Jaicar Auto Peças é vendida

A empresa goiana Jaicar Auto Peças é mais um grupo do mercado que muda de mãos – foi comprada pela Fortbras, uma empresa de São Paulo, fabricante de autopeças e pertencente a um fundo consolidador do segmento, a Advent. A venda inclui 11 lojas e um centro de distribuição, a carteira de clientes em Goiás e Tocantins, com um faturamento anual de R$ 150 milhões. O valor da operação não foi revelado.

A Jaicar foi fundada pelos empreendedores Júlio César Naves e Alair Carlos de Araújo Júnior nos anos 1990, no Setor Rodoviário (Goiânia), conta com cerca de 400 colaboradores e atuação em cinco cidades: Goiânia, Aparecida de Goiânia, Anápolis, Senador Canedo e Inhumas.

O objetivo da Fortbras era entrar nestes dois mercados e ampliar o número de lojas e o faturamento de 2021, que fechou em R$ 2,1 bilhões e 180 lojas. Estima-se que o grupo tem uma participação de 2% do mercado – que é muito pulverizado de R$ 100 bilhões anuais. Desde 2016, o fundo consolidador fez cinco aquisições, gastando R$ 1,3 bilhão.

A tendência é que a marca Jaicar seja mantida, seguindo o padrão das outras aquisições, aproveitando o legado e a força regional da marca. No mercado, especula-se que o fundo de private equity se prepara para fazer o “desinvestimento” na Fortbras, pois já está há mais de cinco anos no negócio – assim como também se cogita a abertura de capital.

Para Marlos Nogueira, advogado especialista em Fusões e aquisições, o mercado de varejo de autopeças está em consolidação. Além da Fortbras há outros agentes olhando o setor.

“Na Magma, tocamos alguns projetos no segmento e percebemos tanto o interesse de outros fundos de investimento, que também enxergam a oportunidade de consolidar esse mercado tão fragmentado, quanto a oportunidade de criação de empresas maiores por fusão para ganhos de margem, escala e massa crítica. Como este movimento já aconteceu de forma mais intensa em mercados desenvolvidos, como Estados Unidos e Europa, normalmente é esperado que se repita algo similar por aqui. Por isso, há multinacionais que já chegaram ao Brasil e outras que ainda podem vir adquirindo essas empresas consolidadas.”

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