemos de Moraes Junior e família

  • Patrimônio: R$ 1,05 bilhão
  • Idade: 70
  • Fonte da fortuna: Supergaz

César Pereira Dohler e família

  • Patrimônio: R$ 1 bilhão
  • Idade: 52
  • Fonte da fortuna: Dohler

Miguel Abuhab e família

  • Patrimônio: R$ 1 bilhão
  • Idade: 76
  • Fonte da fortuna: Neogrid

Ovandi Rosenstock

  • Patrimônio: R$ 1 bilhão
  • Idade: 79
  • Fonte da fortuna: Metalúrgica Schulz

 Com informações da Forbes Brasil

Lista da Forbes com as 100 maiores do agronegócio traz nomes de empresas goianas

Publicada no último bimestre de 2021, a edição de número 92 da Revista Forbes trouxe a lista com “As 100 Maiores Empresas do Agro”

A Lista traz as maiores empresas de capital aberto no país e quem está por trás de algumas delas. Sua elaboração teve como base informações de demonstrativos financeiros das empresas, além de dados compilados pela agência Standard & Poor’s.

Foram consideradas empresas (incluindo holdings e cooperativas) com faturamento no Brasil de pelo menos R$ 1 bilhão em 2020. Quando indicado, o levantamento considerou o faturamento consolidado das holdings. Foram considerados também o tipo e o grau de atuação de cada companhia ou grupo no agronegócio brasileiro, mesmo nos casos em que a relação da atividade principal com o agronegócio seja indireta. Houve algumas mudanças na metodologia em relação à edição do ano passado. Empresas de etanol e demais biocombustíveis, por exemplo, formam o segmento Agroenergia. Fertilizantes e defensivos compõem o grupo Agroquímica. Apesar de 2020 ter sido um ano que desgastou a palavra “desafiador”, o agronegócio brasileiro saiu-se muito bem.

O faturamento somado das 100 empresas que constam na edição da Revista Forbes foi de R$ 1,29 trilhão, um crescimento de 24% frente ao R$ 1,04 trilhão de 2019. Apenas cinco companhias tiveram faturamento menor em 2020 que no ano anterior, e houve casos em que a receita mais do que dobrou graças à alta dos preços das commodities no mercado internacional.

Confira

1) JBS
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1953, em Anápolis (GO)
Receita: R$ 270,20 bilhões
Principal executivo: Gilberto Tomazoni

Maior empresa de Alimentos e Bebidas e segunda maior empresa de alimentos do mundo, a JBS é a segunda maior companhia brasileira e a maior empresa privada em faturamento. Uma gigante com cerca de 400 unidades produtivas em 15 países nos cinco continentes, a companhia vai muito além das carnes bovina, suína e de aves. Ela possui negócios correlacionados, como couros, biodiesel, higiene pessoal e limpeza, soluções em gestão de resíduos sólidos e embalagens metálicas, e recentemente entrou nos alimentos alternativos, investindo em proteína vegetal. Em 2020 a empresa voltou a apresentar um resultado recorde, com faturamento de cerca de R$ 270 bilhões, crescimento de 32% ante 2019. A empresa passou a investir também em mercados alternativos, como as carnes vegetais.

2) RAÍZEN ENERGIA
Setor: Agroenergia
Fundação: 2011, em São Paulo (SP)
Receita: R$ 120,58 bilhões
Principal executivo: Ricardo Dell Aquila Mussa

Principal fabricante de etanol de cana-de-açúcar do Brasil e maior exportadora individual de açúcar de cana no mercado internacional, a Raízen surgiu como uma joint venture entre a Cosan e a Shell do Brasil. Possui 26 unidades produtivas e uma ampla rede de distribuição de produtos, com cerca de 7 mil postos de serviço da marca Shell, 65 terminais de distribuição e 65 aeroportos. Os resultados recentes foram beneficiados pela alta dos preços das commodities e da energia. A empresa possui 1 gigawatt de capacidade instalada de produção de energia elétrica a partir do bagaço da cana. A Raízen emprega mais de 30 mil funcionários.

3) COSAN
Setor: Agroenergia
Fundação: 1936, em Piracicaba (SP)
Receita: R$ 68,63 bilhões
Principal executivo: Luis Henrique Cals de Beauclair Guimarães

Uma das maiores empresas de agroenergia do país, a Cosan nasceu em 1936, quando os irmãos Pedro Ometto e João Ometto associaram-se ao empresário Mário Dedini para comprar a usina Costa Pinto, em Piracicaba, interior de São Paulo. Em 1989 o grupo chegou a ser o maior produtor de açúcar e álcool do mundo, com 22 empresas e moagem de 10,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, 5% do total brasileiro. Atualmente, o grupo Cosan produz e exporta etanol e açúcar, gerando energia ao utilizar o bagaço da cana. Também atua na logística de açúcar e outros granéis sólidos destinados à exportação. Em 2012, o grupo adquiriu o controle da Companhia de Gás de São Paulo (Comgás), privatizada pelo governo do estado, ampliando sua atuação na área de energia.

4) MARFRIG GLOBAL FOODS
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 2000, em São Paulo (SP)
Receita: R$ 67,48 bilhões
Principal executivo: Miguel de Souza Gularte (América do Sul)

Segunda maior empresa de Alimentos e Bebidas do mundo, a Marfrig apresentou um crescimento de 38% em suas receitas em 2020 ante 2019 graças aos preços elevados e à apreciação do dólar. Esse aumento do faturamento permitiu à companhia avançar uma posição no ranking Forbes. Mais de 70% da receita veio das operações na América do Norte. A Marfrig possui capacidade de abater 31,2 mil bovinos e 6.500 ovinos por dia. Ela tem 28 unidades operacionais da América do Sul, no Brasil, na Argentina, no Chile e no Uruguai, e oito unidades nos Estados Unidos.

5) CARGILL
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1865, em Conover, Iowa (EUA). No Brasil desde 1965
Receita: R$ 67,16 bilhões
Principal executivo: Paulo Sousa

A Cargill é um caso raro: foi fundada há 156 anos nos Estados Unidos, é uma empresa gigantesca de capital fechado e seu controle permanece com a família fundadora. Também é a maior empresa de capital originalmente não brasileiro desta lista. A companhia divulgou uma receita global recorde de US$ 134,4 bilhões em receitas no ano fiscal de 2020 (junho a maio), um crescimento de 17% em relação a 2019. A empresa surgiu a partir de um armazém para grãos e posteriormente expandiu suas atividades para outras commodities. Atualmente, a Cargill atua nas áreas de alimentos, energia e logística. No Brasil desde 1965 e empregando cerca de 11 mil funcionários, é uma das maiores indústrias de alimentos do país. É proprietária de marcas tradicionais do mercado de consumo, como o óleo de milho Mazola, a maionese Lisa e os molhos e extrato de tomate Elefante.

6) AMBEV
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1999, em São Paulo (SP)
Receita: R$ 58,38 bilhões
Principal executivo: Jean Jereissati Neto

Maior cervejaria do mundo, nascida da compra da Antarctica pela Brahma, a gigante industrial AmBev também atua no agronegócio. A cervejaria é uma voraz consumidora de cevada, matéria-prima do malte, principal insumo da cerveja. Nesse sentido, a Ambev produz cevada diretamente no Paraná e no Rio Grande do Sul, e atua tam bém em parceria com cooperativas nessas regiões, que produzem cevada para abastecer suas maltarias. A AmBev está estudando uma ampliação de suas atividades e mirando no mercado de energéticos.

7) BUNGE
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1818, em Amsterdã (Holanda). No Brasil desde 1914
Receita: R$ 50,52 bilhões
Principal executivo: Raúl Padilla

Nascida como uma trading de grãos em 1818 na Holanda, a Bunge se diferencia das demais líderes do setor por sua internacionalização precoce. Em 1876, um dos sucessores da família fundadora estabeleceu-se na Argentina para facilitar a exportação de trigo para a Europa. Atualmente, a companhia está em 35 países e emprega 35 mil funcionários. No Brasil desde 1914, a Bunge possui cerca de 100 unidades entre fábricas, usinas, moinhos, portos, centros de distribuição, silos e instalações portuárias. Ela emprega cerca de 17 mil colaboradores, é líder em originação de grãos e processamento de soja e trigo, em logística e na fabricação de produtos alimentícios. Produz óleos, maionese, margarinas com marcas como Soya, Delícia, Primor, Salada, Cardeal, Suprema e Gradina. Desde 2006, atua também no segmento de açúcar e Agroenergia.

8) COPERSUCAR
Setor: Agroenergia
Fundação: 1959, em São Paulo (SP)
Receita: R$ 38,7 bilhões
Presidente executivo: João Roberto Gonçalves Teixeira

A Copersucar é a maior cooperativa brasileira e possui um modelo de negócios único no setor sucroenergético, que inclui todos os elos da cadeia de açúcar e etanol, desde o acompanhamento da safra no campo até os mercados finais, incluindo armazenamento, transporte e comercialização. No último ano-safra, a Copersucar produziu 5,4 milhões de toneladas de açúcar, dos quais 2 milhões destinaram-se ao mercado interno e 3,4 milhões foram exportadas. A produção de etanol, porém, recuou 21,8%, caindo de 14,2 bilhões de litros para 11,1 bilhões. A Copersucar também controla a Eco-Energy, nos Estados Unidos, que no ano-safra mais recente movimentou 6,5 bilhões de litros de etanol.

9) BRF
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 2009, em São Paulo (fusão de Perdigão e Sadia)
Receita: R$ 33,5 bilhões
Principal executivo: Lorival Luz

A BRF surgiu em 2009 pela fusão de duas concorrentes. A Perdigão, fundada em 1930 em Videira (SC), e a Sadia, que surgiu na década seguinte em Concórdia, também em Santa Catarina. Como resultado da fusão, a BRF é uma das maiores empresas de alimentos do mundo e é a maior exportadora de carne de frango do Brasil. A empresa possui mais de 30 marcas em seu portfólio. Nos últimos anos, as ações da companhia vêm sendo prejudicadas por mudanças na gestão, que privilegiaram o aspecto financeiro e abriram espaço para que a concorrência crescesse, em especial no segmento de alimentos processados. No início de 2021 os rumores de uma fusão ou aquisição por parte da Marfrig ganharam volume.

10) COFCO INTERNATIONAL
Setor: Trading e Comércio
Fundação: 1949, em Pequim (China). No Brasil desde 1974
Receita: R$ 33,22 bilhões
Principal executivo: Philip Xu

Fundada em 1949 logo após a Revolução Comunista na China, a Cofco foi, durante décadas, a única estatal importadora e exportadora de produtos e insumos agrícolas da China. Atualmente, a Cofco é uma das maiores tradings do mundo. Em 2019, a empresa transportou 106 milhões de toneladas de soja, grãos, açúcar, algodão e café. A Cofco iniciou suas atividades comprando soja brasileira em 1974, após restabelecimento de relações diplomáticas entre China e Brasil. A companhia vem ampliando suas atividades no Brasil, ampliando seus investimentos em armazenagem e processamento de grãos.

11) SUZANO
Setor: Madeira, Celulose e Papel
Fundação: 1924, em São Paulo (SP)
Receita: R$ 30,46 bilhões
Principal executivo: Walter Schalka

A alta das commodities no mercado internacional e a apreciação do dólar frente ao real vêm fazendo a Suzano, maior empresa de celulose do Brasil, divulgar sucessivos recordes em seus resultados. Seus custos de produção estão entre os menores do mundo e a companhia vem mantendo uma forte geração de caixa mesmo em períodos de baixa das cotações internacionais. Ela está avançando com o investimento na planta em Ribas do Rio Pardo (MS). Com uma distância de apenas 60 quilômetros entre a fábrica e a floresta, o projeto pode ser um dos mais competitivos do mercado. Ela elevou os investimentos previstos para R$ 19,7 bilhões na unidade. Neste ano, adquiriu três plataformas digitais de mídia. Sucesso na bolsa, as ações da empresa cresceram 111,91% no ano passado.

12) LOUIS DREYFUS
Setor: Tradings e Comércio
Fundação: 1851, na Alsácia (França). No Brasil desde 1942
Receita: R$ 27,83 bilhões
Principal executivo: Murilo Parada

Criada em 1851 na região francesa da Alsácia e dedicada a exportar trigo da França para a Suíça, a Louis Dreyfus atualmente é uma das principais companhias dedicadas à comercialização e aoprocessamento de grãos. É uma das poucas em presas centenárias cujo controle permanece com a família fundadora. No Brasil desde 1942, aonde chegou por meio da aquisição da Coinbra, a Louis Dreyfus atua em café, algodão, grãos, suco, oleaginosas, arroz e açúcar, sendo uma das dez maiores exportadoras do Brasil. A companhia opera cerca de 60 unidades industriais e logísticas no país e emprega 11 mil pessoas.

