A declaração anual de Imposto de Renda já faz parte do calendário dos brasileiros. Todo ano, nos primeiros meses, os contribuintes devem reportar à Receita Federal, por meio de um formulário, os ganhos auferidos no período anterior.
Em 2022, a declaração de IRPF deve ser entregue até o dia 31 de maio, com dados referentes a 2021. Segundo o órgão fiscal, estão obrigados a apresentar o documento todos os brasileiros que:
- Tiveram rendimentos tributáveis superiores a R$ 28.559,70;
- Receberam rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados na fonte que tenham somado mais de R$ 40 mil;
- Negociaram ações na bolsa de valores;
- Tenham bens de valores superiores a R$ 300 mil; ou
- Tiveram receita de mais de R$ 142.798,50 em atividade rural.
Apesar da obrigatoriedade, preencher a declaração de Imposto de Renda nem sempre é uma tarefa fácil, já que o formulário é grande e com muitos detalhes. Durante o processo, muita gente comete alguns erros e, posteriormente, acaba caindo na malha fina, que é quando a declaração é retida pela Receita para uma análise mais minuciosa.
Para te ajudar a fugir deste problema, separamos 7 dos principais erros cometidos na hora de preencher a declaração do IRPF e te apresentamos uma plataforma digital e gratuita que pode facilitar bastante a prestação de contas com o Leão.
1 – Omitir rendimentos, seja do próprio contribuinte ou de seus dependentes
No preenchimento da declaração, o contribuinte deve reportar todos os rendimentos recebidos no ano anterior, independentemente se eles forem rendimentos tributáveis ou não. No cálculo final, o sistema não considera os rendimentos isentos, mas eles precisam ser declarados. É o caso, por exemplo, de aplicações na poupança e outros títulos de renda fixa, que são isentos de IR.
O mesmo acontece com os contribuintes que inserem dependentes na declaração, como filhos e enteados, e deixam de inserir os seus ganhos. Se o dependente for empregado, por exemplo, o salário precisa ser declarado no seu devido campo.
2- Erros de digitação
Erros de digitação passam despercebidos, mas eles são decisivos na análise preliminar do fisco. Ao preencher o relatório anual, é preciso ter muita atenção para não digitar letras e números errados, uma vez que os dados informados serão comparados aos de outros bancos de dados.
Se, depois que enviar, você verificar algum dado incorreto, corrija e reenvie o documento como declaração retificadora. O prazo para preenchimento desta nova versão é de até cinco anos, mas quanto antes for enviada, menores as chances de cair na malha fina.
3- Inconsistência em informações de bens móveis, imóveis e financeiros
Os contribuintes que fizeram transações de bens móveis e imóveis no ano-calendário devem reportar os valores à Receita Federal. É bem comum, porém, que haja confusão quanto aos campos de preenchimento e os valores a serem informados.
Estão enquadrados como bens imóveis: casas, apartamentos, lojas, salas comerciais, entre outros espaços físicos. Já os bens móveis são carros, motos, caminhões, barcos e aviões, por exemplo. No campo de bens financeiros, devem ser destacados saldos em contas bancárias, aplicações financeiras, investimentos, e fundos de previdência.
4- Divergências entre a despesa médica declarada pelo contribuinte e por hospitais, clínicas e profissionais liberais
Despesas médicas podem ser deduzidas no Imposto de Renda, o que faz com que muitas pessoas reportem todos os valores à Receita. Mas nem toda ida ao médico está passível de dedução, uma vez que os dados do contribuinte e das empresas precisam ser cruzados no sistema do órgão fiscal.
Por isso, no caso dos contribuintes que usaram serviços médicos privados no ano anterior, as informações inseridas no programa da Receita Federal devem condizer com os mesmos dados enviados pelos órgãos de saúde.
5- Não apurar os resultados mensais das ações
Os contribuintes que tinham ativos mobiliários ‒ como ações e fundos imobiliários ‒ no ano anterior devem reportar esses ativos ao fisco e, se necessário, pagar a DARF (Documento de Arrecadação de Receitas Federais) mensalmente. Na época do IRPF, é preciso inserir os dados de pagamento no programa do governo.
6- Declarar rendimentos na ficha errada
Na hora do preenchimento, é fácil confundir as telas e inserir dados em formulários diferentes. Essa confusão, inclusive, pode encarecer o imposto a ser pago via DARF ou diminuir a restituição. Por isso, preste atenção no campo selecionado e, antes de enviar a declaração, confira se todas as informações estão em seus devidos campos: tributável; não tributável; e de tributação exclusiva.
O campo tributável é para valores oriundos de salários, aluguéis, aposentadorias etc. Não tributáveis são heranças, rendimentos de investimentos que não têm desconto de IR ‒ como LCIs e LCAs‒, além das rescisões contratuais.
Na tributação exclusiva estão: JCP (Juros sobre capital próprio), rendimentos de outros investimentos e PLR (Participação nos lucros ou resultados).
7- Deixar para a última hora
Outro problema bastante frequente é adiar o preenchimento do documento. Quando o contribuinte percebe que postergou e o prazo está acabando, pode acabar colocando dados divergentes, chegando a um problema que poderia ser evitado, caso tivesse preenchido com calma.
Portanto, o mais indicado é dedicar um tempo específico para o preenchimento, inserindo os dados com calma e atenção. Afinal, essa tarefa só acontece uma vez, mas pode impactar todas as finanças pessoais.
Com informações MoneyTimes