Especialista dá 5 dicas para empresas saírem do vermelho

Diante da economia em marcha lenta, o dólar acima de R$ 5 e o desemprego batendo recorde, agravados pela pandemia de covid-19, muitas empresas brasileiras fecharam as portas e outras se endividaram para sobreviver.

Um estudo elaborado pela consultoria britânica Oxford Economics mostra que a dívida das empresas de países desenvolvidos poderia subir até 10 pontos percentuais, chegando a 95% do PIB. Nos países emergentes, incluindo o Brasil, o avanço tem sido de 10 a 20 pontos percentuais. O levantamento mostra que o Brasil ocupa a 3ª posição entre os países que mais se endividaram. Entre fevereiro e abril de 2020, período analisado pela pesquisa, os débitos de empresas brasileiras cresceram quase 15%.

“Além da conta bancária, é preciso analisar as movimentações do caixa, previsões de recebimentos futuros e o orçamento da empresa. Só assim o empreendedor terá um cenário real do seu negócio e poderá elaborar um plano de ação eficiente”, diz Cláudio Lassi, CEO da Sapri Consultoria.

A seguir, o especialista dá 5 dicas para os empreendedores que desejam sair do vermelho:

Controle o fluxo de caixa

A administração do fluxo de caixa permite que o empreendedor avalie seus recebimentos e pagamentos e planeje o futuro do seu negócio. Com o controle do fluxo de caixa, o empreendedor tem condições de saber quando a empresa fica no vermelho, quando o seu saldo reduz ou aumenta.

Com essas informações, ele pode, por exemplo, negociar prazos com credores e até estabelecer datas para saldar suas dívidas em parcelas.  A partir desse controle, o empreendedor pode avaliar o melhor momento para agir e evitar que as dívidas se tornem ainda maiores.

Preserve o capital de giro

Se mesmo com dívidas a sua empresa ainda conta com um capital de giro, é fundamental rever a sua administração e preservar esse recurso. O capital de giro, como já explicamos aqui, possibilita que a empresa pague suas contas em um curto prazo, além de equilibrar as contas do ativo e do passivo do seu negócio.

Separe as contas pessoais das finanças da empresa

Não separar as contas pessoais dos sócios do financeiro da empresa é um problema muito frequente, especialmente nas micro e pequenas empresas. Quando não existe essa separação, o empreendedor não consegue redimensionar as contas da empresa, pois não possui uma real noção das retiradas mensais.

É fundamental que as contas da empresa sejam separadas das contas pessoais dos sócios, pois o caixa da empresa precisa refletir as movimentações necessárias à sustentabilidade do negócio. Caso contrário, é a estrutura da empresa que acaba sendo comprometida pela falta de visão dos sócios.

Analise as movimentações da sua empresa

Relacionar as movimentações do seu caixa com o fluxo das vendas é fundamental para saber quais medidas devem ser tomadas. Todas as vezes que a entrada diminui, é preciso avaliar o motivo.

Alguns fatores como a entrada de um novo concorrente no mercado, queda dos preços e até a qualidade dos seus produtos e serviços deve ser avaliada. Ao checar esses fatores o empreendedor pode estabelecer medidas visando aumentar as vendas e consequentemente o faturamento.

Negocie suas dívidas

Em um momento de dificuldade financeira, todo empreendedor deve evitar que o nome da sua empresa seja inscrito nos órgãos de proteção ao crédito. Isso pode comprometer a confiabilidade do seu negócio e bloquear oportunidades futuras.

Diante de dívidas, o melhor a fazer é manter uma postura proativa, entrando em contato com os credores e estabelecendo prazos e condições para o pagamento dos valores em aberto. Através dos prazos, o empreendedor consegue um fôlego maior para levantar seu negócio e melhorar o faturamento. Não deixe de entrar em contato com os credores para negociar as suas dívidas, mesmo que isso não seja algo simples de se fazer.

Com informações Mercado&Consumo

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