13) AMAGGI
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1977, em São Miguel do Iguaçu (PR)
Receita: R$ 23,51 bilhões
Principal executivo: Judiney Carvalho de Souza

O grupo Amaggi foi um dos pioneiros na produção de soja em larga escala no Mato Grosso, onde está desde 1979. É o maior produtor de soja de capital 100% nacional e atua em outras três áreas: trading, logística e energia. Na trading, o grupo exporta soja e milho e importa e distribui insumos agrícolas, com escritórios e representações na Argentina, Paraguai, Holanda, Suíça e China. Na logística, criou e administra o Corredor Noroeste de Exportação, formado pelos rios Madeira e Amazonas, por onde são escoados os grãos das regiões noroeste de Mato Grosso e sul de Rondônia. Na energia, tem capacidade de gerar 70 megawatts por meio de cinco Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH) instaladas em Mato Grosso e de uma usina termoelétrica em Itacoatiara (AM).

14) MINERVA
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1957, em Barretos (SP)
Receita: R$ 19,41 bilhões
Principal executivo: Fernando Galetti de Queiroz

A Minerva Foods vem se destacando no cenário do agronegócio brasileiro por suas técnicas de gestão de riscos. A companhia não é a maior em abate de bovinos, estando na terceira posição. No entanto, ela é uma das principais exportadoras e tem sido bem-sucedida em fechar parcerias fora do Brasil. A Minerva destaca-se pela sustentabilidade, especialmente nos negócios. Em 2020 ela estruturou uma unidade de venture capital para investir em inovação e reforçou sua atuação no segmento de food service, onde as margens são melhores.

15) COAMO
Setor: Cooperativas
Fundação: 1970, em Campo Mourão (PR)
Receita: R$ 18,86 bilhões
Principal executivo: José Aroldo Gallassini

Fundada em 28 de novembro de 1970, por um grupo de 79 agricultores em Campo Mourão, na região centro-oeste do estado do Paraná, a Coamo conta com 110 unidades localizadas em 71 municípios nos estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, para recebimento da produção agrícola dos mais de 29 mil associados. A Coamo emprega cerca de 8 mil funcionários efetivos. O principal produto é a soja, seguida pelo milho, trigo e café. A Coamo tem um terminal marítimo em Paranaguá e dois parques industriais, no Paraná e no Mato Grosso do Sul, onde esmaga soja e produz gorduras vegetais, além de torrar e moer café, moer trigo e fiar algodão.

16) YARA BRASIL
Setor: Agroquímica
Fundação: 1905, em Notodden (Noruega). No Brasil desde 2006
Receita: R$ 16,02 bilhões
Principal executivo: Olaf Hektoen

A Yara foi fundada na Noruega em 1905 como uma subsidiária da companhia energética Norsk Hydro para produzir fertilizantes à base de nitrogênio por meio do processo de fixação, que consome muita eletricidade. A estratégia era aproveitar o potencial hidrelétrico do país nórdico. Posteriormente, a companhia expandiu suas atividades para petróleo e mineração e ampliou sua atuação geográfica para Oriente Médio e China, por meio de parcerias.  Em 2004 a Yara desvinculou-se da Norsk Hydro e listou suas ações na bolsa de Oslo como uma empresa independente. Está no Brasil desde 2006, quando comprou o controle da Fertibras.

17) AURORA
Setor: Cooperativas
Fundação: 1969, em Chapecó (SC)
Receita: R$ 13,4 bilhões
Principal executivo: Neivor Canton

Uma das maiores cooperativas do país, a Aurora foi fundada em 1969. Oito cooperativas do oeste de Santa Catarina uniram-se para melhorar as condições de comercialização de grãos e comprar um frigorífico que absorvesse a produção de suínos. Atualmente, a Aurora é uma das líderes na produção de alimentos no Brasil, além de ser um conglomerado produtor e exportador de grãos. Ao todo, são 11 cooperativas associadas, 30 mil empregados diretos e outros 10 mil indiretos. As unidades localizam-se em Santa Catarina, no Paraná, no Rio Grande do Sul e no Mato Grosso do Sul. São sete unidades de suínos, que processam 5,2 milhões de cabeças por ano, e oito de aves, que abatem 242,6 milhões de cabeças por ano.

18) C. VALE
Setor: Cooperativas
Fundação: 1963, em Palotina (PR)
Receita: R$ 12,27 bilhões
Principal executivo: Alfredo Lang

Fundada por 24 agricultores paranaenses com dificuldades para armazenar a produção, escoar a safra e obter crédito e assistência técnica, a C.Vale é uma cooperativa agroindustrial que atua no Paraná, Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Paraguai. Suas atividades são amplas e diversificadas. Produz soja, milho, trigo, mandioca, leite, frango, peixe e suínos. No segmento industrial, produz amido modificado de mandioca e rações. Também comercializa insumos, peças e acessórios, revende máquinas agrícolas e mantém uma rede de supermercados. Possui 156 unidades de negócios, tem 23 mil associados e emprega 11 mil funcionários. Em 2020 a C. Vale voltou a registrar um faturamento recorde, abriu 1.191 postos de trabalho e agregou mais 1.374 produtores cooperados.

19) FERTIPAR
Setor: Agroquímica
Fundação: 1980, em Paranaguá (PR)
Receita: R$ 11,96 bilhões
Principal executivo: Alceu Elias Feldmann

A Fertipar iniciou suas operações no dia 2 de janeiro de 1980 com uma unidade processadora de fertilizantes em Paranaguá (PR), fundada por Alceu Elias Feldmann, que trabalhava como vendedor de fertilizantes na região Sul. Ele ainda hoje é o principal executivo da companhia e o 10º brasileiro mais rico segundo o ranking mais recente da Forbes. Atualmente a Fertipar é uma holding que controla 12 empresas de fertilizantes com unidades nas cinco regiões brasileiras.

20) KLABIN
Setor: Madeira, Celulose e Papel
Fundação: 1890, em São Paulo (SP)
Receita: R$ 11,95 bilhões
Principal executivo: Cristiano Cardoso Teixeira

Uma das maiores e mais antigas fábricas de papel e papelão do Brasil, a Klabin começou como uma papelaria em São Paulo, fundada pelo imigrante lituano Mauricio Freeman Klabin. Atualmente suas atividades abrangem quatro áreas: florestal, celulose, papéis e embalagens. Possui 25 unidades industriais, sendo 24 no Brasil e uma na Argentina, e emprega 23 mil pessoas, entre funcionários diretos e indiretos. Em 2020 a empresa adquiriu as atividade de papel para embalagens (kraftliner) da International Paper, que desejava sair do Brasil, adquirindo cerca de 6,6% do mercado.

21) TEREOS INTERNATIONAL
Setor: Agroenergia
Fundação: 1932, em Aisne (França). No Brasil desde 2002
Receita: R$ 11,33 bilhões
Principal executivo: Pierre Santoul

Fundada por uma cooperativa de cultivadores de beterraba no noroeste da França para produzir açúcar, a Tereos é a terceira maior empresa de açúcar e etanol do mundo. A empresa iniciou seu processo de internacionalização nos anos 1990 e chegou ao Brasil em 2002 quando comprou uma companhia francesa controladora da Açúcar Guarani. Além da Guarani, a Tereos no Brasil é composta pela Tereos Açúcar & Energia, Tereos Amido & Adoçantes e Tereos Commodities. Possui sete unidades de processamento e duas refinarias e fábricas de derivados de milho e mandioca. A Tereos Commodities Brasil opera como trading e possui escritórios em sete países. A alta dos preços do açúcar em 2020 fez a companhia lucrar 13 vezes mais.

22) LAR COOPERATIVA
Setor: Cooperativas
Fundação: 1964, em Missal (PR)
Receita: R$ 11,28 bilhões
Principal executivo: Irineo da Costa Rodrigues

A Lar Cooperativa Agroindustrial foi fundada em 19 de março de 1964, na antiga Gleba dos Bispos, hoje Missal (PR), por um grupo de 55 agricultores de ascendência alemã oriundos do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Atua na avicultura, na suinocultura e na pecuária leiteira. Também tem atividades industriais: beneficiamento de alimentos, produção de rações e tratamento de madeiras. Possui 28 unidades nos estados do Paraná, do Mato Grosso do Sul e de Santa Catarina, e também no Paraguai. Em 2020, o número de funcionários cresceu 18,3%, para 35,9 mil, e o total de cooperados cresceu 6,4%, para 11,7 mil.

23) GAVILON DO BRASIL
Setor: Trading e Comércio
Fundação: 1874, em Sioux City (Estados Unidos). No Brasil desde 2013
Receita: R$ 10,59 bilhões
Principal executivo: Marcelo Grimaldi

Fundada como uma trading no Meio-Oeste americano para negociar com grãos com o nome de F. H. Peavey, a empresa permaneceu com os fundadores por mais de cem anos, até 1982, quando foi comprada pela americana ConAgra Foods. Posteriormente, a Gavilon foi adquirida, em 2013, pela trading japonesa Marubeni, que já tinha operações no Brasil. A companhia é uma das maiores tradings nacionais e uma das líderes na exportação de soja. Em 2020, a companhia comercializou 10 milhões de toneladas de grãos. A trading dedica-se à originação e exportação de soja, milho e trigo.

24) BAYER
Setor: Agroquímica
Fundação: 1863, em Wuppertal (Alemanha). No Brasil, em 1896, em São Paulo (SP)
Receita: R$ 9,77 bilhões
Principal executivo: Malu Nachreiner

Fundada na Alemanha em 1863 como uma pequena fábrica de corantes, a Bayer logo se consolidou como uma indústria química. Foi uma das primeiras empresas alemãs a se internacionalizar, iniciando esse processo em 1881. Quinze anos depois, a companhia inaugurava sua subsidiária brasileira, também focada em corantes e tintas. Quase 125 anos depois, a Bayer é uma das líderes do agronegócio brasileiro. Além das atividades conhecidas de medicamentos e produtos químicos, a empresa atua no setor por meio de sua subsidiária Bayer CropScience. Em 2021 a empresa anunciou a aposentadoria do CEO Marc Reichardt e sua substituição por Malu Nachreiner, primeira mulher a comandar a companhia no Brasil.

25) VITERRA
Setor: Trading e Comércio
Fundação: 1981, no Canadá. No Brasil desde 2010
Receita: R$ 9,06 bilhões
Principal executivo: Celso Bermejo

Uma associação entre a trading Glencor e, do empresário Marc Rich, e fundos de pensão estatais do Canadá, a Viterra é uma das principais tradings do agronegócio. No Brasil desde 2010, a companhia iniciou suas atividades por aqui por meio da aquisição da Glencana. Atualmente a companhia tem dois terminais portuários dedicados a grãos, no Pará e no Maranhão, duas usinas de etanol e açúcar no estado de São Paulo, uma empresa de processamento de soja e seis moinhos de trigo.

26) M.DIAS BRANCO
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1936, em Eusébio (CE)
Receita: R$ 7,25 bilhões
Principal executivo: Francisco Ivens de Sá Dias Branco Júnior

Dona de 19 marcas de alimentos, entre elas Adria, Vitarella, Piraquê, Basilar, Zabet Isabela e Fortaleza, a M.Dias Branco, companhia que fabrica, comercializa e distribui biscoitos, massas, bolos, lanches, farinha de trigo, margarinas e gorduras vegetais, registrou um faturamento recorde de R$ 7,25 bilhões em 2020, alta de quase 19% em relação ao resultado do ano anterior. O lucro líquido cresceu 37,2% na variação anual, aumentando de R$ 557 milhões em 2019 para R$ 764 milhões em 2020. Comandada por Francisco Ivens de Sá Dias Branco Júnior, da terceira geração da família Dias Branco, a companhia que nasceu de uma padaria tornou-se líder nacional na produção de massas e biscoitos, apoiada em uma estratégia de marcas consolidadas e de exportações. Em 2020 o total exportado foi de R$ 188,6 milhões, avanço de 286% ante 2019.

27) ENGELHART CTP
Setor: Trading e Comércio
Fundação: 2013, em São Paulo (SP)
Receita: R$ 6,86 bilhões
Principal executivo: Huw Jenkins

A Engelhart Commodities Trading Partners, logo abreviada para Engelhart CTP, originou-se da mesa de commodities do banco BTG Pactual, um dos principais bancos de investimento do Brasil. A companhia foi fundada em 2013, quando o BTG separou as atividades, apesar de o banco ainda manter cerca de 20% do capital da trading. Com sede em Londres e escritórios no Brasil, na Europa, nos Estados Unidos e na Ásia, a Engelhart concentra seu trading físico na originação de grãos, sementes oleaginosas e café na América do Sul para entrega na Ásia, e também no trading de derivativos de energia e de metais.

28) COMIGO
Setor: Cooperativas
Fundação: 1975, em Rio Verde (GO)
Receita: R$ 6,71 bilhões
Principal executivo: Antonio Chavaglia

O que começou com 50 produtores dispostos a mudar o perfil de uma região reúne hoje 8.800 cooperados na Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano. Aos 46 anos, a Comigo é uma potência instalada em Rio Verde, município que ocupa o 5º lugar no ranking nacional de produção agrícola. Sua estrutura tem 11 processadoras de óleo e farelo de soja, fertilizantes, rações, suplementos minerais e sementes. Além disso, possui 20 armazéns com capacidade para armazenar 30,1 milhões de sacas, 16 lojas agropecuárias e o Instituto de Ciência e Tecnologia (ITC) dedicado à pesquisa e ao monitoramento de tecnologias.

29) COCAMAR
Setor: Cooperativas
Fundação: 1963, em Maringá (PR)
Receita: R$ 6,65 bilhões
Principal executivo: Divanir Higino

Com 15 mil cooperados que produzem soja, milho, trigo, café e laranja, a Cocamar está no Paraná, em São Paulo e no Mato Grosso do Sul. Na agroindústria, a diversificação vai do processamento de bebidas, torrefação, envase de óleos, etanol, bioinsumos, suplementos e ração animal até o tratamento de madeira e indústria têxtil. A receita cresceu 50% em 2020 ante o ano anterior. O planejamento 2020-2025 prevê dobrar a receita anual e chegar R$ 10 bilhões. Para isso, a Cocamar deve investir R$ 1 bilhão em estruturas de armazenagem, lojas de insumos e instalações diversas.

30) CARAMURU
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1964, em Maringá (PR)
Receita: R$ 6,07 bilhões
Principal executivo: Alberto Borges de Souza

A Caramuru se tornou uma das maiores empresas de capital nacional na armazenagem e no processamento de soja, milho, girassol e canola. São 67 armazéns, com capacidade de armazenagem de 2,1 milhões de toneladas de grãos, 11 unidades processadoras e terminais portuários em Santos (SP) e Tubarão (ES), e pelo arco norte por Itaituba (PA) e Santana (AP). Além da exportação, no mercado interno é uma fornecedora de matéria-prima para fabricantes de massas, biscoitos, snacks, corn flakes e segmentos como cervejarias, mineradoras e indústria de ração.

31) DEXCO
Setor: Madeira, Celulose e Papel
Fundação: 1961, em São Paulo (SP)
Receita: R$ 5,88 bilhões
Principal executivo: Antonio Joaquim de Oliveira

Pertencente ao mesmo grupo do Itaú Unibanco e com participação acionária do grupo Ligna (antiga Satipel), a Dexco é a maior empresa do setor de construção civil do país. Desde sua origem há 60 anos produz painéis industrializados de madeira e é a maior do setor no hemisfério sul. Apesar de sua forte atuação industrial em louças e metais sanitários, é uma das maiores gestoras de florestas do Brasil, com 83 mil hectares de eucalipto plantado nos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul e 42 mil hectares de áreas de conservação.

32) COOPERCITRUS
Setor: Cooperativas
Fundação: 1976, em Bebedouro (SP)
Receita: R$ 5,74 bilhões
Principal executivo: Fernando Degobbi

A Coopercitrus é uma potência como organização cooperativista e vem mantendo um crescimento médio de 20% ao ano em seu faturamento. Sua atuação cobre café, milho, soja e açúcar, produção de sementes, insumos e ração animal, além de uma atuação comercial com concessionárias de máquinas agrícolas, lojas de conveniência, shoppings rurais e postos de combustíveis. Na base desse movimento estão cerca de 35 mil agropecuaristas nos estados de São Paulo, Minas e Goiás. A Coopercitrus também atua na difusão de conhecimento por meio da Fundação Coopercitrus Credicitrus, entidade de ensino e pesquisa.

33) PIRACANJUBA
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1955, em Piracanjuba (GO)
Receita: R$ 5,69 bilhões
Principal executivo: Marcos Helou

A Piracanjuba escolheu seu nome a partir de seu local de fundação. Atualmente o grupo é um dos líderes no setor de laticínios, com sete marcas principais e cerca de 160 produtos. A Piracanjuba tem laticínios localizados em Goiás, o estado de origem, e também em Minas Gerais, Santa Catarina e Paraná. Em 2020 a captação de leite foi de 5 milhões de litros, o que torna a empresa criada pelos irmãos César e Marcos Helou a segunda maior do país, atrás apenas da suíça Nestlé. No ano pas sado a Piracanjuba ampliou seu portfólio de produtos, lançando cereais infantis, farinha láctea e manteiga em lata com flor de sal, além de bebidas com cereais e alimentos funcionais. A Piracanjuba encerrou 2020 com 3.390 funcionários.

34) CAMIL
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1963, em Itaqui (RS)
Receita: R$ 5,40 bilhões
Principal executivo: Luciano Maggi Quartiero

Mais conhecida por seu arroz e seu feijão, a Camil é uma das empresas de alimentos mais importantes do país. Possui marcas importantes em açúcar, pescado e biscoitos, como Coqueiro, União, DaBarra, Pai João e Carreteiro. Também é dona de marcas como Costeño, Saman e Tucapel na América do Sul. Desde sua estreia na bolsa em 2017 ela vem mostrando um apetite saudável por aquisições e por expansão. No ano seguinte ao IPO a companhia adquiriu a SLC Alimentos, uma das maiores empresas de grãos do Brasil. Em 2019 ela investiu R$ 22 milhões para construir sua 12ª fábrica no país e a segunda no Nordeste, em Suape (PE), com capacidade de processar 10 mil toneladas de arroz, feijão e açúcar por mês. Em 2020 assumiu a unidade produtora de feijão da cooperativa paranaense Castrolanda. E em 2021, além de assumir a marca Café Seleto, da JDE, ela adquiriu a Santa Amália, do setor de massas, e a equatoriana Dejahu.

35) COPACOL
Setor: Cooperativas
Fundação: 1963, em Cafelândia (PR)
Receita: R$ 5,37 bilhões
Principal executivo: Valter Pitol

O nome Copacol vem de Cooperativa Agroindustrial Consolata. O nome é de inspiração religiosa. “Consolata”, no dialeto do norte da Itália, quer dizer “consoladora”, um dos atributos da Virgem Maria, o que mostra que a ideia original de organizar 32 famílias de agricultores que migraram para o Paraná, vindos do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, veio de um padre. A organização foi criada para obter energia elétrica e, no princípio, produzia arroz, feijão, milho e café. Hoje com 6.200 cooperados e 11,3 mil colaboradores, a Copacol produz soja, milho e trigo, além de aves, suínos, gado de leite, peixes e ração animal.

36) COOXUPÉ
Setor: Cooperativas
Fundação: 1932, em Guaxupé (MG)
Receita: R$ 5,03 bilhões
Principal executivo: Carlos Augusto Rodrigues de Melo

A Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé, a mineira Cooxupé, é exemplo de como a agricultura familiar pode ser um excelente negócio. A Cooxupé é a maior das 97 cooperativas de café do país, com cerca de 15 mil cooperados, sendo 95% deles pequenos produtores espalhados em cerca de 200 municípios das regiões do Sul de Minas, do Cerrado Mineiro e no Vale do Rio Pardo, no estado de São Paulo. Também é o maior exportador individual de café do mundo, com vendas para 51 países que superam 5,2 milhões de sacas exportadas. Além disso, tem uma forte atuação no setor de cafés finos, especiais e certificados, através da empresa SMC, criada em 2009.

37) COOPERALFA
Setor: Cooperativas
Fundação: 1967, em Chapecó (SC)
Receita: R$ 4,80 bilhões
Principal executivo: Romeo Bet

Com 20,1 mil produtores baseados no oeste de Santa Catarina, e um pequeno braço em Mato Grosso do Sul, a Cooperativa Agroindustrial Alfa tem seus negócios no tripé grãos, pecuária e insumos. Entre lojas, silos, supermercados, moegas, granjas, centros de distribuição, indústrias processadoras, postos de combustíveis e insumos, como fertilizantes, sementes e rações, a cooperativa opera 219 negócios. A Alfa fechou o ano de 2020 com 20,6 mil associados, 3,3 mil funcionários e cerca de 20 mil pessoas envolvidas em eventos on-line. Foram recebidas no período 27,4 milhões de sacas de grãos, 1,4 milhão de cabeças de suínos remetidas para abate na Aurora, mais 106 milhões de aves e 168,5 milhões de litros de leite.

38) BSBIOS
Setor: Agroenergia
Fundação: 2005, em Passo Fundo (RS)
Receita: R$ 4,74 bilhões
Principal executivo: Erasmo Carlos Battistella

No Brasil há 58 usinas de biodiesel a partir de vários tipos de matéria-prima, sendo os principais a soja e sebo animal. Segundo a Agência Nacional de Petróleo (ANP), a capacidade instalada nacional permite produzir 10,2 milhões de metros cúbicos por ano. Em 2020 foram produzidos 6,4 milhões de metros cúbicos, ou 62,9% da capacidade total. A BSBios está entre as maiores do setor, com duas unidades: em Passo Fundo (RS) e Marialva (PR). Sua capacidade de processamento de soja é de 1 milhão de toneladas anuais. Além do diesel renovável, a empresa produz farelo de soja, glicerina e borra, um subproduto do óleo vegetal.

39) AGRÁRIA
Setor: Cooperativas
Fundação: 1951, em Guarapuava (PR)
Receita: R$ 4,48 bilhões
Principal executivo: Jorge Karl

A Agrária é uma cooperativa agroindustrial, com origem em uma colônia de 500 famílias alemãs que vieram para o Brasil devido à Segunda Guerra Mundial. Atualmente a Agrária reúne 632 produtores de soja, milho, trigo e criação de animais. Em 2020 foram produzidas 921 mil toneladas de grãos, crescimento de 7% em relação ao ano anterior. Na estrutura estão unidades de negócios – com fábricas, estrutura logística e comercial –, nos setores de malte para a indústria cervejeira, óleos e farelos, farinhas, nutrição animal, sementes e processados de milho, como grits, flakes, fubás, cremes e gérmen. A cooperativa também comercializa suínos, leite e grãos produzidos pelos cooperados.

40) 3CORAÇÕES ALIMENTOS
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1959, em São Miguel (RN)
Receita: R$ 4,43 bilhões
Principal executivo: Pedro Lima

O Grupo 3corações é uma joint venture entre a brasileira São Miguel Holding e a holandesa Strauss Coffee, pertencente ao grupo israelense Strauss. É a maior empresa do segmento de cafés no país. Em 2020 ela realizou sua maior aquisição, comprando a divisão de café torrado e moído da Mitsui Alimentos, subsidiária da Mitsui & Co. Ltd., no Japão, e da Mitsui & Co. Brasil, um negócio avaliado em R$ 210 milhões. A transação elevou seu portfólio para 29 marcas de café, além de máquinas multibebidas, achocolatados, refrescos, temperos e produtos derivados de milho. Aquisições têm sido o modelo de crescimento do grupo fundado por João Alves de Lima. A companhia também exporta cafés para os principais mercados da América Latina e Estados Unidos. No ano passado, foi a vez de investir no mercado asiático, vendendo especialmente para Japão e China.

41) ELDORADO BRASIL CELULOSE
Setor: Madeira, Celulose e Papel
Fundação: 2005, em Três Lagoas (MS)
Receita: R$ 4,43 bilhões
Principal executivo: Carmine de Siervi

A Eldorado processou, em 2020, 1,77 milhão de toneladas de celulose de fibra curta, a partir de eucalipto. Foi um resultado 1% inferior ao de 2019 devido a paradas programadas de manutenção no primeiro trimestre. A empresa de capital brasileiro, canadense e francês administra 230 mil hectares de áreas produtivas e 143 mil hectares em áreas de conservação. Em 2020 a Eldorado aumentou a proporção em seu portfólio de volumes destinados a um dos mercados de maior perspectiva de crescimento, o tissue. O Brasil é o maior exportador e um dos maiores produtores globais de celulose. A estimativa é de que país exporte 20,3 milhões de toneladas por ano até 2030.

42) INTEGRADA COOPERATIVA
Setor: Cooperativas
Fundação: 1995, em Londrina (PR)
Receita: R$ 4,42 bilhões
Principal executivo: Jorge Hashimoto

A paranaense Integrada Cooperativa Agroindustrial registrou um novo recorde de faturamento em 2020. Os R$ 4,42 bilhões representam uma expansão de 36% em relação aos R$ 3,25 bilhões de 2019, que já haviam sido um recorde. O número de cooperados voltou a crescer e avançou para 10,8 mil. A Integrada possui 64 unidades de recebimento de produtos agrícolas nos estados do Paraná e de São Paulo. Os itens mais importantes são soja, milho, trigo, café e laranja, mas a cooperativa também elabora produtos menos comuns, como aveia. Em 2020 foram comercializados 2,78 milhões de toneladas de grãos, alta de 35% ante 2019.

43) BIANCHINI
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1960, em Bento Gonçalves (RS)
Receita: R$ 4,37 bilhões
Principal executivo: Antônio Bianchini

A Bianchini, que nasceu da sociedade de três amigos há 51 anos, atualmente possui dez unidades de recebimento, duas fábricas e um complexo exportador no porto de Rio Grande, um dos importantes canais de escoamento da produção de commodities agrícolas. A empresa comercializa 2,5 milhões de toneladas (o equivalente a 14% da safra gaúcha e 2% da brasileira). A empresa também utiliza 1,5 milhão de toneladas no processo industrial e exporta e/ou comercializa 1 milhão de toneladas in natura. Seu terminal pode armazenar 1,2 milhão de toneladas de farelos e grãos e 115 mil toneladas de óleos vegetais.

44) CASTROLANDA
Setor: Cooperativas
Fundação: 1951, em Castro (PR)
Receita: R$ 4,30 bilhões
Principal executivo: Willem Berend Bouwman

Um moinho de vento, imagem que remete aos países nórdicos, é símbolo de uma das marcas mais lembradas do cooperativismo brasileiro: a Castrolanda. Dona de 12 marcas que processam produtos do campo de 1.050 cooperados, entre elas estão produtos lácteos, processados de suínos e cortes de carne de cordeiro. O perfil dos produtores é variado, indo de grandes produções à agricultura familiar. A cooperativa inovou ao criar, ao lado de outras duas cooperativas paranaenses, a Frísia e a Capal, uma holding destinada a obter ganhos de escala. Unidas, as três organizações congregam mais de 5 mil cooperados que produzem para o mercado interno e já exportam para 25 países.

45) GRANOL
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1965, em São Paulo (SP)
Receita: R$ 4,19 bilhões
Principal executivo: José Gomes Cadette

A Granol iniciou suas atividades como uma prestadora de serviços de comércio internacional e atualmente é uma processadora de soja, dedicada à produção de farelo, óleo, biodiesel e glicerina. A companhia tem 11 unidades produtivas. São cinco fábricas, com capacidade de esmagamento de 3,4 milhões de toneladas de soja por ano. Três usinas de biodiesel, com capacidade de processamento de 1,07 milhão de metros cúbicos por ano, duas usinas de glicerina e uma fábrica de lecitina, além de 24 unidades de armazenamento com capacidade para 925,5 mil toneladas de grãos, em que ela emprega 1.800 funcionários. A alta dos preços da soja elevou seu faturamento em 51% em 2020 ante 2019.

46) CMPC
Setor: Madeira, Celulose e Papel
Fundação: 1920, em Santiago (Chile). No Brasil desde 2009
Receita: R$ 3,89 bilhões
Principal executivo: Mauricio Harger

A empresa iniciou suas atividades em 1920 produzindo papelão a partir de palha de trigo. Em 1959 passou à celulose. Desde então já se expandiu para outros sete países, entre eles Argentina, Colômbia, México, Peru e Uruguai. A empresa chegou ao Brasil em 2009 com a compra da unidade de papéis na cidade de Guaíba (RS), pertencente à Melhoramentos. Foi a primeira companhia chilena a emitir um Bônus Verde, em 2019. Atualmente, a companhia tem cerca de 250 mil hectares de florestas plantadas e produz 1,9 milhão de toneladas de celulose e 60 mil toneladas de papel por ano.

47) FRIMESA
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1977, em Medianeira (PR)
Receita: R$ 3,72 bilhões
Principal executivo: Valter Vanzella

A Frimesa é a reunião de cinco cooperativas que atuam de forma centralizada nas cadeias de carne suína e de lácteos. A empresa foi formada pela Primato, Copagril, Lar, C.Vale e Copacol, que permanecem com as suas estruturas cooperativas independentes. É a maior empresa paranaense no abate de suínos e a quarta maior do setor no Brasil. São quatro indústrias no Paraná e uma em Santa Catarina, com produtos destinados ao varejo, food service e exportação. Em 2020 o faturamento subiu 35,8% devido à valorização da carne. Em média, os preços subiram 31,8% no ano passado.

48) SÃO MARTINHO
Setor: Agroenergia
Fundação: 1907, em Pradópolis (SP)
Receita: R$ 3,69 bilhões
Principal executivo: Fábio Venturelli

Controlado pela holding LJN Participações, da família Ometto, o grupo sucroalcooleiro São Martinho é um gigante do setor de Agroenergia. Listado no Novo Mercado da B3, seu valor de mercado é da ordem de R$ 8,5 bilhões. Na safra 20/21 a companhia processou 22,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, apresentando uma redução de 0,5% em relação ao volume de cana processada na safra anterior devido à redução das chuvas no período. O grupo detém três unidades de produção em São Paulo e uma em Goiás. As lavouras ocupam 350 mil hectares. Embora a atividade principal seja o processamento de açúcar e etanol, o grupo está investindo R$ 350 milhões até 2022 na cogeração de energia.

49) FRÍSIA
Setor: Cooperativas
Fundação: 1925, em Carambeí (PR)
Receita: R$ 2,9 bilhões
Principal executivo: Renato Greidanus

Aos 96 anos, a Frísia Cooperativa Agroindustrial é a mais antiga em atividade no Paraná e a segunda mais antiga no país. No fim de 2020 estavam ligados à cooperativa 897 produtores em cerca de 30 municípios paranaenses e em 16 municípios no Tocantins. Ela chegou à região Norte do país em 2016 e ampliou a atuação em 2021 com a inauguração do segundo entreposto, localizado na cidade de Dois Irmãos. Em 2020 os cooperados entregaram 860 mil toneladas de grãos, 280 milhões de litros de leite e 27 mil toneladas de carne suína. Os cultivos foram de 122 mil hectares para soja, de 23 mil hectares para milho, 36,5 mil hectares para o trigo e 5.600 hectares de feijão. Nos produtos industrializados, a marca mais conhecida é a Batavo.

50) BELAGRÍCOLA
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1985, em Bela Vista do Paraíso (PR)
Receita: R$ 3,57 bilhões
Principal executivo: Flávio Barbosa Andreo

De olho no potencial do agro brasileiro, em 2017 os chineses da Dakang International Food & Agriculture, braço brasileiro do Shanghai Pengxin, compraram 53,99% da Belagrícola, com uma condição: que os herdeiros do fundador, João Andreo Colofatti, permanecessem na gestão do negócio. Os chineses aceitaram. O passo dado pela família abriu um canal direto de venda ao país asiático para grãos, especialmente soja e milho. Atuando no Paraná, São Paulo e Santa Catarina, a empresa possui 38 unidades de recebimento de grãos, 55 lojas de insumos e emprega 1.600 funcionários. Os negócios vão da venda da semente à compra da produção, com ênfase no uso do barter pelos produtores.

51) COOPAVEL
Setor: Cooperativas
Fundação: 1970, em Cascavel (PR)
Receita: R$ 3,44 bilhões
Principal executivo: Dilvo Grolli

Fundada por 42 agricultores do oeste do Paraná para facilitar a produção e a comercialização de grãos, a Coopavel atualmente é uma das maiores produtoras de frango e derivados. Ela possui 26 filiais em 17 municípios no Paraná, tem 6.230 associados e emprega 7.030 colaboradores diretos. O faturamento cresceu cerca de 30% em 2020 em relação a 2019 e a previsão é chegar a R$ 4,5 bilhões em 2021, aumentando novamente 30%. As atividades industriais contribuem para 75% desse faturamento, com produtos vendidos no Brasil e exportados para 25 países nos cinco continentes.

52) EISA INTERAGRÍCOLA
Setor: Trading e Comércio
Fundação: 1849, na Catalunha (Espanha). No Brasil desde 1935
Receita: R$ 3,40 bilhões
Principal executivo: Juan Esteve

Fundada em meados do século XIX como uma empresa de negociação de algodão no sul da Espanha. Em 1935, já controlada pelo grupo suíço Econ, a companhia fez seu primeiro investimento no Brasil, na produção de algodão. Em 1949 ela ingressou globalmente no negócio de café, onde é uma das principais tradings. E em 1991 ela começou a negociar cacau. Atualmente, a empresa é uma das líderes do mercado internacional de café e ainda é relevante no algodão, açúcar e cacau. Seu faturamento no Brasil foi um dos que mais cresceram em 2020, com um avanço de 54%.

53) CITROSUCO
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1963, em Matão (SP)
Receita: R$ 3,29 bilhões
Principal executivo: Mário Bavaresco Junior

A Citrosuco, subsidiária do Grupo Votorantim, é a maior exportadora global de suco de laranja concentrado. Vende, também, subprodutos industrializados da fruta, como ração animal e óleos essenciais. Os maiores mercados da companhia são os Estados Unidos e países europeus. Mas, no total, são cerca de 100 países, como Austrália, Japão e China. Os chineses estão na mira da indústria, porque apenas 5% da laranja produzida no país vira suco. A Citrosuco possui 29 fazendas de produção em São Paulo e Minas Gerais. Também há quatro unidades processadoras, sendo uma em Lake Wales, nos Estados Unidos. Para dar conta da presença global, a Citrosuco possui cinco navios próprios dedicados e um multicarga. Além do porto de Santos, há terminais próprios em Wilmington (EUA), Gent (Bélgica), Toyohashi (Japão) e Newcastle (Austrália).

54) 3TENTOS
Setor: Trading e Comércio
Fundação: 1995, em Santa Bárbara do Sul (RS)
Receita: R$ 3,11 bilhões
Principal executivo: Luiz Osório Dumoncel

Uma das únicas empresas de sementes de capital brasileiro em um campo dominado por gigantes internacionais, a 3tentos iniciou suas atividades em 1995 dedicando-se à venda de sementes de trigo. Posteriormente expandiu suas atividades para a distribuição de fertilizantes e defensivos agrícolas, além de atuar como trading de milho e de soja. Em 2013, inaugurou em Ijuí (RS) um centro logístico de fertilizantes e uma unidade de esmagamento de soja, produzindo óleo, farelo e biodiesel. Em 2021 a companhia abriu seu capital no Novo Mercado da B3 para financiar sua expansão fora do RS, com a construção de unidades no Centro-Oeste.

55) SLC AGRÍCOLA
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1977, em Horizontina (RS)
Receita: R$ 3,10 bilhões
Principal executivo: Aurélio Pavinato

O grupo SLC foi fundado em 1945 no município gaúcho de Horizontina, como uma pequena oficina que fazia a manutenção das ferramentas dos agricultores da região. Em 1977 o grupo iniciou as atividades da SLC Agrícola, uma das maiores produtoras mundiais de grãos e fibras, focada na produção de algodão, soja e milho. Foi uma das primeiras empresas do setor a ter ações negociadas em bolsa. Possui 16 unidades de produção localizadas em seis estados brasileiros que totalizaram 448,6 mil hectares no ano-safra 2019/2020, sendo 235,4 mil hectares de soja, 125,5 mil hectares de algodão e 87,7 mil hectares de milho.

56) GRUPO LINCOLN JUNQUEIRA
Setor: Agroenergia
Fundação: 1978, Colorado (PR)
Receita: R$ 3,08 bilhões
Principal executivo: José Francisco Malheiro Junqueira Figueiredo

Também conhecido como Alto Alegre, o Grupo Lincoln Junqueira possui cinco usinas no Centro-Sul e tem um perfil de produção mais voltado para o açúcar do que para o etanol. Atualmente, o grupo tem uma capacidade instalada para processar, aproximadamente 10,8 milhões de toneladas de cana por safra, e consequentemente produzir 11,6 milhões de sacas de açúcar cristal branco, 9,2 milhões de sacas de açúcar VHP, 100 mil sacas de açúcar demerara, 5,4 milhões de sacas de açúcar refinado amorfo, 140 milhões de litros de etanol hidratado carburante e 140 milhões de litros de etanol anidro carburante. O grupo atua também na produção de energia, tendo capacidade para cogerar 418gigawatts de energia elétrica.

57) USINA CORURIPE
Setor: Agroenergia
Fundação: 1925, em Coruripe (AL)
Receita: R$ 3,04 bilhões
Principal executivo: Mario Luiz Lorencatto

Fundada na região de Coruripe, a 120 qui lômetros de Maceió, a usina começou suas atividades consolidando diversos engenhos. Ao longo das décadas seguintes, a organização expandiu suas atividades em direção ao Sudeste, em especial no Triângulo Mineiro. Atualmente, a usina tem um terminal de carga rodoferroviário e cinco unidades industriais. Além da unidade em Alagoas, há quatro em Minas Gerais, nos municípios de Campo Florido, Carneirinho, Iturama e Limeira do Oeste. Essas usinas processaram 14,43 milhões de toneladas de cana-de-açúcar na safra 2020/2021. A companhia tem uma capacidade de produzir 470 milhões de litros de etanol, 20 milhões de sacas de açúcar e gerar 680 gigawatts de energia. A usina emprega 9.400 funcionários.

58) COASUL
Setor: Cooperativas
Fundação: 1969, em São João (PR)
Receita: R$ 2,85 bilhões
Principal executivo: Paulino Capelin Fachin

A Coasul encerrou 2020 com 11,4 mil cooperados, crescimento de 10,4% em relação a 2019, e 3.130 funcionários. Em 2020 a cooperativa recebeu 15,7 milhões de sacas de grãos, crescimento de 33% em relação a 2019. Desse total a soja foi o item mais representativo. Foram 8,9 milhões de sacas, além de 4,8 milhões de sacas de milho e 1,9 milhão de sacas de trigo. Além de processar a produção dos cooperados, a Coasul produz ração e opera um abatedouro de aves. A Cooperativa possui infraestrutura própria de recebimento, secagem e armazenagem de cereais, sendo seus estabelecimentos distribuídos em 43 unidades entre armazéns, lojas e supermercados.

59) VIGOR ALIMENTOS
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1917, em São Paulo (SP)
Receita: R$ 2,47 bilhões
Principal executivo: Luis Gennari

Ao longo de mais de 100 anos de história, a Vigor passou por vários controladores. Já pertenceu ao grupo Bertin, adquirido pela JBS, e foi mais uma empresa no conglomerado dos Batista. A companhia foi desmembrada e teve seu capital aberto na B3, mas o desempenho fraco das ações levou a JBS a fechar o capital três anos depois. Em 2017, a Vigor tentou comprar a Itambé, mas perdeu uma disputa judicial e a empresa mineira ficou com os franceses da Lactalis. A briga só foi resolvida dois anos depois, em 2019, quando o grupo mexicano Lala assumiu o controle da Vigor, que é dona de marcas tradicionais como Leco, Faixa Azul e Danúbio.

60) CENIBRA
Setor: Madeira, Celulose e Papel
Fundação: 1973, em Belo Oriente (MG)
Receita: R$ 2,82 bilhões
Principal executivo: Kazuhiko Kamada

A Celulose Nipo-Brasileira, mais conhecida como Cenibra, foi fundada em setembro de 1973 em Belo Oriente, leste de Minas Gerais, como uma parceria entre a Vale e a empresa japonesa JPB. Em 2001, com a Vale já privatizada e se concentrando no negócio estratégico do minério, a Cenibra foi adquirida integralmente pela JPB. Em 2020, a companhia bateu um novo recorde de produção anual ao alcançar 1,27 milhão de toneladas de celulose branqueada de fibra curta de eucalipto, avanço de 4,1% em relação a 2019. Cerca de 98% da produção é destinada ao mercado externo, sendo exportado para o Japão, Estados Unidos, China e demais países da Europa.

61) IHARA
Setor: Agroquímica
Fundação: 1965, em São Paulo (SP)
Receita: R$ 2,79 bilhões
Principal executivo: José Gonçalves do Amaral

Controlada por sete indústrias químicas japonesas, a Ihara iniciou suas atividades no Brasil em 1965. Emprega 758 pessoas que desenvolvem e pesquisam defensivos – acaricidas, fungicidas, herbicidas e inseticidas– destinados principalmente às culturas de soja (47%), cana-de-açúcar (13%) e milho (10%). Além dessas, a empresa elabora defensivos contra 48 pragas – insetos, fungos e ervas daninhas – que reduzem a produtividade em cerca de 140 culturas.

62) ALIANÇA AGRÍCOLA DO CERRADO
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1994, em Luxemburgo. No Brasil desde 2010
Receita: R$ 2,73 bilhões
Principal executivo: Flávio Gilberto de Sousa

A Aliança Agrícola do Cerrado opera no setor atacadista de grãos e leguminosas. É uma subsidiária do grupo Sodrugestvo, fundado em 1994 em Luxemburgo e um dos maiores do setor na Rússia. A empresa passou a atuar no Brasil em maio de 2010, em Uberlândia. Possui uma capacidade de armazenamento de 275 mil toneladas de grãos. A empresa foi criada a partir de um grupo de investidores europeus e dedica-se à comercialização de insumos e de commodities agrícolas.

63) PIF PAF ALIMENTOS
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1968, no Rio de Janeiro (RJ)
Receita: R$ 2,68 bilhões
Principal executivo: Rodrigo Coelho

A Pif Paf foi fundada em 1968 quando o empresário Avelino Costa comprou um abatedouro no Rio de Janeiro. Quatro anos depois, a empresa já havia fechado parcerias com granjas e cooperativas de Minas Gerais, para onde a Pif Paf acabou se transferindo. Atualmente a empresa emprega 8.700 funcionários e possui 12 unidades industriais e fábricas de ração, 16 centros de distribuição, cinco matrizeiros e três incubatórios. Sua capacidade produtiva é de 23 mil toneladas por mês, entre cortes de aves e suínos, embutidos e massas. Por ano, a companhia abate 80 milhões de frangos e 750 mil suínos.

64) PRIMA FOODS
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1949, em Araguari (MG)
Receita: R$ 2,65 bilhões
Principal executivo: José Augusto de Carvalho Junior

Prima Foods é a nova denominação do Mataboi Alimentos, frigorífico fundado em 1949 e que entrou em recuperação judicial em 2017. O Mataboi recebeu um aporte de capital do empresário José Batista Júnior, da família fundadora da JBS. O empresário havia se desvinculado da holding familiar J&F em 2013, vendendo suas ações para os irmãos e o pai. Mantinha sua empresa de investimentos, a JBJ, que incluía fazendas dedicadas a gado de corte e melhoramento genético e uma carteira de imóveis. Em março de 2020, a Prima informou sua intenção de abrir capital na B3, mas o projeto foi interrompido.

65) AGROGALAXY
Setor: Trading e Comércio
Fundação: 2016, em São Paulo (SP)
Receita: R$ 2,63 bilhões
Principal executivo: Welles Clóvis Pascoal

Fundada em 2016 a partir de aquisições de um fundo de private equity, a Agrogalaxy cresceu por meio de aquisições de plataformas eletrônicas e físicas de distribuição de insumos para o agronegócio e, posteriormente, passou a atuar também na área de sementes. No fim de 2020 a companhia contava com 108 lojas, 19 silos e unidades de armazenamento de grãos, uma beneficiadora de sementes e três unidades de sementes de soja. As atividades estão espalhadas por cerca de mil cidades em nove estados e a empresa avalia manter o crescimento por aquisições após a abertura de capital na B3.

66) COPAGRIL
Setor: Cooperativas
Fundação: 1970, em Cândido Rondon (PR)
Receita: R$ 2,48 bilhões
Principal executivo: Ricardo Sílvio Chapla

De 29 sócios-fundadores, meio século depois a paranaense Copagril agrega em seus quadros 5.400 cooperados. Dedicada a dar suporte à criação e processamento de aves, suínos, leite e peixes, sua estrutura conta com um abatedouro, duas fábricas de rações, unidade de matrizes e ovos férteis, 22 lojas, 17 unidades de recebimento de grãos, das quais 14 são armazéns, mais supermercados, postos de gasolina, lojas de máquinas e implementos, centros de distribuição, transportadora e uma Estação Experimental. Além do Paraná, a Copagril atua fortemente em Mato Grosso do Sul desde 2009.

67) COLUMBIA TRADING
Setor: Trading e Comércio
Fundação: 1999, em São Paulo (SP)
Receita: R$ 3,04 bilhões
Principal executivo: Walter Croce

A Columbia Trading nasceu a partir de uma empresa de armazenagem de café criada em São Paulo durante a Segunda Guerra Mundial. O grupo é uma das maiores companhias do setor, com atuação em São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Pernambuco, Espírito Santo e Minas Gerais.

68) AGROFEL
Setor: Agropecuária
Fundação: 1977, em Palmeira das Missões (RS)
Receita: R$ 2,46 bilhões
Principal executivo: Ronaldo Ferrarin

Fundada em 16 de junho de 1977, na cidade de Palmeira das Missões, Rio Grande do Sul, a Agrofel vende sementes, fertilizantes, nutrição vegetal, defensivos agrícolas e também presta serviços de recebimento, compra, venda, troca e armazenagem de grãos. A companhia possui cerca de 40 unidades de atendimento no Rio Grande do Sul. Em 2019 ela recebeu um investimento da Bunge, que comprou 30% de seu capital.

69) COTRIJAL
Setor: Cooperativas
Fundação: 1957, em Não-Me-Toque (RS)
Receita: R$ 2,44 bilhões
Principal executivo: Nei César Manica

Nascida como Cooperativa Tritícola de Não-Me-Toque e posteriormente renomeada Cotrijal, a cooperativa é uma participante tradicional da atividade tritícola no Rio Grande do Sul e uma das maiores cooperativas do estado, com 59 unidades de negócio destinadas à armazenagem de grãos e ao atendimento aos cooperados, além de 20 lojas e 10 supermercados. A cooperativa também apoia a atividade leiteira da região.

70) CIBRAFÉRTIL
Setor: Agroquímica
Fundação: 1994, em Camaçari (BA)
Receita: R$ 2,44 bilhões
Principal executivo: Santiago Franco

Fundada na Bahia pelo Grupo Paranapanema, a Cibrafértil, mais conhecida como Cibra, é controlada desde 2012 pelo grupo americano Omimex e pela mineradora britânica Anglo American. O Omimex opera nos segmentos de petróleo e gás, nos Estados Unidos e Canadá, e de fertilizantes, na América Latina. Além de uma fábrica de superfosfato simples em Camaçari, a Cibra tem nove unidades misturadoras para a elaboração do composto NPK nas regiões Sul, Centro-Oeste e Nordeste. Possui também a Cibra Store, uma loja online para a venda direta de fertilizantes.

71) ZILOR
Setor: Agroenergia
Fundação: 1946, em Macatuba (SP)
Receita: R$ 2,82 bilhões
Principal executivo: Fabiano José Zillo

A Zilor iniciou suas atividades como uma usina de açúcar e álcool em meados da década de 1940 e permaneceu nesse segmento de atividade por 50 anos. No entanto, nos anos 1990 a empresa começou a diversificar suas atividades, passando a atuar na cogeração de energia elétrica e a expandir suas operações internacionalmente, adquirindo empresas nos Estados Unidos e na Noruega. Dentro do processo de alongamento da dívida iniciado em 2019, a companhia estreou no mercado de capitais captando R$ 202 milhões com debêntures de infraestrutura de cinco anos de prazo.

72) FRIGOL
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1992, em Lençóis Paulista (SP)
Receita: R$ 2,40 bilhões
Principal executivo: Marcos Câmara

A Frigol é o quarto maior frigorífico do país. Foi fundado pela família Gonzaga Oliveira, que atua no setor de carnes desde os anos 1970 e atualmente industrializa carnes bovinas e suínas. Suas cinco unidades de produção nos estados de São Paulo, Goiás e Pará empregam cerca de 2.800 pessoas. Em 2020 a companhia deu mais ênfase às exportações, que passaram a representar 44% da receita, um aumento de dez pontos percentuais em relação a 2019. Além dos tradicionais cortes de carne com a marca Frigol, também comercializa hambúrgueres e produtos especiais para churrasco, com as linhas BBQ Secrets e Grand Chef.

73) POTENCIAL BIODIESEL
Setor: Agroenergia
Fundação: 2010, em Lapa (PR)
Receita: R$ 2,31 bilhões
Principal executivo: Arnoldo Hammerschmidt

A empresa Potencial Biodiesel foi criada pelo grupo Potencial. O Potencial nasceu em 1954 no Paraná como um posto de gasolina e atualmente é uma das maiores distribuidoras regionais de combustíveis e lubrificantes da região Sul, com cerca de 200 postos com bandeira, 12 bases próprias de distribuição e 100 caminhões tanques. Criada em 2010 e tendo iniciado operações em 2012, a usina de biodiesel é a segunda maior do Brasil, com capacidade de produzir 383,4 milhões de litros de biodiesel e 45,5 mil toneladas de glicerina por ano.

74) GRUPO MONTESANTO TAVARES
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1998, em Belo Horizonte (MG)
Receita: R$ 2,30 bilhões
Principal executivo: Ricardo Tavares

O Grupo Montesanto Tavares é uma holding do setor cafeeiro, com atividades desde a produção até a exportação, passando pelo armazenamento e beneficiamento. Além dos cafés produzidos em fazendas próprias, a empresa compra grãos de pequenos produtores, fortalecendo a agricultura familiar e valorizando os cafeicultores no país. O grupo possui duas empresas exportadoras, a Atlantica Coffee e a Cafebras, e uma importadora, a Ally Coffee, nos EUA e Europa. Em 2018 a empresa recebeu um investimento do PSP, um dos maiores fundos de pensão do Canadá.

75) COTRISAL
Setor: Cooperativas
Fundação: 1953, em Sarandi (RS)
Receita: R$ 2,25 bilhões
Principal executivo: Walter Vontobel

A Cooperativa Tritícola de Sarandi foi criada em 1953 por agricultores do norte do Rio Grande do Sul dedicados à produção de trigo. Atualmente, a Cotrisal possui 10,2 mil associados que se dedicam à produção de soja, milho e trigo. Dentre eles, 800 também investem na pecuária leiteira. A Cotrisal emprega 1.400 funcionários e tem capacidade de armazenar 16 milhões de sacas de grãos em 62 unidades de recebimento. A cooperativa opera 43 lojas e 16 supermercados, além de possuir um moinho de trigo, uma fábrica de rações e uma unidade de beneficiamento de sementes.

76) COOPERCAMPOS
Setor: Cooperativas
Fundação: 1970, em Campos Novos (SC)
Receita: R$2,22 bilhões
Principal executivo: Luiz Carlos Chiocca

A cooperativa surgiu de uma associação de produtores de trigo do oeste de Santa Catarina que buscavam melhores condições de comercialização e escoamento da safra. Atualmente a Coopercampos tem 85 unidades espalhadas por 33 municípios de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. São 1.740 cooperados e 1.590 funcionários. As atividades passam pela suinocultura e a produção de leite, além da produção de sementes de soja.

77) FERTILIZANTES HERINGER
Setor: Agroquímica
Fundação: 1968, em Manhuaçu (MG)
Receita: R$ 2,21 bilhões
Principal executivo: Dalton Carlos Heringer

Com sede no Espírito Santo, a Heringer possui 19 unidades de produção, comercialização e distribuição de fertilizantes. De estrutura familiar, a partir de 2007 abriu seu capital no Novo Mercado da B3. A empresa cresceu junto com o agronegócio. Passou de uma misturadora de fertilizante básico, o NPK, para um complexo de fertilizantes especiais e formulados. A empresa mantém três centros próprios de pesquisa, um para café, outro para pastagens e um terceiro para desenvolvimento de novas técnicas agrícolas, no qual ocorre uma série de eventos visando a difusão de conhecimento. É dona, também, de um laboratório em Paulínia (SP), com capacidade de cerca de 900 análises químicas por dia, entre macronutrientes primários, secundários e micronutrientes.

78) DELTA SUCROENERGIA
Setor: Agroenergia
Fundação: 1953, em Delta (MG)
Receita: R$ 2,14 bilhões
Principal executivo: Robert Carlos Lyra

Com três usinas de cana-de-açúcar em municípios localizados no Triângulo Mineiro, a Delta Sucroenergia gera na região cerca de 12 mil postos de trabalhos entre diretos e indiretos. Os negócios estão concentrados em açúcar para exportação e com marca própria destinada ao mercado interno. A empresa também produz etanol, energia elétrica a partir do bagaço e levedura seca, um subproduto valioso na dieta de bovinos, suínos, aves e caprinos. São cerca de 160 mil hectares de cultivo de cana, com 11 milhões de toneladas processadas.

79) COPÉRDIA
Setor: Cooperativas
Fundação: 1967, em Concórdia (SC)
Receita: R$ 2,1 bilhões
Principal executivo: Vanduir Martini

Segunda maior cooperativa agropecuária de Santa Catarina, a Copérdia iniciou suas atividades com a produção de grãos. Nos anos 1980 ela ampliou suas atividades para a produção de suínos e aves, e atualmente é uma importante fornecedora para a Cooperativa Central Aurora. Em 2020 a Copérdia processou 250 milhões de litros de leite, 200 mil toneladas de grãos e 170 mil leitões. Engloba 16 mil cooperados e emprega 1.300 funcionários.

80) ALIBEM
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 2000, em Santo Ângelo (RS)
Receita: R$ 2,09 bilhões
Principal executivo: José Roberto Goulart

A Alibem processa carnes suína e bovina a partir de duas unidades industriais, no Rio Grande do Sul e no Mato Grosso, além de distribuir pescados e batatas. No caso dos suínos, a criação é totalmente própria e verticalizada com 800 pequenos produtores em sistema integrado. Além do mercado interno, a empresa exporta para cerca de 40 países. A unidade de bovinos está em Rondonópolis (MT), e também exporta. Está no grupo dos atuais 37 frigoríficos do país habilitados a exportar para a China. A mais recente investida é o processamento de mel.

81) COPASUL
Setor: Cooperativas
Fundação: 1978, em Naviraí (MS)
Receita: R$ 2,07 bilhões
Principal executivo: Gervasio Kamitani

A cooperativa surgiu no Mato Grosso do Sul a partir de 27 cotonicultores, a maioria de as cendência japonesa. As primeiras atividades se concentraram no algodão, com a construção de silos e usinas de beneficiamento. Posteriormente, a cooperativa ampliou suas atividades para grãos como milho e soja. Atualmente são 18 unidades em nove municípios, 1.600 cooperados e 635 colaboradores. Em 2020 a cooperativa recebeu 22,9 milhões de sacas de grãos e exportou 6,59 milhões de sacas. Também faturou R$ 481 milhões com a venda de insumos – sementes, defensivos e fertilizantes – alta de 36% ante 2019.

82) CAPAL
Setor: Cooperativas
Fundação: 1960, em Arapoti (PR)
Receita: R$ 2,05 bilhões
Principal executivo: Erik Bosch

A Capal foi fundada por um grupo de agricultores holandeses que se instalou no Paraná no início dos anos 1960. Atualmente, a cooperativa é uma organização diversificada com 3.200 cooperados e 2.800 funcionários. A área agrícola assistida é de 147 mil hectares, com a cooperativa atuando nas áreas de soja, milho e sorgo. Em 2020 a cooperativa iniciou as operações da Energik, subsidiária dedicada à produção de energias renováveis, com capacidade instalada de gerar 1,2 MW de energia a partir do biometano.

83) ADECOAGRO
Setor: Agroenergia
Fundação: 2002, na Argentina. No Brasil desde 2004
Receita: R$ 2,03 bilhões
Principal executivo: Mariano Bosch

O grupo, que também está presente no Uruguai, tem sede em Luxemburgo e é listado na bolsa de Nova York. Chegou ao Brasil dois anos depois de sua fundação, comprando terras. A primeira usina de cana-de-açúcar veio em 2005, em Minas Gerais. Na Argentina e no Uruguai, a Adecoagro possui uma grande operação nas cadeias de lácteos e de grãos, mas no Brasil o foco está no leite e na produção de açúcar e etanol.

84) COPERCANA
Setor: Agroenergia
Fundação: 1963, Sertãozinho (SP)
Receita: R$ 2,02 bilhões
Principal executivo: Francisco Cesar Urenha

A Copercana foi fundada por um grupo de produtores de canade-açúcar de Sertãozinho, no interior de São Paulo, para obter melhores condições de negociação com as usinas que moíam a cana. Atualmente, são 6.500 cooperados e 1.800 funcionários. A cooperativa possui negócios nas áreas agrícola (cana, soja, amendoim e milho), comercialização de insumos, lojas de ferragens e magazines, postos de combustíveis, supermercados, autocenter, corretora de seguros e distribuidora de combustíveis.

85) AGRO AMAZÔNIA
Setor: Trading e Comércio
Fundação: 1983, em Cuiabá (MT)
Receita: R$ 2,01 bilhões
Principal executivo: Roberto Motta

A Agro Amazônia iniciou suas atividades como uma distribuidora de insumos para agricultura e pecuária visando acompanhar o crescimento do agronegócio nas regiões Centro Oeste e Norte do Brasil. Em 2015 a companhia passou a ser uma subsidiária do grupo japonês Sumitomo. A iniciativa mais recente é o lançamento de uma nova marca de sementes de soja por meio de uma parceria estratégica firmada com a empresa argentina GDM.

86) BERNECK
Setor: Madeira, Celulose e Papel
Fundação: 1952, em Bituruna (PR)
Receita: R$1,99 bilhão
Principal executivo: Gilson Mueller Berneck

Especializada na produção de painéis e serrados, a empresa atua exclusivamente na cadeia de florestas plantadas. A divisão florestal conta com 64,5 mil hectares de terras no Paraná e em Santa Catarina para o cultivo de variedades de pinus. Todos os anos são plantados 7 milhões de árvores. Outros 66 mil hectares são mantidos como reservas nativas. No total, a empresa mantém 132 mil hectares de terras, incluindo áreas de cultivo de teca em Mato Grosso do Sul. O processamento, em três unidades industriais, é de cerca de 1,2 milhão de metros cúbicos de produtos de madeira, também por ano.

87) SÃO SALVADOR ALIMENTOS
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1973, em Itaberaí (GO)
Receita: R$ 1,92 bilhão
Principal executivo: Hugo Perillo Vieira e Souza

A goiana São Salvador Alimentos, que nasceu de uma pequena granja de frango, é dona de duas marcas: SuperFrango e Boua. A primeira vende carne de aves em diversas formas, entre congelados e pratos semiprontos. A segunda dedica-se a produtos divididos em categorias, como vegetais congelados, lácteos, embutidos, defumados, hambúrgueres, cortes suínos e peixes. Além da industrialização, a empresa mantém unidades de produção de ovos férteis, matrizes, ração animal e armazéns de grãos. Em 2020, inaugurou um abatedouro em Nova Veneza (GO) e avançou na governança, instituindo um conselho de administração. A companhia exporta para 65 países, entre África, América Central, Europa e Ásia, com foco na China.

88) J. MACÊDO
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1939, em Fortaleza (CE)
Receita: R$ 1,8 bilhão
Principal executivo: José Honório Gonçalves de Tófoli

A J. Macêdo começou como uma empresa de representação comercial de autopeças em 1939. Só iniciou as atividades no setor de alimentos nos anos 1950, importando trigo dos Estados Unidos. Atualmente é a líder do setor de farinhas de trigo domésticas e de mistura para bolos, distribuindo marcas como Sol e Dona Benta. É a segunda maior empresa nacional no segmento de massas alimentícias. A companhia tem três fábricas e três moinhos e emprega 3.600 pessoas em empregos diretos e indiretos.

89) JACTO
Setor: Agromecânica
Fundação: 1948, em Pompeia (SP)
Receita: R$ 1,92 bilhão
Principal executivo: Fernando Gonçalves Neto

A Jacto foi fundada pelo empreendedor japonês Shunji Nishimura, que emigrou para o Brasil com 21 anos, em 1932. Alguns anos após sua chegada, ele foi para o interior paulista e abriu uma pequena oficina de consertos. Especializou-se em pulverizadores e lançou um produto próprio. Foi o embrião da Jacto, que atualmente tem uma linha de pulverizadoras, plantadeiras e colheitadeiras para as culturas de soja, milho, cana e café e está investindo no monitoramento remoto dos equipamentos. O grupo possui 15 fábricas, sendo uma na Argentina e outra na Tailândia.

90) ARAUCO
Setor: Madeira, Celulose e Papel
Fundação: 1979, em Santiago (Chile). No Brasil desde 2007
Receita: R$ 1,89 bilhão
Principal executivo: Carlos Altimiras

Fundada no Chile em 1979, a Arauco é uma das maiores empresas de celulose e madeira do mundo, com 1 milhão de hectares de florestas, dos quais 110 mil no Brasil. A companhia começou a investir no Brasil em 2007, quando adquiriu parte das atividades da finlandesa Stora Enso, que havia adquirido a empresa paranaense Inpacel. Atualmente a Arauco possui quatro fábricas por aqui, com capacidade para produzir 1,52 milhão de metros cúbicos de MDF e 260 mil metros cúbicos de painéis compensados por ano.

91) PLENA
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1990, em São Gonçalo do Pará (MG)
Receita: R$ 1,88 bilhão
Principal executivo: Cláudio Ney de Faria Maia

A Plena nasceu a partir de um açougue fundado pelos irmãos Cláudio Ney e Marcos Maia em Minas Gerais. Atualmente a sede da companhia fica em São Paulo, emprega 2.500 pessoas e possui plantas frigoríficas em Minas Gerais, Tocantins e Goiás, além de uma central de armazenamento e distribuição de produtos alimentícios. Com uma pauta forte nas exportações, a empresa embarca carnes para cerca de 40 países.

92) BREJEIRO
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1944, em Orlândia (SP)
Receita: R$ 1,87 bilhão
Principal executivo: Eduardo Define

De capital nacional, a companhia que nasceu como uma cerealista – e foi a primeira do país a empacotar arroz e colocar o produto diretamente em supermercados –, transformou-se com a diversificação. Ganhou outros produtos em seu portfólio, como soja, mais sementes, proteína, farelo e farinha dessa oleaginosa, além de óleos e gorduras vegetais. Também passou a vender biodiesel a partir de 2011, com o Selo Combustível Social, destinado aos produtores que promovem a agricultura familiar. Hoje, a Brejeiro conta com três unidades de esmagamento de soja, uma no interior de São Paulo e duas em Goiás. Mais três beneficiadoras de sementes (SP, MG e GO); duas beneficiadoras de arroz no Rio Grande do Sul e dez armazéns para receber os produtos diretamente dos agricultores parceiros.

93) EUCATEX
Setor: Madeira, Celulose e Papel
Fundação: 1951, em São Paulo (SP)
Receita: R$ 1,80 bilhão
Principal executivo: Flávio Maluf

O grupo exporta para 40 países, além de atuar no mercado interno, a partir de seis fábricas localizadas em Botucatu e Salto (SP) e Cabo de Santo Agostinho (PE). Processa, a partir de floresta plantada de eucalipto, produtos como pisos, divisórias, portas, painéis, chapas de fibras de madeira e tintas e vernizes. As florestas ocupam uma área de cerca de 52,5 mil hectares, distribuídos em 82 fazendas entre próprias, arrendadas e de agricultores parceiros. Dessa área sai 1 milhão de metros cúbicos de madeira processada, por ano. As certificações vão do manejo florestal e ambiental, cadeia de custódia, a específicas, entre elas a California Air Resources Board (CARB), exigida por países como Estados Unidos e Canadá.

94) SJC BIOENERGIA
Setor: Agroenergia
Fundação: 2011, Quirinópolis (GO)
Receita: R$ 1,75 bilhão
Principal executivo: Abel de Miranda Uchôa

A SJC Agroenergia nasceu como uma joint venture entre a multinacional americana Cargill e o grupo Usina São João, empresa fundada em 1944 no município de Araras (SP) e que pertence à família Ometto. O projeto, com duas unidades de produção em Goiás, uma no município de Cachoeira Dourada e outra em Quirinópolis, começou com capacidade para processar 3 milhões de toneladas de cana-de-açúcar. Hoje, está em 11 milhões de toneladas por safra. No ciclo de produção 2020/2021, a empresa processou 9,3 milhões de toneladas de cana equivalente e produziu 570 mil metros cúbicos de etanol total, 685 mil MWh de energia, 350 mil toneladas de açúcar VHP e 185 mil toneladas de produtos para nutrição animal.

95) OBA
Setor: Trading e Comércio
Fundação: 1979, em Belo Horizonte (MG)
Receita: R$ 1,78 bilhão
Principal executivo: Alex Alves dos Santos Brito

Inicialmente dedicado à distribuição de produtos alimentícios frescos, o grupo Oba se diversificou e está ampliando suas atividades. Lançou vários produtos de marca própria, como água de coco, biscoitos, azeites, bacalhau, carnes e frios, grãos e farinha, além de alimentos funcionais. O principal acionista é Carlos Roberto Alves, com cerca de 54% de participação. O fundo de investimentos em participações Crescera adquiriu 30% do capital em 2017, acelerando os negócios da empresa.

96) USINA SANTA TEREZINHA
etor: Agroenergia
Fundação: 1961, em Iguatemi (PR)
Receita: R$ 1,91 bilhão
Principal executivo: Paulo Meneguetti

Fundada no norte do Paraná no início da década de 1960, a Usina Santa Terezinha foi iniciada por sete irmãos da família Meneguetti. Com o fim do Proálcool em meados da década de 1980, o grupo aproveitou a crise do setor para crescer por meio de aquisições. O processo continuou nos anos seguintes e atualmente a empresa possui oito unidades, além de armazéns graneleiros para açúcar e grãos, um terminal de calcário, misturadora de adubos e tanques para estocagem de combustíveis. A empresa construiu um terminal rodoferroviário de fertilizantes em Paranaguá, que iniciou suas atividades em 2003. Em 2019 a Santa Terezinha entrou em recuperação judicial.

97) PAMPLONA
Setor: Alimentos e Bebidas
Fundação: 1948, em Agronômica (SC)
Receita: R$ 1,74 bilhão
Principal executivo: Irani Pamplona Peters

A empresa que começou como um açougue hoje é uma companhia que abate e comercializa suínos para o mercado nacional e também para a exportação. No mercado interno, os produtos são destinados ao food service, varejo e lojas próprias. Na exportação, que começou em 1996, o grande cliente dos últimos anos tem sido a China. São dois frigoríficos para abate de suínos, com mais  de uma centena de preparações, entre curados, linguiças, presuntaria, fatiados, defumados, banha, salgados e cortes congelados in natura. Também foram desenvolvidas linhas para festas, sabores diversos e incorporada a carne bovina no portfólio, também em diversos produtos para varejo e food service. Com foco na diversidade, o mais recente investimento, da ordem de R$ 100 milhões, foi na ampliação de uma das fábricas.

98) COAGRIL
Setor: Cooperativas
Fundação: 1985, em Unaí (MG)
Receita: R$ 1,73 bilhão
Principal executivo: José Carlos Ferrigolo

A cooperativa foi fundada no noroeste de Minas Gerais. Atualmente é uma das maiores do estado em comercialização de grãos. Em 2020 foi comercializado 1,19 milhão de toneladas de grãos, incluindo soja, milho, sorgo, trigo e milheto. A cooperativa tem uma capacidade de armazenar 144 mil toneladas de grãos como soja e milho e de armazenar cerca de 160 mil sacas de café, e também vende pneus e insumos aos cooperados.

99) ADUFÉRTIL
Setor: Agroquímica
Fundação: 1980, em Jundiaí (SP)
Receita: R$ 1,73 bilhão
Principal executivo: Douglas Fontanini

Foi fundada como uma empresa para a comercialização de fertilizantes em 1980. Seis anos depois iniciou a produção própria. Atualmente é a sexta maior empresa do setor e está em expansão com a construção de um novo armazém, com capacidade para 35 mil toneladas estáticas de produtos. Também está modernizando seus três misturadores, que em capacidade máxima conseguem atingir cerca de 5 mil toneladas de produção diária, e planeja entrar no mercado de adubos em sacaria.

100) SANTHER
Setor: Madeira, Celulose e Papel
Fundação: 1938, em São Paulo (SP)
Receita: R$ 1,71 bilhão
Principal executivo: José Rubens de la Rosa

A fábrica de papel Santa Theresinha foi fundada pelo empreendedor libanês Fadlo Haidar para produzir papel e papelão para embalagens. Três décadas após sua fundação, em 1966, a empresa ingressa no mercado de consumo com lenços de papel, guardanapos e absorventes. A empresa possui três fábricas onde produz cerca de 180 mil toneladas de papel por ano. O controle permaneceu nas mãos da família até 2020, quando foi vendido para as empresas japonesas Daio e Marubeni.

Fonte: Forbes

Pitch Night Mulheres no Comando: Mulheres investidoras anjo autofinanciam startup de tecnologia

De acordo com a Associação Brasileira de Startups (ABStartups), as startups lideradas por mulheres representam apenas 15,7% do ecossistema. Mas apesar das dificuldades enfrentadas pelas empreendedoras, ideias inovadoras surgem todos os dias. E foi a partir da ideia de capitanear aporte vindo de quem conhece de perto os inúmeros passos ou etapas para o desenvolvimento de carreira das mulheres em um mercado extremamente competitivo do mercado de trabalho que surgiu o Pitch Night Mulheres no Comando.

“Tivemos propostas para seguir com grupos de investidores anjos do Brasil e de outros países, mas os líderes desses grupos, bem como os anjos eram compostos quase 100% por homens. As condições propostas eram complicadas, muito por questão de não sentirem a dor de ser uma mulher no mercado de trabalho. Sofremos machismo na captação, onde a minha visão como CEO era constantemente invalidada, e os acordos para a finalização do aporte eram muito diferentes de rodadas que, meu sócio, por exemplo, já havia participado”, explica Jéssica Paraguassu, CEO e fundadora da plataforma Mulheres no Comando

A solução veio de dentro de casa: no começo de julho deste ano, um evento reuniu todas as mentoras da edtech, e o sucesso foi garantido, com cerca de 35 intenções de investimento, com aportes variados entre cinco e oitenta mil reais. Em menos de um mês, todos os contratos entre a startup e as investidoras anjos estavam assinados e o investimento 100% realizado.

“Formamos o nosso próprio grupo de investidoras anjo, com mulheres de muita referência no mercado, dispostas a transformar a sociedade e liberar o potencial de outras mulheres no mundo. Elas entendem a dor do machismo estrutural e acreditam no nosso propósito de liberar o potencial das mulheres no mundo”, explica Jéssica que, através de um grupo de vinte e quatro investidoras e dois investidores, conseguiu capitanear 400 mil reais que serão investidos em ações de marketing, vendas e operações de atendimento ao usuário, desenvolvimento e implementação de tecnologia, com o objetivo de retenção de usuários, aumento da produtividade e escalabilidade do negócio”.

As investidoras anjo – Entre os nomes que formam o time de investidores anjo da edtech Mulheres no Comando estão: 

  • Alessandra Leite – Sócia da Assistere Consultores
  • Angela Miranda – Diretora da Virtus RH
  • Carolina Filipchiuk – Technical Manager na SYNLAB
  • Celina Silva – Chief Actuary e Controller na Brasilprev
  • Ciléia Assunção – Head of Data & Analytics na Colgate-Palmolive
  • Claudia Areias – Diretora Adjunta da OAB-SP e Sócia na Areias e D’Angelo Advogados
  • Claudia Dantas – CFO na TopDown e Advisor Controller da Mulheres no Comando
  • Cristiane Franquetto – Senior Manager no Grupo Big
  • Fabiana Machado – Gerente de RH no Hospital Otorrino de Cuiabá
  • Fernanda Piacesi – Head de CX na BYJU’S FutureSchool Brasil
  • Itali Collini – Diretora da 500 Startups
  • Juliana Grandini – COO da Intrum e Advisor da Mulheres no Comando (mentora dos sócios)
  • Karen Rebello – Leader de Transformação Digital da Exxon Mobil
  • Loredana Sarcinella – Investidora anjo e Diretora de Tecnologia e Bens de Consumo em Multinacionais, com 33 anos de mercado
  • Manuela Madeira – Senior Manager na Lembi Advogados
  • Mayara Espinosa – Founder da Planner to Grow
  • Melissa Lima – Gerente de Produtos Digitais do Santander
  • Michelle Borges – Gestora de RH na CML Advogados
  • Patrícia Duarte – Investidora e Product Manager na Mulheres no Comando
  • Patrícia Romancini – Diretora de Professional Services da Cortex
  • Riva Vaz – Secretária Geral da OAB-SP e Sócia na Pastore Advogados
  • Sergio Rinaldi – Principal Product Manager na Xerpa
  • Tatiana Oliveira – Manager LATAM na Newland Chase
  • Thiago Holtz – COO & CTO da Mulheres no Comando
  • Vanessa Kivitz – Gerente Geral do Banco do Brasil
  • Vivian Ortiz – Sócia Fundadora na Listone

Sobre Mulheres no Comando – fundada por Jéssica Paraguassu, a edtech, que tem como propósito fazer com que mais mulheres cheguem a posições de liderança e alto comando dentro de grandes empresas, já impactou mais de 1 milhão de mulheres com suas trilhas de conteúdo, mentorias e eventos de networking.

BRF investe R$ 8 milhões, em sua unidade de Goiás

A BRF, dona das marcas Perdigão e Sadia, informou na última segunda-feira (11), que investirá 8 milhões na modernização em sua fábrica em Buriti Alegre, Goiás. De acordo com a empresa, a unidade fabril passará a exercer suas atividades no conceito de fábrica inteligente, contando com diversas tecnologias de última geração.

BRF cumpre seu papel na indústria 4.0 com sua nova fábrica inteligente

A atualização da fábrica utilizará novas tecnologias em automação, internet das coisas – IoT, análise de dados e computação em nuvem. Ainda segundo a BRF, com o investimento a empresa pretende reduzir os custos e aumentar a eficiência de produção.

A companhia deu um passo importante e passou a captar dados do processo produtivo automaticamente. Sendo assim, os controles como quantidade, temperatura final e peso do produto são realizados em tempo real na fábrica, colaborando ainda mais com a qualidade dos mesmos e dando mais agilidade à tomada de decisões.

Informou o gerente de Inovação de Operações da BRF, Carlos Coutinho, em nota

A fábrica, compõe o projeto 4.0 da companhia, que também ocorre em outras unidades em Seropédica (RJ) e Marau (RS). Até 2025, a BRF planeja investir R$ 700 milhões em iniciativas de transformação digital. A modernização com tecnologias da planta de Goiás estava prevista no projeto, que foi divulgado no fim do ano passado.

Modernização de todas as suas fábricas brasileiras

Além de sua unidade em Goiás, a empresa também anunciou, em agosto, a modernização de suas fábricas no Rio Grande do Sul, onde seriam investidos cerca de R$ 181 milhões para a instalação de novas tecnologias, gerando empregos e rendas ao Estado.

De acordo com o CEO da companhia, Lorival Luz, o investimento será voltado a expansão e atualização das fábricas de produção em Marau, Serafina Corrêa e Lajeado, além de uma nova unidade de rações em Gaurama. Além dessas, a empresa prevê também que seja atualizada a fábrica de rações de Arroio do Meio.

O investimento promete gerar novas oportunidades de emprego e será realizado até metade do próximo ano, sendo que R$ 44 milhões já foram aplicados. O CEO também afirma, que os investimentos representam um avanço no plano Visão 2030.

investimento em tecnologia

Na última semana, a BRF informou que investirá R$ 1,5 milhão até 2023, no Software As A Service, para criar abordagens preventivas e analisar cenários de risco. Nos próximos dois anos, a expectativa é investir cerca de R$ 12,5 milhões em fraudes, utilizando a tecnologia.

Em operação desde agosto, o sistema utilizado pela empresa tem capacidade 20 vezes maior para analisar dados, agilizando o reconhecimento de irregularidades. Esse investimento compõe os R$ 700 milhões que serão voltados para iniciativas de transformação digital da BRF, até 2025.

Com informações CPG

Corporate Venture Capital: Empresas engordam fundos de inovação

Depois das aceleradoras, das incubadoras e dos programas de hackathons, as grandes empresas estão apostando em ferramentas mais ousadas e arriscadas para buscar inovação. De olho nas oportunidades, companhias como Via, banco BV, Eurofarma, Duratex e Stefanini decidiram criar seus próprios fundos – ou carteiras internas – para investir em startups.

Só neste ano, os chamados CVCs (Corporate Venture Capital) investiram US$ 622 milhões (R$ 3,4 bilhões pela cotação do último dia 8) em negócios em estágio inicial – valor 211% superior a todo o montante de 2020 e quase igual à soma dos investimentos feitos desde 2000, segundo dados do Distrito, plataforma de inovação aberta. Com a modalidade, além de ficar de olho em soluções disruptivas em desenvolvimento no mercado, as corporações podem ter alguma rentabilidade com os aportes.

Na estratégia de diversificação, algumas companhias destinam cerca de 70% dos investimentos dos fundos para startups que podem gerar tanto retorno estratégico, quanto financeiro; 20% vão para aquelas empresas apenas com potencial financeiro; e 10% em ativos estratégicos para a empresa, explica Gustavo Araújo, cofundador e presidente do Distrito.

Para ele, o CVC é uma forma de olhar a próxima onda que pode afetar os negócios e criar possibilidades para futuras aquisições. “Não dá para esperar determinada tecnologia explodir no mercado para só aí decidir investir e participar da startup. É preciso se antecipar ao movimento.” E uma das formas de entrar nesse mundo é por meio dos fundos. Ao contrário de um venture capital tradicional, que faz captação entre vários investidores para aplicar em startups, o corporate venture detém capital apenas da empresa.

Na avaliação de especialistas, a evolução dos CVCs é um sinal de maturidade do “ecossistema de inovação” dentro das companhias brasileiras. “Aqui, essa estratégia ganhou tração após a pandemia porque as companhias foram forçadas a buscar a inovação aberta para não ficar para trás”, diz Araújo.

No mundo, os CVCs já existem há muitos anos. Mas, como no Brasil, também tem experimentado uma escalada nos últimos meses ainda efeito dos juros baixos no mundo todo. Só no primeiro semestre, o total de investimento foi de quase US$ 80 bilhões – mais do que o dobro do volume verificado em igual período de 2020.

“No mercado interno, o fenômeno de descoberta das startups começou em 2016 como uma forma de reduzir o risco de ficar obsoleto”, diz Luiz Ponzoni, sócio da PwC Brasil.

Complemento

Segundo ele, o CVC é uma ferramenta que se soma a outras estratégias, como os programas de P&D e outras iniciativas internas. Na Dexco (antiga Duratex), a aproximação com as startups teve início em 2017 com o programa Garagem Duratex. Ao longo desse tempo, o trabalho com os empreendedores evoluiu até o lançamento em julho deste ano de um CVC, de R$ 100 milhões. O presidente da companhia, Antonio Joaquim, conta que quase 50% do montante já foi investido na compra de participação de duas empresas.

“Até o fim do ano devemos usar todos esses recursos. Queremos ter uma carteira com um número suficiente de startups que possamos acompanhar de perto. Não queremos ter uma sacola imensa de investidas”, explica Joaquim. As empresas escolhidas têm uma gestão independente para permitir maior agilidade na criação, mas podem ter a ajuda da Dexco. “Nós somos como um transatlântico, com uma estrutura mais rígida. Às vezes, a inovação morre na empresa porque temos de fechar o mês.”

O modelo adotado pelo grupo de tecnologia Stefanini é semelhante. A ideia é investir nas startups e dar autonomia para que elas consigam desenvolver soluções disruptivas. Ao mesmo tempo, é preciso ficar próximo das empresas para conseguir ter um bom resultado, diz o fundador e presidente global grupo, Marco Stefanini.

Ele conta que a preferência é pela compra de participações majoritárias das startups, mas hoje já é possível fazer investimentos com opção futura de conversão em ações. Em 2020, a empresa destinou R$ 500 milhões para investir durante 3 anos em startups. No primeiro ano, houve a aquisição de sete negócios. “O critério de escolha é ter uma solução que faça sentido para a companhia, que esteja relacionada ao nosso core business”, diz Stefanini.

Na avaliação de Araújo, do Distrito, o movimento dos CVCs está apenas no início no Brasil. “Tudo que é tecnológico atrai mais do que o tradicional. Não vejo retração nem com a recente alta dos juros”, diz ele. Helisson Lemos, da Via (antiga Via Varejo), concorda. A empresa acaba de aprovar R$ 200 milhões para investir em startups nos próximos cinco anos.

“Comparado com os investimentos da aceleradora, o CVC pega empresas mais maduras e aplica valores maiores.”

As três primeiras empresas do CVC da Via foram escolhidas em setembro: GoPublic, Poupa Certo e Byebnk. Todas têm alguma interação com o BanQi, uma fintech comprada no ano passado. A fórmula usada é de fazer o investimento nas empresas com a opção de se tornar sócio no futuro. “Fazemos o investimento mediante metas. Se a startup for exitosa, podemos nos tornar sócios dela”, diz Lemos.

‘Último estágio da inovação’

O banco BV foi um dos precursores em apostar nos Corporate Venture Capital (CVC) no Brasil. Em 2018, a instituição criou um dos maiores fundos do País, com capital de R$ 300 milhões. Nesse período, investiu em 9 startups e em 12 fundos de venture capital, diz o diretor executivo de Estratégia e Inovação do banco BV, Guilherme Horn.

Ele conta que a estratégia é destinar 70% do montante direto em startups e 30% na participação de fundos que investem em várias empresas. “Em tese, o CVC é o último estágio de maturidade de inovação aberta. Antes de chegar até aí, é preciso entender qual o objetivo da empresa e ver quais alternativas se têm no mercado.”

O CVC, completa ele, vem depois de vários programas de inovação, aceleração e incubação. “É o último estágio no relacionamento com startups.” Horn conta que a instituição escolheu duas teses para investir nesse “ecossistema”: buscar empresas que dominam tecnologias que o banco não domina ou que atuam em áreas em que a instituição ainda não está.

O executivo conta que normalmente olha mais a questão estratégica do que o retorno financeiro de alguma investida. “Mas é óbvio que, se um negócio não traz valor, não faz sentido investir.” Segundo ele, à medida que as oportunidades vão surgindo, a empresa poderá aumentar o valor do fundo ou criar uma nova carteira. “A pandemia acelerou o digital em todos os setores. E, muitas vezes, a aquisição de uma startup representa ganhar tempo.”

‘Buscamos sinergia com os negócios’

Na Eurofama, o Corporate Venture Capital (CVC) foi criado em maio de 2019 e já investiu em cinco empresas. Outras duas passam, no momento, por um processo de due diligence (avaliação). O objetivo é chegar a dez investimentos até o fim do ano que vem, quando a carteira será fechada.

No total, o fundo foi criado com R$ 45 milhões, sendo que R$ 15 milhões já foram desembolsados. “Temos o objetivo de criar uma nova carteira, sempre com o foco em saúde”, diz Helton Carvalho, diretor de empreendedorismo e digital da Eurofarma.

Ele acredita que o CVC fecha o ciclo de inovação aberta dentro da empresa, que já acelerou 40 startups (serão 50 até o fim do ano). “Com o fundo, a companhia busca retorno financeiro, mas também quer negócios que tenham sinergia com a empresa”, diz Carvalho. Em boa parte das investidas, a Eurofarma entra com participação minoritária, mas sempre está presente nas reuniões. “Esse negócio une o que há de melhor nos dois mundos. A startup tem oportunidades dentro da organização, e a organização pode ter mais agilidade com a startup.”

Algumas empresas com participação da Eurofarma já prestam serviço ou vendem seus produtos para o grupo, conta o executivo. “Temos startups que, depois de seis meses de aporte, já estão dando retorno financeiro. Dentro de um CVC tanto a parte financeira, quanto a estratégica são importantes.”

Com informações Estadão Conteúdo

Jalles Machado investirá R$ 94 milhões em projeto de produção de biogás

A Jalles Machado, empresa referência no setor sucroenergético, fechou com a Albioma um contrato relativo ao projeto de expansão para aumento da eficiência energética da unidade de geração de energia por biomassa adjacente à Usina Otávio Lage e para desenvolvimento de projeto de produção de biogás a partir da vinhaça, resíduo da destilação do etanol.

A empresa sucroenergética projeta investir R$ 94 milhões.

Entenda

A parceria entre a Jalles Machado e a Albioma, produtora independente de energia, tem como parte do projeto da produção de biogás na Usina Otávio Lage, no estado de Goiás, a contribuição por esta de Biomassa, Vinhaça e de outros ativos sujeitos a opção de compra em 2033 ou ao final da relação entre as duas companhias.

A outra parte do projeto de produção de biogás a partir da vinhaça, resíduo da destilação do etanol, visa honrar com as obrigações assumidas pela Albioma no contrato de compra de energia, com prazo de 20 anos a partir de 2025, para o volume de 64 GWh e preço garantido de R$ 202,35/MWh, conforme ajustado pela inflação, fruto do Leilão ANEEL 007/2021 (A4) realizado em 8 de julho de 2021.

Vencedora do leilão da Aneel

A subsidiária da Jalles Machado, a Albioma Codora Energia, venceu o leilão realizado pela Aneel para a venda de 64 gigawatts hora (GWh) de energia. Segundo o documento, o prazo do contrato será de 20 anos a partir de 2025 a um e preço garantido de R$ 202,35/MWh, a ser ajustado pela inflação.

Para honrar o acordo, a empresa conta com o aumento da eficiência energética da unidade de geração de energia por biomassa adjacente à Usina Otávio Lage e o desenvolvimento do projeto de produção de biogás.

“A unidade de produção de biogás, que contará com tecnologia de produção inovadora, encontra-se em fase de desenvolvimento, com a gestão do projeto a cargo da Albioma”, informou.

Com informações CPG